MÚSICOS QUE TOCAM PARA PACIENTES COM COVID19 ATENDEM PESSOAS ATÉ A PRÓXIMA SEGUNDA (14)

Até a próxima segunda-feira, dia 14, ao meio-dia, pacientes com covid-19, seus parentes e profissionais de saúde que atuam no combate à pandemia podem participar do projeto Música para Respirar 24/7, promovido pela Sociedad Boliviana de Música de Cámara, que tem entre seus integrantes o trompetista Bruno Luiz Lourensetto, formado pela USP.

De acordo com essa iniciativa, os pacientes com a doença, seus parentes e profissionais de saúde podem solicitar música através da página da Sociedad Boliviana de Música de Câmara no Facebook ou no Instagram, a qualquer hora do dia ou da noite, inclusive de madrugada. Os músicos participantes do projeto retornam a chamada e apresentam um miniconcerto individual gratuito, que pode variar de 5 a 30 minutos.

No dia 14 termina a atual edição do Música para Respirar 24/7, que teve início em agosto e foi realizado ao longo de uma semana de cada mês. Nesse período, os músicos do projeto fizeram, até agora, nada menos que 1.672 concertos para mais de 3.800 pessoas, que escutaram 40 mil minutos de música. Os pedidos vieram de mais de 25 países de três continentes – América, Europa e Ásia -, entre eles Índia, Camboja, Filipinas, Israel, Noruega, Alemanha, França e Estados Unidos.

Nesta edição do projeto, houve a participação também de músicos do Theatro Municipal de São Paulo, da Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo (Osesp), da Filarmônica Bachiana, da Portland Baroque, da Opera Guatemala e das Orquestras Filarmônicas de Bogotá, na Colômbia, de Santiago, no Chile, de Montevidéu, no Uruguai, e da Bolívia, entre outros conjuntos. “Também tivemos instrumentistas folclóricos andinos, musicoterapeutas, cantores, cantoras e solistas”, informa Bruno Lourensetto. (Fonte: Jornal da Usp)

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FEIJOADA DO JOQUINHA GONZAGA É CANCELADA NAS FESTIVIDADES DOS 108 ANOS DO REI DO BAIÃO

O cantor, compositor e sanfoneiro Joquinha Gonzaga é um últimos remanescentes da família do Rei do Baião, Luiz Gonzaga (falecido em 02 de agosto de 1989). Todas as irmãs e irmãos de Luiz Gonzaga já morreram. Da terceira geração restam João Januário, o Joquinha Gonzaga e Fausto Maciel, o Piloto.

Por este motivo durante as festividades de aniversário de Luiz Gonzaga (13 dezembro) é tradição a realização de um grande encontro em Exu, Pernambuco. Trata-se da FEIJOADA DO JOQUINHA. Este ano seria a 8º Edição e também cancelada devido a pandemia da Covid-19 os Decretos sanitários que proíbem festas e shows. 

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte de Luiz Gonzaga. "Para o ano se Deus quiser estaremos todos juntos", diz uma nota nas redes sociais divulgado por Joquinha Gonzaga e família. 

A feijoada nasceu da necessidade de um lugar para marcar o encontro dos fãs, pesquisadores e admiradores de Luiz Gonzaga que chegam de todos os lugares do Brasil para festejar a data de aniversário de Luiz Gonzaga.

“Sempre estou contando histórias, músicas de meu tio, músicas minhas, dos meus colegas. Valorizo a tradição que representa o que existe de melhor na música brasileira. É o forró, o xote, o baião e é assim que eu faço sempre, não fujo disso. Eu procuro sempre conversar com o público que tem uma admiração à minha família, Luiz Gonzaga, Zé Gonzaga, Daniel Gonzaga, Gonzaguinha. Esse é o meu estilo musical, o encontro que faço para o povo”, diz Joquinha.

João Januário Maciel,o Joquinha Gonzaga, nasceu em 01 de abril de 1952. Joquinha nome artístico dado pelo Rei do Baião. Joquinha é filho de Muniz, segundo Luiz Gonzaga irmã que herdou o dom de rezar muito.

Joquinha aos 12 anos ganhou uma sanfona de oito baixos, pé de bode.  Viajou o Nordeste e boa parte do Brasil ao lado de Luiz Gonzaga. Ganhou gosto pelo instrumento e hoje é puxador de Sanfona, 120 baixos. 

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MÚSICO JONNEZ BEZERRA E O VALOR DO RITMO NA TERRA DE LUIZ GONZAGA

 

A música é uma das ferramentas de transformação social. Na terra do Rei do Baião, Jonnez Bezerra é cantor e músico nascido em Exu, Pernambuco. O nome é uma homenagem do pai José e mãe Inês: Jonnez.

Autodidata, Jonnez é um dos frutos da primeira turma do Projeto Asa Branca, criado em 2 de março de 2000, pelo então promotor de Justiça, Francisco Dirceu Barros. “O doutor Francisco era um apaixonado pela cultura gonzagueana, e foi dele a ideia da Fundação Gonzagão. O objetivo até hoje é prestar atendimento a crianças e adolescentes, especialmente as carentes, utilizando a arte e a poesia de Luiz Gonzaga para sua promoção social".

A reportagem deste Blog NEY VITAL encontrou Jonnez em Exu, na Chapada do Araripe, no Sítio Mangueira, um oasis do Sertão, o estudante do curso de Direito, na Urca, Crato, Ceará,  Jonnez Bezerra revela a paixão e diversidade musical.

A primeira fala é para destacar o potencial turístico e cultural de Exu, Pernambuco. No Sítio Mangueira é desenvolvido o Projeto Soltando Vidas-Conservação de Animais Silvestres-SOS Sertão.

Entre o silêncio da natureza e o canto de galos de campinas, asa branca, acauã e canários, os empresários Raimundo Ondes, Eduardo Ferreira e Francisco, conhecido como "Chio das Mangueiras", mantém, entre os Sítios Genipapo e Mangueira um dos espaços mais exuberantes da ecologia brasileira, em especial da Chapada do Araripe, território exaltado e cantado por Luiz Gonzaga.

Jonnez, virtualíssimo, é cantor, toca sanfona, flauta, violino e teclado entre outros instrumentos. "Nasci e já fui ouvindo música. Meu pai e avô tocavam e é certo que isto influenciou e mais a inspiração das músicas de Luiz Gonzaga", conta Jonnez.

Jonnez trabalha na formação de crianças e jovens no aprendizado musical através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Ele é professor no SCFV, onde todo o trabalho é desenvolvido buscando ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolvendo o sentimento de pertencimento e de identidade cultural, fortalecendo vínculos familiares e incentivando a socialização e a convivência comunitária de crianças e adolescentes em risco de vulnerabilidade social.

Atualmente cerca de 80 crianças e adolescentes da cidade de Exu são assistidas pela prestação de serviço e entre eles o aprendizado de teoria e pratica musical.

“A música é muito importante. Ela é uma forma da gente estimular a garotada e auxiliar na busca de um futuro melhor. A educação é libertadora e pode contribuir com a garantia de um futuro mais digno. Luiz Gonzaga é a prova deste ambiente de possibilidades culturais”, declarou Jonnez.

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VALDI GERALDO NESSA ESTRADA DA VIDA, VIVA LUIZ GONZAGA 108 ANOS

 

Valdi Geraldo Teixeira. Sempre é bom lembrar: o grande balaio musical de Luiz Gonzaga tem um exuense. A cada viagem que fazia pela região Nordeste Luiz Gonzaga "descobria", encontrava um compositor.

Em Caruaru: Onildo Almeida. Rio Grande do Norte, o Janduhy Finizola. Paraíba, José Marcolino, Antonio Barros; em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti. No Rio de Janeiro encontrou o parceiro Humberto Teixeira, nascido em Iguatu, Ceará. José Clementino, em Varzea Alegre. João Silva, Arcoverde, Zé Dantas, em Pernambuco, para citar alguns destes poetas parceiros que deram Luz ao obra e vida do Rei do Baião.

E pertinho dele, ali na curva da Chapada do Araripe, em Exu, na sua terra, Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró. Músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco (LP), Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribuen com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. A história conta que ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira. Tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou. Hoje "Nessa Estrada da Vida" é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonis, fiéis seguidores e discípulos do Rei do Baião.

Detalhe: o disco "Danado de bom" vendeu mais de um Milhão de cópias, contou com a participação de Elba Ramalho na faixa "Sanfoninha choradeira" (João Silva) e Luiz Gonzaga ganha o Disco de Ouro considerado no mundo musical um dos mais belos trabalhos de um artista brasileiro.

Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta da resistência, que por centenas de vezes caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca, Museu Gonzagão. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música. É funcionário do Ministério da Saúde. Em 2012 lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta a larva criativa do poeta. Valdi Geraldo cultiva a simplicidade, ou seja, sabe tratar o povo, que tanto Luiz Gonzaga pedia para não esquecer, e valorizar o seu pedaço de terra se fazendo universal.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira souberam valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de sanfonizar as canções. "Sanfonizar" é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.

Nessa Estrada da Vida segue o poeta compositor Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró.

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BARRAGEM DE SOBRADINHO VAI ELEVAR VAZÃO NESTE SÁBADO (12)

Diante da necessidade de manutenção do nível do reservatório de Itaparica (BA) num mínimo de 30% de seu volume útil, a Companhia Hidro Elétrica do São Francisco (Chesf) vai praticar, a partir deste sábado (12), aumento gradativo da vazão de Sobradinho, passando dos atuais 1.100 m³/s até chegar a 2.300 m³/s na terça-feira, dia 15. Essa defluência média diária irá permanecer até nova avaliação.

Atualmente, o reservatório de Itaparica encontra-se com 58,58% de seu volume, com tendência de queda, o que faz necessário aumentar a vazão no reservatório de Sobradinho.

A vazão da Usina de Xingó, por sua vez, terá média mensal de 2.750 m³/s, conforme procedimento de otimização energética, envolvendo diversas regiões do país, coordenado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

A Chesf alerta para a importância da não ocupação das áreas ribeirinhas situadas na calha principal do Rio São Francisco, visto que, em situação de emergência, as Usinas de Sobradinho e Xingó poderiam praticar vazões na ordem de 4.200 m³/s e 3.000 m³/s, respectivamente.


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SANFONEIRA CHIQUINHA GONZAGA COMPLETARIA SE VIVA FOSSE 95 ANOS NESTA SEXTA-FEIRA 11

Primeira mulher de que se tem conhecimento a tocar uma sanfona de oito baixos nos anos 50 foi a  cantora e compositora Chiquinha Gonzaga, irmã do Rei do Baião.

Chiquinha Gonzaga, irmã do Rei do Baião Luiz Gonzaga nasceu no dia 11 de dezembro de 1925. Nesta sexta-feira, 11, se fosse viva a estaria completando 95 anos. Chiquinha costumava dizer em vida: "É preciso manter a tradição de meu pai Januário, o  maior sanfoneiro de oito baixos que o Nordeste já teve". Generoso, disposto a arrumar trabalho para a família inteira, Luiz Gonzaga criou o grupo Os Sete Gonzagas, formado por ele, o pai e mais cinco irmãos, incluindo, mesmo sob os protestos de dona Santana.

A cantora e compositora Francisca Januária dos Santos, Chiquinha Gonzaga, "partiu para o Sertão da Eternidade, aos 85 anos, no ano de 2011, era a caçula dos irmãos de Luiz Gonzaga. 

Em vida sua história foi marcada por desafios. Chiquinha enfrentou o machismo da sociedade. Irmã de Luiz Gonzaga, também seria vítima do mesmo tipo de preconceito ao arriscar as primeiras notas na sanfona de  oito baixos do pai, mestre Januário. Proibida de tocar pela mãe, Dona Santana, Chiquinha só aos 74 anos gravou um disco inteiro dedicado a sanfona de 8 Baixos. Méritos de Gilberto Gil que bancou a idéia, produziu o CD e encorajou sua volta aos palcos.

Chiquinha e o compositor baiano ficaram amigos durante as filmagens, de "Viva São João!", documentário dirigido por Andrucha Waddington. No filme, um entusiasmado relato das festas juninas em 19 cidades do Nordeste, os dois visitam Exu, cidade da família Gonzaga, e relembram histórias do rei do baião e do sertão pernambucano. Na oportunidade Gilberto Gil prometeu que iria ajudar Chiquinha a voltar a gravar.

Devoto do baião, Gil já tinha feito o mesmo agrado ao irmão mais velho de Chiquinha, mergulhado no ostracismo no fim da década de 60, depois do  surgimento da bossa nova e da jovem guarda. O compositor baiano gravou "17 Légua e Meia", antigo sucesso de Gonzagão, no álbum "Gilberto Gil" - que contém "Cérebro Eletrônico"-, em 1969. Outro tropicalista, Caetano Veloso  (exilado em Londres), repetiria a homenagem dois anos mais tarde, numa histórica regravação de "Asa Branca".

O álbum "Pronde Tu Vai, Luiz?", lançado de forma independente, conta com a participação de Gilberto Gil na faixa-título, originalmente gravada por Gonzagão em 1954, num dueto com a irmã. Há outros convidados ilustres, como o tocador de gaita e acordeonista gaúcho Renato Borghetti, mas quem brilha mesmo é Chiquinha.

Chiquinha Gonzaga participou com a família, do show de lançamento da TV Tupi e gravou cinco LPs (Filha de Januário, em 1973; Xodó na Rede, em 76; Penerou Xerém, em 78; Chiquinha Gonzaga e Severino Januário e Forró com Malícia, ambos em 80). Em 2002 gravou o CD Pronde tu vai, Lui?, com participação de Gilberto Gil. Estrela em programas de rádio, apresentou-se em Nova York e, de tão bem que dançava o forró, ficou conhecida como pé de ouro.

Chiquinha nas suas conversas contava que esperava os pais partirem para o trabalho na roça para que ela pudesse pegar a sanfona num canto do quarto de Seu  Januário. A farra durava pouco. Quase sempre era pega em flagrante pela mãe. "Larga isso, menina! Isso é coisa pra homem!", censurava Dona Santana.

A emancipação só veio em 1949, quando Luiz Gonzaga, já desfrutando da fama de sanfoneiro no Rio de Janeiro, como autor de "Baião", "Asa Branca" e "Juazeiro", comprou um caminhão e mandou buscar a família em Exu (Gonzagão queria que os parentes viajassem de avião, mas Seu Januário, indignado - ou com medo-, disse que não era urubu para andar pelos céus).

Tanto Seu Januário como Dona Santana, enraizados em Pernambucano, nunca pensaram em deixar o Estado. Achavam, aliás, que o Sul do país não era lugar para o "menino" Luiz se aventurar.

Mudaram de idéia e foram para o Rio de Janeiro. A viagem para o Rio de Janeiro durou  vários dias ("tinha até fogão dentro do caminhão", lembrava Chiquinha), mas  valeu a pena, principalmente para a jovem cantora.

A popularidade do irmão explodiu na década de 50 e Chiquinha, mesmo sem tocar sanfona, passou a cantar forró em pequenas casas noturnas do Rio. No embalo do irmão gravou cinco LPs e estrelou programas de rádio. 

Chiquinha sempre lembrava de histórias curiosas dessa fase. Como chegou a desfrutar  de um relativo sucesso, algumas pessoas passaram a confundi-la com a musicista carioca de mesmo nome, morta 20 anos antes, em 1935. "Eu achava que esse tipo de confusão nunca aconteceria. Mas ficava assustava quando pediam para eu cantar 'Ô Abre-Alas' (marcha carnavalesca de estrondoso sucesso, composta em 1899)", recorda-se Chiquinha.

Gonzagão, principal incentivador da irmã e seu padrinho musical, tratou de desfazer a confusão. Passou a apresentá-la aos donos de casas noturnas e empresários como "Chiquinha Gonzaga, a Cantadora de Forró". Ela lembra que, mesmo assim, sempre havia alguém que estranhava a ausência do piano clássico no palco.

"É preciso manter a tradição de meu pai Januário, o maior sanfoneiro que o Nordeste já teve", dizia Chiquinha, cantarolando "Respeita Januário", um dos grande sucessos de Gonzagão: 'Luiz, respeita Januário/ Luiz, respeita Januário/ Luiz, tu pode ser famoso mas teu pai é mais tinhoso/ E com ele ninguém vai, Luiz/ Respeita os oito baixo do teu pai/ Respeita os oito baixo do teu pai." 

"Chegou a hora de respeitar os oito baixos da irmã de Luiz Gonzaga, o eterno Gonzagão", brincava a cantora." 

Fonte: Tom Cardoso-Valor Econômico

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LIVRO DE RENATO PHAELANTE MOSTRA RELAÇÃO DA POESIA E DA MÚSICA DE LUIZ GONZAGA E SEUS PARCEIROS COM O NORDESTE

 

O livro Luiz Gonzaga: baião, forró e seca, do pesquisador, escritor, ator e radialista Renato Phaelante tem como objetivo mostrar a relação da poesia e da música de Luiz Gonzaga e seus parceiros com sua terra, sua gente, seus costumes e tradições, em um Nordeste às vezes sofrido, às vezes alegre, cheio de surpresas e de superstições. Mas, sobretudo, de um povo forte, apaixonado e crente na capacidade e no talento de seu povo.

Ao mesmo tempo, segundo Renato Phaelante, autor da obra, o livro tenta mostrar a influência de Luiz Gonzaga e sua música nas gerações que se sucedem até hoje pelo Brasil afora.

Fundador e coordenador da Fonoteca da Fundação Joaquim Nabuco durante trinta anos, Renato Phaelante é um recifense apaixonado pela cultura brasileira. Desde criança aguçava os sentidos, os sabores, às artes visuais, às músicas e às ricas histórias que flutuam nos rios da memória na cidade mauricéia.

Há quase 40 anos comandando o programa Memória de Nossa Gente, na Rádio Universitária FM, Renato Phaelante vem há mais de meio século pesquisando, refletindo e colecionando um vasto acervo sobre músicos e compositores de Pernambuco, que vão do carnaval ao baião.

Entre outros livros publicou MPB compositores Pernambucanos - Coletânea bio-musico-fonográfica - 100 anos de história, uma enciclopédia sobre 203 musicistas de Pernambuco, um trabalho de fôlego e de grande importância para a fonografia brasileira.

No entender do poeta e escritor José Mauro de Alencar, coordenador do Memorial Luiz Gonzaga, da Fundação de Cultura da Prefeitura do Recife e autor da apresentação deste livro, nesta obra intitulada de Luiz Gonzaga: baião, forró e seca, Renato Phaelante se debruça sobre “o que considero o grande artista brasileiro. 

Luiz Gonzaga foi trabalhador da música, viveu 76 anos, deixou uma vasta obra, que refletiu e cantou a cultura do Brasil continental. Luiz Gonzaga, com vários parceiros, recriou a música nordestina, coletando de cada folguedo e de cada matriz cultural, uma pedra para construir a estrada de sua trajetória, andando por esse país, levando os vários sentimentos do povo brasileiro. Este livro reporta com propriedade o princípio da trajetória que os artistas brasileiros percorriam nas migrações para a antiga capital do País - Rio de Janeiro, com o nascimento da Era do Rádio”.

O livro retrata ainda a complexa e heroica história de Luiz Gonzaga, o menestrel da música nordestina, que agregou muitos artistas e compositores, reproduziu sons, criou ritmos, absolveu e usou a arte visual do seu povo, inventou o arquétipo pluri-simbiótico de cangaceiro, vaqueiro e cantador, numa só pessoa, resultante de uma das mais belas narrativas brasileiras.

Para José Mauro de Alencar, ler este trabalho é como sintonizar o rádio e ouvir a voz de Renato Phaelante, contando a saga do rei do baião, tão rica de detalhes, com linguagem poética, visão sociólogica, remontada por um pesquisador apaixonado pelo rádio, pelo frevo, pela arte dos violeiros repentistas e pela cultura popular.

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