FÓRUM BAIANO DE COMBATE AOS IMPACTOS DOS AGROTÓXICOS PROMOVE SEMINÁRIO SOBRE MORTANDADE DE ABELHAS

O Fórum Baiano de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos, Transgênicos e Pela Agroecologia (FBCA) realizou, essa semana, o Seminário Agrotóxicos e Mortandade de Abelhas: Consequências para a Vida. O evento foi aberto ao público e transmitido simultaneamente pelo Zoom e pelo Youtube.

Moderado pela promotora do Ministério Público do estado Luciana Khoury, também coordenadora do FBCA, o evento virtual contou com a presença de professores especialistas na cultura de abelhas, meliponicultores, e advogados que orientaram sobre a legislação que envolve a produção. O seminário trouxe dados estatísticos, informações técnicas e relatos de profissionais que lidam diretamente com a espécie e sofrem com os efeitos da mortandade de abelhas, mobilizando abordagens aprofundadas sobre a temática.

A programação foi dividida em dois turnos para contemplar todos os palestrantes e abrir espaço para debate popular. Em abertura, Luciana Khoury e convidados destacaram a relevância de discutir o tema para a preservação da vida. “Nós sabemos da importância das abelhas para a vida no planeta e elas estão sendo grandes vítimas, assim como a população também. Nós, do Fórum, acreditamos que é importante ter um dia voltado a essa temática para pensarmos juntos como enfrentar esses desafios”, afirmou a promotora e coordenadora do FBCA.

O subprocurador-geral do Ministério Público do Trabalho e coordenador do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FNCIAT), Pedro Serafim, ressaltou o caráter vanguardista do Fórum, protagonista na Bahia e no cenário nacional, na infantaria do movimento. 

O deputado estadual Marcelino Galo, presidente da Frente Parlamentar Ambientalista alertou para os perigos do aquecimento global e o uso desenfreado de agrotóxicos em plantações. “As abelhas estão sendo alvo, estão morrendo. Dizimando as abelhas, vamos dizimar a produção de alimentos e vamos dizimar a vida”, disse o deputado.

O primeiro bloco de apresentações se iniciou com o relançamento do livro Meliponicultura Básica para Iniciantes, da professora Genna Sousa. A obra surgiu da necessidade de informação básica aos criadores de abelhas nativas, tendo em vista o crescimento do número desses profissionais nos últimos anos. Trata-se do primeiro de uma série de três volumes com informações técnicas sobre a meliponicultura, bem como todo aparato legal para essa atividade. O segundo volume deve ser lançado ainda em 2021 e vai tratar das técnicas avançadas no ofício.

O professor Lionel Gonçalves, titular aposentado da USP, concedeu a primeira palestra do evento e se emocionou ao falar sobre a mortandade de abelhas em decorrência dos agrotóxicos. Segundo o professor, o Brasil é o maior consumidor de agrotóxicos do mundo e os limites para o uso no país chegam a ser cinco vezes mais altos que os limites europeus.

Lionel alerta que o glifosato, até o momento, é permitido em uma concentração de apenas 0,1 miligramas por litro na água pelas leis europeias e será proibido no continente a partir de 2022. Enquanto isso, no Brasil, o limite é de 500 mg por litro. 

O professor explica, também, como os neonicotinóides, uma classe de alguns inseticidas derivados da nicotina, afetam as abelhas: “Ao chegar nas culturas onde existe a presença de pólen ou néctar, as abelhas entram em contato com esses agentes químicos e eles atuam no cérebro de tal forma que causam uma deterioração que ela passa a ter dificuldades fisiológicas e memoriais. A abelha acaba esquecendo de onde veio, como voltar, e, com isso, morre no campo”.


Em seguida, o advogado e mestre em direito da sustentabilidade e sociobiodiversidade, Leonardo Ferreira Pillon discorreu sobre os recursos da legislação que podem contemplar a mortandade de abelhas, como o art. 54 da Lei de Crimes Ambientais, que prevê sanções para quem “causar poluição de qualquer natureza em níveis tais que resultem ou possam resultar em danos à saúde humana, ou que provoquem a mortandade de animais ou a destruição significativa da flora”.


“Não falta legislação para se fazer uma responsabilização desses casos e uma apuração. O que falta, na verdade, são protocolos de investigação que atendam a complexidade desses fenômenos. Há poucos profissionais que conhecem as implicações dos agrotóxicos e existe também uma narrativa difundida muito perigosa de que os agrotóxicos são seguros e não causam danos. Além de falsa, ela induz comportamentos de risco e uma normalização do cenário que a gente vive hoje”, explica o advogado.


No turno da tarde, as apresentações retornaram com a participação do meliponicultor Márcio Pires. No ramo há mais de 30 anos, Márcio compartilhou o relato trágico de uma perda que acometeu sua produção. Depois da aplicação de “fumacê” em uma região próxima a uma de suas culturas, o produtor chegou a perder 50% das abelhas, que morreram envenenadas. “Foi uma perda genética enorme, porque eram minhas matrizes genéticas selecionadas, melhoradas para a produção, que já estavam a ponto de dividir. De 40 colônias, perdi 20.”


A professora Genna Souza também participou do evento como palestrante. Em sua apresentação, a bióloga, pesquisadora e coordenadora do Setor de Meliponicultura da Universidade Estadual do Sudoeste da Bahia (UESB), abordou as dimensões dos impactos de agrotóxicos na meliponicultura no estado. Além disso, Genna trouxe orientações para identificar a intoxicação da espécie, como: presença de abelhas mortas ou agonizando no entorno das caixas, redução no número de postura, diminuição da atividade de forrageamento de pastagem, defensividade em excesso e incapacidade de substituição das larvas.


Em seguida, a fiscal da Agência Estadual de Defesa Agropecuária da Bahia (ADAB) e coordenadora do Programa Estadual de Sanidade das Abelhas, Rejane Peixoto Noronha, tratou da importância dos registros do apiários, de apicultores e meliponicultores como medida de enfrentamento à mortandade. Ela apresentou a interface do sistema e ensinou como efetuar o cadastramento, que saltou de 57 apicultores cadastrados, em 2017, para 2.376 em 2021. Rejane adverte que, quando houver suspeita de doença ou intoxicação das abelhas, é fundamental fazer a notificação para que haja a devida investigação.


Por último, Cléber Folgado, membro do Fórum Nacional de Combate aos Impactos dos Agrotóxicos e Transgênicos (FNCIAT) e assessor técnico jurídico da Promotoria Regional Ambiental no MPBA, também trouxe instruções para os produtores. Cléber apresentou o site do FBCA, o formulário para denúncias de mortandade de abelhas da página, e indicou orientações jurídicas que podem ser aplicadas antes e depois de uma ocorrência de mortandade.


Para resguardar o produtor, antes de tudo, Cléber sugere que ele efetue o cadastro na ADAB, procure detalhar ao máximo, se possível com GPS, a identificação e a localização das colônias e informá-la aos órgãos oficiais e confrontantes (com prova de recebimento). Além disso, o assessor instrui construir uma autorização ou instrumento de consentimento prévio, de forma que se possa comprovar que os agricultores da região têm conhecimento das colônias.


Caso ocorra um episódio de mortandade, Cléber Folgado orienta comunicar imediatamente os órgãos (ADAB, MPBA, prefeituras, entre outros), coletar o máximo de provas, como fotos, vídeos e identificação de suspeitos, registrar o boletim de ocorrência em delegacia policial e produzir um laudo fitotoxicológico, se possível. Se necessário, o produtor pode recorrer à judicialização para a reparação dos danos.


O seminário encerrou com a abertura para perguntas do público e debates sobre o tema. Transmitido ao vivo pelo Youtube, os dois vídeos das apresentações, da manhã e da tarde, já somam mais de 600 visualizações e podem ser vistos no canal da ONG Agendha. Para mais informações sobre o evento e sobre o Fórum, interessados podem acessar o site do FBCA.

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PESQUISADORES EM JUAZEIRO E PETROLINA MANTÉM VIVA A MEMÓRIA DE RAUL SEIXAS

A biografia de Raul Seixas é pra lá de interessante, permeada por muita genialidade, inovação e inconformismo com um sistema no qual não se encaixava, e sua figura ainda fascina o público, mesmo 32 anos após a sua morte.

Em 21 de agosto de 1989, Dalva Borges, secretária particular, entrou no quarto do músico para abrir a janela, como fazia todos os dias. Reparou que o lençol o cobria até a altura do peito, mas não notou nada de estranho.

Somente após iniciar suas tarefas é que a funcionária estranhou o silêncio: ora, Raul tinha o costume de acordar ao menor ruído!

Assim, Dalva retornou ao quarto para checá-lo e percebeu que ele permanecia do mesmo jeito. Pressentia que teria morrido.

Após telefonar para Marcelo Nova e Jerry Adriani, amigos do cantor, e não conseguir falar com eles, Dalva ligou para José Roberto Romeira Abrahão, que pediu para que ela colocasse um espelho diante do nariz de Raul, para verificar se ele ainda respirava.

Com a resposta negativa, Abrahão localizou Marcelo Nova e convocou o médico Luciano Stancka, que confirmou a morte. 

O alcoolismo e a diabetes, agravados pelo fato de não ter tomado a insulina na noite anterior, foram a causa da pancreatite aguda fulminante que acometeu o cantor.

Trinta e dois anos depois de sua partida, 21 de agosto de 1989, Raul Seixas segue firme nas paradas de sucesso. Para relembrar o artista, o Ecad traz um levantamento das mais tocadas do “Maluco Beleza”. Nascido em 28 de junho de 1945 em Salvador, Raul Seixas foi um artista expressivo e nada convencional. Misturou rock com ritmos nordestinos e tem até hoje uma legião de fãs. No banco de dados do Ecad, o cantor e compositor tem 316 músicas e 361 gravações cadastradas.

Um dos fãs de RauL Seixas mora em Petrolina: Iranildo Moura teve a infância e adolescência vivida na beira do Rio São Francisco e teve a "satisfação de ser fotografado com o Maluco Beleza e de nos anos 70 e 80 curtir um dos mais talentosos cantores da música brasileira"

IraniLdo quando criança viveu em Casa Nova, Bahia. Ali entre os 8 anos e 12 anos conta que vivia olhando os barcos, os vapores que navegavam no rio São Francisco. "Entao comecei a pintar e fazer quadros. Expressar a natureza e a vida através da pintura.. Outra mania é colecionar discos de vinil, cds", conta Iranildo.

Iranildo é Apaixonado por cinema possui quase 3 mil filmes destaque para a história do Cangaço.

Para homenagear Raul Seixas a Ecad fez um levantamento das músicas mais tocadas e “Tente outra vez”, parceria com Paulo Coelho e Marcelo Motta, ficou à frente no ranking das mais tocadas entre 2015 e 2019. Na sequência ‘Metamorfose ambulante”, “Cowboy Fora da Lei”, “Maluco beleza” e “Gita” completam a lista das cinco primeiras colocadas.

Raul Seixas foi um artista expressivo e nada convencional. Misturou rock com ritmos nordestinos e se mantém até os dias atuais com uma legião de fãs. No banco de dados do Ecad, o cantor e compositor tem 316 músicas e 361 gravações cadastradas. 

Nos últimos cinco anos ele teve a maior parte de seus rendimentos em direitos autorais pela execução pública de suas músicas proveniente dos segmentos de rádios, TVs, shows e música ao vivo, que correspondem a quase de 85% do que foi destinado a ele.


Em Juazeiro Bahia, Jonivaldo Fernandes de Souza, 63 anos,  conhecido por professor Vado, graduado em Geografia e Filosofia, é um pesquisador que mantém a vida e obra, memória e história musical de Raul Seixas vivas.

Atualmente ministrando aulas na Escola Estadual Chico Mendes no Assentamento Vale da Conquista (CETEP), localizado em Sobradinho, Bahia o professor Vado, é um colecionador e aponta que "são 10.076 anos do nascimento do Maluco Beleza".

"Sobre a obra de Raul Seixas desde os  15 anos de idade que acompanho a trajetória musical dele. Só que tem um porém há 35 anos que faço pesquisas e estudo a referida obra, mas no dia 21 de agosto de 1989, dia em que Raul Seixas pegou o seu disco voador e foi para o outro planeta, nós os simpatizantes do Raulzito criamos o Movimento RaulSeixista  de Juazeiro da Bahia", diz Vado, acrescentando que a idade de nascimento do ídolo Raul Seixas, coincide com a data de nascimento da filha dele, a caçula Ivis Lourenço.

Recentemente, os fãs compartilharam o hit O Dia Em Que A Terra Parou, destacando que a letra de 1977 tem tudo a ver com o atual momento de isolamento social provocado pela crise sanitária da pandemia da Covid 19. 



 



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CONSELHOS DE BIOLOGIA DEBATEM COMPLEXO EÓLICO DE CANUDOS E CONSERVAÇÃO DA ARARA AZUL DE LEAR

A arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é uma espécie exclusivamente encontrada na Caatinga. Os dois principais dormitórios das araras-azuis-de-lear ficam localizados nos municípios de Jeremoabo e Canudos. 

E é justamente nesse último que está prevista a instalação de um parque eólico que ameaça a conservação da espécie. Esse assunto será discutido pelo Conselho Regional de Biologia da 5ª Região (CRBio-05) e Conselho Regional de Biologia da 8ª Região (CRBio-08), que promoverão uma live no dia 26/08 (quinta-feira), às 19h30, com transmissão ao vivo no canal do YouTube dos dois conselhos.

O debate terá como tema “O Complexo Eólico de Canudos e a conservação da arara-azul-de-lear: como conciliar?”, com moderação do CRBio-05 e CRBio-08 em parceria. Foram convidados para o encontro virtual representantes da Fundação Biodiversitas, do ICMBio/CEMAVE, do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos - INEMA, órgão que autorizou o empreendimento, representante do Ministério Público Estadual da Bahia, e da Voltalia Energia do Brasil LTDA.

“Vamos colocar em discussão as implicações decorrentes da implantação do Complexo Eólico de Canudos em área de ocorrência da arara-azul-de-lear. Os números comprovam visivelmente o processo de recuperação dessa espécie de ave brasileira ameaçada de extinção, sendo um exemplo para o país”, destaca a Vice-Presidente do CRBio-05, Bióloga Gardene Maria de Sousa.

“Isso tem acontecido graças às parcerias estabelecidas com a comunidade local, diversas instituições nacionais e internacionais, como a Fundação Biodiversitas, que tem uma reserva estabelecida em Canudos para proteger um dos principais locais de reprodução da espécie, órgãos ambientais, poderes públicos e proprietários de terra”, acrescenta o presidente do CRBio-08, Biólogo César Carqueija.

A espécie arara-azul-de-lear (Anodorhynchus leari) é classificada pelo Ministério do Meio Ambiente como ameaçada de extinção, na categoria “Em perigo”. Além do perigo do tráfico internacional de fauna silvestre, agora encontra-se sob nova ameaça – a instalação de um parque eólico no município de Canudos, o que poderá comprometer todos os esforços e resultados obtidos até o momento.

“O uso de alternativas energéticas sustentáveis é fundamental para a conservação do ambiente, mas desde que siga planejamentos voltados a minimizar os impactos de sua implantação. Ao custo da extinção de uma espécie, não”, acrescenta o presidente do CRBio-08, César Roberto.

As estimativas populacionais realizadas entre 1985 e 1999 indicaram números muito baixos, de 60 na primeira contagem, a 170 na última. A partir de 2001, o CEMAVE – Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Aves Silvestres, vinculado ao ICMBio, iniciou com um amplo leque de parcerias um programa de manejo da espécie, incluindo estimativas populacionais periódicas, que apontam hoje para uma população de cerca de 1.500 indivíduos na natureza.

SERVIÇO: "O Complexo Eólico de Canudos e a conservação da arara-azul-de-lear: como conciliar?”

Data: 26/08 (quinta-feira)

Horário: 19h30

Transmissão: canal do YouTube do CRBio-05 (https://bit.ly/2XCz018) e CRBio-08 (https://bit.ly/2W80ECL)

Moderação: CRBio-05 e CRBio-08

Participantes: Foram convidados representantes das instituições

- Fundação Biodiversitas;

- ICMBio/CEMAVE;

- Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (INEMA));

- Ministério Público Estadual da Bahia;

- Voltalia Energia do Brasil LTDA


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EXISTE MÚSICA PARA TODO ESTADO DE ESPÍRITO

Lidar com o isolamento causado pela pandemia ou com as dificuldades que surgem no dia a dia não é fácil para muitas pessoas. Há quem busque na música um caminho para tornar tudo mais leve, gostoso, prazeroso. 
Nessa fase de reclusão, houve quem se propôs o desafio de tentar descobrir em si um talento até então insuspeito, aprendendo a cantar, tocando um novo instrumento ou simplesmente escutando muito mais música.

Marco Antonio da Silva Ramos, professor titular sênior em Regência Coral no Departamento de Música da Escola de Comunicações e Artes da USP, cita que “existe música para todo estado de espírito”. 

Ele também conta que “houve um expressivo aumento de acessos às novas plataformas de música, vídeos musicais, que podem ampliar a visão de outras formas de fazer música, outras culturas, outros povos. Isso tudo amplia as fronteiras, o repertório, a capacidade de entender o outro. 

Segundo o professor, “produzir música permite que as pessoas travem um contato consigo mesmas, com seu próprio ser interior, ajudando a alicerçar a capacidade de sobreviver na solidão”. Não existe um gênero musical que seja mais indicado para quem quer se beneficiar do que a música pode oferecer, tudo depende do gosto pessoal de cada um.

Buscando amenizar e tornar agradável essa fase de desafios que a pandemia ocasionou, o professor Ramos conta que acolheu seus alunos em um ambiente de aprendizado profundo e extremo respeito pessoal. Ele destacou que as apresentações do Coro de Câmara Comunicantus estiveram ativas durante todo esse período, on-line, mesmo com todas as limitações e impossibilidades do momento.

“Nós fomos buscando soluções em colaboração com os estudantes, aprendendo com eles e nos desafiando tecnológica e metodologicamente. Esse ambiente de colaboração foi relatado como acolhedor pelos nossos alunos”, lembra o professor. 

(Fonte: Simone Lemos-Jornal Usp)

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PARQUE ZOOBOTÂNICO DA CAATINGA REABRE PARA VISITAÇÃO DO PÚBLICO EM PETROLINA

Após quase nove meses fechado, o Parque Zoobotânico da Caatinga, localizado em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, reabre para receber o público. O espaço que funciona no 72º Batalhão de Infantaria Motorizado do Exército, precisou ser fechado por causa da pandemia da Covid19.

Inaugurado em 2007 e implantado em parceria com a Companhia de Desenvolvimento do Vale do São Francisco (Codevasf), o parque é o único zoológico do submédio São Francisco, com grande responsabilidade em preservar a flora e a fauna regional, além de incentivar a observação e o estudo.

Com a reabertura do espaço, todas as medidas de prevenção a Covid-19 serão tomadas durante as visitas, onde será obrigatório o uso de máscara dentro do parque e as visitas ocorrem com limite máximo de 15 visitantes por vez.

O Parque Zoobotânico da Caatinga possui cerca de 135 animais, de 25 espécies diferentes, e em sua flora conta com mais de 50 espécies. O espaço funciona para visitação no horário das 9h às 11h e das 14h às 16h, de segunda a domingo.

Outras informações podem ser consultadas através do telefone: (87) 3983-3200.

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UNICEF: EFEITOS DE MUDANÇAS NO CLIMA PODEM AFETAR 1 BILHÃO DE CRIANÇAS

Um relatório do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) revelou, nesta sexta-feira (20), que 1 bilhão de crianças e adolescentes estão expostos aos efeitos das mudanças climáticas em todo o mundo.

Os maiores impactos citados foram ciclones, inundações, ondas de calor, escassez de água, poluição do ar e doenças transmitidas por vetores. Os casos afetam principalmente as populações da Nigéria, Chade, República Centro-Africana, Guiné e Guiné-Bissau.

De acordo com análise feita pelo Unicef, o número corresponde a cerca de metade dos 2,2 bilhões de jovens que vivem no mundo. Eles enfrentam exposição a múltiplos choques climáticos e ambientais que causam impactos nos serviços de água, saneamento, saúde e educação. O estudo concluiu que os impactos podem piorar com a aceleração das mudanças climáticas.

Diante dos problemas, o Unicef propôs a redução da emissão de gases de efeito estufa, com o corte de pelo menos 45% até 2030, com objetivo de manter o aquecimento global em 1,5 grau Celsius, a inclusão de jovens nas deliberações sobre o clima e a garantia de que a recuperação da pandemia de covid-19 ocorra com baixo de nível de emissões de carbono.

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ESTUDANTE DO CURSO DE JORNALISMO DA UNEB-JUAZEIRO BAHIA VENCE PRÊMIO DE COMUNICAÇÃO EXPOCOM NORDESTE 2021

Formado em Jornalismo em Multimeios pela Universidade do Estado da Bahia (UNEB), campus de Juazeiro (BA), Fernando Alves de Oliveira, conquistou o primeiro lugar na categoria de Rádio, Televisão e Internet, na modalidade de Website (avulso), do Prêmio Expocom 2021 - Exposição de Pesquisa e Produção Experimental em Comunicação – realizado na segunda edição do Enconto Intercom Inter-regiões. 

O trabalho premiado, orientado pela professora de Jornalismo em Multimeios, Tereza Leonel, é fruto do TCC (trabalho de conclusão de curso) de Fernando cujo título é: "Construção do site da Paróquia Sagrada Família do bairro José e Maria em Petrolina-PE". Nesta produção, o Jornalista apresenta a trajetória da Paróquia Sagrada Família e sua relevância social, missionária e religiosa para a comunidade do bairro José e Maria e para a cidade de Petrolina.  

No website o público pode conhecer melhor a história da paróquia através de reportagens com narrativas em longform, documentário, podcasts, galeria e demais informações sobre a igreja. Para Fernando houve algumas dificuldades neste processo: "Uma das maiores dificuldades que tivemos durante a realização do trabalho foi localizar freis, padres e demais membros que atuaram desde a construção da igreja, fizemos um grande levantamento para localizar esses personagens.

 O processo de construção do produto também foi desafiador, na etapa final foram quatro meses para coletar entrevistas, imagens, elaborar documentário, podcasts e organizar toda galeria presente no site", afirma.

O egresso concorreu com trabalhos de instituições como Centro Universitário Unifanor Wyden, Universidade Católica de Pernambuco, Universidade de Fortaleza, Universidade Federal de Pernambuco – campus Caruaru e Universidade Federal do Ceará, sendo o único representante premiado na área de Jornalismo dentre as universidade públicas baianas.

O prêmio Expocom é destinado aos melhores trabalhos experimentais produzidos por estudantes no campo da Comunicação e que beneficia os autores pela qualificação de seu currículo. Mas, para a professora e orientadora de Fernando, Tereza Leonel, o prêmio Expocom contribuição vai além: "Esse prêmio é muito importante para o aluno em termos profissionais e pessoal, pois estimula outros estudantes a percorrer o mesmo caminho na busca da formação profissional e é extremante relevante para universidade, para o curso de Jornalismo especificamente, porque mostra o quanto a academia está contribuindo para construção de saberes, dialogando com a sociedade e com a comunidade na qual estamos envolvidos", concluiu a docente. 

Com a premiação regional, o trabalho de Fernando Alves está automaticamente classificado para etapa nacional do Expocom que acontecerá durante o 44º Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação, de modo virtual entre os dias 04 e 09 de outubro e sob a organização da Universidade Católica de Pernambuco (Unicap). 

Interessados (as) em conhecer o website da Paróquia Sagrada Família podem acessar o conteúdo no link:  https://fernandoalvesradia.wixsite.com/sagradafamilia 

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