FRENTE FEMINISTA DO PARÁ PROMOVE ATIVIDADES MULHERES PELA VIDA SEMEANDO RESISTÊNCIA, CONTRA A FOME E AS VIOLÊNCIAS

As mulheres camponesas destemidas, ousadas e sonhadoras do estado do Pará iniciaram suas atividades alusivas à Jornada das Mulheres Sem Terra 2021. Com lema nacional “Mulheres pela vida! Semeando resistência, contra a fome e as violências!”, as paraenses realizarão atividades nos territórios e se somam às ações integradas da Frente Feminista Pará, composta por mais de 50 organizações de mulheres no estado.

Respeitando os protocolos de saúde e em defesa da vida, em prol do distanciamento social e o uso de máscaras para enfrentar a pandemia da Covid-19, elas usam da criatividade para promover ações em defesa das mulheres e na denúncia contra as violências e crescentes violações na Amazônia.

As trabalhadoras estão programando intervenções artísticas, culturais, atividades de forma virtual e ações de solidariedade como doação de sangue, plantio de árvores e divulgação de manifestos.

Neste ano, a Frente Feminista comemora 10 anos. Desde 2011, representações das mulheres do campo, das águas, da floresta e da cidade se unem para a realização de atividades pelos direitos das mulheres. São integrantes e representantes de diversas categorias e seguimentos de movimentos sociais, sindicalistas, religiosas, de partidos políticos, indígenas, quilombolas, LGBTQI.

Com lema unificado “Pela vida das mulheres e territórios. Fora Bolsonaro e Mourão”, este ano no 8 de março as mulheres realizarão atividades entre os dias 03 a 14 de março. Na manhã desta quarta-feira (03) aconteceu a plenária estadual das mulheres, de forma online, com mais de 100 participantes de 33 municípios. O evento contou com a participação das deputadas federais Érika Kokay (PT-DF), da Frente Feminina, no Congresso, Vivi Reis (PSOL-PA), da indígena Okitidi Sompré da União das Mulheres Indígenas da Amazônia Brasileira (UMIAB) e das mulheres dirigentes do MST e da Via Campesina.

Entre os assuntos abordados estavam o enfrentamento e os impactos da pandemia no atual cenário político brasileiro, o aumento de casos de feminicídio e de violência doméstica, a fome e a vacinação. Além de intervenções poéticas e musicais.

No dia 8 de março, as mulheres promovem o “Amanhecer Feminista”, ações em todo estado do Pará, com teatro-imagem e intervenção artística nas cidades de Belém e Ananindeua, dentre elas o “Monumento dos sapatos”, expressando a quantidade de assassinatos de mulheres no Pará e no Brasil.

O calendário segue até o dia 14 março, data marcada para realização atividades em memória e legado de Marielle Franco, em que se completam três anos do assassinato da vereadora no Rio de Janeiro e também do nascimento de Carolina de Jesus, compositora, poetisa brasileira, que foi uma das primeiras escritoras negras do Brasil, uma das mais importantes escritoras do país. A programação encerra com o “Festival Feminista” ato político, lúdico e cultural totalmente online, a partir das 16h.

Acompanhe a programação das mulheres pelas redes sociais do movimento e pela página do Facebook da Frente Feminista 8 de março – Belém/Pará.

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SELETA LANÇA CACHAÇA COM AROMA AMADEIRADO SUAVE E PERSONALIDADE MARCANTE DE CASTANHA DE BARU

“Em cada garrafa, sabores únicos”: é dessa maneira que a Cachaça Seleta descreve a principal característica de seus produtos. E não é para menos, pois foi ela uma das primeiras a tratar a cachaça com respeito, tirando-a da posição quase marginal que ocupava e incorporando-a nos mais refinados menus e cardápios de drinks em que se encontra hoje.

Com mais de 40 anos de experiência na produção de cachaças e vários rótulos presentes nos mais variados bares, restaurantes e casas de eventos do país, a Seleta foi além e decidiu lançar um produto de teor alcoólico reduzido para ser consumido bem gelado: a Seleta Eu Garanto, que sai em edição limitada.

A bebida é mais uma das criações de seu fundador, Antônio Rodrigues, que em 2010, em uma de suas muitas andanças pelo Brasil afora, conheceu, em Cristalina-GO, um fruto nativo famoso por suas propriedades energéticas e muito nutritivo: a Castanha de Baru. Foram anos aprimorando a receita, que também leva mel na medida certa em sua composição.

Armazenada em barris de umburana por dois anos e meio, a Seleta Eu Garanto tem teor alcoólico de 33%, inferior ao das cachaças tradicionais. É uma bebida leve com aroma amadeirado suave, notas adocicadas de mel e a personalidade marcante da Castanha de Baru. Combinação essa que a torna ideal para ser consumida geladíssima.

 “Vivemos em um país de clima predominantemente tropical, com temperaturas altas em mais de dois terços do ano, então, por que não adaptarmos nossa bebida mais tradicional à alegria do nosso clima?” – explica Daniela Rodrigues, diretora de marketing da Cachaça Seleta.

Embora consumir cachaça gelada não seja algo novo, ninguém havia pensado em criar uma receita exclusiva para esse propósito: “Foram anos de experimento até chegarmos na melhor combinação de aromas e a graduação alcoólica correta para que a Seleta Eu Garanto se tornasse uma experiência única para quem aprecia.” – complementa Daniela.

Não por coincidência, a cachaça será lançada ainda no verão. Isso para permitir que seus consumidores possam desfrutar plenamente de toda a experiência sensorial que ela tem a oferecer.

Disponível nas versões 160ml e 500ml. Saiba mais em www.cachacaseleta.com.br


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NAZARÉ PEREIRA PARTICIPA DA LIVE GONZAGUEAR PARA RECORDAR HISTÓRIAS DE BASTIDORES QUE VIVEU LADO DE LUIZ LUIZ GONZAGA

Nazaré Pereira vai recordar histórias de bastidores que viveu ao lado do cantor e compositor Luiz Gonzaga e quem quiser saber mais sobre essa amizade é só conferir a live "Gonzaguear", nesta quinta-feira (4), às 19h, pelo instagram @rafaellima45100. O encontro vai ser um misto de bate-papo e música.

A cantora disse que recebeu o convite de Rafael Lima, que é um pesquisador da vida de Luiz Gonzaga e que também está escrevendo um livro sobre a vida do artista. "Ele está falando com vários artistas que tiveram contato e que têm uma história ao lado do Gonzagão.

 Ele me procurou e aceitei", destaca Nazaré Pereira.Nazaré disse que o encontro virtual vai misturar bate-papo e música e disse que não tem um roteiro fechado. "Eu selecionei algumas músicas aqui, mas vai ser algo natural, vamos conversar e relembrar de histórias que vivemos juntos", explica a cantora.


A relação de amizade entre os dois artistas começou no início da década de 80, quando Nazaré Pereira estourou com o sucesso "Xapuri do Amazonas". Ela disse que o artista sempre fez parte da sua vida, uma vez que sua mãe sempre escutou as canções nordestinas em casa. "Na minha casa sempre fomos fãs dele e quando tivemos a oportunidade de nos conhecer foi algo muito importante pra mim", destacou.

Com o sucesso da nortista, ela acabou fazendo parte da mesma gravadora de Luiz Gonzaga e, nesse momento da carreira, teve a oportunidade de conhecer o artista.

 "Nós estávamos no Rio de Janeiro, a gravadora organizou esse encontro e daí surgiu uma parceria muito legal. Ele me chamou para um almoço na casa dele e nisso estreitamos laços", recordou.No aniversário de 70 anos de Luiz Gonzaga, Nazaré esteve presente e chegou a passar uma semana na casa do artista, em Pernambuco.

 "Foi bem legal passar esses dias lá, ele me apresentou lugares maravilhosos, como Exu", acrescentou Pereira.Mas não foi só Gonzaga que hospedou Nazaré Pereira. Em 1982, ela recebeu o artista em sua casa, em Paris, onde ele ficou por 15 dias junto com a esposa. Na ocasião, Nazaré Pereira fez a primeira e única produção para um artista.

 "Eu produzi um show dele em Paris, ele ficou em casa junto com a dona Helena. Tivemos muitas trocas boas", destacou a artista.Em meio a essa parceria, os artistas chegaram a compor uma música juntos e Luiz Gonzaga deu "Sinfonia Choradeira" para Nazaré Pereira.

 "Na época, o produtor do meu disco disse que já tinha muito xote e acabei não colocando a música. Um tempo depois Elba Ramalho gravou", recorda.O cantor e compositor Luiz Gonzaga, também conhecido como Rei do Baião, é considerado um importante artista da música popular brasileira. Levou para o país a cultura do nordeste como o baião, o xaxado, o xote e o forró pé de serra. Ele ganhou destaque com as canções “Asa Branca”, “Juazeiro” e “Baião de Dois”.Agende-se:Nazaré Pereira faz live GonzaguearData: 04.03.21Hora: 19hInstagram:  @rafaellima45100 (Fonte O Liberal)

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CIDADES QUE FORAM SUBMERSAS REAPARECEM NAS MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO

Com 2.700 km de extensão, o Rio São Francisco atravessa cinco estados brasileiros: Minas Gerais, onde nasce na Serra da Canastra, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe. Ao longo de seu curso natural, algumas cidades desapareceram "visão" do “desenvolvimento”, dando espaço para a produção energética. É o caso de Pilão Arcado, Sento Sé, Casa Nova e Remanso, na Bahia, e Itacuruba e Itaparica, em Pernambuco. Estas cidades, suas histórias e seu patrimônio encontram-se hoje sob as águas do Velho Chico.

Casa Nova, Pilão Arcado, Sento Sé e Remanso, na Bahia, sucumbiram nas águas para dar espaço para a hidrelétrica de Sobradinho. Rodelas, Barra do Tarrachil e Glória, também na Bahia, além de Itacuruba e Itaparica, em Pernambuco, tiveram o mesmo destino para a construção da usina Luiz Gonzaga. Em algumas cidades é possível ver parte do que restou, em ruínas que se avistam total ou parcialmente fora das águas, como em Pilão Arcado e Casa Nova.

Na época, pelo menos 100 mil pessoas foram diretamente impactadas. Milhares de famílias tiveram que deixar sua terra natal e se deslocar para as novas demarcações urbanas. Os locais receberam os mesmos nomes das cidades anteriores. Quem vivenciou esse período lembra como foi difícil ver as cenas das pessoas arrumando as malas e levando o que fosse possível, inclusive partes das construções de suas casas. A adaptação em novos territórios não foi fácil.

“Eu tinha 34 anos quando recebemos a notícia de que a cidade seria submersa e não acreditamos que fosse possível. Tínhamos uma vida tranquila, saudável, onde cada um vivia de sua atividade e em uma comunhão incomparável. Mas tivemos que encarar a realidade e deixar nossas casas, de onde víamos o Velho Chico que nos fornecia sustento e onde nos banhávamos. Quando começaram a demolir, foi muita tristeza. Ficamos somente com a história e as lembranças”, conta a professora Maria Niva Lima da Silva, moradora da antiga Pilão Arcado.

A Usina Hidrelétrica de Sobradinho é um dos maiores lagos artificiais do mundo, com 4.214 km² de área e capacidade para armazenar 32,2 km³ de água. Situada no norte do estado da Bahia, foi construída na década de 1970. A UHE Luiz Gonzaga, também conhecida como Lago de Itaparica, foi construída em 1988 e tem uma área inundada de 150 km, com uma superfície de 83.400 hectares nos estados da Bahia e de Pernambuco.

Além impactos ambientais, a maior consequência, e que se estende até os dias atuais, são os impactos humanos. Em Itacuruba, a prefeitura chegou a pedir, no início da década de 2010, ajuda ao governo do estado e ao Ministério da Saúde para instalar um centro de acolhimento transitório, dedicado exclusivamente para cuidar da saúde mental da população. Na época, quase um terço dos moradores adultos tinham prescrição médica para tratamentos com remédios antidepressivos e similares.

Muitos anos se passaram, os cenários mudaram, mas as lembranças ficaram. É o que conta a cacique Pankará, Cícera Leal. Ela, assim como todo seu povo, foi retirada da antiga Itacuruba para uma nova localização.

“Foi muito doloroso ver uma população toda sendo transferida na incerteza do que poderia vir pela frente. Toda uma identidade cultural foi deixada para trás. Éramos um povo que tinha seu habitat natural baseado na agricultura, pesca e caça. Estávamos deixando submersa nas águas do reservatório do lago de Itaparica toda uma riqueza que, na sombra da dúvida, enchia nossos corações de medo de não termos nesse novo espaço as mesmas certezas de terra com grande fertilidade, fauna e flora abundantes. Então, tudo isso causava estranheza e dúvidas em relação ao futuro, se seria promissor ou não. Hoje nós vivemos numa grande dependência de todos os meios de produção. Temos terras, mas com baixa fertilidade, solos bem rasos. A dificuldade ainda paira sobre nossas cabeças”, relata.

O povo Pankará vivia às margens do Rio São Francisco. Atualmente, encontra-se há mais de 10 km de distância do Velho Chico. Entre a comunidade e o rio há terras de propriedade particular, o que dificultou por muitos anos o acesso a água. Somente há quase dois anos, a comunidade passou a contar com água nas torneiras, graças a uma ação do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que financiou integralmente a execução do sistema de abastecimento de água.

Do mesmo modo, outras comunidades indígenas também foram impactadas. É o caso da etnia Tuxá, em Rodelas, interior da Bahia. Além da aldeia na cidade, os Tuxá ocupavam diversas ilhas e em especial a Ilha da Viúva, no rio São Francisco, onde era o seu território agrícola. A Ilha da Viúva foi submersa pela construção da hidrelétrica de Itaparica. Com suas terras tradicionais inundadas, os Tuxá foram transferidos para três áreas diferentes.

“Em 1986 ocorreu o primeiro ato de agressão com nosso povo que foi dividido. Em 1988, fomos deslocados para a nova cidade deixando a parte do nosso território fértil onde tudo o que se plantava, se colhia. Era a garantia da autonomia do povo Tuxá, grande produtor de cebola, arroz e mandioca. Até hoje, 32 anos passados, não recebemos terras para plantio e o que fica é o sentimento de revolta, injustiça e impunidade”, afirmou o indígena Manoel Uilton dos Santos Tuxá.

Hoje presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Lago de Sobradinho, Francisco Ivan de Aquino acompanhou na época a transição das populações e relembra o sofrimento causado pelo abandono das terras originais. 

“Acompanhei e vi muito sofrimento; gente que esperou até o último momento e saiu já com a água chegando às cidades. Lembro que muitos tiveram depressão por perder suas roças, onde plantavam, ou simplesmente por se sentirem perdidos. O fato é que se perdeu muito e boa parte daquela população ainda sente a perda”, concluiu.

Assessoria de Comunicação CBHSF: *Texto: Azael Goes e Juciana Cavalcante

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OUVINTES APAIXONADOS PELA FREQUENCIA AM LAMENTAM MUDANÇA PARA FM

Desde fevereiro de 2017, as primeiras emissoras de Rádio AM começaram a migrar para a frequência modulada-FM. Representantes do Ministério das Comunicações explicam que o processo de migração das rádios AM para FM vai provocar a necessidade de adaptação também por parte dos ouvintes dessas rádios. 

A extinção do serviço de radiodifusão local por onda média, onde estão as emissoras AM, foi determinada pelo por um decreto do Ministério das Comunicações. O espectro de onda média regional e nacional continuará existindo, mas às emissoras locais foi dada a opção de migrar para a faixa FM. 

O artista plástico Iranildo Moura, conta que  presenciou a fundação das emissoras AM na região. Ele declara que é um apaixonado pela sintonia em Rádio frequencia Am. "Não compreendo esta medida. A questão é que  a política no Brasil em nome de uma falsa modernidade está matando a boa comunicação. O rádio FM  não vai atender o ouvinte das localidades distantes", aposta Iranildo dizendo que ouvir rádio nos aparelhos digitais é complexo para as pessoas de classe baixa, ressaltando a profecia cantada por Luiz Gonzaga: o povo sem notícia e sem rádio.

"O Brasil e as cidades não dispõe de uma rede de internet e ai eu pergunto como vão acessar as Rádios?

A idéia também é compartilhada pelo comerciante Edson Gama. "Na minha casa tenho quatro rádios. Amo ouvir notícias. No trabalho é desse jeito, ouvido colado no rádio, mas não ando muito animado não com essa ida das Ams para Fm. Toda adaptação é difícil", diz Edson. A mudança da frequencia AM para sintonia em FM vai gerar a necessidade de que os ouvintes comprem um novo aparelho de rádio. Já para as emissoras o prazo é de cinco anos durante o qual elas poderão transmitir seu conteúdo tanto na faixa AM quanto na de FM.

O presidente executivo da Abert, Luís Roberto Antonik, explicou que, embora as ondas AM apresentem um grande alcance, possuem uma frequência muito baixa, o que as sujeita mais à interferência causada pelos equipamentos eletrônicos do mundo moderno. Além disso, a antena da rádio AM não consegue estar presente nos telefones móveis, por ser uma antena mais robusta. Ele ressaltou que, atualmente, 10% da audiência do rádio vêm de celulares e dispositivos móveis.

Segundo pesquisa da Abert, das 4.600 emissoras comerciais, 4.200 têm página na internet, mas apenas 1.400 emissoras possuem aplicativos nos dispositivos móveis.




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SINAL DE PERIGO: OCUPAÇÃO DOS LEITOS DE UTI EM PETROLINA ATINGE 95%

Pela primeira vez, desde o começo da pandemia do novo coronavírus em Petrolina, a taxa de ocupação dos leitos atinge a marca de 95,45%. Há cerca de duas semanas a Secretaria de Saúde de Petrolina vem alertando sobre o aumento da ocupação no município sertanejo.

Esse dado indica que dos 44 leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Sistema Único de Saúde (SUS) - destinados aos pacientes adultos com a Covid-19 que estão disponíveis na rede - 42 estão ocupados; restando apenas duas vagas, uma no hospital Memorial, contratado pela prefeitura, e outra na policlínica do Hospital Universitário. Do número total de ocupação, 26 são pacientes de Petrolina e 16 pacientes são de outras cidades da região.

A informação traz preocupação e requer alerta de todos sobre os cuidados que devem ser tomados no enfrentamento à doença. Os petrolinenses precisam continuar seguindo as orientações do Ministério da Saúde e manter o distanciamento social, higienização e uso de máscaras.

"É um dado muito preocupante. Neste momento acende o sinal vermelho em nosso município e reforça ainda mais que os cuidados precisam ser redobrados. A gestão municipal vem trabalhando incansavelmente para combater esse vírus, mas é preciso que todos tenham consciência de que o vírus não acabou", destacou a secretária executiva de Vigilância em Saúde, Marlene Leandro. (Fonte: Secretaria Saúde de Petrolina)

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MÚSICA ASA BRANCA COMPLETA 74 ANOS

Há 74 anos, o sofrimento do amor deixado para trás e o exílio forçado por conta da seca do sertão nordestino ficaram eternizados no cancioneiro brasileiro com a música Asa Branca. Gravada pela primeira vez em 3 de março de 1947 nos estúdios da RCA Victor, no Rio de Janeiro, a canção é eternizada na voz de Luiz Gonzaga, em parceria com o compositor e advogado Humberto Teixeira, o Doutor do Baião.

Asa Branca tornou-se o hino do nordestino e reflete, como poucas canções, o brasileiro. Em 2009, ficou na quarta posição em lista feita pela revista Rolling Stone Brasil entre as 100 maiores músicas da história brasileira.

Luiz Gonzaga ajudou a popularizar os versos de Asa Branca ao apresentá-la em sua primeira aparição no cinema, no filme O mundo é um pandeiro. A versão original da música, em toada, caiu no gosto popular e logo depois foi gravada em ritmo de baião.

Atualmente existem centenas de versões do sucesso, em português e outros idiomas. Entre as canções da MPB, é uma das mais regravadas. E em diversos ritmos: à capela, interpretadas por bandas e orquestras. Grandes nomes da música brasileira também já cantaram os versos de Asa Branca, como Caetano Veloso e Raul Seixas.

O escritor José Lins do Rego disse que a letra da música é um dos mais belos versos da literatura brasileira.

O professor José Mário Austragésilo, comunicador social, escritor e ator, também autor do livro “Luiz Gonzaga: o homem, sua terra e sua luta”, afirma que um dos pontos marcantes na carreira de Luiz Gonzaga foi a valorização da identidade cultural local. Com esta marca, o Rei do Baião ganhou o mundo. 

“É a música representativa do povo brasileiro, da luta do povo brasileiro, desse grande compositor, Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Asa Branca é a música mais importante do repertório dele. Claro que ele tem outras, mas Asa Branca é a grande bandeira da Música Popular Brasileira. Merece ser considerada o hino da MPB”, completa o escritor.

Do litoral ao sertão, Asa Branca sempre remete a alguma memória da vida e cultura de quem é nordestino. Para Val dos Santos, uma trabalhadora que mora no Recife, ouvir e cantar Asa Branca representa o regaste a histórias de antepassados: “Eu sinto saudade do que eu não conheci. Lembrança de um passado que eu não conheci. Tristeza também por muitas coisas que a gente sabe, que não existe mais. E o que está se acabando por aí. O sertão é como se não existisse para o mundo aí fora. Os políticos não valorizam o nosso sertão”.

A toada Asa Branca tem versões em dezenas de idiomas, inclusive em japonês e coreano, e é familiar a brasileiros de qualquer região, mas na década de 40, naquele tempo soava tão estranha que foi motivo de gozação em cima de Luiz Gonzaga, pelos músicos do Regional de Canhoto, que participaram da gravação, em 3 de março de 1947.

Para os músicos , Asa Branca era a mesma coisa que cantiga de cegos nordestinos, pedindo esmola na rua. Fizeram uma fila, um deles com uma vela acesa, cantando a música. O episódio foi contado por Humberto Teixeira numa célebre entrevista ao conhecido pesquisador cearense Miguel Ângelo de Azevedo, conhecido como Nirez. Assim como Juazeiro ou No Meu Pé de Serra, e várias das parcerias iniciais de Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga, Asa Branca era cantada pelo Sertão nordestino, com letras diferentes, e fazia parte da bagagem que os dois levaram consigo para o Rio de Janeiro.

O tempo passa e Asa Branca segue inspirando artistas de outras gerações. Anderson do Pife, que mora em Caruaru, no Agreste de Pernambuco, diz que enquanto estudante de música, acredita que a letra é parte de um método brasileiro de ensino de música popular. "Essa melodia composta por conjuntos e de fácil execução, traduz o início de uma trajetória musical para quase todos os que iniciam seus estudos com ou sem ajuda de profissionais da área", diz.

Ele disse ainda que a música retrata poesia, cotidiano, paisagem e todo o referencial histórico do Nordeste. "Eis o hino do Nordeste e a primeira música que aprendi a tocar. Essa é a força que representa a Asa Branca em minha vida", finaliza. (Foto Arievaldo Viana)


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