SINDICATO PEDE LIMINAR PARA BLOQUEAR VENDA DA CHESF

O Sindicato dos Urbanitários de Pernambuco (Sindurb-PE) ajuizou ação anulatória de assembleia geral da Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf), que alterou estatutos da estatal, e para declarar o voto da Eletrobrás "abusivo, ilegal e lesivo", bem como para retirar a Chesf do programa de privatização. A Companhia é subsidiária da Eletrobrás.

A ação ordinária tramita na 32ª Vara Cível da Comarca do Recife e foi distribuída no dia 15 de fevereiro deste ano. A juíza acatou a ação e mandou ouvir a outra parte para depois analisar o pedido de liminar. De acordo com o advogado Antônio Campos, que cuida da ação, a Eletrobrás contestou e a Chesf não apresentou contestação.

Foi, então, apresentada réplica e renovado o pedido de imediata apreciação da tutela de urgência, para que, liminarmente, seja concedida a tutela de evidência ou a antecipação dos efeitos da tutela definitiva para que, até o julgamento final, sejam suspensas as deliberações tomadas na Reunião do Conselho de Administração da Chesf, realizada no dia 19 de janeiro. Além disso, para que seja também cancelada ou para que seja suspensa a execução das deliberações, uma vez que os acionistas foram chamados a apreciar encaminhamento decorrente da reunião nula.

Também pede que sejam suspensos os efeitos do voto do acionsita controlador Eletrobrás "por abusivo, lesivo e ilegal"; e que seja determinado ou coibido à Eletrobrás de deliberar sobre a privatização da Chesf, por via própria ou oblíqua, com também proibida a venda de qualquer ativo relevante, a exemplo de Sobradinho ou Xingó, ou de outro que a Chesf tenha participação, até o final da presente demanda.

“Essa ação ordinária abriu uma nova discussão da privatização da Eletrobrás, mais especificamente em relação a Chesf, demonstrando que ela deve ser retirada da privatização da Eletrobrás. Um possível comprador, se efetivada a privatização, pode ter a compra anulada inclusive no futuro”, argumentou Antônio Campos, que é o advogado da ação.
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MOTOCICLISTAS SÃO RESPONSÁVEIS PELO MAIOR NÚMERO DE ACIDENTES NO BRASIL

Um estudo com base nos indicadores do seguro obrigatório de automóveis DPVAT, pela Escola Nacional de Seguros, revela que os acidentes graves ocorridos no trânsito brasileiro em 2017 provocaram impacto econômico de R$ 199 bilhões, ou o correspondente a 3,04% do Produto Interno Bruto (PIB, a soma dos bens e serviços produzidos no país).

O valor equivale ao que seria gerado pelo trabalho das vítimas, caso os acidentes não tivessem ocorrido. De acordo com o estudo, os acidentes no trânsito mataram 41,1 mil pessoas no ano passado em todo o país e deixaram com invalidez permanente, que as afasta da atividade econômica que exerciam, outras 42,3 mil.

O número de pessoas mortas ou com alguma sequela permanente subiu 35,5% de 2016 (61,6 mil vítimas) para 2017 (83,5 mil), o que significa que a perda produtiva subiu nesse percentual de um ano para outro. O resultado se aproxima do total de vítimas fatais e pessoas com sequelas registrados em 2015 (100,4 mil).

A coordenadora da pesquisa, economista Natália Oliveira, do Centro de Pesquisa e Economia do Seguro (CPES) da Escola Nacional de Seguros, destacou em entrevista à Agência Brasil que a maior parte dos acidentes no ano passado (74%) envolveu motocicletas, sendo que 59% dos acidentados nesse tipo de veículo eram os próprios condutores. Segundo a economista, 90,5% das vítimas estavam em fase economicamente ativa.

“Outro número que chama bastante a atenção é que 48,5% estão entre 18 e 34 anos de idade. Se você tira uma pessoa [do mercado de trabalho] de 18 anos ou até 34 anos, você perdeu os 30 anos futuros que ela teria para produzir”, explicou Natália.

De acordo com a pesquisa, apesar de as motos representarem 27% da frota nacional de veículos, elas são responsáveis pelo maior número de acidentes no Brasil e também de vítimas. Foram 285.662 sinistros no ano passado com esses veículos. Os homens constituem a maior parte das indenizações por morte em acidentes com motocicletas (88%). No caso de acidentes de motos que resultaram em sequelas permanentes, 79% das indenizações também foram para vítimas do sexo masculino, mostra o estudo.

Embora o impacto econômico provocado pelos acidentes no trânsito em 2017 tenha sido maior no Sudeste (R$ 76,71 bilhões), a perda em comparação ao PIB foi a menor entre as regiões brasileiras (2,15%). A maior perda foi encontrada no Centro-Oeste, equivalente a 4,86% do PIB.

Por estados, a maior perda foi observada no Tocantins (7,09% do PIB), seguida do Piauí (6,42%) e Rondônia (5,87%). Já em números absolutos, São Paulo apresentou o maior impacto econômico em função dos acidentes de trânsito: R$ 30,91 bilhões. Em seguida, vêm Minas Gerais, com R$ 19,50 bilhões, e Rio de Janeiro (R$ 15,52 bilhões).

O estudo revelou que o maior número de mortes no trânsito ocorreu na Região Sudeste (14,01 mil), mas quando se consideram mortes mais sequelas permanentes, a liderança é exercida pelo Nordeste (29,3 mil). “Para ter uma ideia, em São Paulo morre quase a mesma quantidade de pessoas que a Região Sul. Só no estado de São Paulo, morrem 6,1 mil pessoas por ano, enquanto na Região Sul são 6,6 mil”.

Natália Oliveira ressaltou que o objetivo da sondagem é chamar a atenção para a necessidade de investimentos nessa área. “No momento em que a gente consegue quantificar monetariamente esses números, a gente espera que o governo consiga melhorar a punição, fiscalização, educação, que são os pilares para a redução dessa estatística”. Ela acredita que somente assim se poderá reverter esse quadro.

Ela acredita que quando há uma maior punição para os responsáveis pelos acidentes, o efeito é imediato no sentido de redução dos sinistros. Já o maior investimento em educação tem um retorno a longo prazo, mas que se mostra mais eficiente e mais consciente.
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FORRÓ CRIATIVO: CENTRO CULTURAL MATINGUEIROS PROMOVE RALA BUCHO COM SANFONEIRO IVAN GREG

A sanfona é o principal instrumento das festas populares do mundo. Fascina pela sua sonoridade, pela diversidade de modelos e gêneros, mas seu encanto transcende o poder da música, porque desperta um afeto misterioso. Talvez pelo fato de ficar junto ao coração do sanfoneiro, ou, quem sabe, por ser um instrumento que é abraçado ao se tocar. Ou ainda, por ser um instrumento que respira. O fato é que a sanfona une as pessoas e é amada por todos os povos.

No próximo sábado (19), a partir das 21hs, no Centro Cultural Matingueiros, durante o Projeto Forró Criativo, o sanfoneiro e cantor Ivan Greg, fará um Rala Bucho.

Ivan Greg é um dos músicos mais talentosos da atualidade. Nascido em Petrolina aos 9 anos já tocava teclado e sanfona. Em 2006 mudou-se para a Europa e trabalhou na divulgação e valorização da música brasileira e a cultura nordestina.

Gravou e realizou shows na Alemanha, Holanda, Espanha, Itállia, França, Suécia e Bélgica. A música também o levou aos Estados Unidos onde desenvolveu vários projetos.

Ivan Greg atualmente cursa licenciatura em Música, no Instituro Federal do Sertão. Aponta que tem inflência musical de Luiz Gonzaga, Dominguinhos, Jackson do Pandeiro, Sivuca, Gilberto Gil, Djavan. O samba é outra referência na trajetória de Ivan Greg.

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EXU: THEREZA OLDAM, 150 ANOS DA IGREJA SÃO JOÃO BATISTA, FAZENDA ARARIPE

Em 2018 a igreja de São João Batista do Araripe, distante 12 km de Exu, Pernambuco, comemora 150 anos.

A professora e escritora Thereza Oldam é conhecedora dos episódios e sentimentos que nortearam a criação, o desenvolvimento e a consolidação do território exuense. Desde a época da colonização, quando a região ainda era habitada pelos índios Ançus, do tronco da nação Cariri. Passando pela chegada de seu fundador Leonel de Alencar Rego, até os dias atuais.

A professora escreveu no ano de 1968, uma apresentação para o disco Luiz Gonzaga-São João do Araripe. Escreveu Thereza Oldam:

"O Povoado do Araripe, tantas vezes cantado pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, é o desdobramento da Antiga Fazenda do Barão de Exu. Domina-o até os dias atuais, a Casa Grande. de estilo Colonial e a Capela de São João Batista. O Povoado do Araripe, está situado à margem esquerda do Rio Brígida, próximo da Fazenda Caiçara, berço de Barbara de Alencar.

Para os descendentes direto dos primeiros povoadores, o São João do Araripe é único. É o culto das suas melhores tradições. Anualmente, os festejos juninos são um pretexto para a confraternização, pois no calor da fogueira, comendo milho assado, discutem política, exaltam os seus herois, choram seus mortos e pedem aos céus a oportunidade de voltar sempre, sempre ao Araripe.

Ali, no Araripe aprenderam a venerar São João Batista, ouvindo vozez de Sinhazinha e Nora, ecoando o coro da Capela. Quem dos seus desconhece o Barão do Exu, Sinhô Aires, Neném de João Moreira, Santana de Januário, Dona de Seu Sete. Qual dos seus meninos não sentiu o irresistível desejo de puxar a corda do sino da igreja?

O Povoado do Araripe é um santuário de fraternidade do presente com o passado. Seu fundador deu-lhe a fidalguia e tradição e um seu filho deu-lhe a melodia do baião, este filho é Luiz Gonzaga.

Luiz Gonzaga nasceu no Araripe e ai sempre viveu! Ninguém melhor do que ele preservou as suas tradições e podemos afirmar que Luiz Gonzaga é a encarnação do Araripe, no amor que dedica á sua terra, na exaltação de sua gente. 

Ainda menino, Luiz Gonzaga, correu por aqueles patamares, gritando o bode ou tocando forró, crepitava em seu peito a ternura do Araripe, sem saber porque. Era a voz de um pássaro, os costumes do sertão, a beleza das coisas...e fugiu...fugiu porque seu coração não comportaria aquele grito da alma. Era a voz da terra. Era a arte. 

E a arte explodiu: surgiu o artista, o Rei do Baião, o filho de Januário e Santana, o cantor do Araripe. E hoje (1968), ocasião de seu Centenário, o Povoado do Araripe recebe comovido a homenagem de Luiz Gonzaga. É uma mensagem de arte e de amor: da arte que nasceu dele e não cabe nele, do amor que o torna maior fazendo os outros felizes.

O Araripe pede a Deus para seu filho a eternidade da arte que o persegue.

Fonte: Professora e escritora Thereza Oldam, Exu, Pernambuco, 20 de fevereiro de 1968. Foto: Cariri Cangaço
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ASSISÃO E GRUPO DE XAXADO CABRAS DE LAMPIÃO DÃO INÍCIO AO PROJETO NO TERREIRO DA FAZENDA

O mestre da música e rei do forró Assisão e o grupo de Xaxado Cabras de Lampião dão início, nesta terça (15), ao projeto “No Terreiro da Fazenda”, uma aula-espetáculo que reverencia a cultura sertaneja, com destaque para os elementos do ciclo junino. O pontapé inicial do projeto acontece às 15h, na Escola Municipal José Paulina de Siqueira, em Santa Terezinha, no Sertão do Pajeú. A iniciativa também vai passar por Orocó (Sertão do São Francisco); Ipubi (Sertão do Araripe); Jucati (Agreste); Ibirajuba (Agreste); Amaraji (Mata Sul) e Araçoiaba (Mata Norte).

A identidade cultural da região é ressaltada com a união dos dois filhos ilustres de Serra Talhada – Assisão e os Cabras de Lampião – com a qual eles mostram a importância do xaxado para o reconhecimento da cultura nacional. Toda força e energia do povo nordestino, que são demonstradas através do cangaço, e que, com o xaxado, despertam o interesse pelas riquezas de elementos inerentes aos nossos costumes como as indumentárias, as comidas, os hábitos e, principalmente, as histórias, narradas nas letras das canções.

Segundo a presidente da Fundação Cultural Cabras de Lampião, Cleonice Maria, a ação é uma forma de reafirmar os fundamentos da identidade cultural sertaneja. “A ação tem como ponto de partida a musicalidade e o ritmo de Assisão, numa interação estética e inovadora com a poesia e a dança do Grupo de Xaxado Cabras de Lampião, resultando num espetáculo emocionante e de singular beleza”, afirma.

ASSISÃO - Francisco de Assis Nogueira, Assisão, nasceu no dia 05 de maio de 1941 na Fazenda Escadinha, município de Serra Talhada/PE. Já aos 11 anos de idade começou suas atividades artísticas como compositor. Embora não tenha nenhuma formação em música, pois nunca frequentou nenhuma escola de música, é exímio compositor, tendo sido chamado por Dominguinhos de “o maior sanfoneiro de boca do Nordeste”, tal sua versatilidade em compor sem ter conhecimento musical. O início de suas atividades profissionais como cantor começou com o lançamento de um compacto e até o presente momento já gravou vários discos. Seus maiores sucessos, no entanto, aconteceram nos anos de 1987, 1988 e 1989. No trabalho de 1987 foram vendidas cerca de 210 mil cópias. Em 1988 foram 180 mil cópias e em 1989, 190 mil cópias. Somente nestes anos foram quase 600 mil cópias vendidos de seus trabalhos em todo país, o que lhe concedeu três discos de ouro consecutivos, além do título de “rei do forró”. Suas músicas são tocadas em todas as regiões do país. Com a agenda sempre completa, Assisão é um dos artistas mais requisitados do Nordeste. Já compôs mais de 800 músicas, destas mais de 200 já foram gravadas, por ele e por muitos outros artistas.

Grupo de Xaxado Cabras de Lampião - É o maior divulgador desta dança e mantém a originalidade e autenticidade conforme criada pelos bandoleiros do sertão. Durante esses longos anos eles têm se apresentado em mais de quinhentas cidades e feito participações em documentários, reportagens, entrevistas, séries de TV e produtoras de diversos países: Brasil, França, Estados Unidos, Alemanha, Inglaterra, Venezuela e Bélgica. É uma trupe de artistas sertanejos que reproduziu no palco como os cangaceiros se divertiam nas caatingas, nos intervalos dos combates.

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RUBENIO MARCELO: PARCERIAS NA POÉTICA MUSICAL

Recebi ontem das mãos do poeta cantador Aldy Carvalho, um trabalho do poeta, músico e compositor Rubenio Marcelo. O CD é fruto de parcerias firmadas com colegas sul-mato-grossenses. O CD tem o título de "Parcerias na Poética Musical".

Poeta escritor e advogado, membro e atual secretário-geral da Academia Sul-Mato-Grossense de Letras, Rubenio veio de Fortaleza/Ceará, onde, na adolescência, estudou violão (no Conservatório Alberto Nepomuceno). Músico/compositor, é autor de mais de 300 composições autorais. Já publicou 11 livros e lançou dois CDs musicais, apresentando agora o 3º CD (“Parcerias – Na Poética Musical de Rubenio Marcelo”). 

Além de parceiros que estão no CD e convidados e se constitui em um trabalho inédito, pela representatividade que Rubenio Marcelo viabilizou com seus amigos e parceiros musicais. A música que abre o CD, que contém 22 canções, tem a voz brejeira da cantora mineira Joice Moreno, em composição com o músico e violonista Raimundo Edmario Guimarães Galvão e foi apresentada ao público em videoclipe pelo YouTube.

Outros compositores e intérpretes de várias vertentes da música de Mato Grosso do Sul, como Gilson Espíndola, Zé Du, Attila Gomes, Castelo, Beget de Souza, Paulinho Manassés e o próprio Galvão abrilhantam o CD com suas interpretações de poemas de Rubenio e outros poetas, como Raquel Naveira, Angelo Arruda e Dario Pires, musicados pelo autor e seu parceiro musical Galvão.

Rubenio e seus parceiros prestam no CD duas homenagens a grandes personalidades da literatura brasileira, uma de cunho nacional, a goiana Cora Coralina e outra, regional, ao escritor que teve sua obra marcada pelo trabalho nos ervais de Mato Grosso do Sul, Hélio Serejo.

Rubenio é Defensor da arte eclética, desde cedo celebrou a poesia em consonância com a arte musical, tendo participado de significativos festivais e eventos. É intérprete pertencente à ala de compositores da GRES ‘Os Catedráticos do Samba’.

Detentor de várias premiações culturais, é um dos vencedores do tradicional concurso ‘Noite Nacional da Poesia’. Com experiências em participações a convite de feiras literárias e bienais, integrou – como convidado – a Bienal Internacional de Poesia, e também participou de outros eventos do gênero, como a Feira Literária Internacional de Tocantins (FLIT), a FLIB (Feira Literária de Bonito/MS) e, recentemente, a Feira do Livro de Brasília. 

Rubenio Marcelo é também revisor, palestrante. Seu nome/biografia e a sua obra constam num capítulo do livro “Vozes da Literatura” (FCMS). Escreve para o ‘Suplemento Cultural’ do Jornal ‘Correio do Estado’ e é colunista da Revista Destaque. Reside em Campo Grande/Mato Grosso do Sul.
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POETA E CANTADOR ALDY CARVALHO LANÇA NESTA SEXTA (11), NA TENDA, LIVRO DE CONTOS MEMÓRIAS DE ALFORJE

A versatilidade e o trânsito livre nos campos da música e literatura, há mais de vinte anos asfaltam a trajetória artística do poeta, cantador, autor, contista, compositor e violonista, Aldy Carvalho. Filho de Petrolina, radicado em São Paulo desde os anos 80, ele nunca perdeu o foco de suas raízes sertanejas, por isso, volta à sua terra natal mais uma vez para cumprir agenda de atividades literárias. No próximo dia 11 de maio, estará autografando, à partir das 19h, seu novo livro de contos Memórias de Alforje (5 contos do cantador), na inauguração da Nova Tenda, no centro de Petrolina. 

Na ocasião, o artista estará fazendo um misto de sarau durante o lançamento do livro que tem selo da editora Miltifoco, do Rio de Janeiro, e ilustrações de Regina Drozina. Ao longo das cinco histórias o lado escritor de Aldy não deixa escapar o horizonte de sua musicalidade para dar rumo ao universo das narrativas com seus personagens. Conforme pontua o ensaísta e educador Ely Veríssimo, no prefácio do livro. Na pegada de seus contos, Aldy mescla e condensa de maneira peculiar o seu universo de origem, o nordeste.

"A atmosfera nordestina com uma linguagem musical não estereotipada nos apresenta um interessante diálogo entre o sertão e suas mazelas Euclidianas; o colorido sonoro de Guimarães Rosa; a alegria farsesca de Ariano Suassuna e o meio urbano com a temática universalizada de Manuel Bandeira", escreve.

A versatilidade cultural do poeta vai alem dos gêneros que ele manipula em seu terreno criativo. A música sempre foi um fio condutor que o levou as arquitetar as palavras para outras linguagens. Aldy teve os primeiros contatos com a música através de seu pai, o compositor João Joaquim de Carvalho que lhe despertou o gosto pelo universo popular: a prosa, a poesia, a música e o teatro. 

"Foram informações importantes na minha formação e posterior influência na criação do meu trabalho de compositor e cantor, povoado de xotes, baiões, toadas, martelos, emboladas, modinhas, sagas e fábulas. Um ajuntado de cantigas e imagens, o lirismo do Sertão, das léguas que andei", conta o poeta com musicalidade.         

Ao tempo que decidiu abraçar música e literatura como alimento, o poeta estudou canto, técnica vocal, leitura rítmica e violão erudito e popular, em São Paulo. Entre seus trabalhos, estão três cds autorais: Redemoinho; Alforje (2011) e Cantos d’Algibeira (2014). Participação especial no Cd Espelho d’água, do cantador Décio Marques, além dos projetos da série Festivais do Brasil. Aldy também tem diversas canções gravadas pelos cantores Déo Lopes, Maciel Melo, Marisa Serrano, Humberto Barbosa e Roberto Araujo (compositor e maestro paraibano).

 Na literatura, foi premiado com menção honrosa no 21º Concurso de Contos Paulo Leminski, em 2010, com o conto “José e Chico: os dois vaqueiros” e em 2014 com o conto “A Peleja (Memórias de alforje)”. Ainda publicou pela Editora Luzeiro, os cordéis “A Ganância de um Preguiçoso”, “A História das Copas do Mundo em Cordel’ e ‘No Reino dos Imbuzeiros’.

Fonte: Class Comunicação


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