Ruralista vai comandar reforma agrária do Governo Bolsonaro e avisa que não terá diálago com movimentos que ocupam terras

O pecuarista e presidente da União Democrática Ruralista (UDR), Luiz Antônio Nabhan Garcia, vai comandar a Secretaria Especial de Assuntos Fundiários do governo do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Segundo ele, o órgão terá status de ministério, mas será vinculado e trabalhará junto ao Ministério da Agricultura (Mapa).

Nabhan Garcia afirmou que a pasta vai tratar de todos os assuntos ligados à questão fundiária no país, como a reforma agrária, desapropriação de terras e a criação de projetos de assentamentos rurais. A área de agricultura familiar, no entanto, hoje sob responsabilidade da Secretaria Especial de Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, será incorporada ao Ministério de Agricultura.

A assessoria de Jair Bolsonaro não se manifestou sobre o assunto, mas assessores de Tereza Cristina, futura ministra da Agricultura, confirmaram a informação.

O pecuarista afirmou que manterá diálogo com movimentos sociais que reivindicam terras para produzir, mas não com quem invade propriedades. “Diálogo com invasores de terra, não. Com movimento social, sim. Invasão é crime. Colonização agrária se faz dentro da lei, com respeito ao direito de propriedade. Se tem terra improdutiva, vai ser desapropriada e colocada pra reforma. Mas aceitar essa farra das invasões, abril vermelho, exército vermelho, isso não vai ter vez no governo que vai preservar o direito de propriedade”, diz Nabhan Garcia.

A Secretaria Especial de Assuntos Fundiários deve incorporar as atividades desenvolvidas atualmente pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Nesta semana, Tereza Cristina confirmou que os temas ligados a agricultura familiar e aquicultura e pesca ficarão na estrutura do Mapa. 

Deputados da Frente Parlamentar da Agropecuária comentaram também que a pasta deve absorver todas as políticas agrícolas e de fomento, como ações desenvolvidas pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) junto a outros órgãos e os programas de Aquisição de Alimentos (PAA) e de Alimentação Escolar (PNAE), atualmente no Ministério do Desenvolvimento Social.

Fonte: Agencia Brasil
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Toritama: Exposição Itinerante Luiz Gonzaga fará homenagens aos 30 anos de saudades do Rei do Baião

A cidade de Toritama, Pernambuco, antecipa a celebração dos 30 anos de saudades de Luiz Gonzaga, que morreu no dia 02 de agosto de 1989.

 Entre os dias 25 de novembro a 15 de dezembro 2018, Toritama realizará a Expozaga Brasil (Exposição Itinerante Luiz Gonzaga) e a abertura oficial será no dia 25 no Clube Ipiranga.

Dentro da programação acontecerá uma Missa em Ação de Graças, no dia 13 de dezembro, data do nascimento do Rei do Baião. A missa acontecerá na Paroquia de Santa Luzia, na Vila Canaã. Nesta data Luiz Gonzaga completaria 106 anos.

Além da Expozaga Brasil haverá palestras, lançamento da Revista o Aboio e apresentações Culturais. O compositor Onildo Almeida, autor de dezenas de sucessos, e Feira de Caruaru e Regresso do Rei na voz de Luiz Gonzaga, confirmou presença no evento.

A exposição é coordenada pelo produtor cultural, Reginaldo Silva, que trabalhou com Luiz Gonzaga. A Expozaga já percorreu várias cidades do Nordeste e em outros Estados.

A exposição consta de objetos pessoais do cantor. Entre as peças em exposição quem visitar poderá conferir de gibão de couro a chapéus, óculos, reportagens importantes sobre o cantor, fotografias, livros, artes plásticas, entre outros objetos do artista. 

O idealizador da exposição Reginaldo Silva foi amigo de Luiz Gonzaga e, acompanhou o Rei do Baião "nestas estradas da vida".
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Casa dos Artistas: Sanfoneiros de Petrolina e Juazeiro participarão do Festival Orquestra Sanfônica do Sertão, em São Raimundo Nonato Piauí

Os sanfoneiros da Casa dos Artistas, vão participar no próximo mês de dezembro, dia 22, em São Raimundo Nonato, Piauí, do festival da “Orquestra Sanfônica do Sertão e Procissão de Sanfona”, evento este que reúne centenas de sanfoneiros do Piauí e dos estados vizinhos.

O sanfoneiro e fundador da Casa dos Artistas, Luis Joaquim Rosa, avalia que é "importante este tipo de evento, um espaço de valorização da cultura e dos sanfoneiros".

O Festival será realizado na Avenida dos Estudantes, a partir das 14hs e na programação consta às 16hs a tradicional Procissão das Sanfonas, apresentação do Grupo de Violão Acordes do Campestre e Paloma Nunes e convidados lançando Cd. Ás 22hs Orquestra Sanfônica do Sertão e Convidados e o encerramento do festival com Epitácio Pessoa do Ceará e Convidados.

Durante o evento haverá exposição artesanatos e oficinas de manutenção e captação de sanfona.

O fundador da Associação Acordes do Campestre, Sandrinho do Acordeon, destaca que o projeto surgiu para contribuir com a educação e cultura das crianças carentes do bairro Campestre.
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Rui Rezende lança Vaqueiros do Raso da Catarina, Fotógrafo conviveu com vaqueiros no Sertão da Bahia para registrar atividade em livro

Cavaleiros paramentados em vestes de couro rasgam a paisagem entre imburanas, angicos, xiquexiques e facheiros. Em meio a névoa de poeira que levanta no ar, os cavaleiros vão campeando em busca do gado desgarrado, uma peleja se inicia na visage da caatinga.

A cena, forte e bela para quem presencia é um filme pronto de uma cultura que resiste. Raso da Catarina. Há quem diga que o raso é um encantamento, uma voz feminina que ecoa pelos vales saindo dos bicos das araras-azuis-de-lear.

"Não há tristeza nem dor nas cicatrizes dos rostos de olhos miúdos e vivos desses vaqueiros. Há algo que os move, vai além da compreensão objetiva da razão. Talvez vivam em outro século, um século próprio, só deles, dos guerreiros, numa caatinga que não demuda, senão pelas mãos do próprio homem".  

O primeiro encontro se deu ao acaso. Rui fotografava a trabalho, foi entrando na mata e se deparou com um grande acampamento. Para quebrar a desconfiança inicial dos homens, o fotógrafo mostrou a página de um livro seu com a foto de vaqueiros da Gruta dos Brejões na Chapada Diamantina. O visível interesse dos vaqueiros do Raso pela foto fez, desse encontro fortuito, surgir Vaqueiros do Raso da Catarina, o 6º livro da carreira do fotógrafo.

O texto – assinado por Cícero Félix, jornalista e professor da Universidade Federal do Oeste da Bahia (UFOB) – traz, como ele diz, “fileiras de causos” relatados propositalmente em linguagem coloquial com o cuidado de resguardar as características de uma cultura viva que se estrutura em uma relação visceral entre o Raso da Catarina e o sertanejo ali nascido, como disse Seu Euclides, “filhos da coragem de Lampião e da fé de Conselheiro…“

Fotografias de arrebatadora beleza apresentam a vivência absolutamente singular de Pingo, Naldo de Tuta, Bode, Paredão, Ponta de Bala e tantos outros vaqueiros na lida aventureira com o gado em meio aos encantados, espinhos e vastidões áridas, mandacarus em flor e a fauna local alegrando os tons terrosos e a fé em Deus celebrada na singeleza de quadrinhos de santos ornados com papéis estampados e fitas coloridas.

Vaqueiros do Raso da Catarina transmite a intensidade e a força solar de uma rara cultura. Com 156 páginas, bilíngue, o livro se completa com um precioso dicionário que identifica a rica indumentária e objetos que paramentam o vaqueiro e seu cavalo.

A biografia de Rui Rezende também é uma história de resistência, o fotógrafo é sobrevivente de um acidente aéreo ocorrido em 2014 na região de Barreiras, oeste da Bahia. As vivências na natureza, ajudando a mãe na lida com o cacau, correndo livre atrás de cavalos, levando o gado para a fazenda do avô, Tonico do Limão em sua cidade natal, Amargosa, inspiraram a profissão: “talvez por conta deste meu passado hoje sou um fotógrafo de natureza. Faço tudo por amor às coisas e esse livro é o primeiro depois de passar quatro anos sem publicar por causa do acidente“, revela Rezende.

Fonte: Imaginabilis Cícero Felix Professor Ufbo e jornalista

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Governadores do Nordeste fecham agenda única para levar a Bolsonaro

Os governadores do Nordeste, incluindo os atuais e os eleitos, se reúnem nesta quarta-feira (21), em Brasília, para ajustar as propostas apresentadas ao presidente eleito, Jair Bolsonaro, na semana passada. 

A ideia, segundo o governador reeleito do Piauí, Wellington Dias (PT), é debater detalhadamente a pauta e fechar uma agenda única que será levada ao encontro de governadores, no dia 12 de dezembro.

Nessa reunião, Bolsonaro será representado pelo ministro indicado da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro. “Somos parte da federação e queremos dialogar e integrar ações com o governo federal”, afirmou Dias, que já está em Brasília preparando a reunião do Fórum de Governadores do Nordeste.

A pauta já vem sendo debatida com o governo do presidente Michel Temer, mas alguns pontos não avançaram. Os temas prioritários são segurança pública e controle das fronteiras, combate ao desemprego, crescimento econômico, retomada de obras, como a ferrovia Transnordestina e a transposição do Rio São Francisco, política de créditos, política industrial focada no Nordeste, política de recursos hídricos e equilíbrio fiscal, incluindo a reforma da Previdência.

Para Dias, é necessário priorizar temas que são importantes para a população, como o crescimento econômico e a geração de empregos. “Como se faz isso? Com a retomada de obras que estão paralisadas ou andando muito devagar. Em cada estado há um conjunto de obras que, sendo retomadas, vão gerar empregos”, disse Dias, acrescentando que a ideia é integrar ações do governo federal, dos estados, dos municípios e da iniciativa privada.

Um dos caminhos apontados pelo governador para aliviar as finanças dos entes federados é o projeto de securitização das dívidas. A proposta, já aprovada no Senado, prevê a possibilidade de venda dos créditos a serem recebidos pela União, pelos estados e pelos municípios. Ainda precisa ser votada na Câmara.
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Barragem de Sobradinho está com 47% de armazenamento de água e expectativa é aumentar nos próximos 7 dias

Os níveis dos principais reservatórios instalados na bacia do Rio São Francisco apresentam patamares bastante satisfatórios, a ponto de garantirem tranquilidade para o ano de 2019. A informação foi passada ontem 19, durante reunião promovida pela Agência Nacional de Águas (ANA), em Brasília (DF), e transmitida para os estados da bacia através de videoconferência.

Devido às chuvas registradas nos últimos sete dias na região de Minas Gerais, o reservatório de Três Marias, localizado naquele estado, apresenta 90% de armazenamento de seu volume útil, conforme informações passadas pela equipe do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). No ano passado, nesse mesmo período, o armazenamento estava em 32%.

Além disso, o reservatório de Sobradinho, na Bahia, apresenta 47% de seu armazenamento, enquanto que em 2017 estava em 25%. De acordo com informações apresentadas pela equipe técnica do Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), entre a semana passada até hoje, houve precipitação de quase cem milímetros (mm) na bacia do Velho Chico e existe igual perspectiva para os próximos sete dias.

Com os números bastante animadores, o superintendente de Operações e Eventos Críticos da ANA, Joaquim Gondim, confirmou que a próxima quarta-feira, dia 21, será o último em que será obedecido o Dia do Rio, quando as captações são suspensas no São Francisco.

“Os números são animadores, o que nos permite suspender as restrições”, afirmou ele. “Além disso, a resolução que fixa a defluência de Sobradinho em 550 metros cúbicos por segundo [m³/s] está em vigor até 30 de novembro. Apenas por garantia, iremos prorrogar até março, mas antes desse prazo entraremos com a nova resolução que fixa os limites mínimos de vazão”, adiantou Gondim.

Com isso, a vazão mínima em Sobradinho e Xingó passará a 800 m³/s. O prazo ainda será definido mas, provavelmente, no início de 2019 esse limite passará a ser praticado. As chuvas registradas no atual período chuvoso apontam que esse é o melhor ano desde 2013, quando a bacia do chamado rio da integração nacional começou a sofrer com uma forte estiagem, o que provocou diversos problemas ao longo de toda a bacia.

A reunião promovida pela ANA conta com a participação de representantes do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), dos governos estaduais inseridos na bacia, Marinha, Ministério Público Federal, poder público e usuários em geral. Os próximos encontros estão marcados para os dias 3 e 17 de dezembro e serão retomados em janeiro do próximo ano.

Fonte: CHBSF Delane Barros
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Alagoas enfrenta uma das piores secas dos últimos anos, a situação afeta Rio São Francisco

Pelo menos 20 rios, no Agreste e Sertão de Alagoas, estão secos. São rios temporários que dependem da chuva pra se manter, mas o volume registrado, está bem abaixo do esperado. A informação foi passada pela Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).

Um deles é o Rio Traipu, em Jaramataia. Onde antes havia água em abundância, hoje ele se confunde com a paisagem do Sertão. É Possível ver as pedras, antes cobertas pela correnteza, e uma estrada que atravessa o rio de uma margem a outra.

"A gente se sente bem abatido, triste, porque muita gente dependendo dele aí a gente se sente bem triste mesmo", lamentou o agricultor Evanci Fernandes Lima.

A água do rio era usada para matar a sede dos animais e para irrigar plantações. "O sofrimento é muito grande. Já se perdeu 50% do que a gente trabalhou durante esses anos", observou a agricultora Mércia de Oliveira.

Em Dois Riachos, o rio que dá nome ao município, virou um campo improvisado de futebol.

"Aqui pra nós de água é muito ruim. Ele cheio, nós tem água pra dar os animais, água pra nós tomar banho, lavar roupa,fazer muitas coisas. Ele seco, a situação é muito ruim pela água aqui", comentou o estudante Davi da Silva Gomes.

O Rio Paraíba do Meio nasce em Pernambuco e segue até o interior de Alagoas. A última vez que esteve cheio foi há 8 anos. Com muitas nascentes, ele deveria ter água o ano todo, mas por causa da estiagem não consegue mais se manter abastecido.

"Ele sempre teve água, era considerado um rio perene. Quanto menor e menos intensa for a chuva, menos água eles vão ter", comentou o oceanógrafo Paulo Petter.

“Para que essa disponibilidade de água volte às condições normais, precisa-se ou, pelo menos, de dois ou três anos consecutivos de chuva”, explicou o meteorologista da Ufal, Humberto Barbosa.

A situação também afeta o Rio São Francisco, que deixa de receber água desses rios. Atualmente, ele está com a menor vazão já registrada pela Agência Nacional de Águas (ANA), de 550 m³/s.

Fonte: Jornal Nacional/Amorin Neto TV Gazetas
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