NEY VITAL SACODE O FORRÓ, XOTE E BAIÃO COM BOM JORNALISMO

O jornalista Ney Vital foi pioneiro na região do Vale do São Francisco e Norte da Bahia, ao apresentar programa de Rádio valorizando a vida e obra de Luiz Gonzaga,  os cantadores de viola, vaqueiros e aboiadores na FM, no inicio do ano 2000, um autêntico desbravador. 

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores o Rádio está cada vez mais dinâmico. Agora numa das principais Emissoras de Rádio do Nordeste, Ney Vital, apresenta e produz o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus seguidores, aos domingos 7hs da manhã, na Rádio Emissora Rural, que este ano completa 56 anos de fundação e em breve estará em FM-Frenquencia Modulada.

O programa segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É a forma, o roteiro concreto para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga e de todos que usam a voz e a sanfona para valorizar a história iniciada pelo sanfoneiro nascido em Exu e seu pai Januário, tocador de oito baixos", explica Ney Vital. 

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 perdemos o Rei do Baião e então, o   hoje professor doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano, na época estudante e amigo me fez o convite para participar de um programa de rádio. Suíte NordestinaE até hoje continuo neste bom combate". 

No programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , a inversão de valores no jornalismo veiculado no rádio e na tv, blogs e tecnologia e na qualidade das músicas apresentadas no rádio", avalia.

Ney Vital recebeu o titulo Amigo Gonzaguiano Orgulho de Caruaru recentemente em evento realizado no Espaço Cultural Asa Branca. 

Ney Vital usa a credibilidade e experiência em mais de 20 anos atuando no rádio e tv. "O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo dos ouvintes", finalizou Ney Vital.
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CARIRI DO CEARÁ E A FORÇA DO IMAGINÁRIO CULTURAL

A jornalista Camila Holanda escreveu que nas entranhas do Cariri do Ceará foi emergido uma versatilidade de ícones que, entrelaçados povoam o imaginário cultural que habita a região.

Nas minhas andanças e pesquisas nas terras do Ceará ouvi uma das mais belas histórias. Resumo: o teatrólogo, pesquisador cultural Oswaldo Barroso, ressalta um dos mais valiosos símbolos, a vigorosa força mítica e religiosa. Oswaldo, cidadão honorário de Juazeiro do Norte, diz que a primeira vez que esteve no Cariri foi nos anos 70 e a experiência fez com que suas crenças e certezas de ateu fossem desconstruídas e reconstruidas com bases nos sentimentos das novas experiências e epifanias vividas.

"Desde o início, não acreditava em nada de Deus. Mas quando fiz a primeira viagem ao Horto do Juazeiro do Norte, foi que eu compreendi o que era Deus. Isso mudou minha vida completamente", revelou Oswaldo.

Um outra narrativa importante encontrei na mitologia dos Indios Kariris. Nela a região é tratada como sagrada, centro do mundo, onde no final dos tempos, vai abrir um portal que ligará o Cariri  para a dimensão do divino.

A voz de Luiz Gonzaga é uma das mais valiosas na divulgação para que deseja compreender a presença da semiótica nos estudos, que possuem origens nas questões sociais e fundiárias do nordeste. Complexo sempre o assunto, pois,  o cangaço teve Lampião como um dos homens mais fiéis a tradição da Fé Católica. Luiz Gonzaga cantou o desenvolvimento, a esperança e a busca pela melhoria de vida no sertão. 

A estátua do Padre Cícero encontra-se no topo da Colina. Muitos romeiros percorrem a Trilha do Santo Sepulcro. A pé eles percorrem às 14 estações trajeto marcado por frases e conselhos ambientais do Padre Cícero, que já alertava naquela época para os muitos desequilibrios ambientais e impactos da agressão humana na natureza.

Rezemos com Fé! . Os sorrisos são a alegria da alma.
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SEMANA PADRE CICERO DESTACA OS 174 ANOS DE NASCIMENTO DO PADIM DOS NORDESTINOS

A 36ª Semana Padre Cícero, evento realizado pela Prefeitura de Juazeiro do Ceará, sob a coordenação da Secretaria de Turismo e Romarias que neste ano de 2018 comemorará os 174 anos de nascimento do Padre Cícero Romão Batista, foi aberta hoje, dia 20 de março, no auditório da Fundação Memorial Padre Cícero.

A programação da Secult inclui ainda feira de artesanato, visitas mediadas à exposição “Padre Azarias Sobreira: o Padim de meu Padim”, II Mostra de cinema “Luz das Artes” e o seminário “Lira Nordestina: Diagnósticos e Atualizações”, este último, realizado em parceria com a Universidade Regional do Cariri (Urca) e Geopark Araripe.

A programação que a Secretaria de Cultura oferece durante toda a Semana Padre Cícero serve para a valorização da história de Juazeiro do Norte, através de relevantes debates acerca da memoria histórica e cultural que gira em torno da  imagem do seu fundador. Toda a programação será gratuita e está disponível para consulta no site www.juazeiro.ce.gov.br.
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AGRICULTOR E A ESPERANÇA DE CHUVA NO DIA DE SÃO JOSÉ, 19 DE MARÇO

O 19 de março é celebrado com esperança em todo o Sertão nordestino. Neste dia, a fé por São José se renova na forma de orações e pedidos de chuva. Reza a tradição que, se chover na data, a colheita será farta. Apesar da estiagem em quase toda a região, o sertanejo segue inabalável e investe na plantação.

A crença sertaneja de que a chuva no dia de São José é um prenúncio de bom inverno está diretamente ligada a um fenômeno meteorológico. Neste momento do ano, os raios solares estão mais próximos da Linha do Equador, atingindo o Nordeste com maior intensidade, o equinócio, fenômeno astronômico que leva dia e noite a terem a mesma duração, ocorre entre os dias 19 e 21 de março. Neste ano, a previsão de chuvas está dentro da normalidade, com água suficiente para a lavoura.
 
São José também é padroeiro de outras cidades sertanejas - Bodocó, Custódia, Dormentes, Ingazeira, São José do Belmonte e São José do Egito. No Agreste, compõem a lista Angelim, Bezerros, Brejo da Madre de Deus, Capoeiras, Feira Nova, Frei Miguelinho, Surubim, Venturosa e Vertentes. Na Zona da Mata, as cidades de Água Preta, Amaraji, Chã Grande, Joaquim Nabuco, Rio Formoso, São José da Coroa Grande e Carpina têm o santo como protetor.

Foi o papa Pio IX quem nomeou São José padroeiro universal da Igreja em 8 de dezembro de 1870. Sucessivos pontífices instituíram o 1º de maio como de homenagem, graças ao seu ofício de artesão. Também foi escolhido como padroeiro da boa morte. Muito antes, no século 9, o escritor irlandês Felire de Oengus já celebrava o santo. Em 1479, a festa de São José passou a aparecer no calendário romano em 19 de março.

A devoção também foi encabeçada por São Francisco de Assis e Santa Teresa d’Ávila. Em 1889, o papa Leão XIII o elevou como próximo da Virgem Maria e o papa Bento XV o declarou patrono da justiça social. Segundo as escrituras, José teve Maria por esposa, da qual, por virtude do Espírito Santo, nasceu Jesus. "Decobriu que Maria estava grávida e aceitou, mesmo sabendo que o filho não era dele. Não a denunciou e a acolheu. Foi um homem humilde e extremamente humano. Cuidou de Jesus como se fosse seu filho", ressaltou padre Lenildo Santana, da Igreja de São José, em Olinda.


 Fonte: meteorologista Flaviano Fernandes, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Pernambuco
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HUMBERTO GESSINGER UMA MELODIA DE PAZ PARA UM DOMINGO SILENCIOSO

Ainda pouco coloquei a voz de Humberto Gessinger e Luiz Carlos Borges. Outro dia mostrei o talento de Gessinger no Programa de Rádio que apresento Nas Asas da Asa Branva-Viva Luiz Gonzaga. Lembrei dos textos dele e estou escutando Deserto Freeze neste domingo quando três lapadas de cachaça e um caju me fazem sonhar e desligo das notícias de um Brasil que teima em ser violento. Desejamos a Paz. O Equilíbrio.

Transcrevo aqui o texto de Isaias Costa quando faz um diálogo com umas das músicas, que traz uma reflexão bem interessante sobre a busca pelo equilibrio, ela se chama “deserto freezer”. A letra diz: Se é o medo que te move
não se mexa : fique onde está!
Se é o ódio que te inspira
não respire o ar viciado deste lugar!

Esta é a principal mensagem desta música. Todas as ações que tem o medo como propulsor, de uma forma ou de outra, terão um desfecho ruim, que fará mal a si mesmo e, possivelmente, a outras pessoas.

Da mesma forma que as ações pelo ódio, que sempre carregam energias negativas e levam a mais ódio.

Para os dois tipos de ação ele diz qual é o antídoto, se aquietar, parar, silenciar. Sempre que nos aquietamos, damos tempo a nós mesmos de deixar as tensões de dissolverem, a agressividade exagerada abaixar, as palavras impensadas serem caladas...

Tudo isso gera benefício para si mesmo e para os outros.

Na outra estrofe Humberto Gessinger fala sobre os extremos da nossa sociedade, que busca exageros de felicidade, e quem não consegue essa felicidade, acaba exagerando na tristeza, na solidão. Infelizmente, a maior parte das pessoas tem dificuldade de dosar as emoções, atingindo o equilíbrio.

Nesse deserto freezer
carnaval e solidão andam lado a lado
em perfeito estado de conservação
É um navio fantasma, um cemitério de automóveis
É um deserto freezer, 0 kelvin, perfeição

E no refrão ele fala sobre o medo que as pessoas têm e que nasce do medo da escuridão.

Essa passagem é genial, pois mostra que todos nós temos luzes e sombras em nossa interioridade, e quanto mais medo temos das nossas sombras, mais elas se tornam terríveis e densas.

O tempo todo precisamos trabalhar nossas emoções para que as sombras não obscureçam a luz interior. O autoconhecimento é fundamental nesse processo, e nesta música bem curta, o Gessinger nos faz refletir sobre tudo isso.

Nossa sociedade está vivendo nesse deserto freezer, buscando extremos em tudo, e esquecendo que o equilíbrio não é tão dificil de ser alcançado, basta se aquietar, basta silenciar, basta respirar fundo e encontrar as respostas no lugar onde elas realmente estão, no coração pacificado. Um coração pacificado encontra todas as respostas, mesmo que algumas situações sejam dolorosas, mas encontra.

Reflita sobre a letra dessa música, e viva em paz, essa paz que lhe proporcionará um clima temperado, com estações regulares e alegria de viver todos os momentos…

Fonte:  Isaias Costa-Blog
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VALDI GERALDO, O NEGUINHO DO FORRÓ, EXU ALEGRIA BELEZA E SERTÃO

Sempre é bom lembrar: o grande celeiro de Luiz Gonzaga foi, até o final da carreira, o Nordeste. A cada viagem que fazia pela região descobria um compositor. Em Caruaru, foram Onildo Almeida e Janduhy Finizola; em Sumé, Paraíba, José Marcolino; em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti.

E em Exu, na sua terra, Valdi Geraldo, o Neguinho do Forró é músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco, Long Play, Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribuiram com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. Ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira, tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou. Hoje é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonis, fiéis discípulos do Rei do Baião.

Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta da resistência, que por centenas de vezes caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música, é funcionário do Ministério da Saúde. Em 2012 lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta a larva criativa do poeta, diga-se, um dos mais humildes, ou seja, sabe tratar o povo mais simples, assim como tanto pedia Luiz Gonzaga.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira souberam valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de sanfonizar as canções. Sanfonizar é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.
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IVAN FERRAZ E A JUVENTUDE NO FORRÓ

Figura de resistência do forró pé de serra em Pernambuco, Ivan Ferraz comandará uma festa neste sábado (17), às 15h, no Espaço Cultural Dominguinhos, localizado nas dependências da Associação dos Servidores da Sudene, no bairro do Engenho do Meio, Zona Oeste do Recife. O show do músico vai contar com a participação de Jota Michiles e os sanfoneiros e forrozeiros Diego Reis, Forró Xinela Rasgado e Ari de Arimatéia. O evento será uma celebração tripla: os 72 anos de idade do músico, os seis anos de existência do Espaço e o lançamento do clipe Juventude no forró, disponível no YouTube.

"Criei o Espaço ao lado de Dominguinhos. Nos reunimos lá todo sábado, é uma ajuda para artistas talentosos que estão começando. Coincidentemente, o evento de aniversário do local será no mesmo dia que o meu (risos)", explica Ferraz. Apesar da idade avançada, o músico revela que ainda tem "muita coisa para fazer". "Nós sempre temos que lutar por objetivos todos os dias. Continuarei defendendo a música", conta o artista, que também se apresentará no mesmo palco que Lene Rodrigues, Edinho Queiroz, Deivinho Sanfoneiro e Raphael Queiroz.

O show de Ivan para o evento leva o mesmo nome da composição do pernambucano Brito Lucena: Juventude no forró. O artista lançou um clipe homônimo nesta segunda-feira (12), com produção de alunos de Rádio e TV da Faculdade Senac. "Acho o tema da juventude muito forte, é a gente convocando a juventude para defender nosso forró pé de serra", diz.

"A a gente não tiver a juventude do nosso lado, fica muito difícil. A juventude é importante em qualquer movimento, são pessoas com ideias novas", continua. Ele relembra o disco O canto jovem de Luiz Gonzaga, em que o Mestre Luz regravou músicas de jovens daquela época.

Fonte: Diário de Pernambuco


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