EM 2020, BRASILEIROS VÃO ELEGER PREFEITOS,VICE-PREFEITOS E VEREADORES

A partir de 1º de janeiro de 2020, eleitores, partidos e candidatos devem estar atentos ao calendário definido pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para eleições municipais do ano que vem, quando serão escolhidos prefeitos, vice-prefeitos e vereadores.

Pelo calendário eleitoral aprovado pela Corte, todas as pessoas envolvidas no pleito devem respeitar regras e prazos para garantir a realização da votação. O primeiro turno será realizado em 4 de outubro e o segundo turno no dia 25 do mesmo mês.

No primeiro dia de janeiro, empresas responsáveis por pesquisas de opinião estão obrigadas a registrá-las no TSE. Na mesma data, qualquer órgão da administração pública fica proibido de distribuir benefícios, bens ou valores, exceto no caso de calamidade pública. Os órgãos também não podem aumentar gastos com publicidade acima da média dos últimos três anos.

Em abril, o TSE vai lançar uma campanha nas emissoras de rádio e televisão para incentivar a participação das mulheres nas eleições e esclarecer o eleitor sobre o funcionamento do sistema eleitoral.

No dia 16 de junho, a Corte deve divulgar o valor corrigido do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC), criado pelo Congresso. Conforme o orçamento da União para o ano que vem, R$ 2 bilhões estão previstos para o fundo.

Em julho, os partidos estão autorizados a promover as convenções internas para escolha de seus candidatos, que deverão ter os registros das candidaturas apresentados à Justiça Eleitoral até 15 de agosto.

No dia seguinte, a propaganda eleitoral está autorizada nas ruas e na internet até 3 de outubro, dia anterior ao primeiro turno.

Em setembro, a partir do dia 19, nenhum candidato poderá ser preso, salvo em flagrante. No caso dos eleitores, a legislação eleitoral também proíbe a prisão nos dias próximos ao pleito. No dia 29, eleitores só podem ser presos em flagrante.

A diplomação dos prefeitos e vices, além dos vereadores eleitos, deve ocorrer até 19 de dezembro de 2020.

Nas eleições municipais de 2016, 144 milhões de eleitores estavam aptos a votar. No pleito, foram registradas 496 mil candidaturas para os cargos disputados. (Fonte: Agencia Brasil)
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MÍDIA E CULTURA: NEY VITAL SACODE O FORRÓ COM BOM JORNALISMO

Pesquisas apontam Primeiro Lugar Audiência Conteúdo. Todos os domingos 9hs Programa Nas Asas da Asa Branca Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos, Rádio Cidade Juazeiro/Petrolina AM 870. A Cultura e a Arte são notícia. 

A Educação para a Arte e a Arte na Educação. Estilos e Ritmos Musicais. Sanfona dos 8 aos 120 Baixos. Jornalismo a Serviço da Música Brasileira. Toda a diversidade e a Riqueza da Cultura. O Brasil e Mundo e suas Expressões nas ondas do Rádio. Todos os dias são mais de 25 mil acessos www.neyvital.com.br Jornalismo a Serviço da Cultura.
Gratidão pela Liderança. Cada Ouvinte Leitor um Amigo Irmão. Um 2020 Repleto de Paz e Luz Boas Notícias Sempre.

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e potente. Na rádio Cidade AM 870, Petrolina, Juazeiro, Bahia, o jornalista Ney Vital apresenta o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga, todos os domingos,  a partir das 9hs da manhã.

O programa é transmitido também via internet www.radiocidadeam870.com.br e segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É a forma. O roteiro concreto para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga e seus seguidores", explica Ney Vital.

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 Luiz Gonzaga, o  Rei do Baião fez a passagem, partiu para o sertão da eternidade e então, naquela oportunidade, o hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate".

O programa desse pesquisador e jornalista é o encontro da família brasileira. Ney Vital não promove rituais regionalistas, a mesquinhez saudosista dos que não se encontram com o povo a não ser na lembrança. Ao contrário, seu programa evoluiu para a forma de espaço reservado à cultura mais brasileira, universal, autêntica, descortinando um mar e sertões  de ritmos variados e escancarando a infinita capacidade criadora de nosso povo. 

É o conteúdo dessa autêntica expressão nacional que faz romper as barreiras regionais, esmagando as falsificações e deturpações do que costuma se fazer passar como patrimônio do povo brasileiro.

Também por este motivo no programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia Ney Vital que recebeu o titulo Amigo Gonzaguiano Orgulho de Caruaru recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca. e o Troféu Viva Dominguinhos em Garanhuns.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência de 30 anos atuando no rádio e tv. Nas filiadas do Globo TV Grande Rio e São Francisco foi um dos produtores do Globo Rural, onde exibiu reportagens sobre Missa do Vaqueiro de Serrita e festa aniversário de Luiz Gonzaga e dos 500 anos do Rio São Francisco.

Formado em Jornalismo na Paraíba e com Pós-Graduação em Ensino de Comunicação Social pela UNEB/Universidade Federal do Rio Grande do Norte faz do programa um dos primeiros colocados na audiência do Vale do São Francisco, segundo as pesquisas.

O Programa Nas Asas da Asa Branca, ao abrir as portas à mais genuína música brasileira, cria um ambiente de amor e orgulho pela nossa gente, uma disseminação de admiração e confiança em nosso povo — experimentada por quem o sintoniza, dos confins do Nordeste aos nossos pampas, do Atlântico capixaba ao noroeste mato-grossense.

Ney Vital usa a memória ativa e a improvisação feita de informalidade marcando o estilo dos diálogos e entrevistas do programa. Tudo é profundo. Puro sentimento. "O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximos das pessoas, através desse mundo mágico e transformador que é a sintonia via rádio e as novas tecnologias", finalizou Ney Vital.

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FESTIVAL CINEMA NO INTERIOR EDIÇÃO VELHO CHICO PERMANECE EM CARTAZ ATÉ O DIA 1º DE JANEIRO

Está em cartaz desde novembro, no Cine River, em Petrolina, filmes produzidos por comunidades ribeirinhas da região. As películas “Jamakaru”, “Rio Mar”, “A Menina da Ilha”, “O Menino que Tinha Medo do Rio” e “Cantigas, o Sertão e suas Danças”, marcam mais uma ação do “Cinema no Interior – Edição Especial Velho Chico”, evento que conta com incentivo do Governo do Estado, por meio dos recursos do Funcultura. 

Com o auxílio de oficinas formativas oferecidas pelo projeto, os ribeirinhos dos municípios de Cabrobó, Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Petrolândia e Petrolina participaram do processo de realização dos filmes, como por exemplo a elaboração do roteiro, produção e a composição do elenco.

As obras destacam a mitologia que envolve o Rio São Francisco e também as questões ambientais. A protagonista do curta-metragem “A Menina da Ilha”, Cecília Myrelle, relata que participar da produção de um filme é incrível e estar no cinema pela primeira vez assistindo a um filme que ela protagoniza, é fascinante.

“Nunca imaginei que a Ilha de São Félix, no interior de Orocó, seria o cenário para um filme e que eu, após participar das oficinas fui selecionada protagonista do filme, estou fascinada. Eu aprendi muito, só tenho que agradecer ao Marcos e a toda a equipe de professores desse projeto que nos ensinou e nos deu a oportunidade que eu nunca pensei na minha vida que iria me ver numa tela de cinema”, declarou Cecília.

A difusão do patrimônio cultural das cidades ribeirinhas sanfranciscanas e o incentivo na realização de novos projetos audiovisuais para a região estão entre os objetivos do Festival. O idealizador e diretor geral do Cinema no Interior, Marcos Carvalho, ressalta que é uma ação histórica para o cinema nacional ter filmes de curta metragem expostos nas salas do cinema.

“Prestigiar produções genuinamente locais que valorizam o patrimônio material e imaterial ribeirinho sanfranciscano por meio de filmes que expressam valor artístico, cultural e histórico é uma oportunidade incrível para a população do Vale, além de ser um marco histórico ter filmes de curta-metragem exibidos em grande estilo nas salas do cinema em Petrolina”, diz Marcos.

Os filmes permanecerão em cartaz até o próximo dia 1º de janeiro de 2020, sempre às 13h30. Está previsto para todas as sessões, um momento de “bate papo descontraído” com o idealizador do Cinema no Interior, Marcos Carvalho e  alguns atores, personagens dos filmes e o público presente, que na ocasião será contemplado também com o sorteio de alguns brindes do projeto.

O “Cinema no Interior – Edição Especial Velho Chico”, produzido pela Mont Serrat Filmes, tem incentivo do Fundo Setorial do Audiovisual, através do edital Festivais SAV/Minc/2018, da Secretaria do Audiovisual (SAV), Agência Nacional do Cinema (ANCINE) e do Funcultura, através do XI Edital de Fomento ao Audiovisual do Estado de Pernambuco.

O projeto conta ainda com a parceria do Festival Internacional de Cinema de Contis (França), Rede Orient Cinemas, TV Grande Rio, Nobile Suítes Del Rio Petrolina e das Prefeituras Municipais de Santa Maria da Boa Vista, Orocó, Cabrobó, Petrolândia e o apoio do população ribeirinha. Programação completa em: www.cinemanointerior.com.br
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"O JUAZEIRO E AROEIRA FLORARAM E ISTO É SINAL DE BOAS CHUVAS PARA 2020", DIZ AGRICULTOR PROFETA DA CHUVA

"O próximo ano será de muita chuva". A profecia foi feita pelo agricultor Venceslau Batista, de 84 anos, que há décadas observa os sinais da natureza para saber se a pluviometria será generosa durante a quadra chuvosa, que se inicia em fevereiro e segue até março. Morador do Perímetro Irrigado Icó-Lima Campos, ele é conhecido como "profeta da chuva", nomenclatura dada ao sertanejo que faz previsões de tempo e de clima a partir de observações das mudanças do ecossistema, da atmosfera, dentre outros métodos tradicionais de previsão.

"Aprendemos com nossos pais, avós e damos continuidade a essa tradição", explica. Os "profetas" observam alguns sinais da natureza que, segundo eles, indicam o volume da chuva. Um deles é a florada do juazeiro e da aroeira. Quando, nesta época do ano, as árvores estão com a copa cheia, é sinônimo de boas chuvas. "Encontrei um ninho de joão-de-barro com a entrada da casa virada para o poente e isso é bom", detalha o que ele acredita ser outro "sinal da natureza". "Nos anos anteriores eles faziam a abertura virada para o nascente, ou seja, era indicação de pouca chuva", complementa.

O agricultor aposentado, Francisco Dias, também faz previsões para o período de chuvas. O profeta costuma colocar pedras de sal sobre uma tábua na noite anterior ao dia dedicado à Santa Luzia, que foi festejado no último dia 13. São seis pedras e cada uma delas representa um mês do ano a partir de janeiro. "De março, abril e maio, as pedras ficaram úmidas, sinal de chuva nesses meses", ensinou. A próxima observação, explica Francisco, será a primeira lua cheia do ano. "Estou animado porque os tetéus não fizeram ninhos nas lagoas e é sinal que vem chuva no começo do ano".

Essas previsões, segundo avaliam os profetas da chuva, não se trata "de fé", mas de "conhecimento sobre a natureza", conforme explica Francisco Leite, que também participa, ao lado de Lurdinha e outros observadores, de um encontro anual em Quixadá, realizado sempre no mês de dezembro. "Conhecer os sinais da natureza é uma questão de sobrevivência na caatinga", pontua ele, que, com 20 anos, é o profeta mais novo de Quixadá. O mesmo grupo vai se reunir no dia 10 de janeiro do próximo ano, para divulgar o prognóstico oficial para a quadra chuvosa de 2020. "Os indícios são bons, mas vamos esperar a barra da lua cheia de 2020 para confirmar", diz. Este encontro é considerado o maior do gênero no País.

Diário do Nordeste Foto: Honorio Barbosa
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MEGA-SENA DA VIRADA VAI PAGAR R$ 300 MILHÕES

O brasileiro que sonha ficar milionário tem até a próxima terça-feira (31), às 18h, para fazer sua aposta da Mega-Sena da Virada em qualquer lotérica do país. O apostador que acertar as seis dezenas sorteadas levará um prêmio estimado em R$ 300 milhões. O concurso 2.220, que vai definir o novo milionário, ou os novos milionários do Brasil, será realizado no mesmo dia, às 20h.

Segundo a Caixa Econômica Federal, responsável pela gestão das Loterias, o prêmio não vai acumular. Se ninguém acertar as seis dezenas, os R$ 300 milhões serão divididos entre os acertadores da quina. (Fonte: Agencia Brasil)
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DOUTORA HONORIS CAUSA PELA URCA, MADRE FEITOSA TEVE RECONHECIMENTO DA UNIVERSIDADE

Faleceu na manhã desta sexta-feira, 27, madre Maria Carmelina Feitosa, aos 98 anos, vítima de um Acidente Vascular Cerebral (AVC). Doutora Honoris Causa pela Universidade Regional do Cariri (URCA), Madre Feitosa teve reconhecimento da academia pelos relevantes serviços prestados à educação regional. 

O Reitor da instituição, Professor Francisco do O’ Lima Júnior, decretou luto oficial de três dias na universidade, em função do falecimento da religiosa e educadora, além de destacar os seus relevantes serviços e empenho à promoção da dignidade humana pelo exercício da caridade, como vocacionada aos princípios cristãos na condição de religiosa da Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus.

A solenidade de entrega do título de ‘Doutor Honoris Causa’, da URCA, à Madre Maria Carmelina Feitosa, aconteceu em 6 de maio de 2014, no auditório do Colégio Pequeno Príncipe, onde ela dedicou grande parte da sua vida como educadora.

Agraciada com várias homenagens de reconhecimento a seu trabalho nas áreas social, educacional e religiosa, Madre Feitosa possui mais de 70 anos dedicados à área educacional, além de fundar centros educacionais, um deles, a escola em que recebeu a outorga. Conforme a resolução, a aprovação por unanimidade da religiosa levou em consideração a relevância social dos serviços prestados para o progresso do Cariri, além de sua importante contribuição para a formação moral e intelectual de várias gerações de caririenses e da solidariedade e amparo aos necessitados, principalmente no acolhimento de crianças órfãs na Casa de Caridade do Crato.

Maria Carmelina Feitosa nasceu em Tauá, em 13 de setembro de 1921. Aos dezessete anos entrou para ser religiosa na Congregação das Filhas de Santa Teresa de Jesus, no ano de 1938. Ali também iniciou a prática do magistério, sempre voltada para os princípios cristãos, com destaque para a fé e caridade. Foi diretora do Colégio Santa Teresa de Jesus, Secretária Geral da Congregação, sendo eleita Vice Supervisora Geral da Ordem em três mandatos consecutivos, num total de dezoito anos. Em 1961, assumiu a direção da Casa de Caridade de Crato, do Ginásio Madre Ana Couto e do Patronato Padre Ibiapina, três instituições da Fundação Padre Ibiapina, pertencente à Diocese de Crato.

Graduou-se em Pedagogia pela antiga Faculdade de Filosofia do Crato, tendo também lecionado nessa instituição de ensino superior. Em 1969 fundou o Colégio Pequeno Príncipe que nasceu da sua vocação de educadora e que cresceu sob sua orientação. Hoje o Colégio Pequeno Príncipe é intitulado o “Colégio do Cariri”, tanto pela excelência do seu ensino, como pelo projeto pedagógico ali implantado.

Madre Feitosa mantinha a Casa de Caridade do Crato, entidade concebida e criada no século XIX, pelo Padre Ibiapina. No ano de 1968, recebeu o título de Cidadã Cratense. Nos 70 anos de vida religiosa, recebeu a Medalha Padre Ibiapina.

Fonte: Ascom Urca
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ASSOCIAÇÃO CLASSIFICA COMO PREOCUPANTE MEDIDA DO GOVERNO BOLSONARO QUE MUDA ESCOLHA DE REITORES

O governo Jair Bolsonaro poderá nomear 24 dirigentes de universidades federais e nove de institutos federais de ensino em 2020, segundo o Ministério da Educação (MEC).

Na terça-feira (24/12), a Presidência da República publicou a Medida Provisória (MP) 914, que estabelece a palavra do presidente como decisória para a nomeação dos reitores em universidades federais. Tradicionalmente, o reitor é escolhido pelo corpo das universidades, por meio da votação da lista tríplice. 

O mais votado dessa lista costuma ter o nome sancionado pelo presidente, para um mandato de quatro anos. A MP 914, no entanto, fixa a regra de que o presidente poderá, a seu critério, escolher qualquer um dos três nomes que compuserem a lista tríplice indicada pela universidade. A regra também será aplicada a institutos federais de ensino.

Em nota, o Ministério da Educação (MEC) afirmou que a nova regra garante autonomia à comunidade acadêmica e que o objetivo do novo texto é fortalecer a governança no processo de escolha de reitores. "Com o novo sistema, o Ministério da Educação torna o processo de escolha transparente, seguro e valoriza o corpo docente."

A Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes), publicou nota em que diz ver com "surpresa e preocupação" as novas regras, escolhidas sem diálogos com as comunidades universitárias ou com o parlamento brasileiro, o que seria "desconsideração".

Para a associação, a medida provisória desrespeita a autonomia administrativa das universidade e o papel de representação dos conselhos superiores das instituições. "Afinal, escolher seus próprios dirigentes é decorrência básica da autonomia universitária e princípio irrenunciável de nossas instituições", afirma o texto. Como consequência, a Andifes acredita que a medida desestabiliza e convulsiona os processos políticos institucionais, pois há uma imposição que favorece a nomeação de pessoas não legitimadas pelas próprias comunidades.

No fim da nota, a associação afirma que, para respeitar o processo de escolha de dirigentes universitários, é necessário o básico: respeito ao resultado. "Ou seja, reitor eleito, reitor nomeado", cravou. "Espera-se, assim, que as novas regras sejam objeto de revisão e diálogo por parte mesmo do governo, devendo certamente ser objeto de exame cuidadoso por parte do Parlamento, bem como de todas as demais instituições comprometidas com a educação e com a democracia brasileira", finalizou.
Confira a nota da Andifes na íntegra:

"Sobre as novas regras para a escolha dos dirigentes de universidades federais A ANDIFES vê com surpresa e preocupação a edição de novas regras para a escolha dos dirigentes de universidades federais e também dos institutos federais, sem o devido e necessário debate com as instituições concernidas. 

Em edição extraordinária do diário oficial da véspera do natal, as novas regras foram veiculadas pelo poder executivo por Medida Provisória — instrumento que deve ser aplicado tão somente nos casos de “relevância e urgência”, em conformidade com o art. 62 da Constituição Federal de 1988. Não se vislumbra onde tais requisitos estariam aí presentes, tanto pela natureza da matéria regulada, quanto pelo fato de então estar vigente legislação anterior sobre o tema.

 A opção pelo uso de Medida Provisória impõe importantes regras às Universidades sem diálogo com as próprias comunidades universitárias — as maiores interessadas no tema — ou com o parlamento brasileiro, que deve ser, este sim, o lugar da apreciação e deliberação das leis. 

A desconsideração é tanto mais flagrante, se temos em conta as iniciativas legislativas sobre o tema que ora tramitam no Congresso Nacional. A Medida Provisória em questão (MP 914) desrespeita ademais a autonomia administrativa das Universidades, fundamental para o bom funcionamento dessas instituições (art. 207 da CF/1988), desrespeitando em especial o papel de representação dos conselhos superiores de nossas instituições.

Suprimir o papel desses colegiados, bem como ignorar as culturas democráticas internas das universidades mediante critérios alheios às suas histórias, significa potencialmente desestabilizar e convulsionar seus processos políticos, sobretudo pela imposição de critérios que favoreçam a nomeação de pessoas não legitimadas pelas próprias comunidades universitárias. 

Afinal, escolher seus próprios dirigentes é decorrência básica da autonomia universitária e princípio irrenunciável de nossas instituições. E respeitar o próprio processo de escolha de dirigentes universitários implica também o respeito, ao final do processo, com o resultado desta escolha. Ou seja, reitor eleito, reitor nomeado. 

Essa é a posição da ANDIFES, tal como externada anteriormente em nota, aliás, bastante atual. Espera-se, assim, que as novas regras sejam objeto de revisão e diálogo por parte mesmo do governo, devendo certamente ser objeto de exame cuidadoso por parte do Parlamento, bem como de todas as demais instituições comprometidas com a educação e com a democracia brasileira. Diretoria da ANDIFES Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior"
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