Primeira edição da Expo Pontal será realizada no Dia do Trabalhador no distrito de Lajedo em Petrolina

Nesta quarta-feira (1º), Dia do Trabalhador, será realizada a primeira edição da feira de frutas Expo Pontal, no distrito de Lajedo, na Zona Rural de Petrolina, no Sertão de Pernambuco. Com uma estrutura de 80 estandes, a expectativa é que 400 pessoas visitem o evento, das 9h às 14h.

Haverá exposição e degustação das frutas cultivadas no município. Entre elas, uva, manga, banana, goiaba, mamão, pinha, melancia, melão, acerola, entre outras.

Também serão promovidas palestras técnicas gratuitas. De acordo com a programação, às 10h, o professor da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), Eliezer Saturbano, vai ministrar ‘Como fazer Irrigação sem salinizar a terra’. Já às 11h, o advogado Edvaldo Gomes vai falar sobre “Previdência e reforma previdenciária.

A feira é organizada pelo Conselho de Usuários da Água do Sistema Perenizado (Consupontal), em parceria com o Sindicato dos Agricultores Familiares (Sintraf).
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Recife: Seminário discute matrizes tradicionais do forró como Patrimônio do Brasil

O Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Brasileiro (Iphan), vinculado ao Ministério da Cidadania, promove, de 8 a 10 de maio, em Recife (PE), o Seminário Forró e Patrimônio Cultural. 

O evento acontece das 9h às 18hs no Museu Cais do Sertão e Paço do Frevo, Recife (PE)

O objetivo é iniciar o processo de pesquisa que investigará a complexidade das Matrizes Tradicionais do Forró com suas dimensões melódicas, harmônicas, rítmicas e coreográficas, além dos modos de fazer instrumentos musicais, dos contextos sociais e culturais em que a manifestação está inserida, bem como as particularidades dos lugares onde tais referências culturais são mais simbólicas. 

A pesquisa se estenderá até meados de 2020 e resultará no dossiê de registro a ser analisado pelo Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural, que vai deliberar se o bem receberá o reconhecimento como Patrimônio Cultural do Brasil. As inscrições já estão abertas.

O seminário vai reunir forrozeiros, artistas, músicos, artesãos, dançarinos, gestores públicos e culturais, produtores e pesquisadores de todo o Nordeste e de estados com forte presença nordestina, que há décadas acolhem e ajudam a fortalecer as Matrizes Tradicionais do Forró, como São Paulo, Rio de Janeiro, Distrito Federal e Espírito Santo.

O evento promoverá trocas de experiências sobre temas importantes para o reconhecimento e a continuidade dessa forma de expressão tão representativa da cultura brasileira.

“Este seminário é de extrema importância para o forró como forma de expressão por falar de maneira tão profunda da cultura nordestina, que vem se renovando no tempo, mantendo-se como força viva da disseminação pelo Brasil e pelo mundo”, ressalta a presidente do Iphan, Kátia Bogéa.

Na pauta, estão debates importantes para a compreensão do forró como Patrimônio Cultural, a exemplo da valorização e sustentabilidade da manifestação; das ações de preservação; e de políticas públicas, dentre outros. A programação buscará também compreender as formas de transmissão dos saberes relacionados, por meio de oficinas e aulas de mestres sobre os diferentes instrumentos musicais, os ritmos e as danças que constituem as Matrizes do Forró.

Haverá também espaços para apresentações e interações musicais entre músicos e dançarinos, por meio de palcos abertos, e um show de encerramento especial na tradicional casa de forró recifense, Sala de Reboco, que reunirá os participantes do Seminário na noite da sexta-feira (10). O evento será aberto ao público.

Em setembro de 2011, a Associação Cultural Balaio do Nordeste encaminhou ao Iphan o pedido de registro das Matrizes Tradicionais do Forró como Patrimônio Cultural do Brasil. 

Desde então o Instituto buscou, em parceria com a Associação, o Fórum Nacional Forró de Raiz e outras instituições parceiras, incentivar encontros, fóruns e audiências públicas para discutir o processo de reconhecimento, abordando os potenciais, significados e limites da política de Patrimônio Cultural. 

As diretrizes apontadas no Encontro Nacional para Salvaguarda das Matrizes do Forró, ocorrido em João Pessoa (PB) em setembro de 2015, são o fundamento para a pesquisa a ser realizada pela Associação Respeita Januário em cooperação com o Iphan. Confira a entrevista com a presidente da Associação Cultural Balaio do Nordeste, Joana Alves.

Para que um bem seja registrado pelo Iphan, é necessário possuir relevância para a memória nacional, continuidade histórica e fazer parte das referências culturais de grupos formadores da sociedade brasileira. 

Entre os patrimônios imateriais inscritos no Livro do Registro das Formas de Expressão estão as Matrizes do Samba do Rio de Janeiro, o Tambor de Crioula do Maranhão, o Samba de Roda do Recôncavo Baiano e o Frevo.

Fonte: IPHAN
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II CURTA NO ARARIPE MOSTRA DE CINEMA ACONTECE ENTRE OS DIAS 30 DE ABRIL A 04 DE MAIO

Entre os dias 30 de abril a 04 de maio acontece o II Curta no Araripe Mostra de Cinema. O município de Exu, terra onde nasceu Barbara de Alencar e Luiz Gonzaga conta com um importante aliado para a divulgação da produção cinematográfica pernambucana. 

O Evento está programado para ser realizado em Exu (dia 30 de abril, Moreilândia (01 maio), Granito (02 maio), Bodocó (3 maio) e Ouricuri (4maio). O evento prestará homenagem aos atores Lalá Dancing e Junior Baladeira.

A exibição acontece a partir das 19hs na praça da Igreja Matriz dos municípios. A entrada é livre ao público e a pipoca grátis

Um dos idealizadores do evento, o Produtor Cultural, Escritor e ex-Secretário de Cultura, Turismo e Desportos do Município de Exu, Francisco Robério Saraiva Fontes (Bibi Saraiva) – revela que o objetivo é priorizar a exibição de trabalhos pernambucanos. 

Na terça-feira (30) será a abertura oficial em Exu, na Praça da Igreja Matriz, com cerimônia e entrega de uma placa ao homenageado Lalá Dancing, apresentação da Companhia de Espetáculos Luiz Gonzaga e exibição de filmes. Para encerrar, show com alunos da Escola de Sanfona do Projeto Asa Branca da Fundação Gonzagão.

O encerramento da mostra será em Ouricuri, na Praça Frei Damião, Espaço Cultura, com entrega da Placa de homenagem ao Escritor, Cantor e Compositor Junior Baladeira, apresentações culturais como Reisado e execução da música ‘Asa Banca’ com o sanfoneiro Leonardo do Acordeon da Associação Luiz Gonzaga dos Forrozeiros do Brasil.

A entrada é gratuita e com direito a pipocas.
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Destruição da natureza ameaça a humanidade tanto quanto a mudança climática

A mensagem transmitida nesta segunda-feira na abertura de uma conferência mundial sobre a biodiversidade é clara: a destruição da natureza ameaça o bem-estar do homem "ao menos tanto" quanto a mudança climática e merece, portanto, tanta atenção quanto para evitar impactos devastadores.

Cientistas e diplomatas de mais de 130 países estão reunidos até sábado em Paris para adotar a primeira avaliação mundial dos ecossistemas em 15 anos, um sombrio panorama da natureza vital para a humanidade.

"As provas são inegáveis: nossa destruição da biodiversidade e do serviços do ecossistema alcançaram níveis que ameaçam nosso bem-estar ao menos tanto quanto as mudanças climáticas induzidos pelo homem", declarou Robert Watson, o presidente da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES).

O grupo de especialistas trabalhou durante três anos em um relatório de 1.800 páginas, que deve se tornar a verdadeira referência científica sobre a biodiversidade, assim como os do IPCC para o clima.

Se a palavra "biodiversidade" às vezes parece abstrata, diz respeito a todas as espécies animais ou vegetais que vivem no planeta, incluindo aquela que se coloca em perigo ao destruir a natureza: o Homem.

E o Homem não pode viver sem essa natureza que lhe presta serviços inestimáveis, desde insetos polinizadores a florestas e oceanos absorvendo CO2, passando pelos medicamentos ou a água potável.

Quanto ao clima, "este mês de abril de 2019 pode marcar o início de uma 'virada parisiense' semelhante para a biodiversidade e as contribuições da natureza para as pessoas", estimou Watson.

Muitos esperam que a avaliação sirva de prelúdio para a adoção de metas ambiciosas na reunião em 2020 na China dos Estados membros da Convenção das Nações Unidas sobre Diversidade Biológica (COP15).

Quase nenhuma das 20 metas previamente estabelecidas para 2020, que visam uma vida "em harmonia com a natureza", até 2050, será alcançada, de acordo com resumo preliminar do relatório obtido pela AFP. O relatório final será discutido, alterado e adotado linha a linha pelos delegados antes de sua publicação em 6 de maio.

"O patrimônio ambiental global (...) está sendo alterado a um nível sem precedentes", adverte este texto.

De acordo com o resumo preliminar, várias "evidências independentes apontam para uma rápida aceleração iminente da taxa de extinção de espécies (...) mesmo se os fatores (desta extinção) não tenham se intensificado".

Um quarto das 100.000 espécies avaliadas - uma porção mínima das 8 milhões estimadas na Terra - já estão sob ameaça de extinção, sob pressão da agricultura, da pesca, da caça, ou ainda da mudança climática.

E com a aceleração esperada da taxa de extinção, entre 500.000 e um milhão devem estar em risco, "muitas delas nas próximas décadas".

Projeções em consonância com o que alguns cientistas vêm descrevendo há anos: o início da sexta "extinção em massa", a primeira desde o aparecimento dos homens no planeta.

"Este relatório fundamental lembrará todos nós desta verdade: as gerações de hoje têm a responsabilidade de legar às gerações futuras um planeta que não seja irreparavelmente danificado pelas atividades humanas", disse Audrey Azoulay, diretora-geral da Unesco que hospeda a reunião.

"A ciência nos diz o que os nossos sábios vem reportando há décadas: a Terra está morrendo", disse José Gregorio Mirabal, presidente da COICA, uma organização que reúne organizações indígenas da bacia amazônica.

"Nós pedimos urgentemente um acordo internacional para a natureza, para restaurar metade do mundo natural o mais rápido possível", acrescentou, à medida que este relatório global leva em conta pela primeira vez os problemas e prioridades dos povos indígenas.

O texto liga claramente as duas principais ameaças que são o aquecimento global e a destruição da natureza, identificando algumas causas semelhantes, em particular práticas agrícolas e desmatamento, responsáveis por cerca de um quarto das emissões de CO2, bem como danos diretos aos ecossistemas.

Mas dada a escala das reformas a serem implementadas, que implicam uma verdadeira transformação de nossos estilos de vida em um planeta cada vez mais populoso, a resistência pode ser ainda mais forte do que a na luta contra a mudança climática.
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Agrotóxicos matam e mudam comportamento das abelhas

Nova pesquisa sobre efeito dos agrotóxicos em abelhas mostrou que um tipo de inseticida, mesmo quando usado em doses não letais, encurtou o tempo de vida dos insetos em até 50%. Os pesquisadores observaram ainda que uma substância fungicida considerada inofensiva para abelhas mudou o comportamento das operárias, deixando-as letárgicas, o que pode comprometer o funcionamento de toda a colônia.

O estudo, apoiado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do estado de São Paulo (Fapesp), investiga o fato, já conhecido, de que diversas espécies de abelhas estão desaparecendo no mundo todo. No Brasil, o fenômeno tem sido observado pelo menos desde 2005 e está diretamente ligado ao uso de agrotóxicos, diz o professor Osmar Malaspina, pesquisador do Centro de Estudos de Insetos Sociais do Instituto de Biociências da Universidade Estadual de São Paulo (Unesp).

Segundo Malaspina, que participou da pesquisa, na maior parte dos casos, as colmeias desaparecem de 24 a 48 horas, o que é um indicativo de contaminação por inseticida. “Não existe nenhuma doença capaz de matar uma colmeia inteira em 24 horas. Só inseticidas podem provocar isso”, afirmou.

“Fizemos um levantamento no estado de São Paulo nos últimos três anos, mandamos fazer análises dos produtos e das abelhas mortas para ver se tinha resíduo desses produtos e comprovamos que, nesses casos de mortalidade em massa, a grande maioria foi provocada por inseticidas”, informou o professor.

Os ingredientes ativos investigados na nova pesquisa foram a clotianidina, inseticida usado para controle de pragas nas culturas de algodão, feijão, milho e soja, e o fungicida piraclostrobina, aplicado nas folhas da maioria das culturas de grãos, frutas, legumes e vegetais.

Os testes de toxicidade de agrotóxicos foram realizados em concentrações realistas, como as encontradas residualmente no pólen das flores. Os pesquisadores disseram que os agrotóxicos em grandes concentrações dizimariam colmeias quase imediatamente, mas ressaltaram que o objetivo do estudo é descobrir a ação residual dos agrotóxicos sobre as abelhas, mesmo em concentrações muito baixas e teoricamente não letais.

No caso das larvas de abelhas alimentadas com dieta contaminada pelo inseticida clotianidina em baixíssima concentração, os insetos apresentaram tempo de vida drasticamente menor, de até 50%. Já entre as larvas alimentadas com a dieta contaminada pelo fungicida piraclostrobina, quando adultas, as operárias sofreram mudança em seu comportamento, tornando-se mais lentas.

“Se você colocou uma dose baixa desse fungicida e ele teoricamente é inofensivo, a abelha vai ingerir aquela dose, mas não vai morrer, como morreria se fosse o inseticida. Mas isso não significa que não esteja prejudicando a colônia, isso já é suficiente para mudar o comportamento dela”, disse o pesquisador.

As operárias jovens fazem inspeções diárias na colmeia, o que faz com que percorram certa distância e se movimentem bastante dentro da colônia. Nos testes, verificou-se que, no caso das abelhas contaminadas tanto pelo fungicida sozinho ou associado ao inseticida, a distância percorrida e a velocidade foram muito menores.

“Então a abelha, por exemplo, se perde no campo, não acha mais o caminho da colônia, e a velocidade que ela voa e a distância são muito menores. Ela não vai coletar alimento direito, vai se perder e, após um período, a colônia acaba sofrendo um colapso e morrendo. Eles [fungicidas] foram feitos para matar fungos, mas acabam matando as abelhas também”, lamentou Malaspina.

Os efeitos do fungicida pode ser, segundo os pesquisadores, um dos fatores que contribuem para a extinção em massa de abelhas.

Impactos econômicos
No Rio Grande do Sul, entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019, foi registrada a perda de cerca de 5 mil colmeias, o que equivale a 400 milhões de abelhas. Há um impacto econômico previsto, porque, além de afetar a produção de mel, grande parte da agricultura depende do trabalho de polinização realizado pelas abelhas. A dificuldade na polinização de diversas culturas traz perdas não só para a produção de alimentos e commodities, mas para a biodiversidade.

O professor ressalta que algumas culturas que são afetadas de forma drástica pela falta de polinização das abelhas. “Tem culturas que são extremamente dependentes das abelhas, como o melão e a maçã. Se você não tem abelha, não tem melão, nem maçã. Outras culturas, como a laranja, são parcialmente dependentes. Se tiver abelha, aumenta a produção de laranja em até 40%, são valores extraordinários.”

“Na cultura de soja, você aumenta até 10% [a produção]. Imagina o tamanho desse país, a quantidade de soja que é produzida no Brasil. Você aumenta a produção em até 10% sem desmatar um hectare de terra, simplesmente com uso dos serviços ambientas prestados pelas abelhas”, estimou Malaspina.

Ele destaca que, no Brasil, as monoculturas de soja, milho e cana dependem do uso intensivo de inseticidas. A contaminação das colônias de abelhas ocorre quando, por exemplo, os agricultores não respeitam uma margem de segurança mínima – são recomendados 250 metros – na aplicação de defensivos agrícolas entre as lavouras e as áreas florestais que as margeiam. explica. “Tem gente que aplica produtos químicos até o limite da floresta.”

Apicultura ameaçada
Há dois anos, o apicultor Aldo Machado dos Santos, chegou a perder 500 colmeias, de um total de 3 mil, por uso indevido de inseticidas em uma plantação de soja vizinha. Segundo o produtor, o inseticida que deveria ser usado apenas nas sementes, acabou contaminando as flores no campo e, consequentemente, contaminaram as abelhas. “Na época, eu recebi um laudo que mostrava um prejuízo de R$ 810 por colmeia. Foi uma perda total de mais de R$ 400 mil.”

Filho de pequeno produtor de fumo, Aldo foi para a região do Pampa no Rio Grande do Sul para investir na apicultura. “Quando eu vi a quantidade de veneno que tinha no fumo e que estavam desaparecendo as abelhas na região, não encontrava mais um fio de mel puro naquela época, eu comecei a criar abelha.”

“Saí da região onde eu estava trabalhando, porque lá tinha muito veneno, e vim para uma região considerada pobre, mas muito rica em pasto apícola [flora visitada pelas abelhas]. Até hoje consigo sobreviver tranquilo da apicultura”, disse Aldo, que tem uma produção 150 toneladas de mel por ano.

Apesar da fuga da produção de fumo, a monocultura da soja chegou bem perto do apicultor. “Hoje a soja se tornou aqui uma monocultura, é muito forte, é a principal atividade econômica da região. Em segundo lugar, vem o arroz. A soja vem com uma carga de veneno muito grande porque ela tem muitas pragas que atacam a soja. E essas pragas a maioria são insetos. E, contra insetos, tem que usar inseticida. Abelha é inseto, então já não combina”, disse.

*Fonte Agencia Brasil Colaborou Eliane Gonçalves, da Rádio Nacional
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Rio São Francisco: No Dia da Caatinga governo federal anuncia Projeto Circuito do Cangaço

O Dia Nacional da Caatinga é celebrado neste domingo (28). Ao homenagear o único bioma totalmente brasileiro, a data visa destacar suas riquezas naturais e conscientizar as pessoas sobre a importância de sua conservação e uso sustentável para o desenvolvimento socioeconômico do país, inclusive por meio do ecoturismo.

A Caatinga tem cerca de 9% de sua área protegida por unidades de conservação (UCs) federais, estaduais e municipais e reservas particulares do patrimônio natural (RPPN), com diversas fisionomias e correspondentes usos para a geração de riquezas.

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) responde por diversas iniciativas orientadas para a conservação, a restauração e o uso equilibrado desse patrimônio, em cumprimento à Constituição Federal e às leis ambientais.

Nesse sentido, o MMA é responsável por formular estratégias de atuação nacional pelos entes federados e fomentar a atuação de empreendedores para o enfrentamento da desertificação, fenômeno que alcança 1.490 municípios em 11 estados, numa área de 1.380.000 km2 em que vivem 35 milhões de brasileiros.

Para tanto, o MMA estimula a transformação da cultura do uso dos ambientes naturais e de seus elementos e incentiva a adoção de boas práticas pela população residente nesse importante patrimônio ecológico nacional.

Uma das ações é o Projeto GEF-Terrestre, coordenado pela Secretaria de Biodiversidade do Ministério do Meio Ambiente, que visa promover a conservação da Caatinga, por meio da gestão de UCs, recuperação de áreas degradadas e medidas para a conservação de espécies. O projeto atua também no Pampa e Pantanal.

Especificamente na Caatinga, o projeto contempla 19 unidades de conservação e executa as ações em parceria com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), órgãos estaduais de meio ambiente, Banco Interamericano de desenvolvimento (BID) e Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio).

Agora, o MiniCAATINGA1 copystério prepara mais uma ação para a Caatinga: o lançamento do projeto Circuito do Cangaço, percurso que une diversas localidades dos estados por onde Lampião trilhou caminhos, como a Grota do Angico, em Sergipe.

O projeto é da Secretaria de Ecoturismo do MMA e tem como principal objetivo fomentar o turismo na região, promovendo, de um lado, as belezas naturais da Caatinga, e, de outro, o desenvolvimento ambiental sustentável da região, por meio da conservação dos recursos naturais e do incentivo ao empreendedorismo e geração de emprego e renda para as comunidades locais.

O Circuito do Cangaço apresenta grande potencial ecoturístico, com as belezas das paisagens da Caatinga, a riqueza de sua biodiversidade, marcada pelas variedades de animais e plantas, como as cactáceas, os esportes aquáticos e de aventura, além de atividades ligadas ao lazer, cultura e história.

Dentre as áreas de destaque, estão o Monumento Natural do Rio São Francisco, com ênfase nos cânions; os Museus do Cangaço em Piranhas (AL), Serra Talhada (PE) e Mossoró (RN), que se somam aos atrativos do Cangaço Eco Parque, em Poço Redondo, do Museu de Arqueologia de Xingó, onde são exibidas peças da pré-história do Baixo São Francisco, e do Monumento Natural Grota do Angico, esses últimos em Sergipe.

O projeto se insere no desenvolvimento de um plano para o ecoturismo em jardins botânicos, envolvendo órgãos e instituições que tratam de temas correlatos, como a educação ambiental, a conservação da biodiversidade e a gestão de áreas protegidas.

A ideia é aproveitar o potencial instalado do conjunto dos jardins botânicos brasileiros. Desse modo, serão propostos diversos jardins botânicos na Caatinga, valorizando o patrimônio ambiental, cultural e histórico do bioma.

Além de atrair turistas do Brasil e do exterior, o fomento de ações para o ecoturismo contribuirá, fortemente, para difundir e valorizar o bioma Caatinga e seu importante papel para o desenvolvimento sustentável da região.

Fonte: MMA

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Foto Histórica: Jackson do Pandeiro, Adelzon Alves e Luiz Gonzaga

Esta foto é clássica na história da música brasileira. Jackson do Pandeiro, Adelzon Alves e o Luis Gonzaga. Não se sabe a data.

Adelzon Alves é radialista. Adelzon Alves aos 74 anos é  sinônimo de Rádio na Madrugada. Ele continua a apresentar seu programa, agora na Rádio Nacional. 

Nascido em Cornelio Procopio (Paraná) iniciou aos 19 anos seu primeiro trabalho como radialista na rádio de Cornélio Procópio, já com a intenção de prestigiar a cultura brasileira.

Em 1962, deixou sua cidade natal indo para Curitiba. Lá, trabalhou na Rádio Guairacá e na Rádio Cruzeiro do Sul, onde conviveu com Euclides Cardoso, outro radialista experiente que também o influenciou na definição da sua visão de trabalho em rádio, pautado na valorização da música brasileira.

Em 1964, foi para o Rio de Janeiro, onde passou a trabalhar na Rádio Globo como locutor noticiarista em programas como "O seu redator chefe" e "O Globo no ar" e como locutor comercial no programa de Abelardo Barbosa, o Chacrinha, no qual prevalecia a música da Jovem Guarda.

Nesse período, ficava atento ao que acontecia fora do programa do Chacrinha, especialmente nos movimentos musicais que surgiam, como o Teatro Jovem, o CPC da UNE, o Beco das Garrafas e o Grupo Opinião, no qual se destacaram Nara Leão, Zé Keti e Eliseth Cardoso, entre outros, além da Bossa Nova, que cada vez mais ganhava espaço. De todos esses movimentos, sua atenção se deteve no movimento do samba, que acontecia fora do circuito universitário e da Zona Sul da cidade do Rio de Janeiro, como o Zicartola.

Em 1966, começou a ter seu próprio programa, "Amigo da madrugada", na Rádio Globo, de meia-noite às 4 da manhã. Passou a contactar com artistas do morro como Cartola, Candeia, Nelson Cavaquinho, Zagaia, Silas de Oliveira, Dona Ivone Lara, Geraldo Babão, Djalma Sabiá e demais compositores de samba, como Paulinho da Viola e Martinho da Vila. No mesmo período, começou um trabalho pioneiro de abrir espaço do rádio aos compositores do morro, só precedido pelo radialista Salvador Batista, na Rádio Tupi.

Em seu programa "Amigos da madrugada", iniciou um movimento de valorização do compositor do morro. Com aguda sensibilidade para intuir sucessos certeiros no gosto popular, foi responsável pela divulgação de clássicos da música popular dos anos 70, como "Foi um rio que passou em minha vida", de Paulinho da Viola, e "O pequeno burguês", de Martinho da Vila. Os dois compositores foram aconselhados pelo radialista a trabalharem a divulgação das referidas faixas de seus discos lançados naquela ocasião.

O grande sucesso obtido por essas composições marcou seu programa, na fase inicial de seu trabalho como radialista. Em função desses dois sucessos, foi convidado para ser produtor de disco da cantora Clara Nunes, obtendo grande sucesso.

Lançou João Nogueira, Roberto Ribeiro, depois Dona Ivone Lara e Wilson Moreira da Portela. Também dirigiu o trio "Os Tincoans", que gravou "Cantos Afros" autênticos, em Yorubá arcaico.

Como radialista, fez um programa com Jackson do Pandeiro no início dos anos 70, provocando um reaquecimento da música nordestina na época. Jackson do Pandeiro permaneceu durante oito anos no programa. Em um destes programa participou Luiz Gonzaga.

Em 1982, passou também a apresentar o programa "Fole e viola", na Rádio MEC, que tem como objetivo divulgar a música regional autêntica das várias regiões brasileiras, do Rio de Janeiro ao Amazonas, recebendo artistas dessas regiões. 

Apresenta também, na Rádio MEC, o programa "MPB de Raiz", dando espaço aos compositores de samba autêntico e valorizando o compositor brasileiro ligado às raízes culturais nacionais. O programa "Amigo da madrugada" permaneceu na Rádio Globo até 1990.

Autodidata em sua formação de jornalismo e radialismo, destaca-se por seu trabalho sempre voltado para a música popular brasileira, defendendo a preservação do espaço comercial e de execução da música para o músico brasileiro, de preferência aqueles voltados para as raízes nacionais. Tem dedicado todo seu trabalho de radialista e produtor de discos à defesa da conscientização de nossa cultura e do espaço de execução da autêntica música brasileira.

Em 2000, recebeu homenagem da Câmara dos Vereadores) do Rio de Janeiro, que fez sessão solene para lhe entregar o título de Cidadão Carioca, aprovado por unanimidade pela casa.

Em 2005, seu programa na Rádio MEC, de inquestionável popularidade, de consagrada qualidade e caráter visionário, aglomera artistas populares já renomados ao lado de expoentes mais novos que têm oportunidade de ver seu trabalho avaliado pelo experiente radialista.

"Com a morte de Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro, entre outros, houve um vazio na música nordestina, e então uns 'picaretas' começaram com 'música de safadeza'. São uns imbecis e mentirosos, culturalmente falando, que cantam música nordestina de teclado com chapéu de vaqueiro, e reagindo a isso surgiram compositores e cantores que passaram a fazer música nordestina na linha do Gonzaga, como Maciel Mello, Petrúcio Amorim e muitos outros", avalia Adelzon.
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