FLÁVIO BAIÃO PROMOVE A PRIMEIRA EDIÇÃO DE ANIVERSÁRIO COM SHOWS DE JOÃOZINHO DE EXU, SILAS FRANÇA E MATHEUS DO ACORDEON

O cantor e sanfoneiro Flávio Baião comemora nesta sexta-feira (28), a Primeira edição de Aniversário no Espaço Baião Nordeste, localizado na Avenida Flaviano Guimarães, Juazeiro Bahia.

A partir das 20hs terá show com o cantor e compositor Joãozinho de Exu, Silas França e Matheus do Acordeon.

FLÁVIO BAIÃO: Flávio Baião nasceu no dia 28 de janeiro de 1968. Flávio Marcelo Mendes da Silva, o Flávio Baião é a síntese de um seguidor do forró feito por Luiz Gonzaga, Trio Nordestino e Dominguinhos. Ele é fiel ao valorizar o nome artístico que ganhou: Flávio Baião. 

Inspirado no tradicional chapéu de couro e sua simplicidade de ribeirinho nascido nas margens do Rio São Francisco Flávio é baião já gravou cinco Cds e 1 DVD. 

No chiado da sanfona, na batida da zabumba e no zunido do triângulo, esse músico segue difundido os autênticos ritmos nordestinos. Coco, baião, xote xaxado e arrasta- pé são as palavras de ordem desse grande cantor. Da sua voz ecoa melodias que revelam o jeito de ser e de viver do seu povo, suas músicas são marcadas pelo calor festivo presente no sertanejo; sendo o sol o maior dos holofotes a iluminar esse artista que, de tão apaixonado pela sanfona, adotou por sobrenome Baião.

Flávio conta que desde criança foi embalado pelas canções de Luiz Gonzaga, no vai e vem das quadrilhas juninas. "Minha mãe, dona Belinha é a responsável por tudo que faço em nome da cultura". 

Em 2015, o sanfoneiro, cantor e compositor Flávio Baião recebeu da Câmara de Vereadores de Juazeiro, a Comenda Doutor Pedro Borges Viana. A Comenda é uma forma de agradecer e homenagear pessoas que prestam relevantes serviços a comunidade. Flávio Baião atualmente além de inúmeros shows beneficentes é responsável por uma Escola de Música, que atende crianças e adolescentes no aprendizado da sanfona e outros instrumentos. Flávio Baião no ano de 2013 gravou o seu primeiro DVD-Feiras do Nordeste. 

JOÃOZINHO DE EXU; Joãozinho do Exu, traz no nome a referência da cidade onde nasceu o Rei do Baião Luiz Gonzaga. É considerado um dos principais compositores da atualidade, tendo gravações na voz de Dorgival Dantas, Xand do Aviões. Na sua trajetória artística e musical gravou Lps com a participação de sanfoneiros da categoria de Severo e Duda da Passira, e produção de João Silva, um dos principais compositores da música brasileira, e parceiro e produtor musical dos Lps de Luiz Gonzaga, que na época ficaram entre os mais vendidos.

Joãozinho nasceu na zona rural, Sítio Mandacaru. Herdou o talento do avô tocador de sanfona de 8 Baixos, o Pé de Bode. O talento o fez ganhar o mundo. 

Luiz Gonzaga que sempre foi capaz de reconhecer um talento, o presenteou com uma sanfona. Na época Joãozinho tinha 10 anos. São diversos os sucessos que o Brasil e especial o Nordeste canta embalado nas composições de Joãozinho de Exu. 

Antes do decreto da calamidade devido a pandemia do coronavírus, Joãozinho do Exu, estava programado a gravação do DVD, no Parque Asa Branca, data que também marca o Aniversário do sanfoneiro e teria a presença do cantor e compositor Dorgival Dantas, Fabio Carneirinho, Caninana do Forro, Valdonys, Edson Lima, Joquinha Gozanga, Flavio Leandro, Targino Gondim além de outros, parceiros e amigos que participam desta 'Vida de Viajante".

HOMENAGEM AO REI: "Andou pelo mundo inteiro tocando xote e baião voltou com a sanfona branca pra descansar no sertão. Eu sou Joãozinho do Exu e falo do Gonzagão! 

Seu Lula guarda a sanfona que agora eu vou falar das coisas lindas do Exu dos belos tempos de lá. Eu era ainda menino ouvindo você tocar! O tempo foi se passando e o menino cresceu ainda guardo comigo aquele presente seu relembro aquela sanfona que um dia você me deu! Hoje está tudo mudado tem até irrigação ogando a seca pra fora cuidando da plantação. Asa Branca é rodovia cruzando nosso sertão!

Chapéu de couro e gibão ainda se vê por lá xaxado, xote e baião dá gosto se escutar. Uma morena bonita uma noite de luar, pois quem visita o Exu um dia tem que voltar!

Andou pelo mundo inteiro tocando xote e baião voltou com a sanfona branca pra descansar no sertão. Eu sou Joãozinho do Exu e falo do Gonzagão!

SILAS FRANÇA: Silas França, tem 22 anos, acordeonista, ele integra uma nova geração de músicos. Nascido em Juazeiro, Bahia a música teve início muito cedo em sua vida."O meu pai Professor, e Pastor, também músico amador...me colocou gosto, desde cedo na arte. Antes de falar eu já solfejava", conta Silas.

Virtuoso e estudioso, dedicado e inspirado, Silas é capaz de com a mesma firmeza ter no repertório o melhor da música brasileira, jazz e forró. Apaixonado por música ele de forma autodidata, no início tocou violão, gaita de boca e outros instrumentos. "O Acordeon veio para derrubar tudo o que conhecia, entre os 13 e 14 anos de idade, para uma melhor comunicação musical também aderi ao forró, a música tradicional nordestina".

Silas revela que a  inspiração nos palcos e por onde anda se apresentando e fazendo palestras é em Luiz Gonzaga,  Sivuca, Oswaldinho do acordeon, Chiquinho do acordeon, Waldonys, mas de especial do Grande Dominguinhos.

Uma de suas grandes referências está no juazeirense João Gilberto. "Foi um grande amigo da minha família (Meu Avô e seus irmãos e irmãs) e para mim o que existe de mais "Brasil" para o mundo. Novos baianos, Dominguinhos, Armando Macedo, Luiz Gonzaga, Toninho ferragutti, Alexandro Kramer (Bêbe)...dentre vários mestres"

O músico aponta que gosta das possibilidades que a sanfona propõe. "É um instrumento riquíssimo e no meu caso é fácil se encontrar com as várias línguas dele. Minha família é de origem Italiana, isto me incentivou a pesquisa maior para com o instrumento, e junto as minhas referencias me encontro no mesmo contexto de pluralidade instrumental", finaliza Silas.

A sanfona é o principal instrumento das festas populares do mundo. Fascina pela sua sonoridade, pela diversidade de modelos e gêneros, mas seu encanto transcende o poder da música, porque desperta um afeto misterioso. 

Talvez pelo fato de ficar junto ao coração do sanfoneiro, ou, quem sabe, por ser um instrumento que é abraçado ao se tocar. Ou ainda, por ser um instrumento que respira. O fato é que a sanfona une as pessoas e é amada por todos os povos.

Silas é um exemplo e distribui o prazer de tocar na vida de viajante, qual os mestres Luiz Gonzaga e Dominguinhos.

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FORRÓ DO POEIRÃO FAZ HOMENAGEM A CANTORA E SANFONEIRA DE 8 BAIXOS, CHIQUINHA GONZAGA

O Forró do Poeirão 2022,  acontece no sábado (29), a partir das 13hs, em Ouricuri-Pernambuco, na Churrascaria Chico Guilherme.  O evento é coordenado pelo cantor e compositor Tacyo Carvalho e produção de Alzeni Suzart.

O Forró do Poeirão já é tradição e a cada aumenta o número de forrozeiros que participam da Festa. O objetivo é valorizar e prestar uma homenagem a todos os amigos, admiradores e seguidores de Luiz Gonzaga. Este ano o Forró do Poeirão faz homenagem a irmã do Rei do Baião, a cantora e sanfoneira de 8 baixos, Chiquinha Gonzaga.

Forró do Poeirão faz homenagem no próximo sábado (29), a primeira mulher a tocar uma sanfona de oito baixos nos anos 50 foi a  cantora e compositora Chiquinha Gonzaga, irmã do Rei do Baião.

Chiquinha Gonzaga, irmã do Rei do Baião Luiz Gonzaga nasceu no dia 11 de dezembro de 1925. Se fosse viva estaria completando 97 anos. Chiquinha costumava dizer em vida dizer: "É preciso manter a tradição de meu pai Januário, o  maior sanfoneiro de oito baixos que o Nordeste já teve". Generoso, disposto a arrumar trabalho para a família inteira, Luiz Gonzaga criou o grupo Os Sete Gonzagas, formado por ele, o pai e mais cinco irmãos, incluindo, mesmo sob os protestos de dona Santana.

A cantora e compositora Francisca Januária dos Santos, Chiquinha Gonzaga, "partiu para o Sertão da Eternidade, aos 85 anos, no ano de 2011, era a caçula dos irmãos de Luiz Gonzaga. 

Em vida sua história foi marcada por desafios. Chiquinha enfrentou o machismo da sociedade. Irmã de Luiz Gonzaga, também seria vítima do mesmo tipo de preconceito ao arriscar as primeiras notas na sanfona de  oito baixos do pai, mestre Januário. Proibida de tocar pela mãe, Dona Santana, Chiquinha só aos 74 anos gravou um disco inteiro dedicado a sanfona de 8 Baixos. Méritos de Gilberto Gil que bancou a idéia, produziu o CD e encorajou sua volta aos palcos.

Chiquinha e o compositor baiano ficaram amigos durante as filmagens, de "Viva São João!", documentário dirigido por Andrucha Waddington. No filme, um entusiasmado relato das festas juninas em 19 cidades do Nordeste, os dois visitam Exu, cidade da família Gonzaga, e relembram histórias do rei do baião e do sertão pernambucano. Na oportunidade Gilberto Gil prometeu que iria ajudar Chiquinha a voltar a gravar.

Devoto do baião, Gil já tinha feito o mesmo agrado ao irmão mais velho de Chiquinha, mergulhado no ostracismo no fim da década de 60, depois do  surgimento da bossa nova e da jovem guarda. O compositor baiano gravou "17 Légua e Meia", antigo sucesso de Gonzagão, no álbum "Gilberto Gil" - que contém "Cérebro Eletrônico"-, em 1969. Outro tropicalista, Caetano Veloso  (exilado em Londres), repetiria a homenagem dois anos mais tarde, numa histórica regravação de "Asa Branca".

O álbum "Pronde Tu Vai, Luiz?", lançado de forma independente, conta com a participação de Gilberto Gil na faixa-título, originalmente gravada por Gonzagão em 1954, num dueto com a irmã. Há outros convidados ilustres, como o tocador de gaita e acordeonista gaúcho Renato Borghetti, mas quem brilha mesmo é Chiquinha.

Chiquinha Gonzaga participou com a família, do show de lançamento da TV Tupi e gravou cinco LPs (Filha de Januário, em 1973; Xodó na Rede, em 76; Penerou Xerém, em 78; Chiquinha Gonzaga e Severino Januário e Forró com Malícia, ambos em 80). Em 2002 gravou o CD Pronde tu vai, Lui?, com participação de Gilberto Gil. Estrela em programas de rádio, apresentou-se em Nova York e, de tão bem que dançava o forró, ficou conhecida como pé de ouro.

Chiquinha nas suas conversas contava que esperava os pais partirem para o trabalho na roça para que ela pudesse pegar a sanfona num canto do quarto de Seu  Januário. A farra durava pouco. Quase sempre era pega em flagrante pela mãe. "Larga isso, menina! Isso é coisa pra homem!", censurava Dona Santana.

A emancipação só veio em 1949, quando Luiz Gonzaga, já desfrutando da fama de sanfoneiro no Rio de Janeiro, como autor de "Baião", "Asa Branca" e "Juazeiro", comprou um caminhão e mandou buscar a família em Exu (Gonzagão queria que os parentes viajassem de avião, mas Seu Januário, indignado - ou com medo-, disse que não era urubu para andar pelos céus).

Tanto Seu Januário como Dona Santana, enraizados em Pernambucano, nunca pensaram em deixar o Estado. Achavam, aliás, que o Sul do país não era lugar para o "menino" Luiz se aventurar.

Mudaram de idéia e foram para o Rio de Janeiro. A viagem para o Rio de Janeiro durou  vários dias ("tinha até fogão dentro do caminhão", lembrava Chiquinha), mas  valeu a pena, principalmente para a jovem cantora.

A popularidade do irmão explodiu na década de 50 e Chiquinha, mesmo sem tocar sanfona, passou a cantar forró em pequenas casas noturnas do Rio. No embalo do irmão gravou cinco LPs e estrelou programas de rádio. 

Chiquinha sempre lembrava de histórias curiosas dessa fase. Como chegou a desfrutar  de um relativo sucesso, algumas pessoas passaram a confundi-la com a musicista carioca de mesmo nome, morta 20 anos antes, em 1935. "Eu achava que esse tipo de confusão nunca aconteceria. Mas ficava assustava quando pediam para eu cantar 'Ô Abre-Alas' (marcha carnavalesca de estrondoso sucesso, composta em 1899)", recorda-se Chiquinha.

Gonzagão, principal incentivador da irmã e seu padrinho musical, tratou de desfazer a confusão. Passou a apresentá-la aos donos de casas noturnas e empresários como "Chiquinha Gonzaga, a Cantadora de Forró". Ela lembra que, mesmo assim, sempre havia alguém que estranhava a ausência do piano clássico no palco.

"É preciso manter a tradição de meu pai Januário, o maior sanfoneiro que o Nordeste já teve", dizia Chiquinha, cantarolando "Respeita Januário", um dos grande sucessos de Gonzagão: 'Luiz, respeita Januário/ Luiz, respeita Januário/ Luiz, tu pode ser famoso mas teu pai é mais tinhoso/ E com ele ninguém vai, Luiz/ Respeita os oito baixo do teu pai/ Respeita os oito baixo do teu pai." 

"Chegou a hora de respeitar os oito baixos da irmã de Luiz Gonzaga, o eterno Gonzagão", brincava a cantora em vida.

A cantora, compositora e sanfoneira Chiquinha Gonzaga, morreu no ano de 2011, aos 85 anos. Segundo a família, ela sofria de Mal de Alzheimer.

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TÁCYO CARVALHO: FORRÓ DO POEIRÃO 2022 ACONTECE NESTE SÁBADO (29), NO RESTAURANTE CHICO GUILHERME, EM OURICURI

O Forró do Poeirão 2022,  acontece no sábado (29), a partir das 13hs, em Ouricuri-Pernambuco, na Churrascaria Chico Guilherme.  O evento é coordenado pelo cantor e compositor Tacyo Carvalho e produção de Alzeni Suzart.

O Forró do Poeirão já é tradição e a cada aumenta o número de forrozeiros que participam da Festa. O objetivo é valorizar e prestar uma homenagem a todos os amigos, admiradores e seguidores de Luiz Gonzaga. Este ano o Forró do Poeirão faz homenagem a irmã do Rei do Baião, a cantora e sanfoneira de 8 baixos, Chiquinha Gonzaga.

Tacyo Carvalho é cantor e compositor, organizador do Forró do Poeirão. O Forró do Poeirão dá visibilidade aos músicos e ao próprio forró. “O projeto amplia o espaço para os artistas divulgarem seus trabalhos e já se tornou um grande encontro onde os amigos fazem a confraternização. O compromisso é o legado deixado por Luiz Gonzaga”.

Tácyo ganhou o apelido de Luiz Gonzaga: o garotão de Ouricuri. Isto aconteceu devido a popularidade que Tácyo Carvalho atingiu apresentando programas de Rádio no Rio de Janeiro e sendo um dos responsáveis em divulgar a vida e obra de Luiz Gonzaga nos meios de comunicação no sudeste. 

Tácyo é o autor de Trem do Sertão, uma das mais belas músicas do cancioneiro brasileiro. 

Interessados entrar em contato com Alzeni Suzart  (whatsApp)71 992943603

"O forró do poeirão já é um sucesso e é uma oportunidade de fazermos um grande encontro, confraternização de amigos e amantes da boa música e valorizar nosso forró, xote e baião", define Tacyo Carvalho.

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FILME EDUARDO E MÔNICA: DÁ VONTADE DE LEVANTAR DA POLTRONA E APLAUDIR PARA A TELA

Quando Renato Russo cantou que não há razão nas coisas feitas pelo coração, ele não estava errado. Eduardo e Mônica é uma canção que inevitavelmente acabou criando dois personagens populares da música brasileira e consequentemente tornou-se referência para o famigerado "opostos se atraem". Finalizada em 2019, a adaptação cinematográfica levou um tempão para ser concluída e ainda mais dois longos anos para chegar às telonas por conta da pandemia da covid-19.

É necessário explicar esse contexto para mensurar a tamanha responsabilidade na hora de trazer dois personagens tão significativos e eternizados na música do Legião Urbana para uma narrativa audiovisual. Uma vez que quanto maior a distância entre a expectativa e realidade, maior a frustração, o diretor René Sampaio mexe com a memória afetiva do brasileiro e também com a cultura nacional entregando uma história sem beirar o surrealismo — e que pode estar acontecendo mais perto do que imaginamos.

Eduardo e Mônica é, sobretudo, um filme sobre paixão e para os apaixonados — mas não no sentido de entregar uma comédia romântica repleta de elementos escapistas para dias difíceis.

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René Sampaio propõe uma reflexão praticamente universal sobre a romantização das diferenças e como a realidade pode ser um tanto dura para os românticos incorrigíveis. Quando Renato Russo contou uma história sobre duas pessoas absolutamente diferentes uma da outra (seja na faixa etária até a assuntos mais complexos, como posicionamentos sociopolíticos), pouco se pensou o quão difícil seria viver esse romance na prática, e a realidade acaba sendo bem distante do romance que os versos da canção propõem: chega um momento que o amor é o de menos.

Isso pode acabar ressoando em cada um de maneira dolorosa, quase sem pedir licença; mas Sampaio conta essa história de um jeito bem natural e fluido, sem dar margens para aqueles sem decepções amorosas dizerem qualquer coisa sobre a mudança de tom da música. Não existe.

Numa realidade, seja em 2022 ou 1986, seja em Brasília ou no Rio de Janeiro, há um momento em que a própria vida exige sintonia nos passos em que damos, e Eduardo e Mônica traz esse momento de consciência de forma sutil e discreta na superfície, mas que arranha no interior — exatamente como acontece na vida real.

Tal como qualquer início de relacionamento, a paixão mascara essas diferenças à princípio, mas depois elas passam a se tornar características gritantes e decisivas para uma eventual ruptura. Eduardo e Mônica não as romantiza por si só, apenas as mostra sendo romantizadas no começo por ambas partes do relacionamento como acontece em qualquer outro.

Tudo está aqui: as falhas de comunicação que indicam o fim e a impaciência para resolver crises minúsculas, mas que mostram serem um acumulado de diversos outros incômodos.

O diretor ainda oferece uma reflexão sobre os paradigmas que nós mesmos criamos quando ouvimos essa história pela primeira vez. Mônica (Alice Braga) é uma mulher com espírito livre, rockeira e muito inteligente — como o músico eternizou em seus versos. Eduardo (Gabriel Leone) de fato está prestando vestibular e não é o melhor aluno em sua turma, porém o interessante de se acompanhar é como Sampaio explora o coração tão puro como o de uma criança de seu personagem, capaz de quebrar as barreiras que Mônica construiu ao seu redor.

No final das contas, o tão esperado ensino sobre amadurecimento acaba virando-se como alguém gira um tabuleiro do avesso: a inocência (e até mesmo ingenuidade) de Eduardo mesclado ao seu entusiasmo pelo agora e paixão pela vida acabam dando à Mônica a maturidade que todos acreditavam que ela tinha.

Eduardo e Mônica, nesse aspecto, quebra a ideia de que idade e autonomia são relativos a maturidade emocional; René Sampaio mergulha o longa nessa reflexão e forma um bolo na garganta de cada espectador. A forma como ressoa, no entanto, é muito particular de cada um: seja transbordando em lágrimas nos créditos finais ou tendo vontade de levantar da poltrona e aplaudir para a tela.

"E QUEM ME IRÁ DIZER QUE NÃO EXISTE RAZÃO"-No final das contas, Eduardo e Mônica acontece mais perto do que imaginamos. O que se mostrou inicialmente ser uma canção com um conto de fadas moderno sobre opostos acaba se tornando, na prática, uma novela adulta e urbana: com longos expedientes, cansaço mental, parentes repletos de pré-conceitos, grupos de amigos com diferentes costumes e distâncias que são mais díficeis de lidar do que o esperado.

O filme mostra que, na prática, as coisas são diferentes, e mesmo trazendo um final feliz como o próprio Renato Russo propusera, existe aqui a ideia de "pessoa certa na hora errada" ou a vontade de fazer dar certo independentemente de qualquer coisa.

Ambientado numa Brasília que se reerguia da Ditadura Militar e mergulhado em clássicos do rock 'n roll e da música oitentista estrangeira, Eduardo e Mônica fecha o ano (ou inicia 2022) celebrando o cinema nacional e dando vigor à uma das mais populares histórias de amor brasileiras.

Eduardo e Mônica está em cartaz nos cinemas de todo o Brasil (Fonte:  Beatriz Vaccari-Jornalista pela Universidade Metodista de São Paulo. Apaixonada por cinema, literatura e música)

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LIVE MEMÓRIA E POESIA ACONTECE NESTA QUINTA-FEIRA 27

Um sarau virtual. É assim que os organizadores da live “Memória e poesia” estão chamando o evento que vai ao ar nesta quinta-feira (27), às 17h20, no Canal “Cultura do Sertão do Araripe”, para celebrar a história e a cultura do povoado de Poço Dantas, localizado na cidade de Santa Cruz (Sertão).

A ideia da iniciativa, que foi contemplada com os recursos da Lei Aldir Blanc em Pernambuco, é mostrar um pouco dessa memória coletiva do povoado, com poesias que estão no imaginário do povo sertanejo.

HISTÓRICO - Há 12 anos, Luzia Barbosa, moradora da comunidade de Poço Dantas, fundou o “Memorial Sertanejo”, um museu que reúne em seu acervo todo tipo de objeto que faz parte da vida do povo do Sertão, como moinhos, selas e candeeiros.

Instalado numa casa centenária, pertencente à paróquia local, o acervo conta atualmente com mais de 200 peças, todas doadas por moradores da comunidade de Poço Dantas, da cidade de Santa Cruz e sítios vizinhos.

TRANSMISSÃO - A live trará um pouco dessa história e fará um tour pelo “Memorial Sertanejo”, ouvirá depoimentos e, através de um recital, poetas da região representarão em versos um pouco desse universo histórico e cultural que faz parte o Memorial Sertanejo e a comunidade de Poço Dantas. Além de Luzia Barbosa, participam da live os poetas Juarez Nunes e Ramírio Nunes. A transmissão será feita pelo link: www.youtube.com/watch?v=hu2DMvyOu7Q.

Serviço: Live “Memória e poesia”, com as participações de Luiza Barbosa, Juarez Nunes e Ramírio Nunes

Quando: 27 de janeiro (quinta-feira), às 17h20

Transmissão pelo link: www.youtube.com/watch?v=hu2DMvyOu7Q.

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RÁDIO CONTINUA VANGUARDA PELA CAPACIDADE DE MEXER COM A IMAGINAÇÃO DAS PESSOAS, DIZ PUBLICITÁRIO WASHINGTON OLIVETTO

O rádio passa por uma profunda transformação diante do avanço do áudio digital. Apesar das mudanças sofridas, ele preserva um conjunto de características que o torna capaz de absorver e explorar uma série de inovações, na avaliação de especialistas que compuseram a mesa de discussão “30 anos da CBN: das ondas ao podcast, o futuro do áudio”, no Palco do Conhecimento, na Rio Innovation Week.

Para Washington Olivetto, publicitário e fundador da W/GGK, da W/Brasil e da WMcCann, tanto o rádio quanto o podcast - que se popularizou nos últimos anos - possuem capacidade singular de lidar com a instantaneidade e a imaginação do público se comparado aos demais meios de comunicação:

"O rádio continua vanguarda por ter duas características imbatíveis: a instantaneidade e a capacidade de mexer com a imaginação das pessoas. Esse tipo de imaginação o rádio sempre vai ter e o podcast também. E isso bem produzido tem tudo para ser cada vez mais sucesso, seja para os anunciantes que apostaram nisso, seja para as agências que precisam de prestígio para trabalho criativo".

Márcia Menezes, head de Jornalismo Digital da Globo, destaca que o formato do áudio traz “uma temperatura do que está acontecendo” e mistura, no jornalismo, a informação com a “emoção e a verdade”.

Isso permite, avalia, que o mercado teste programas em áudio com formatos de curta e longa duração, a depender do consumo. A revolução trazida pelos podcasts, inclusive, expõe o potencial do áudio digital no mercado brasileiro:

— A voz traz o componente do humano, da verdade. Fizemos uma pesquisa em 2020 no Brasil que mostra que os novos formatos de áudio entram muito nas áreas urbanas, especialmente Sudeste e capitais do Nordeste. Ele captura - seja jornalismo ou entretenimento - várias gerações, especialmente entre os jovens a partir de 15 e 16 fala muito com a população brasileira, com a classe C.

Na avaliação de Marcelo Kischinhevsky, professor e pesquisador de Rádio da UFRJ, o rádio se adaptou melhor ao ecossistema digital do que a televisão aberta no país, que “demorou a entender o novo contexto de concorrência''.

Ele avalia que o rádio está cada vez mais inserido na lógica multiplataforma ao passo em que está presente no smartphone, nas mídias sociais, na TV por assinatura e até nos smart speakers (assistentes de voz). Uma das próximas tendências para os próximos anos, diz, será o formato de “rádio híbrido”:

A BMW, por exemplo, fechou um acordo para ter equipado nos veículos de fábrica o rádio híbrido, que inclui o rádio digital via internet e o analógico. Você clica no painel do seu carro e ele busca nos dois formatos o melhor sinal e coloca pra tocar pra você. Além disso, tem outras coisas sendo estudadas no rádio híbrido que envolve a escuta não linear, em que o usuário pode ter acesso a listas de músicas que vão tocar na rádio e pular o que não quer ouvir ou ouvir fora daquela ordem, podendo voltar ao fluxo normal à qualquer momento. São algumas das novidades a nível internacional.

Para Washington Olivetto, uma das frentes que ainda precisam ganhar corpo no Brasil é o investimento publicitário em áudio digital. Há vasto potencial de crescimento na área, diz ele:

— Historicamente, o que fez o sucesso da publicidade brasileira foi a boa relação entre agências, veículos e anunciantes. Mais do que nunca, agora com o rádio, podcasts e a possibilidade de alguns assumirem características visuais, é fundamental que agências e anunciantes de veículos estejam unidos para a gente começar a fazer coisas cada vez de maior qualidade. (Fonte: O Globo)

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PALESTRA GRATUITA EM JUAZEIRO VAI ENSINAR TÉCNICAS PARA VENCER O MEDO DE FALAR EM PÚBLICO

Quem deseja vencer o medo de falar em público e se expressar com desenvoltura poderá participar gratuitamente da palestra "Comunicação é Poder", ministrada pelo professor de Oratória Paulo Ricardo Moreira. 

O evento acontecerá dia 02 de fevereiro (quarta-feira), às 19h, na Faculdade UNIBRAS Juazeiro-BA, localizada na Rua do Paraíso,  bairro Santo Antônio (ao lado da Univasf). As inscrições podem ser feitas pelo fone/zap (87)98852-3517. Estão sendo disponibilizadas 50 vagas. 

Na palestra, o professor abordará técnicas sobre como vencer a timidez; sobre o uso correto da voz e das expressões corporais e qual o caminho para falar bem em público.

"Dominar essas técnicas de Oratória coloca o profissional em uma posição de destaque no mercado de trabalho. De acordo com uma recente pesquisa do Linkedin, a comunicação  tornou-se a habilidade mais valorizada pelos empregadores durante a pandemia", afirmou Paulo Ricardo


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