PETROLINA: CURSO DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS CULTURAIS SERÁ MINISTRADO PELO MÚSICO MARCONE MELO

A Melodia Produções, está com inscrições abertas, até o dia 05 de agosto de 2019, para o Curso de Elaboração de Projeto Culturais. O curso será ministrado pelo músico e produtor cultural Marcone Melo, entre os dias 05 de agosto a 09 de setembro, no horário das 18h às 22h, na Fundação Nilo Coelho, centro de Petrolina. A iniciativa conta com o incentivo do Governo de Pernambuco, através da sua aprovação no edital do Funcultura 2017.

O curso acontecerá em dois módulos; o primeiro será focado nos conceitos básicos sobre produção cultural, teorias, acessibilidade em eventos culturais, leis de incentivo (lei do Funcultura e lei Rouanet), direitos autorais e estudos de casos. 

O segundo módulo é direcionado a prática da elaboração dos projetos e acontecerá no estilo de uma incubadora, onde cada participante irá trabalhar e desenvolver suas ideias transformando-as em um projeto cultural. Nessa etapa será abordado assuntos como a viabilidade, planejamento, gerenciamento, formatação do orçamento e princípios de prestação de contas do projeto.

O principal objetivo do curso é capacitar os artistas e produtores culturais de Petrolina, com conhecimentos e técnicas de elaboração de Projetos culturais, para que possam competir de forma equilibrada, com os artista e produtores da Região Metropolitana do Recife e das outras regiões do Estado, nos editais do Funcultura, assim como na Lei Rouanet. 

O curso será gratuito e têm como público-alvo os profissionais da gastronomia, artista, produtores culturais e estudantes da área, na faixa etária dos 18 aos 60 anos de idade. Para se inscrever, basta enviar um e-mail com o nome completo, nº de telefone para contato, área cultural em que atua e um breve currículo da atuação na área cultural. As inscrições deverão ser realizadas, através do e-mail: melodiaproducoes@outlook.com. 

Mais informações sobre o curso podem ser obtidas pelo telefone: (87) 98866-7387 ou pelo e-mail: marconeemelo@hotmail.com 
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30 anos sem Luiz Gonzaga: Legado do rei do baião permanece vivo na cultura brasileira

Luiz Gonzaga do Nascimento, popularmente conhecido como Luiz Gonzaga, Rei do Baião é um dos nomes mais importantes da história da música brasileira. O cantor pernambucano ficou marcado por mostrar ao Brasil ritmos, como o baião, o xote e o xaxado. Sempre acompanhado de uma sanfona e um triângulo, abordava em suas músicas o sofrimento e a alegria, chuva e seca, fenômenos que habitam o sertão nordestino. 

Nesta sexta-feira, 2 de agosto de 2019, completam-se 30 anos que Luiz Gonzaga morreu.  Mesmo depois de tanto tempo, as composições do autor ainda permeiam todo um povo nordestino e o seu legado continua espalhado por todo o Brasil.

Entre os dias 30 de julho a 03 de agosto, Exu, Pernambuco, lugar onde nasceu Luiz Gonzaga, celebra a Missa da Saudade.

AA 3º edição da Mostra Cultural Gonzaguiense terá  uma programação repleta de cultura, música, poesia e conhecimento. a Programação consta de Sarau Literário, Oficinas nas escolas. Muito forró pé de serra na Terreirada Cultural. Fórum Gonzaguiense. Cine Gonzaguiense.Cavalgada da Saudade. Missa da Saudade em Homenagem aos 30 anos de falecimento de Luiz Gonzaga.Cultura na Feira Livre. Exposição fotográfica Passarinhar, do biólogo e fotógrafo Jefferson Bob. 
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JUAZEIRO: O BERIMBAU, CAFÉ DA MANHÃ E ALMOÇO TIPICAMENTE SERTANEJO

Juazeiro, Bahia ganha uma novidade no setor da gastronomia regional. É o Restaurante e Pizzaria O BERIMBAU, localizado na Avenida Flaviano Guimarães, número 163, agora também aberto aos sábados e domingos, para o café da manhã e o almoço genuinamente sertanejo. 

O estabelecimento apresenta um ambiente rústico e uma decoração tipicamente nordestino. No cardápio bode cozido, buchada, sarapatel, galinha caipira, caldo de mocotó e cuscuz, entre outras opções.

No local de fácil acesso, Na terra de João Gilberto, acontece o encontro da cozinha sertaneja com a inovação e a experiência do bem servir para todos, num restaurante que acolhe os mais diferentes paladares, níveis sociais e culturais. Uma cozinha que, como define o proprietário Charles Berimbau é feita com os o sentimento e culinária firmados no sertão.

Restaurante e Pizzaria o Berimbau aberto a partir das 7hs da manhã sabado e domingo para o Café Sertanejo. Contatos: 74 98824 2980 e whatSapp 74 98802 4266.
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MISSA VAQUEIRO DE SERRITA, FÉ E CULTURA, VIOLEIROS E ABOIOS

A Missa do Vaqueiro, na cidade de Serrita caminha para em 2020 completar meio século. Em sua 49° edição, este ano a festa traz o sagrado e o profano, preservando assim as tradições, a cultura e a fé do povo sertanejo.

Neste ano de 2019 completa 30 anos de morte do Padre João Câncio. Ele juntamente com Luiz Gonzaga e o poeta Pedro Bandeira idealizaram e criaram a Missa do Vaqueiro de Serrita, Pernambuco. O poeta cantador de viola Pedro Bandeira é o que está vivo e mora em Juazeiro do Ceará.

Cada arte emociona o ser humano e maneira diferente! Literatura, pintura e escultura nos prendem por um viés racional, já a música nos fisga pelo lado emocional. Ao ouvir música penetramos no mundo das emoções, viajamos sem fronteiras.

Em Petrolina a redação deste Blog Ney Vital encontrou parte da história que deve ser contada, e está no sangue (DNA) dos fatos que se tornaram páginas que as novas gerações precisam conhecer. 

Trata-se da irmã de João Cancio, dona Maria Helena Santos Costa e de Fabricio Alex Santos Costa, sobrinho. Eles moram em Petrolina e são testemunhas do tempo vivido por um João, que se tornou, Padre, casou e se tornou quase lenda nos sertões. Padre João Câncio foi o fundador da Pastoral dos Vaqueiros.

Detalhe: na capa do disco LP 1988, Missa do Vaqueiro,  consta Fabricio presente no altar em Serrita durante a última participação de Luiz Gonzaga na missa. Entre os celebrantes estava o bispo emérito de Petrolina, Dom Paulo Cardoso.

Uma autêntica e histórica reunião de vaqueiros contada através de canções que homenageiam e retratam a coragem, a força e a fé do homem sertanejo. É assim que pode ser definida a Missa do Vaqueiro. 

Nascida em 30 de abril de 1946, Maria Helena vai logo afirmando: "História que tem muitas páginas mal contadas", ri Helena, no vigor da alegria e da memória que guarda os fatos.

Na família ela é a única mulher. Além de Maria Helena vivem Daniel, Antonio e Avelino. Luiz já faleceu. "João me chamava de "Neguinha".

Serrita, Pernambuco, município próximo a Exu, terra onde nasceu Luiz Gonzaga, ali no sítio Lages, um primo do Rei do Baião, no ano de 1951, Raimundo Jacó, homem simples, sertanejo autêntico, tendo por roupa gibão, chapéu de couro tombou assassinado.

Logo os amigos abalados pela atrocidade criam a Missa do Vaqueiro. Luiz Gonzaga, Pedro Bandeira, João Cancio e João Bandeira usam a música para advertir sobre a natureza subversiva de um crime: desigualdade social, injustiça social.

Com a poesia do compositor Janduhy Finizola ao gosto do estilo e do povo desde 1971 é cantada a Missa do Vaqueiro, ato de Fé e Memória de Raimundo Jacó. Homenagem a todos vaqueiros que ocorre sempre no terceiro sábado do mês de julho.

Serrita durante um final de semana torna-se a Capital do Vaqueiro. Forró e uma gastronomia ao sabor do milho, umbuzada, queijo e carne de sol. Aproveito e saboreio uma lapada de cachaça com caju antes da missa iniciar.

Serrita enche os olhos e coração de alegria e reflexões. O poeta cantador de Viola se faz presente ao evento e o peso dos seus mais de 80 anos ilumina com uma mágica leveza rimas e versos nos improvisos da inteligência. Vaqueiros e suas mãos calejadas, rostos enrugados pelo sol iluminam almas.

Em Serrita ouvimos sanfonas tocando alto o forró e o baião. Corpo e espírito ali em comunhão. A música do Quinteto Violado é fonte de emoção. A presença de Jesus Cristo está no pão, cuscuz, rapadura e queijo repartidos/divididos na liturgia da palavras.

Emoção! Forte Emoção é que sinto na Missa do Vaqueiro ao ouvir sanfona e violeiros:
“Quarta, quinta e sexta-feira/sábado terceiro de julho/Carro de boi e poeira/cerca, aveloz, pedregulho/Só quando o domingo passa/É que volta os viajantes aos seu locais primitivos/Deixa no caminho torto/ o chão de um vaqueiro morto úmido com lágrimas dos vivos.
Assim eu vi é assim que conto...
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Sebastião Biano: músico que tocou para Lampião comemora 100 anos com shows em São Paulo

“Você toca o meu toque?”, perguntou Lampião para um menino que segurava trêmulo um pífano, na década de 20, no sertão de Pernambuco. A criança era Sebastião Biano, que não só tocou a música “de ouvido”, como impressionou com seu talento o cangaceiro mais temido do Brasil. Hoje aos cem anos de idade, Seu Biano continua tocando o instrumento com a mesma maestria com que conta suas muitas histórias. Sem pensar em aposentadoria, ele participará de dois shows em São Paulo neste final de semana em comemoração ao centenário.

Sebastião Biano é único integrante vivo da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru, que influenciou movimentos como a Tropicália e o Manguebeat. Apelidado por Gilberto Gil de “Beatles de Caruaru”, o grupo também ganhou um Grammy Latino em 2004.

Em 1972, Gil gravou com a banda uma música de autoria de Sebastião chamada “Pipoca Moderna”, que posteriormente ganhou letra de Caetano Veloso. Também tocaram com eles Luiz Gonzaga, Jackson do Pandeiro, Geraldo Azevedo e outros grandes nomes.

“O Sebastião é uma peça rara, um patrimônio vivo da cultura brasileira e da música. Ele continua passando seus conhecimentos, celebrando a vida. Isso é muito inspirador”, diz Junior Kaboclo, integrante da quarta geração da Banda de Pífanos de Caruaru.

Quem ouve Seu Biano alcançando diferentes escalas e brincando com as notas, não imagina que ele não teve estudo musical formal algum. Autodidata, aprendeu a tocar aos cinco anos de idade enquanto ajudava seu pai na roça junto com o irmão em Mata Grande, no Sertão de Alagoas onde nasceu.

“Quem me ensinou a tocar foi nosso pai [Deus]. Não teve mestre para mim de jeito nenhum. Mas teve o começo. Meu pai me levou para a roça junto com meu irmão. A gente ia para casa tocando uns 'caninhos' da flor de jerimum. Saía aquele 'apitozinho' tão engraçado, coisa de criança mesmo. Ele vendo aquilo falou: ‘se vocês fazem um som desse num pedacinho de folha desse 'tamainho', no ´pife´ o que não vão fazer?”, lembra Sebastião.

O que é pife?
Espécie de flauta transversal, o pífano é um instrumento de sopro que pode ser fabricado de diferentes materiais. No Nordeste, geralmente é feito a partir da madeira de bambu e usado em bandas tradicionais acompanhado da percussão do bumbo e zabumba.

“O nome dele certo mesmo no Nordeste é ‘pife’. Agora a imprensa achou mais nome para botar aqui neste instrumento. Colocou ‘pífaro’ ou ‘pífano’. Mas o certo é ‘pife’, quatro letrinhas só”, diz Sebastião.
Depois que ganhou o primeiro de seu pai, Manuel Biano, Sebastião começou também a fabricar o pife. “Eu sou caprichoso, faço um instrumento desse dar certinho com a flauta da fábrica. E olha que meu pife ganha no tom. É mais alto”, afirma rindo.

Se hoje Seu Biano não consegue mais entrar na mata para procurar “a taboca boa que só nasce em terra de brejo”, ele continua usando a mesma criatividade de criança com o jerimum. Teve a ideia de transformar o cano da própria bengala em um pife, que usará em uma parte do show em São Paulo.

A madrugada é a hora preferida de Sebastião para compor as músicas que ele diz que “já vêm prontas” na sua cabeça. “De 4h a 6h tem essa bondade para o artista. Vem todo tipo de música no seu ouvido. Mas não pode dormir senão perde”, afirma.

A inspiração também vem dos sons da natureza. “A carreira de um animal, o compasso do som chocalho no pescoço, tudo inspira música”, diz.

O toque para Lampião:
Retirante da seca, a família Biano se mudou de Alagoas para os arredores de Caruaru, em Pernambuco, onde se estabeleceu por muitos anos. Foi lá que Manuel Biano, que também era lavrador e vaqueiro, criou a primeira formação da banda de pífanos junto com os dois filhos pequenos.

Nessa época ocorreu o encontro da família com Virgulino Ferreira, o Lampião. Sebastião conta que o cangaceiro tinha ido pagar uma promessa durante a celebração da novena e encontrou as crianças sentadas em um banco com os instrumentos na mão.

“Ele apareceu de dentro da mata com 50 cangaceiros para chegar na igreja. A gente já tava todo molhado. Eram três meninos e meu pai, que era o único homem formado que tinha na banda. Ninguém falava nada, a língua ficou enrolada dentro da boca de medo. A gente já tinha medo de Lampião quando estava a 10 léguas de distância, imagina pertinho assim”, diz.
Segundo Sebastião, Lampião então pediu que os garotos tocassem a música do seu bando. “’Vocês são tocador, né? Vocês sabem tocar meu toque?’”.

“Deus ajudou, até que acertemos os dedos na nota do pife, porque parecia que não tinha buraco nenhum. O medo é fogo. Mas aí toquemos. Quando parou, Lampião disse assim para os dois capangas: ‘Vocês tão vendo esses meninos como é que tocam? E vocês, dois cavalões desses, não tocam piroca nenhuma’. Ele deu valor. Foi a palavra que ele disse. Até hoje está guardada na minha cabeça”, conta Seu Biano.

Homenagens aos cem anos:
Depois de construir carreira no Nordeste junto com a banda da família, Sebastião se mudou para a cidade de São Paulo ainda nos anos 70. Hoje vive com uma de suas filhas – dos 16 que teve – em Suzano, na Grande São Paulo.

Como parte das comemorações do centenário, Seu Biano voltou a Caruaru no dia do seu aniversário, em 23 de junho, para receber uma homenagem na tradicional festa de São João do município. Três anos antes já havia recebido o título de "Cidadão Caruaruense".

“Foi bonito, viu? Foi uma festa que nunca tinha visto daquele jeito. Eles pediram que eu fosse fazer meu aniversário em Caruaru. Porque meu pai é enterrado lá, também meu irmão. E talvez, quando eu falecer, eu vá para lá de novo”, diz.
Mas se depender dele, esse dia ainda vai demorar. “Cem anos não são cem dias. É um bocadinho de chão. Mas Deus vai me dar muito mais do que isso ainda”, afirma.

Shows no Sesc Pompeia
As apresentações da Banda de Pífanos de Caruaru em comemoração ao centenário de Sebastião Biano acontecerão no sábado (27) e no domingo (28) no Sesc Pompeia, na Zona Oeste de São Paulo. O ator Gero Camilo estará no palco, nos dois dias, interpretando “causos” de Seu Biano. No sábado, o show terá participação de Zeca Baleiro. No domingo, da banda A Barca.

Data: Sábado (27) às 21h. Domingo (28) às 18h
Local: Sesc Pompeia - R. Clélia, 93 - Água Branca, São Paulo 
Ingressos: De R$ 9 a R$ 30
Mais informações: site do Sesc Pompeia

*Fonte:  Marina Pinhoni, G1 SP — São Paulo
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PETROLINA: VINTE POSTOS DE COMBUSTÍVEIS REPROVADOS DURANTE OPERAÇÃO DO IPEM

Vinte bombas de combustíveis foram reprovadas em Petrolina, no Sertão de Pernambuco, durante a operação Cibus do Instituto de Pesos e Medidas de Pernambuco (Ipem-PE). A ação aconteceu entre a terça (23) e sexta-feira (26) e contou com a participação do Procon, da Agência Nacional de Petróleo (ANP),da Secretaria da Fazenda (Sefaz) e da Polícia Militar.

Ao todo, 63 postos foram fiscalizados com o objetivo de evitar que os consumidores sejam lesados. Nos 20 reprovados foram encontradas irregularidades como vazamento no bico e defeito no totalizador e no desligamento automático da bomba. Uma oficina permissionária também foi autuada.

Os postos autuados têm até dez dias para apresentarem a defesa ao Ipem. As denúncias sobre irregularidades no mercado de combustíveis podem ser feitas pelo telefone 0800 081 1526.
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POÇO REDONDO: LAMPIÃO, MARIA BONITA E A NOITE DE AMOR EM 28 DE JULHO

Aquela noite, 28 de julho, era a noite de seus desejos. Seus corpos se amariam como nunca. Seus olhos confessavam seu amor. Havia uma necessidade de abraçar mais forte, de se beijar mais quente, de sussurrar segredos. 

O suor os unia em complexa solução salgada. Seus fluidos se misturavam cumprindo seu destino. A lua, a noite, o silêncio no campo. A terra calava-se diante de tanta cumplicidade. Nus, abraçados, juraram amor eterno, enquanto seus dedos se entrelaçavam. 

A rusticidade de suas vidas nunca invalidara seus momentos de paixão.  O cactos, a poeira da caatinga, os bichos mais estranhos, a brisa inexistente, tudo reverenciava e abençoava sua união. Naquela noite, toda a alegria do mundo invadia-lhes a aura. Até que veio a manhã e adormeceram para sempre.

Fonte: Aderaldo Luciano-professor. Doutor em Ciência da Literatura

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