PALESTRA COM LUCIANA BALBINO DESTACA TURISMO DE BASE COMUNITÁRIA DA COMUNIDADE DE CHÃ DE JARDIM, AREIA, PARAIBA


Após quatro dias de diversas atrações culturais, experiências gastronômicas e apresentações das riquezas da região, chegou ao fim, neste domingo (22), o 1° Salão de Turismo do Vale do São Francisco.

 Com uma grande aceitação, o evento, que este ano foi realizado em Petrolina, será sediado em Juazeiro no ano que vem. O anúncio foi feito pelo secretário de Cultura, Turismo e Esportes do município, Sérgio Fernandes.

A historiadora Luciana Balbino, nascida em Areia, Paraíba, consultora de turismo de base comunitária encerrou o ciclo de palestras aplaudida ao contar a trajetório de seu trabalho como educadora de adultos e jovens do campo vem mudando a realidade de comunidades de seu estado, a Paraíba. 

Um dos projetos foi a criação do Restaurante Rural Vó Maria, em Areia, que serve pratos de produtos cultivados na própria comunidade e que impacta cerca de 200 famílias. Na linha do turismo criativo também foram criados roteiros, trilhas e atrações, como piqueniques na mata e sessões de relaxamento.

O nome de Luciana é destaque entre as mulheres que têm ocupado espaços importantes na sociedade. No Dia Internacional da Mulher Rural, instituído pela ONU (Organização das Nações Unidas) em 1995 com o intuito de elevar a consciência mundial sobre a importância dessa figura feminina como protagonista nas mudanças econômicas, sociais, ambientais e políticas, a Forbes divulgou a sua primeira lista “100 Mulheres Poderosas do Agro”, com nomes que estão transformando diferentes segmentos do setor.

Na lista, a Forbes procurou selecionar representantes do movimento de mudança no campo. Por meio delas, o objetivo é homenagear as demais mulheres que atuam no agronegócio – mesmo que o trabalho seja realizado a partir das cidades.

Para chegar aos 100 nomes, a Forbes pesquisou, perguntou, buscou orientação de lideranças e também resgatou informações de reportagens especiais. 

São mulheres que se destacam em diferentes setores do agronegócio: elas estão presentes na produção de alimentos de origem vegetal e animal, na academia, na pesquisa, nas empresas, em foodtechs, em consultorias, em instituições financeiras, na política, nas entidades e nos grupos de classe e, mais do que nunca, nas redes sociais.

HISTÓRIA: O êxodo rural é um processo intensificado na região do Nordeste, sobretudo, devido à estrutura latifundiária, do sistema de crédito agrícola, comercialização insuficiente, deficiente sistema educacional e da ineficiência das políticas públicas existente nesta localidade. Visando uma melhora social, econômica e ambiental na comunidade rural Chã de Jardim, no município de Areia/PB, a historiadora Luciana Balbino, juntamente, com a ADESCO (Associação para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade da Chã de Jardim) no qual a preside, cria o Restaurante Rural Vó Maria, mesmo sem terem as devidas condições financeiras na época, a fim de evitar os processos migratórios dos moradoresda comunidade em questão. 

O empreendimento foi inaugurado em 25 maio de 2013. Inicialmente existiam cerca de 80 lugares, passando para 200 vagas, mais anexo com 70 lugares. Sendo fonte de renda direta para 62 pessoas e indiretamente para 200.

Além de receber inúmeras premiações como Melhores Turismos da Paraíba, BRAZTOA de sustentabilidade, Selo Referência & Qualidade Empresarial da Agência Nacional de Cultura, Empreendedorismo e Comunicação (ANCEC) prêmio referência nacional de gastronomia. Contudo, o Restaurante Vó Maria aquece de forma considerável a economia local, gerando emprego e renda para dezenas de habitantes da região. Colocando o município de Areia na roda gastronômica nacional, levando em conta as inúmeras premiações que o empreendimento conquistou ao logo de 6 anos de funcionamento.

Tudo começou quando um grupo de jovens decidiu reabrir a fábrica de polpas de frutas produzidas sem agrotóxicos, que estava fechada há 10 anos, e hoje, é sucesso de vendas. As frutas são fornecidas pelos agricultores locais que ganharam uma nova fonte de renda.

Vendo o quão bom era para a comunidade essa nova fonte de renda, surgiu à ideia de associar a fábrica de polpa de frutas, o artesanato local feito com a palha da bananeira, oficinas de artesanato, as trilhas ecológicas realizadas no Parque Estadual Mata do Pau Ferro, o piquenique na mata e o Restaurante Rural Vó Maria.

O Restaurante recebe este nome em homenagem a comida caseira da vó e em especial a vó da idealizadora, Luciana Balbino, que tem o nome Maria. 

Luciana, que também comanda o restaurante Vó Maria, conta que tudo começou com sua vontade de transformar a realidade de Chã de Jardim e continuar morando na comunidade. “Chegou o momento em que os jovens da comunidade tinham que decidir se iriam para São Paulo ou Rio de Janeiro ou se continuavam vivendo em Chã do Jardim. Foi aí que percebi que poderia contribuir com uma mudança positiva e que poderíamos utilizar o turismo como ferramenta de desenvolvimento”, declara a líder comunitária.

A empresária e historiadora ressaltou que tudo começou com a união dos membros da comunidade. “Fizemos tudo com coragem e determinação. Fomos aproveitando todas as possibilidades e talentos da região para criar um trabalho voltado para fomentar o turismo”, comenta.

A comunidade criou uma associação e decidiu investir na cultura, história, culinária e beleza de Chã do Jardim para gerar renda para a região. “Nosso objetivo era desenvolver a comunidade e fazer com quem nos visitasse deixasse dinheiro. Vimos a oportunidade de mostrar como somos capazes de transformar nossa realidade e fizemos isso através do turismo. Unimos forças e talentos com artesãos, cozinheiros e todos os jovens para que cada um desenvolvesse em conjunto suas atividades”, declarou Luciana.

A primeira ideia que Luciana e a comunidade tiveram foi criar um roteiro de trilhas nos cenários serranos e brejeiro de Chã de Jardim. A partir dessas trilhas, novas ideias surgiram e daí foi elaborado o piquenique no meio da mata, sessões de relaxamentos, oficinas de artesanato e vendas de bolos, beijus e frutas típicas da região paraibana.

Na comunidade diversos jovens trabalham ainda em uma fábrica de polpa de frutas. Algumas artesãs usam a folha de bananeira para fazer bolsas e carteiras.

Atualmente a empreendedora conta sua história em cursos e eventos e inspira muitas pessoas a empreenderem e seguir seus objetivos com garra e planejamento.

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IVETE SANGALO COMEMORA 50 ANOS COM SHOW NAS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO

 A celebração dos 50 anos de Ivete Sangalo promete muitas emoções. A artista baiana retornará à sua cidade natal, Juazeiro, para fazer um show especial em 27 de maio, quando completará a nova idade.

Uma grande estrutura está sendo montada no município, com o palco às margens do Rio São Francisco, onde a apresentação acontecerá. De acordo com informações do portal Alô Alô Bahia, o acesso será gratuito, aberto ao público, e também haverá um camarote, que terá os ingressos vendidos.

“Voltar a Juazeiro, me conectar com uma força maior que me trouxe até aqui, com as memórias, os lugares, as pessoas, tudo que contribuiu para que eu descobrisse a artista que tem em mim! Vai ser maravilhoso dividir tudo isso com o povo brasileiro numa transmissão sensacional”, disse a artista.

A TV Globo transmitirá o show depois da novela Pantanal, com direção de gênero de Boninho e direção artística de Rodrigo Dourado.

Relembre a trajetória de Ivete:

Filha de Maria Ivete Dias de Sangalo e  Alsus Almeida de Sangalo, Ivete Sangalo nasceu em uma família de músicos na cidade de Juazeiro, onde passou parte de sua infância. Quando pequena, Ivete já acompanhava as músicas tocadas nas horas vagas por seu pai e sua irmã mais velha, Mônica, além de que costumava cantar no colégio onde estudava, e aproveitava os intervalos para tocar violão, o que fez adquirir logo cedo seu gosto pela música. Nos saraus familiares, encarregava-se da percussão.

Em 1991, trabalhou com backing vocal do cantor baiano Lui Muritiba, em suas viagens pelo interior do estado. Aos 18 anos, iniciou sua carreira musical tocando em barzinhos. Sua primeira apresentação foi em um barzinho em Ondina, bairro de Salvador, em agosto de 1992, levada por sua irmã Mônica que já cantava e tocava no lugar. Em seguida, realizou alguns shows em cidades do interior. 

Nesta época, em Juazeiro, Ivete e Erlemilson Miguel receberam um convite para abrir um show de Geraldo Azevedo. Ainda em 1992, chegou a forma uma banda de samba e funk. Em 1993, Ivete assume o comando da Banda Eva nos vocais e o grupo assina contrato com a Sony Music.

Em 1999, deixa o comando da Banda Eva e inicia uma carreira solo de sucesso. Hoje, aos 49 anos, é reconhecida como uma das maiores e mais completas cantoras do país.

Fonte: Reportagem originalmente publicada no site Alô Alô Bahia

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O MUNDO ESTÁ CADA VEZ MAIS PRÓXIMO DE UMA CATÁSTROFE CLIMÁTICA, ADVERTE ONU

Relatório divulgado esta semana pela ONU mostra que indicadores de mudanças climáticas bateram recordes em 2021. O estudo, desenvolvido pela Organização Meteorológica Mundial, destaca piora em quatro deles: aumento das concentrações de gases do efeito estufa, da acidificação dos oceanos, além da elevação do nível do mar e das temperaturas. 

Com uma média global de quase 1,1 grau acima do nível pré-industrial, o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, afirmou que estamos cada vez mais próximos de uma catástrofe climática.

Para explicar essa situação, o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Instituto de Ambiente e Energia (IEE) da USP, que alerta para o fato de as mudanças climáticas deixarem de ser uma possibilidade para o futuro, e sim uma realidade que se impõe cada vez mais. Para ele, exemplos não faltam para ilustrar a situação atual do planeta: “Os exemplos se mostram cada vez mais abundantes e cada vez com maior intensidade. A intensidade com a qual as mudanças climáticas vêm se impondo tem assustado”. 

Do ponto de vista geográfico, as mudanças climáticas são bem distribuídas. Para ilustrar isso, Côrtes relembra dos recordes de temperatura no Rio Grande do Sul e em Santa Catarina, em que tivemos os termômetros alcançando os 46°. Também, as chuvas em Petrópolis e em Angra dos Reis, mais recentemente, além dos períodos de severa estiagem complementam o quadro de alerta. 

Os eventos que ocorreram no Brasil e que vêm ocorrendo no mundo configuram uma situação de emergência. Na opinião de Côrtes, e do secretário-geral, são poucas as medidas efetivas, já que há um evidente fracasso humano no combate às mudanças climáticas. 

“Os esforços que têm sido empreendidos até agora não são suficientes e não têm sido suficientes para a gente tentar reduzir os impactos das mudanças climáticas em todo o mundo”, complementa o professor. (Fonte Jornal da USP)

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33 ANOS APÓS MORTE, LUIZ GONZAGA CONTINUA FENÔMENO NO STREAMING E NOVAS REDES SOCIAIS

Luiz Gonzaga foi um dos compositores mais prolíficos e celebrados do Brasil. Sua obra até hoje é revisitada por artistas de diferentes gerações e influencia a cultura nacional. Falecido no dia 2 de agosto de 1989, ele não teve chance de acompanhar muitas mudanças na indústria da música, como a criação das plataformas de streaming. Mas, em serviços como o Spotify, seu nome continua em alta, o que mostra um interesse continuado por seu trabalho.

Na plataforma, o pernambucano tem mais de 739 mil ouvintes mensais, um número robusto, inclusive se comparado a cantores contemporâneos.

Atualmente, sua música mais popular no streaming é O Xote das Meninas, com 6.554.718. Vem Morena, A Vida do Viajante, com participação de Gonzaguinha, Asa Branca e outra versão de O Xote das Meninas completam o topo das músicas mais procuradas pelos ouvintes.

Confira a seguir o top 10 das músicas mais escutadas de Gonzagão no Spotify:

1 - O Xote das Meninas 2 - Vem Morena 3 - A Vida do Viajante 4 - Asa Branca 5 - O Xote das Meninas - Ela Só Quer Só Pensa em Namorar 6 - Pagode Russo 7 - Asa Branca 8 - Respeita Januário/ Riacho do Navio/ Forró no Escuro (ao vivo) 9 - Casamento da Rosa/Nem se Despediu de Mim 10 - Numa Sala de Reboco

(Fonte: Márcio Bastos-JC On line)

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CIDADE DA INGLATERRA OFERECE COMIDA DE GRAÇA PARA SEUS MORADORES. HORTAS COMUNITÁRIAS OFERECEM PLANTAÇÃO

Em Todmorden, a pequena cidade na região de West Yorkshire, na Inglaterra, voluntários desenvolveram uma horta comunitária que oferece gratuitamente alimentos saudáveis a todos os moradores, bem como o cultivo e plantio.

A iniciativa é da moradora da região chamada Pamela Warhurst que, após uma palestra com o professor Tim Lang, sentiu-se motivada a tomar uma atitude de transformação. O professor, na palestra, havia mencionado que para salvar o planeta era necessário que cada um plantasse mais comida. A partir de então Warhurst começou elaborar uma ideia de construir uma horta comunitária na sua cidade. Junto a sua amiga, Mary Clear, passaram a plantar alguns vegetais no jardim, logo depois, colocaram uma placa com um dizer muito simples: “sirva-se”.

A novidade tomou conta da cidade com cerca de 17 mil habitantes. Em pouco tempo as pessoas começaram a refletir sobre suas práticas alimentares e seu consumo, e aos poucos novas iniciativas como essa se propagou pela cidade. Relata Mary ao Hypeness que “Quando começamos, não tínhamos ideia de onde nossos sonhos iriam nos levar. Isso prova que qualquer pessoa com energia e paixão pode contribuir para um mundo melhor”.

As hortas comunitárias estão distribuídas por toda a cidade em escolas, centros de saúde, casas e estações policiais. A facilidade da construção de hortas, bem como o cultivo e plantio contribuem para a proliferação e divulgação dessa prática comunitária, sustentável e coletiva.

A iniciativa, diante de sua projeção, recebeu o nome de “Incrivelmente Comestível Todmorden” – Incredible Edible Todmorden em inglês. O objetivo não se reduz apenas a distribuição gratuita de alimentos, mas também uma conscientização sobre o consumo de alimentos industrializados e seus impactos na natureza.

O trabalho voluntário gera uma outra dinâmica de relação entre os moradores da cidade. O objetivo em comum – construir hortas comunitárias – estabelece vínculos profundos tornando o ambiente da cidade mais agradável e um convívio pacífico e integrado. A repercussão do trabalho desenvolvido também fomenta uma sensação de realização para os moradores, como relatam alguns habitantes da região.

Outro dado interessante nesta iniciativa é que o trabalho se expandiu para outras áreas. Após o início dos trabalhos coletivos outras ações voltadas para a cidade passaram a acontecer como o uma revisitação sobre o histórico da cidade, bem como o histórico de Todmorden em relação a alimentação.

Essa prática com grande impacto, nos mostra uma saída para solucionar problemas ambientais e isso serve como exemplo de atitudes simples que transformam em larga escala condições antes imaginadas como irreversíveis.

A HORTA COMUNITÁRIA: No início do projeto a ideia era plantar algumas ervas e vegetais em seu jardim. Aos poucos outras hortas foram surgindo ao longo da cidade, assim como o plantio de frutas e legumes, sendo sempre uma iniciativa da população sem incentivo do poder privado e público. Tudo feito pelos moradores, para os próprios moradores.

Mantendo a originalidade do trabalho, qualquer um pode colher os alimentos que crescem nas inúmeras hortas, bem como plantar e ajudar no cultivo. Atualmente a própria comunidade oferece eventos e conferências para outras comunidades locais ampliando assim uma conscientização acerca do consumo sem grandes impactos ambientais.

Os eventos, que recebe cerca de mil visitantes, oferece também a degustação dos alimentos produzidos nas hortas, demonstrações de receitas de cozinha, workshops e atividades para as famílias e crianças.

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EXISTE RELAÇÃO ENTRE FELICIDADE E MUDANÇAS CLIMÁTICAS

O que é ser? Quem sou eu? O que é ser feliz? O que é felicidade? É possível medir a felicidade? O planeta Terra está feliz? Como as mudanças climáticas podem impactar nesta felicidade? Como resgatar a felicidade da Terra para sermos também felizes? Essas foram algumas das indagações que permearam a formação "Felicidade e Mudanças Climáticas", realizada com colaboradores/as do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada (Irpaa) e estudantes da República do Irpaa nesta quarta (17) e quinta-feira (18), à sombra do Juazeiro, embaladas/os por músicas, reflexões e ações de cuidado.

A ideia de relacionar felicidade e mudanças climáticas, surgiu a partir de discussões anteriores sobre como a ação dos grandes empreendimentos e do capitalismo vem acelerando as mudanças climáticas; e como a pandemia acentuou o aparecimento de diversos distúrbios psicológicos e doenças emocionais, impactando parte da população. A necessidade de discutir o tema veio da avaliação de um cenário de infelicidade constante na sociedade. "Tem a ver com o planeta que estamos vivendo, com esse modelo de sociedade, o capitalismo, o consumo, a forma de ver a natureza como um recurso, e não como um bem, e que fazemos parte dele", explica a colaboradora do Irpaa e uma das organizadoras da formação, Aldenisse Souza.

O colaborador do Irpaa e também organizador da formação, André Rocha, fala sobre a concepção da felicidade e como ela interfere no bem-estar da nossa casa comum, a Terra. "A felicidade na sua essência difere de alegrias e prazeres que são momentâneos [...] a felicidade como sendo um status de médio a longo prazo, tem menor instabilidade e depende não apenas da pessoa, mas da relação com os outros e da sua relação com a natureza. Então, o status de felicidade plena requer essa contemplação e interação de convivência em harmonia com a natureza", explica o colaborador do Irpaa.

André destaca também que é possível "contribuir evitando os excessos, refletindo sobre a promoção da igualdade de acesso aquilo que é básico: alimentação, saúde, educação, não apenas seu bem-estar, mas do planeta todo". Nessa perspectiva, o colaborador do Irpaa, Bruno Gonçalves aponta que "a felicidade não está isolada como a gente pensa, é parte de um todo (...) a própria harmonia com o nosso ambiente nos contagia também (...) Não é possível ser feliz sozinho", expressa.

O tema abordado na formação provocou e instigou os/as participantes, que na sua maioria, até o momento não haviam refletido sobre esta relação entre a felicidade e as mudanças climáticas. Nesse sentido, a colaboradora do Irpaa, Ana Paula Ribeiro, destaca como foi importante essa reflexão. "Eu não tinha feito essa análise nessa profundidade que a gente tem feito nesses dois dias e essa compreensão nos dá embasamento para que a gente compreenda a dimensão do que é felicidade e que está atrelada a nossa casa comum, ao cuidado das relações e que não existe felicidade se existe injustiça".

A estudante da República do Irpaa, Lusan Silva Paiva, da comunidade tradicional de Fundo de Pasto Frade, em Curaçá, fala sobre a surpresa em relação ao tema escolhido. "Quando foi proposto para gente participar desse encontro sobre Felicidade e Mudanças Climáticas, primeiro fiquei me perguntando o que tinha a ver uma coisa com a outra. Agora, a gente percebe que tem tudo a ver".

As reflexões provocadas mexeram com os/as participantes que passaram a compreender que a felicidade está atrelada a diversos fatores externos e internos. "Diante essa dinâmica de estudo, leitura e debate de alguns materiais você vê que está tudo interligado e precisa ser debatido em vários espaços, para perceber que a felicidade está ligada a vários fatores, não só a mudança climática, mas vários fatores que a gente promove no dia a dia", frisa o estudante da República, Dione Tuxi, do povo originário Tuxi.

Discutir acerca da relação entre Felicidade e Mudanças Climáticas desperta muitas inquietações e a necessidade urgente de buscar caminhos para resgatar a felicidade da Terra, e consequentemente, a nossa felicidade. O grupo presente no estudo chegou à conclusão que é preciso denunciar quem são os principais responsáveis pelas mudanças climáticas e seus impactos, como o capitalismo verde, que busca unir a produção e exploração da natureza, fortalecendo os ideais do capitalismo de forma camuflada. Outra percepção advinda do estudo é que a Convivência com o Semiárido é um dos caminhos para barrar as mudanças climáticas e mitigar seus efeitos.

Fonte: Texto e Fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa

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LUIZ GONZAGA VIVE APESAR DOS POLÍTICOS E O DESCASO COM AS POLÍTICAS PÚBLICAS PARA A CULTURA

Entra Governo e sai prefeito, secretários, deputados e senadores e a CULTURA DO FORRÓ continua sem ser valorizada. A política atual não quer cultura. Os atuais governantes não se engajam numa política pública de cultura.

O Forró foi elevado à condição de Patrimônio da Cultura Brasileira. Como se vê, o FORRÓ, BAIÃO, XOTE E XAXADO estão em alta. Mas no caminho existe a pedra da falta de Política Pública, para gerar renda e valorização a Cadeia Produtiva que movimenta as festas juninas do Nordeste

Para os Políticos, atuais prefeitos e pré candidatos ao Governo do Estado de Pernambuco cultura da sanfona e valorização do Forró para quê? Por que forró?

A pergunta vai em especial para os Prefeitos e ex-prefeitos de cultura de Campina Grande, Paraíba, Caruaru, Pernambuco, Petrolina, Jaboatão dos Guararapes. Cadê o festejo junino com música deixada pelo reisado de Luiz Gonzaga, ritmo, harmonia e melodia da sanfona, zabumba e triangulo?

Antonio Nobrega-músico, brincante da música brasileira, da dança, do teatro e do 'universo do circo, da criança e da cultura popular deu uma resposta: conectando a estudos e reflexões sobre a cultura brasileira em geral, esse casamento entre conhecimento empírico e teórico foi conduzindo-me à constatação de que vivemos num país que reluta em aceitar-se integralmente.

Os governantes não tem compromisso com a cultura gonzagueana, de Dominguinhos e Sivuca, Jackson do Pandeiro, Marinês, e por isto não alcança a modernidade forrozeira das novas gerações que também não fazem shows nos palcos das grandes festas juninas das principais cidades do Nordeste.

Cadê nosso Forró, Xote, Baião. O marketing destas mesmas cidades dizem que "estão fazendo o forró de Luiz Gonzaga". Em Caruaru, existe até uma programação de um ARRAIÁ DO GONZAGÃO, e pasmem, não existe um contratado que possua uma identidade, pertencimento cultural, é arraiá para enganar quem?

Que outra razão para tal desperdício de insumos culturais tão vastos e de tão imensa riqueza simbólica como o nosso reservatório de ritmos presente nos gêneros criados por Luiz Gonzaga.

Sigo, Antonio Nobrega e deixo um dialogo para as autoridade políticas: Mais do que preservar o Forró, através de Políticas Públicas,  nossa tarefa está em amplificar, dinamizar, trazer para a órbita de nossa cultura contemporânea os valores, procedimentos e conteúdos presentes nessa "instituição" o forró cultural.

Essa ação amplificadora poderia abranger escolarização musical – por que não se estuda Forró em nossas escolas de música?–; a prática da dança – a riqueza lúdica e criadora proporcionada pelo seu multifacetário estoque de movimentos–; a valorização de modelos de construção e integração social advindos do mundo gonzagueano. 

Tudo isso ajudaria ao Brasil entender-se melhor consigo mesmo e com o mundo em que vivemos.

O FORRÓ é uma das representações simbólicas mais bem-acabadas e representativas que o povo brasileiro construiu. Assim como o samba, o choro, o baião, uma entidade transregional cuja imaterialidade poderemos transmudar em matéria viva operante se tivermos a suficiente compreensão do seu significado e alcance sociocultural.

Identidade Cultural no mundo globalizado é fator de atração turística e desenvolvimento econômico e social. Nesta definição, viemos através de Carta Aberta, em nome da NAÇÃO GONZAGUEANA alertar: Cuidem da Cultura brasileira e em especial dos festejos juninos do Nordeste.

 *Ney Vital é jornalista. Pós-Graduado em Ensino de Comunicação Social. Estudante do Curso de Agroecologia. Apresentador do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e Seus Amigos, na Rádio FM 95.7, Rádio Cidade Am 870


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