PROJETO ASA BRANCA PARTICIPA DAS FESTIVIDADES DO PADROEIRO DE EXU, BOM JESUS DOS AFLITOS E EMOCIONA COM A APRESENTAÇÃO

Exu, Pernambuco, a terra de Luiz Gonzaga, Rei do Baião e Barbara de Alencar, iniciou deste sábado, dia 04, a festa do Padroeiro do município Bom Jesus dos Aflitos. Participam das celebrações artistas que fazem uma programação durante as noites de janeiro. O encerramento acontece dia 14.

Na noite de domingo 5, uma das mais emocionantes das apresentações aconteceu com as crianças do Projeto Asa Branca, que prestigiaram as festividades do Padroeiro Bom Jesus dos Aflitos.

O projeto Asa Branca ensina as crianças a tocar sanfona e é mantido pela Fundação Gonzagão, entidade criada em 2 de março de 2000 pelo então promotor de Justiça de Exu, Francisco Dirceu Barros, entre outros cidadãos.

O objetivo do Projeto Asa Branca é prestar atendimento a crianças e adolescentes, especialmente as carentes, utilizando a arte e a poesia de Luiz Gonzaga para sua promoção socia. 

“Do ano 2000 até agora, mais de 800 crianças passaram pelo projeto, que inicialmente, além de música, oferecia oficinas de artesanato, dança e poesia. Algumas delas se destacam atualmente tocando sanfona e se apresentando em grupos regionais. O importante é incentivar as crianças a valorizar a cultura gonzagueana e a promover o município de Exu”, enfatiza, a vice presidente do Projeto Asa Branca, Aline Justino. 

Fotos Monaliza Monalliza Emilly Gondim.
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PREFEITURA DE JUAZEIRO E PETROLINA RECEBEM RECURSOS DO PRÉ-SAL, DINHEIRO NÃO PODE SER USADO PARA REMUNERAR SERVIDORES

Sem alarde, o Ministério da Fazenda depositou, na virada do ano, dia 31 dezembro 2019, na conta dos Estados e Municípios, os recursos financeiros do acordo do pré-sal. A reportagem deste Blog NEY VITAL  apurou que Petrolina recebeu muito abaixo do esperado do valor em dinheiro. A quantia depositada nos cofres da Prefeitura foi de R$ 4.988.873,63.

Para o leitor ter uma idéia dos valores o pequeno município de Exu Pernambuco, terra onde nasceu Luiz Gonzaga, cidade com pouco mais de 25 mil habitantes, a Prefeitura recebeu R$ 1.281.514,83. Ao todo foi depositado ao Estado da Bahia R$ 371,7 milhões e para Pernambuco R$ 247,7 milhões. Juazeiro superou a casa dos dez milhões. A Prefeitura de Juazeiro recebeu do Governo Federal a quantia de R$ 4.976.000,00”.

A fórmula de partilha com governos estaduais e municipais foi definida durante a discussão de um Projeto de Lei no Congresso Nacional. Pelas regras aprovadas, o repasse aos estados seguiU um critério misto, com regras do Fundo de Participação dos Estados (FPE) e da Lei Kandir.  A Lei Kandir trata sobre o imposto dos estados e do Distrito Federal nas operações relativas à circulação de mercadorias e serviços (ICMS).

No caso dos municípios, a verba foi distribuída de acordo com os coeficientes que regem a repartição de recursos do Fundo de Participação dos Municípios (FPM).

Uma fonte, autoridade em finanças, explicou a reportagem deste Blog  NEY VITAL que pelas regras aprovadas no Congresso, o dinheiro obrigatoriamente deve ser usado em despesas previdenciárias e na realização de investimentos, e não poderá ser destinado a finalidades como, por exemplo, o aumento da remuneração de servidores.

A redação do Blog NEY VITAL não conseguiu contato com as secretarias de finanças de Juazeiro, Bahia e Petrolina,  Pernambuco, para saber quais são os planejamentos para o uso dos recursos financeiros vindo do acordo do pré-sal. 

O “pré-sal” é uma área de reservas petrolíferas que fica debaixo de uma profunda camada de sal, formando uma das várias camadas rochosas do subsolo marinho.

No Brasil, esta camada compreende uma faixa que se estende ao longo de 800 quilômetros. Engloba o Espírito Santo, Santa Catarina, abaixo do leito do mar, além das bacias sedimentares do Espírito Santo, Campos e Santos.  Ela é chamada de pré-sal, em razão da escala de tempo geológica, ou seja, o tempo de formação do petróleo. A camada de reserva de petróleo do pré-sal se formou antes (daí o termo “pré”) da outra rocha de camada salina, e foi encoberta por esta, milhões de anos
depois.
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RIO SÃO FRANCISCO: AGRICULTURA IRRIGADA GERA DISPUTA POR ÁGUA EM BARREIRAS, BAHIA

"Quando eu cheguei aqui dava para contar os carros nos dedos. Agora, parece que tem mais carro do que gente. É uma dificuldade cruzar a avenida ali", diz o jardineiro Manoel Clóvis, 42, apontando para a rodovia lotada de grandes caminhonetes de luxo e caminhões bi-trem. Ele vive há cerca de 30 anos em Barreiras, no oeste da Bahia, e acompanhou a explosão do agronegócio que enriqueceu a região nas últimas décadas, trazendo produtores -principalmente da região sul- prestadores de serviço e fornecedores de insumos.

Barreiras e a vizinha Luís Eduardo Magalhães são o epicentro da fronteira agrícola do Matopiba -região que engloba Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia- e devem o crescimento à abundância de água do aquífero Urucuia, um dos maiores do país, hoje no foco das atenções de autoridades diante do risco de impactos no rio São Francisco.

O Ministério Público da Bahia tenta impedir novas outorgas para captação de água para irrigação enquanto não houver planejamento sobre o uso e seus impactos nos rios da região. "É uma área estratégica do ponto de vista dos recursos hídricos", diz a procuradora Luciana Khouri.

O Urucuia se estende por uma área de 125 mil quilômetros quadrados em cinco estados brasileiros e é fundamental para manter a perenidade do maior rio nordestino. Estudos apontam que ao menos 80% da água que desce o baixo São Francisco no período seco venha de afluentes alimentados pelo aquífero.

"Uma coisa é óbvia: as vazões afluentes do São Francisco vêm se reduzindo", diz o presidente do CBHSF (Comitê da Bacia Hidrográfica do São Francisco), Anivaldo Miranda. "O que se trata agora é de descobrir quais fatores estão causando isso e qual o peso de cada um."

O Ministério Público recomendou a suspensão das outorgas pela primeira vez em 2015, alegando que não há um plano de gestão da bacia que indique quais os níveis seguros de retirada de água. Desde então, vem tentando barrar todos os processos no Inema (Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos).

A região já experimenta conflitos pelo uso da água, principalmente na bacia do rio Correntes, onde moradores denunciam a queda de vazão dos rios em períodos de irrigação. Em 2017, manifestantes invadiram uma fazenda na região e queimaram equipamentos em protesto contra a diminuição do nível das águas do rio Arrojado.

Segundo estudo desenvolvido pela UFV (Universidade Federal de Viçosa) e pela Universidade de Nebraska para a Aiba (Associação dos Irrigantes da Bahia), entre 1990 e 2018, a área plantada na região cresceu 440%, para 2,3 milhões de hectares –uma área equivalente ao estado de Sergipe.

A área irrigada cresceu 1.016%, de 17,1 mil para 109,9 mil hectares, um pouco menos do que a cidade do Rio de Janeiro. A região tem hoje cerca de 1.800 pivôs centrais de irrigação, estruturas metálicas usadas para irrigar grandes áreas circulares e que podem chegar a 1.500 metros de comprimento. Em 1990, eram 187. 

A Aiba calcula que o valor bruto da produção quintuplica em áreas irrigadas (enquanto nas áreas de sequeiro a produção vale R$ 3.129 por hectare por ano, nas irrigadas, vai a R$ 15.600 hectares por ano) e defende que o agronegócio tem impactos positivos na economia da região. Considerada a capital do Matopiba, Luís Eduardo Maga- lhães fechou 2017 com PIB de R$ 4,8 bilhões, 2,5 vezes a mais do que no início da década. Em Barreiras, a soma dos bens produzidos pelo município dobrou no período.

O MP-BA e a CBHSF avaliam que não há estudos conclusivos sobre impactos da captação de água nos afluentes do São Francisco. Eles alegam que a diminuição das vazões pode afetar também outros usos no maior rio nordestino, incluindo a geração de energia. 

Segundo Khouri, o Inema avalia os pedidos de outorga com base em séries históricas de vazão até 2007, antes da seca que alterou o nível dos rios na região. "Eles estão avaliando rios de antigamente". Procurado, o órgão ambiental não respondeu ao pedido de entrevista. A expectativa da Procuradoria é que o plano de gestão das bacias ligadas ao Urucuia fique pronto em até 12 meses e permita uma melhor avaliação sobre as outorgas existentes e sobre a viabilidade de novas outorgas.

Para tentar controlar o consumo de água, o governo da Bahia determinou a instalação de hidrômetros nos poços. A Aiba diz apoiar a medida, mas há um embate com relação ao prazo estipulado e à tecnologia –se serão hidrômetros analógicos ou digitais. Além do temor de que, com o início da medição, o governo baiano comece a cobrar pela água captada, o que é previsto na legislação. Este mês, a Federação da Agricultura e Pecuária do Estado da Bahia enviou ofício à Inema solicitando mudanças nas regras. A entidade pede aumento do limite mínimo para a obrigatoriedade de medição, alega que não há capacidade para atendimento à grande demanda pelos equipamentos e pede extensão do prazo para a implantação.

"A gente entende que o São Francisco é muito importante, assim como [os afluentes da região do Urucuia] Grande, Correntes e Carinhanha, e precisamos usar a água de forma inteligente para gerar riqueza", diz o engenheiro agrícola Everardo Mantovani, um dos responsáveis pelo estudo encomendado pela Aiba. Ele diz que os primeiros resultados do trabalho apontam que 18% da área pesquisada tem algum problema de uso excessivo pela irrigação. Ressaltando que há incertezas nos dados, o trabalho considera, porém, que os volumes explorados atualmente "são uma fração menor com respeito ao potencial do aquífero".

 "Ninguém precisa mais de recursos naturais do que os produtores", afirma Luiz Antônio Pradella, membro do conselho consultivo da Aiba. Além da necessidade de conservação, diz, o alto custo da energia ajuda a controlar o uso. "Não existe deixar bomba ligada. Se deixar, o produtor quebra."

A favor dos produtores, diz que em 2016 62% dos pivôs foram desligados porque os rios estavam chegando a um nível crítico. Defende que a entidade tem investido em medidas de mitigação e conservação ambiental e educação, como a recuperação de nascentes e transferência de tecnologia para microprodutores.

Para a Aiba, a área plantada na região pode dobrar apenas com o uso de pastagens degradadas no sentido do rio São Francisco, a leste. E sem grande necessidade de irrigação, já que a área tem níveis de chuva mais elevados. A Secretaria de Infraestrutura Hídrica e Saneamento da Bahia diz que o estudo contratado à UFV, fruto de acordo de cooperação técnica firmado com os produtores, "vai disponibilizar dados e informações confiáveis para a tomada de decisão na gestão integrada dos recursos hídricos, por parte das organizações públicas e privadas". (Folha Press)
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OS 105 ANOS DE HUMBERTO TEIXEIRA, O DOUTOR DO BAIÃO, JUNTO COM LUIZ GONZAGA REVOLUCIONOU A MÚSICA BRASILEIRA

Humberto Cavalcanti Teixeira (nasceu em Iguatu, Ceará, 5 de janeiro de 1915. Faleceu no Rio de Janeiro, 3 de outubro de 1979). 

Filho de João Euclides Teixeira e Lucíola Cavalcante Teixeira. Desde cedo apresentava aptidões para a música; aos seis anos aprendeu a tocar musette, versão francesa da gaita de foles. Aprendeu também flauta e bandolim. O seu tio Lafaiete Teixeira, foi o responsável pelos seus primeiros ensinamentos musicais, era maestro e tocava vários instrumentos.

Aos 13 anos, depois de ter editado sua composição Miss Hermengarda, tocava flauta na orquestra que musicava os filmes mudos no Cine Majestic de Fortaleza. Aos 15 anos radicou-se no Rio de Janeiro onde, aos 18 anos, em 1934, foi premiado com Meu Pecadinho pela revista O Malho num concurso de música carnavalesca.

Iniciou a carreira artística tocando como flautista-aluno na Orquestra Iracema, regida pelo maestro Antônio Moreira. Em 1931 mudou-se para o Rio de Janeiro. Em 1934, foi um dos vencedores do concurso de músicas carnavalescas promovido pela revista “O Malho”.

Ao lado de músicas de Ary Barroso, Cândido das Neves, José Maria de Abreu e Ari Kerner, classificou sua composição “Meu pedacinho”. Mesmo assim, não conseguiu gravar, e seguiu compondo valsas, toadas, modas e canções, que eram editadas para piano pela casa A Guitarra de Prata. 

Em 1943, formou-se em Ciências Jurídicas e Sociais pela Faculdade Nacional de Direito da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e passou a trabalhar em um escritório na Avenida Calógeras. Nesta época já tinha composto sambas, marchas, xotes, sambas-canções e toadas e tentava lançar o ritmo nordestino “balance” ou “balanceio” tocado pelo parceiro Lauro Maia (com quem compôs “Deus me perdoe” e “Vamos balancear”). Em 1944, tinha gravado a primeira música, em parceria com Lírio Panicalli, o samba apoteótico Sinfonia do Café, cantado por Deo. Em 1945, Orlando Silva gravou os sambas “Só uma louca não vê” e “Samba da roça”, ambos de parceria com Lauro Maia.

Numa tarde em agosto de 1945, conheceu aquele que se tornou seu grande parceiro de inúmeros sucessos, Luiz Gonzaga. Da parceria dos dois surgiu o baião, numa batida uniforme feita para dançar. Substituíram os instrumentos originais, viola, pandeiro, botijão e rabeca, por acordeom, triângulo e zabumba. 

O novo ritmo fez uma revolução na música brasileira, que oscilava na época entre o samba-canção e os ritmos importados, e via-se diante de algo completamente novo e que entrou direto no gosto popular, o baião. A dupla com Luiz Gonzaga rendeu inúmeros sucessos, dentre os quais os maiores foram: “Mangaratiba”, “Juazeiro”, “Paraíba”, “Qui nem jiló”, “Xanduzinha”,  “Baião”, “Asa branca”, “Lorota boa”, “Assum preto”, “Estrada de Canindé”, “Respeita Januário” e “Meu pé de serra”.

Em 1950, a dupla se desfez, com a ida de Luiz Gonzaga para a Sbacem. Ainda em 1950 teve a música “Meu brotinho”, cantada por Francisco Carlos no filme “Carnaval no fogo”. 

O referido cantor tornou-se conhecido pelo público a partir deste sucesso. No mesmo ano, Humberto Teixeira elegeu-se deputado federal pelo Ceará, com maciça votação. Em 1951 teve “Bate o bumbo” interpretada por Eliana no filme “Aviso aos navegantes”. No mesmo ano, dois sambas de sua autoria foram gravados: “Desci o morro”, em parceria com Lauro Maia, gravado por Os Boêmios, e “Martírio”, em parceria com Oldemar Magalhães, gravado por Helena de Lima.  Ainda em 1951 teve  grande êxito com a composição “Sinfonia do café”, feita especialmente para o espetáculo “Muiraquitação”, encenado no Teatro Municipal e gravado por Déo e Coro dos Apiacás, pela Continental. A mesma Helena de Lima gravou “Baião de Salvador”, da parceria com  Sivuca.

Foi eleito o “melhor compositor nacional” pela Revista do Rádio nos anos de 1950, 1951 e 1952, sendo recebido pelo presidente Getúlio Vargas.

Em 1952, teve a “Marcha do sapinho”, parceria com Norte Victor,  cantada por Oscarito e Maria Antonieta Pons, no filme “Carnaval Atlântida”. Em 1956, juntamente com o compositor João de Barro fundou a Academia Brasileira de Música Popular. Além de Luiz Gonzaga, teve como um dos seus principais parceiros o cunhado Lauro Maia com quem compôs, entre outras, “Mariposa”, marcha gravada por Orlando Silva em 1946, e “Pecador”, samba gravado em 1949 por 4 Ases e 1 Coringa. Fez também diversas composições com Felícia de Godoy, entre as quais “Antes que eu enlouqueça” e “Vou-me embora”.

Suas composições foram gravadas por diversos intérpretes, entre os quais Carmélia Alves, com a marcha rancho “Jardineira de ilusões”, Odete Amaral, com a marcha “Bem vi”, Jamelão, com “Pirarucu”, Cyro Monteiro com “Agradece a Deus”, Ivon Curi, com “A beleza da Chuiquinha” e Emilinha Borba com “Tá fartando coisa em mim”. Posterirormente, Geraldo Vandré, Caetano Veloso e Alceu Valença entre outros  gravaram “Asa branca” e Gal Costa gravou “Assum preto”, além de  outros artistas contemporâneos que gravaram composições de sua autoria.

Em 1958, conseguiu aprovar no Congresso Nacional a Lei Humberto Teixeira para a formação de caravanas de artistas para divulgar a música brasileira no exterior. A primeira dessas caravanas foi formada no mesmo ano, contando com a participação dos artistas Abel Ferreira, Sivuca, Pernambuco, Dimas, Trio Iraquitã e Maestro Guio de Morais, tendo percorrido diversos países. Sempre sob a direção de  Humberto Teixeira, essas caravanas aconteceram até 1964.

Em 1971, foi eleito vice-diretor da UBC, dando prosseguimento a sua luta pelos direitos autorais. Com mais de 400 composições gravadas,  tornou-se um compositor reconhecido internacionalmente, com composições gravadas em diversos idiomas.  A partir do ano 2000, sua filha, a atriz Denise Dumont, residente em Nova York, encarregou-se de resgatar suas memórias, promovendo shows e artigos em jornais e revistas sobre a importância de sua obra. Em 2001, teve a música “baião” (c/ Luiz Gonzaga) gravada por Targino Gondim, no CD “Dance Forró Mais eu”.

Em 2002 foi homenageado por ocasião da entrega do Primeiro Prêmio Rival BR de Música / Troféu Humberto Teixeira, na noite de 27 de agosto daquele ano, com a realização de um show-tributo,  com a participação de Elba Ramalho, Fagner, Gilberto Gil, Lenine, Rita Ribeiro, Sivuca, Cordel de Fogo Encantado, Carmélia Alves e Zeca Pagodinho, que interpretaram, entre outras, ” Adeus Maria Fulô”, parceria com Sivuca, “Juazeiro”, “Assum preto”, “Qui nem jiló” e “Estrada do Canindé”, todas em parceria com Luiz Gonzaga.

Humberto Teixeira soube transitar  entre a erudição e as licenças poéticas, trazendo versos como: “Tira o verde desses óio de riba d”eu”. 

Em 2004,  “Asa Branca”, composta com Luiz Gonzaga, foi apontada como uma das mais executadas, em diversas apresentações de palco, além de execuções no rádio, segundo dados da Ecad (Escritório Central de Arrecadação e Distribuição).

Seu clássico “Asa branca”, parceria com Luiz Gonzaga, é uma das músicas mais conhecidas e gravadas do cancioneiro popular brasileiro, tendo recebido gravações de cantores consagrados como João Mossoró, Gilberto Gil, Dominguinhos, Lulu Santos, Fagner, Caetano Veloso, Elis Regina, Tom Zé, Chitãozinho e Xororó, Ney Matogrosso, Badi Assad, Maria Bethânia, Hermeto Pascoal, Quinteto Violado, Xangai e Raul Seixas, que gravou a canção em uma versão em inglês, além do original em português, fazendo um mix com a música “Blue Moon of Kentucky”, do norte-americano Bill Moroe. 

A composição continua sendo revitalizada com interpretações em shows e gravações de cantores e duplas mais jovens do universo sertanejo.   (Mara Baraúna. GCN)
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MORRE, AOS 99 ANOS, ANA MARIA PRIMAVESI, PIONEIRA DA AGROECOLOGIA NO BRASIL

A engenheira agrônoma Ana Maria Primavesi, referência mundial em agroecologia e pioneira no Brasil, morreu neste domingo (5) em decorrência de problemas cardíacos. O centenário da pesquisadora, nascida em 3 de outubro, seria celebrado em 2020. Ela defende a compreensão do solo como um organismo vivo e foi responsável por avanços nos estudos sobre o manejo ecológico do solo.

O velório e o enterro ocorrem NO Cemitério de Congonhas, no Jardim Marajoara, em São Paulo. O sepultamento será às 16h30.

Ao participar da segunda edição da Feira Nacional da Reforma Agrária, em 2017, na capital paulista, a autora defendeu a relação entre homem e meio ambiente. "Sem a natureza não existimos mais, ela é a base da nossa vida. Lutar pela terra, lutar pelas plantas, lutar pela agricultura, porque se não vivermos dentro da agricultora, vamos acabar. Não tem vida que continue sem terra, sem agricultura", declarou enquanto autografava livros.

Primavesi nasceu e cresceu na Áustria, onde adquiriu os primeiros conhecimentos no tema com os pais agricultores. Perseguida pelo nazismo, ela foi presa em um campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. 

Nos anos 50, veio para o Brasil, onde iniciou a carreira acadêmica e a atuação militante. Nessa época, a chamada 'Revolução Verde' disseminava novas práticas agrícolas que levaram ao crescimento desenfreado do agronegócio nos Estados Unidos e na Europa. 

No Brasil, Primavesi foi professora da Universidade Federal de Santa Maria, onde contribuiu para a organização do primeiro curso de pós-graduação em agricultura orgânica.

Foi também fundadora da Associação da Agricultora Orgânica (AOO) e ao longo de sua carreira recebeu uma série de prêmios, como o One World Award, da Federação Internacional dos Movimentos da Agricultura Orgânica (IFOAM).

Em entrevista ao Brasil de Fato em 2017, Carin Primavesi Silveira, filha da escritora, falou sobre a resistência da mãe ao longo da história ao desafiar a lógica do capital na agricultura.

“Teve muita resistência. Ela foi muito atacada. Agora, o que acontece? A evidência é o que a natureza está mostrando, porque a gente não pode ser contra a natureza, nós dependemos dela. Temos que trabalhar em comunhão com a natureza”, disse à reportagem.

Entre as obras de Primavesi, estão "A Convenção dos Ventos - Agroecologia em contos", "Manual do Solo Vivo", e "Manual Ecológico de Pragas e Doenças", as quais fazem parte de coleção da editora Expressão Popular. 

A biografia da agrônoma, "Ana Maria Primavesi - Histórias de Vida e Agroecologia", escrito pela também agrônoma Virgínia Mendonça Knabben, também foi publicado pela editora.

Em 2018, a Knabben lançou, no dia 3 de outubro, um site dedicado à autora: www.anamariaprimavesi.com.br.

Nas redes sociais, o deputado federal João Daniel (PT-SE) declarou: "Uma grande estudiosa, amou a natureza, cuidou da vida, estará presente sempre e merece todas as homenagens. Sempre estará presente". 

João Paulo Rodrigues, dirigente do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), lamentou a morte da escritora. "É com muita tristeza que nós, do MST, recebemos a notícia do falecimento de nossa querida Ana Maria Primavesi, nossa maior estudiosa em solos e Agroecologia, a maior especialista em solos do mundo. Vai em paz e o MST continuará a defender o seu legado, cuidando da nossa terra." (iBrasil de Fato)
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RESULTADO DO ENEM 2019 SERÁ DIVULGADO NO DIA 17 DE JANEIRO

O Ministério da Educação (MEC) vai divulgar no dia 17 de janeiro de 2020 os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2019. Os candidatos poderão conferir as notas individuais na Página do Participante — no portal ou no aplicativo do Enem — após fazer login com CPF e senha.

O Enem 2019 foi aplicado nos dias 3 e 10 de novembro. Ao todo, 3,9 milhões de estudantes compareceram a pelo menos um dia de prova. Quem fez o Enem como treineiro (não irá concluir o ensino médio em 2019) poderá ter acesso ao boletim individual em março de 2020.

Os gabaritos oficiais do exame foram divulgados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), vinculado ao MEC, no dia 13 de novembro.

Para 2020, o MEC destaca como novidade o Enem Digital. Neste primeiro ano, a aplicação ocorrerá em modelo-piloto. A implantação será progressiva. A previsão é que o exame seja 100% digital a partir de 2026. Segundo o ministério, as primeiras aplicações serão opcionais. Ao fazer a inscrição, o candidato poderá optar pela aplicação-piloto ou pela tradicional prova em papel. O modelo digital será aplicado para 50 mil participantes em 15 capitais brasileiras. (Fonte: Agencia Brasil)
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TÁCYO CARVALHO COMANDA A SEXTA EDIÇÃO DO FORRÓ DO POEIRÃO EM OURICURI, PERNAMBUCO NO SÁBADO 25

Joquinha Gonzaga, Dijesus Sanfoneiro, Cosmo do Acordeon, Serginho Gomes, Leonardo Pereira, Leninho de Bodocó, Luis Fidelis, Tony Monteiro, Maria Lafaeth, José Augusto, Luiz Forró (Cangaceiro de Natal), e outros convidados são nomes já confirmados para a apresentação no sábado (25), da Sexta Edição Forró do Poeirão 2020, a partir das 13hs, em Ouricuri-Pernambuco, na Churrascaria Chico Guilherme.  O evento é coordenado pelo cantor e compositor Tacyo Carvalho e produção de Alzeni Suzart.

O Forró do Poeirão já é tradição e a cada aumenta o número de forrozeiros que participam da Festa. O objetivo é valorizar e prestar uma homenagem a todos os amigos, admiradores e seguidores de Luiz Gonzaga. Este ano o Forró do Poeirão faz homenagem ao Poeta Patativa do Assaré. O tema do Forró do Poeirão 2020 é "Cante lá que eu canto cá".

Na programação além de vários shows dos sanfoneiros também está previsto uma Feira Ecológica.

Segundo Tacyo Carvalho, cantor e compositor, organizador do Forró do Poeirão, o Forró do Poeirão acontece e dá visibilidade aos músicos e ao próprio forró. “O projeto amplia o espaço para os artistas divulgarem seus trabalhos e já se tornou um grande encontro onde os amigos fazem a confraternização. O compromisso é o legado deixado por Luiz Gonzaga”.

Tácyo ganhou o apelido de Luiz Gonzaga: o garotão de Ouricuri. Isto aconteceu devido a popularidade que Tácyo atingiu apresentando programas de Rádio no Rio de Janeiro e sendo um dos responsáveis em divulgar a vida e obra de Luiz Gonzaga nos meios de comunicação no sudeste. Tácyo é o autor de Trem do Sertão, uma das mais belas músicas do cancioneiro brasileiro. 

O investimento para ter direito ao evento é de R$ 30,00 dá direito a uma camisa. Interessados entrar em contato com Alzeni Suzart  (whatsApp)71 992943603


"O forró do poeirão já é um sucesso e é uma oportunidade de fazermos um grande encontro, confraternização de amigos e amantes da boa música e valorizar nosso forró, xote e baião", define Tacyo Carvalho.

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