ALAN CLEBER: A GRANDEZA DE INTERPRETAR A IMPORTÂNCIA DA MÚSICA BREGA NA HISTÓRIA DA CULTURA BRASILEIRA

Nascido em Juazeiro, Bahia, no dia 03 de fevereiro. Não é por acaso que Alan Cleber traz a energia musical no corpo e na alma.  Alan Cleber conta que o impulso da carreira artística começou no teatro, na época dos grandes festivais de Juazeiro. "No primeiro festival Edésio Santos da Canção eu fui convidado para interpretar apenas uma música. Foi uma canção de Cássio Lucena que se chama “A travessia do Mar Vermelho”. 

Ali, ele ganhou o primeiro lugar de melhor intérprete. E interpretar é uma das grandezas de Alan Cleber. No repertório Maria Bethania, Roberto Carlos, Ney Matogrosso...do forró ao tropicalismo, do frevo ao maracatu. É Alan Cleber um vendaval, no melhor sentido de inventar o ritmo da vida na paz do cantar. É um rio caudaloso de talento musical e presença de palco.

Um dos shows mais expressivos de Alan  Cleber é  "Foi tudo culpa do Amor". 

Neste inicio de 2023 Alan Cleber retomou este espetáculo. Aliás, desde que vi este espetáculo pela primeira, onde ele mostra um dos melhores lados da Música Brasileira e quebra preconceitos, lembro do jornalista e historiador Paulo Cesar de Araújo.  Paulo César é também o autor da biografia “proibida” do “Rei” Roberto Carlos – leitura obrigatória para quem conseguir encontrar algum exemplar do livro censurado. Paulo pesquisou durante sete anos a história da chamada música brega entre 1968 e 1978 – os anos de chumbo da ditadura militar no Brasil. 

O livro mostra que os cantores Odair José, Benito Di Paula, Diana Pequeno, Barto Galeno, Evaldo Braga, Fernando Mendes, Agnaldo Timóteo foram ignorados por estudos e pesquisas sobre o período e marginalizados na história cultural do país. É preciso saber: os cantores (chamados) bregas, embalavam as massas, foram quase tão vitimados pela censura quanto Chico Buarque, Caetano Veloso. Foram massacrados pela industria cultural. No livro Eu Não Sou Cachorro, Não, título extraído de um grande sucesso de Waldick Soriano, o historiador tenta fazer justiça a esses ídolos populares.

Odair José, por exemplo, teve  música proibida por ter sido lançada quando o governo fazia programas de incentivo ao controle de natalidade entre as populações pobres, apesar da posição católica contrária ao uso de anticoncepcionais. Para os censores, a canção de Odair José representava uma conclamação à desobediência civil e uma referência explícita à sexualidade.

'A maioria dos trabalhos sobre música brasileira trata da tradição, como o folclore nordestino, e da modernidade, como o tropicalismo', diz o escritor. 'O brega não é nem uma coisa, nem outra. Caiu no limbo. 'A idéia é mostrar que os bregas também tiveram importância na história de nossa cultura'.

Então tenho dito: viva a Alan Cleber...Tudo foi e é por culpa do amor...Viva a música brasileira!

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NÍVEL DA AGUA DO RIO SÃO FRANCISCO COMEÇA A BAIXAR

As águas do Rio São Francisco começam a reduzir. ​A Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Eletrobras Chesf) informou essa semana a programação de redução de vazão nos reservatórios das usinas hidrelétricas de Sobradinho (BA).

A defluência (água que sai) média diária (m³/s) nesta sexta-feira (10) é de 2.500 metros cúbicos por segundo. A previsão que no dia 11, (sábado) atinja 2.000 metros cúbicos por segundo.

A redução gradativa ocorre diante da diminuição das chuvas na Bacia do Rio São Francisco e da necessidade de seguir a curva do volume de espera do reservatório de Sobradinho para o período.

Com o Rio São Francisco baixando o nível, os Comerciantes de um dos maiores pontos turísticos de Juazeiro, a Ilha do Rodeadouro, começam a ter "a situação voltando ao normal,  por causa do aumento da vazão da barragem do Sobradinho causado pela cheia no rio São Francisco vários pontos ficaram inundados.

Membros da Associação de Barqueiros do Rodeadouro afirmam que o nível da água baixou e agora é retomar os trabalhos.

A Associação possui 4 embarcacões e durante a cheia não havia ponto de segurança para desembarque.

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MINISTÉRIO DAS COMUNICAÇÕES AMPLIA OFERTA DE RÁDIOS COMUNITÁRIAS

Ampliar a participação popular e democratizar o acesso à informação são duas metas latentes do Ministério das Comunicações. Por isso, uma das primeiras ações da Pasta em 2023 foi lançar três editais para a seleção do serviço de Rádio Comunitária (RADCOM). Os certames abriram oportunidade para municípios em todos os nove estados do Nordeste: Bahia (22), Rio Grande do Norte (13), Maranhão (12), Ceará (12), Pernambuco (11), Piauí (11), Paraíba (6), Alagoas (3) e Sergipe (2). É a oportunidade de fundações e associações sem fins lucrativos manifestarem interesse em atuar por meio de uma estação de rádio comunitária em Frequência Modulada (FM).

Ao todo, os editais contemplam 216 municípios de 23 estados brasileiros. "Fortalecer os mecanismos de participação social e a própria radiodifusão comunitária estão entre as nossas prioridades", destacou o ministro das Comunicações, Juscelino Filho. Até o ano passado, 237 municípios ainda não possuíam uma entidade sequer autorizada a prestar o serviço. "Iremos analisar as inscrições recebidas em todos os editais e, se não forem suficientes, lançaremos o Plano Nacional de Outorgas (PNO) 2023 com mais oportunidade para os municípios contarem com este serviço, que é de grande importância para as comunidades", garantiu. As outorgas concedidas pelo MCom para RADCOM têm validade de 10 anos, sem direito de exclusividade.

SELEÇÃO -- Para participar da seleção, as fundações ou associações deverão enviar a documentação nos moldes do edital e preencher o formulário eletrônico disponível no Portal de Serviços do Governo Federal. Qualquer pessoa física poderá enviar requerimento em nome da entidade interessada, bastando anexar os documentos necessários para comprovar que possui poderes para representá-la. A documentação será analisada pela Secretaria de Comunicação Social Eletrônica após o término do prazo indicado. Todo o processo é eletrônico.

RADCOM -- O serviço de Rádio Comunitária foi criado para dar oportunidade à difusão de ideias, elementos de cultura, tradições e hábitos sociais da comunidade; oferecer mecanismos à formação e integração da comunidade, estimulando o lazer, a cultura e o convívio social; prestar serviços de utilidade pública, integrando-se aos serviços de defesa civil, sempre que necessário; contribuir para o aperfeiçoamento profissional nas áreas de atuação dos jornalistas e radialistas, em conformidade com a legislação profissional vigente; e permitir a capacitação dos cidadãos no exercício do direito de expressão da forma mais acessível possível.

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MÚSICA NESSA ESTRADA DA VIDA, COMPOSIÇÃO DE VALDI GERALDO E APARECIDO JOSÉ A CAMINHO DOS 40 ANOS

O caminho que liga Exu, Pernambuco, Terra de Luiz Gonzaga ao Crato, Ceará, lugar onde nasceu Padre Cícero é a via das escolhas, das encruzilhadas, da fé, território das forças dos ancestrais, trabalho e dons. As paisagens agem e ardem em eco. 

Quais mãos trabalharam na confecção desse origami? Nesta planície sem fim de cores e sons nasceu, Valdi Geraldo Teixeira, o Neguinho do Forró, morador de Exu, cidadão do mundo.

Sempre é bom lembrar: o grande balaio musical de Luiz Gonzaga tem um exuense. A cada viagem que fazia pela região Nordeste Luiz Gonzaga "descobria", encontrava um compositor. Em Caruaru: Onildo Almeida. Rio Grande do Norte o Janduhy Finizola. Paraíba, José Marcolino, Antonio Barros. Em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti. Arcoverde João Silva. No Rio de Janeiro encontrou o parceiro Humberto Teixeira, nascido em Iguatu, Ceará. José Clementino, em Varzea Alegre. Zé Dantas, em Pernambuco, para citar alguns destes poetas parceiros que deram Luz a obra e vida do Rei do Baião.

E pertinho dele, ali na curva da Chapada do Araripe, em Exu, na sua terra, Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró. Músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco (LP), Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribui com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi Geraldo é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. São 39 anos dessa gravação. Um dos sucessos gravados na voz de Luiz Gonzaga e que até hoje é referência o cancioneiro da música brasileira. Nessa Estrada da Vida é uma das canções mais regravadas até os dias atuais.

A história conta que ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira. Tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou.

Hoje "Nessa Estrada da Vida" é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonis, fiéis seguidores e discípulos do Rei do Baião.

Detalhe: o disco "Danado de bom" vendeu mais de um Milhão de cópias, contou com a participação de Elba Ramalho na faixa "Sanfoninha choradeira" (João Silva) e Luiz Gonzaga ganha o Disco de Ouro considerado no mundo musical um dos mais belos trabalhos de um artista brasileiro.


Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta da resistência, que por centenas de vezes caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca, Museu Gonzagão. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música. É funcionário do Ministério da Saúde. Na época produzimos uma reportagem para a TV Grande Rio/Afiliada Globo destacando a obra e vida do Neguinho do Forró. As imagens foram do produtor Luciano Peixinho.

Em 2012, Neguinho do Forró, lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta a lavra criativa do poeta. Valdi Geraldo cultiva a simplicidade, ou seja, sabe tratar o povo, que tanto Luiz Gonzaga pedia para não esquecer, e valorizar o seu pedaço de terra se fazendo universal.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira souberam valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru, através do Espaço Cultural Asa Branca do Agreste.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de sanfonizar as canções. Sanfonizar é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.

Nessa Estrada da Vida segue o poeta compositor Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró. Poeta dos bons que caminham na Luz da Chapada do Araripe. Assim ouvi e aqui reproduzo

Jornalista Ney Vital 



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GRUPO CABRAS DE LAMPIÃO LEVA XAXADO PARA A ESCOLA DE SAMBA DE SÃO PAULO

O Xaxado vai tomar conta do Sambódromo do Anhembi, em São Paulo, no próximo dia 18. A Escola Mancha Verde, atual campeã do carnaval paulistano, traz para a passarela do samba o enredo: "Oxente – Sou xaxado, sou Nordeste, sou Brasil". E, Serra Talhada, sertão do Pajeú, vai estar presente através do grupo de Xaxado Cabras de Lampião.

Integrantes do Cabras de Lampião estão ensaiando a todo vapor para mostrar que também têm samba no pé, e que o enredo da Escola já está na ponta da língua dos participantes. Durante o desfile, o grupo estará em um carro alegórico projetando para o mundo a história e a tradição cultural do Nordeste, com recorte para Serra Talhada, capital do Xaxado e terra do famoso cangaceiro Lampião.

A presidente da Fundação Cabras de Lampião, Cleonice Maria, comemora a participação do grupo. " É um momento apoteótico para nosso trabalho, pois não se trata de um trabalho inventado agora, é uma longa estrada que continuamos percorrendo e mantendo acesa a chama da cultura nordestina. Ela explica ainda que a originalidade e a autenticidade dos Cabras de Lampião vão se misturar com as alegorias e criatividade da Mancha Verde, resultando num mega-espetáculo encantador".

Grupo Cabras de Lampião - O Grupo de Xaxado Cabras de Lampião foi fundado em 1995 para manter viva a história de Lampião, tendo como ponto de partida o xaxado e tornou-se um dos maiores divulgadores desta dança criada pelos bandoleiros do sertão. É uma trupe de artistas sertanejos - exatamente da cidade onde nasceu Virgolino Ferreira da Silva - o Lampião.

O Grupo de Xaxado Cabras de Lampião trouxe os cangaceiros para frente das luzes e o Cangaço se transformou num show de arte, com uma nova e revolucionária imagem do Rei do Cangaço. É um grupo que conduz o espectador a um mergulho no mundo mágico e místico do sertão. O Cabras de Lampião já se apresentou em todas as regiões do Brasil e no exterior, em festivais nacionais e internacionais.

O grupo tem escola de xaxado, mantém o Museu do Cangaço e o Sítio Passagem das Pedras - onde nasceu Lampião. Também realiza espetáculos de dança e eventos de caráter artístico e cultural. Ainda desenvolve um trabalho de inclusão social, através da cultura, com aulas de dança para mais de 100 crianças e adolescentes.

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BARRAGEM DE SOBRADINHO TEM 76% DE SEU VOLUME ÚTIL NESTA TERÇA-FEIRA (07)

A Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf) iniciou, nesta terça-feira (7), o processo de redução da vazão do volume de água no lago de Sobradinho, norte da Bahia. A defluência passará de 4 mil m³ para 3 mil m³ por segundo.

Apesar da diminuição da vazão, famílias ribeirinhas que tiveram que deixar suas casas para abrigos da prefeitura, seguem sem previsão de retorno às suas residências.

No momento, a barragem tem a ocupação de 76% da sua capacidade. Além disso, as previsões são de chuvas com pouca intensidade na região. Alguns locais que estavam submersos há pouco menos de um mês, apresentam retorno a normalidade.

De acordo com a Defesa Civil do município, a vazão coloca famílias ribeirinhas em estado de alerta. O bairro Angary, em Juazeiro, um dos mais atingidos, oito famílias foram levadas para apartamentos locados pela prefeitura.

A Chesf e as Defesas Civis da Bahia, Pernambuco e Alagoas realizaram uma reunião com mapas de áreas inundáveis das regiões ribeirinhas.

A Defesa Civil de Juazeiro afirmou que mantêm famílias em estado de alerta e já prevê prejuízos para comerciantes de algumas regiões da cidade.

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EXU: MEMORIAL HISTÓRICO CULTURAL DO ARARIPE FAZ CAMPANHA PARA AMPLIAR ACERVO

Contar a história de um povo através de peças expostas e preservadas é um dos objetivos dos museus. Localizado na Vila de Tabocas, zona rural do município de Exu, Pernambuco, o Memorial Histórico-Cultural do Araripe – Casa Antônio Saraiva Albuquerque, cumpre essa missão e por isto promove uma campanha para arrecadação de relíquias e antiguidades. 

O Memorial Histórico-Cultural do Araripe – Casa Antônio Saraiva Albuquerque conta parte da história dos municípios que fazem parte da região do Sertão do Araripe. Detalhe: para compor o acervo do Museu, não basta que o objeto seja apenas antigo; é preciso que ele tenha valor histórico e cultural. 

Com um rico e diversificado acervo de mais de 400 peças o Memorial passa por uma pequena reforma e, o objetivo da campanha é arrecadar utensílios domésticos e de trabalho, coleções pessoais, documentos antigos, fotografias, mapas, mobiliários, entre outros.

Para doar os interessados poderão entrar em contato com o curador do equipamento, o produtor cultural Francisco Robério Saraiva Fontes (Bibi Saraiva) pelo whatsapp (87) 98182683 ou pelo e-mail: araripeserra@hotmail.com

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