AGRICULTORES OTIMISTAS COM PREVISÃO DE CHUVAS PARA O SEMIÁRIDO EM 2018

O verão - que começa na próxima quinta-feira, 21 - promete ter um regime de chuva regular na maior parte do país, sem grandes extremos como secas ou enchentes. A previsão é do meteorologista Luiz Cavalcanti, do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), em Brasília. 

"A perspectiva é de muitas chuvas nas regiões Sudeste, Centro-Oeste e particularmente na Região Sul. É um período que, essencialmente, é muito chuvoso. Estamos com chuvas bem marcantes e a tendência é que o verão permaneça como está terminando a primavera, com muita chuva nessas regiões”, disse.

Segundo o meteorologista, o fenômeno conhecido como La Niña, quando ocorre o resfriamento das águas do Oceano Pacífico, este ano é predominante, mas com pouca intensidade, o que deve contribuir para garantir uma normalidade climática no Brasil. Inclusive, haverá chuva no semiárido do Nordeste, que sofre com seca há sete anos.

“O La Niña tem se manifestado, mas com intensidade fraca, e a tendência é que neste verão seja o fenômeno predominante. Em função do La Niña, a gente prevê chuvas no semiárido já a partir de dezembro. Já temos bastante chuvas no sul do Maranhão e do Piauí. Nas partes oeste e norte da Bahia e em algumas regiões do Ceará, Pernambuco e Paraíba já ocorreram chuvas. Isto é prenúncio de que teremos uma estação diferente do que foi nos últimos cinco anos, que foi de muito seca”, afirmou Cavalcanti.

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FUNDAÇÃO CASA GRANDE MEMORIAL DO HOMEM DO KARIRI COMPLETA 25 ANOS

A Fundação Casa Grande Memorial do Homem Kariri comemora 25 anos de história no dia 19 de dezembro de 2017, em Nova Olinda, no Cariri Cearense. O evento, que acontece a cada ano, desde a origem da entidade, promove a Renovação do Sagrado Coração de Jesus e Maria, momento de confraternização entre as famílias e amigos da instituição.

A Renovação do Sagrado Coração de Jesus e Maria é uma manifestação de fé comum às famílias do Cariri, momento e ato em que familiares e amigos revigoram a ligação com o sagrado, por meio de cânticos, rezas e pedidos com devoção.

Na Casa Grande a solenidade é realizada na sala de entrada, cuja parede frontal transforma-se em um santuário, todo ornamentado com imagens e outros elementos simbólicos da religiosidade, que retratam a fé e evocam a proteção aos moradores e visitantes.

Após os ritos espirituais, a festa se desdobra com o som, ritmo e alegria da Banda de Pifes Cabaçal dos Irmãos Aniceto, que desde os primeiros anos de existência da Casa Grande participa do ato da Renovação. Nesta celebração de 25 anos, junto com os Irmãos Aniceto estarão mais doze grupos de tradição popular da região. 

A história da Casa Grande começa na verdade 10 anos antes de sua fundação, com as andanças do casal de fundadores Alemberg e Rosiane pelo sertão nordestino da Chapada do Araripe. Nessas expedições, vendo, ouvindo e sentindo a mitologia do homem ancestral, documentando as lendas e achados arqueológicos, Alemberg e Rosiane já estavam idealizando o que viria ser a Casa Azul – espaço vivo de criação e produção cultural, que tem a valorização da infância como marca e que guarda fragmentos de memórias atemporais.

A comemoração dos 25 anos acontece de 15 a 20 de dezembro com palestras, shows, e vivências culturais. Na programação destacam-se a realização dos módulos de dois cursos de especialização que estão sendo realizados na Casa Grande: “Especialização em Arqueologia Social Inclusiva”, parceria com a URCA e o Instituto de Arqueologia do Cariri – doutora osiane Limaverde, e também a “Especialização em Gestão Cultural”, parceria com o Itaú Cultural/SP. E ainda o lançamento do livro “Arqueologia Social Inclusiva”, de Rosiane Limaverde, in memoriam, no dia 19 de dezembro, bem como a abertura da Exposição a Menina da Casa da Escadinha, na mesma data.
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FAZENDA ARARIPE, EXU, EM 2018 COMPLETARÁ 150 ANOS

Carros do Mato Grosso do Sul, Tocantins, Piauí, Ceará, Maranhão, Goiás, São Paulo, Espírito Santo e vários outros cantos do Brasil se dirigiram, na manhã desta quarta-feira (13), para uma fazenda emblemática em Exu, no Sertão de Pernambuco, a Araripe. É que ela ainda guarda construções que marcaram a vida de Luiz Gonzaga, como casas nas quais viveram os pais Januário e Santana, a Igreja de São João Batista, a residência do Barão de Exu. Um monumento ainda mostra o local onde nasceu a criança que se tornaria o Rei do Baião, há exatos 105 anos.

A Fazenda Araripe fica a 12 quilômetros de Exu. Envolta de caatinga seca, distante 800 metros da entrada do terreno, leva ao local onde Luiz Gonzaga nasceu, no dia 13 de dezembro de 1912. Era dia de Santa Luzia, mês do Natal, nascimento de Jesus. Daí a explicação do nome escolhido para o caboclinho, Luiz Gonzaga do Nascimento, segundo filho do sanfoneiro Januário e da agricultora Santana. O padre que batizou o menino sugeriu chamá-lo de Luiz por ter nascido no dia de Santa Luzia; Gonzaga porque o nome completo de São Luiz era Luiz Gonzaga; e nascimento, porque dezembro é o mês do nascimento de Jesus.

Ao entrar na única "rua" da Fazenda, com poucas casas em cada lado da via, uma de cor lilás chama atenção. O movimento é tão grande lá dentro quanto nas calçadas, cheias de turistas. Ali viveu Chiquinha Gonzaga, irmã do velho Lua. Hoje, é dona Raimunda de Souza, quem habita o lugar, mais duas filhas e dois netos.

Ela fala, bastante orgulhosa, que seu pai, Jesus de Souza, era primo de Januário. Naquela época, primo de pai era tido como tio. E Santana foi madrinha dela. "Se eles eram boas pessoas? Ave Maria, demais. Eles tinham muita consideração por nós, um povo bom mesmo", lembrou dona Raimunda, monstrando as fotos dos célebres parentes penduradas nas paredes de reboco.

Agora, a lembrança que não sai da mente dela é a da chegada de Gonzagão, em 1946, após anos no Rio de Janeiro. Prestes a completar 18 anos, Luiz fugiu de casa após desavença com a a mãe para o Crato, no Ceará, onde ingressou no Exército. Pulou de quartel em quartel pelo Brasil, até chegar na capital carioca, onde também iniciou sua carreira artística, tocando sanfona. Só quando ingressou na gravadora RCA e tocou no rádio, considerou-se um artista "de verdade". Então, achou que era hora de regressar a Exu.

"Eu lembro como se fosse hoje. Tinha uns 13 anos. Luiz chegou. Eu tava na roça e mãe me buscou, dizendo que era para eu me arrumar. Fui na casa dele, fui apresentada a ele, que tava todo vestido de branco, sentado em um banco de [madeira] bodocó e a sanfona. Foi festa o dia todinho. Só de pensar que ele morreu, encho os olhos de água. Apesar de ser rei, ele tratava todo mundo igual", contou dona Raimunda. 

A cena de Luiz Gonzaga voltando para Exu já era famosa por causa da abertura da música "Respeita Januário", onde o sanfoneiro descreve o retorno. Muita gente também conheceu essa passagem por meio do filme "Gonzaga - De Pai Para Filho", de Breno Silveira. A casa de Januário ainda está na Fazenda Araripe, pintada de amarelo. Muita gente posa para fotos lá.

Os visitantes também registram imagens do casarão do Barão de Exu, que era dono das terras onde a cidade nasceria, no século 19. Ele também construiu a Igreja de São João Bastista, onde os restos mortais dele estão enterrados. A Igreja, inclusive, inspirou Luiz Gonzaga na canção "São João do Carneirinho". No terreno, ainda é possível ver a casa construída para Januário viver a partir de 1951. Hoje, o local é um restaurante.
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PAULO WANDERLEY: O MAIOR COLECIONADOR E ESPECIALISTA NA OBRA DE LUIZ GONZAGA

O paraibano Paulo Wanderley Tomás da Silva é o maior colecionador e especialista na obra de Luiz Gonzaga — músico que conheceu quando era criança. Seu pai era o gerente do banco de Gonzaga em Exu. Também bancário por profissão, ele se tornou um colecionador de tudo o que diz respeito ao Rei do Baião. Reuniu mais 350 discos, catalogou mais de 700 músicas, mais de 3 mil fotografias, 400 revistas, cem DVDs, sete filmes, diversos programas de TV. “Além disso, mandei fazer réplicas das roupas que ele vestia nos shows. Elas já foram até usadas no filme “Gonzaga, de pai para filho”, do diretor Breno Silveira.

Ele foi o maior divisor de águas dentro da música popular brasileira. Introduziu instrumentos e novas sonorizações na MPB. Foi campeão em vendagem de discos. Depois dele, Dalva de Oliveira, Dolores Duran, Orlando Silva e João Gilberto gravaram baiões. Os maiores nomes da MPB — como Maria Bethânia, Gilberto Gil, Gal Costa — todos fizeram referência a Luiz Gonzaga. Se formos para o rock de Raul Seixas, ele dizia que tinha duas referências: Gonzaga e Elvis Presley.

*Gonzaga foi um grande marqueteiro de si mesmo?
Ele inventava e se reinventava. Se formos analisar conceitos atuais de empreendedorismo, os dele tinham aplicação quase perfeita. Tudo na vida dele era marketing. Na vida pessoal, ele era meio descontrolado, um cara generoso. Distribuiu mais de cem sanfonas, algumas das quais estariam custando hoje entre R$ 3 mil e R$ 4 mil. Deu muitas delas, inclusive para o Dominguinhos.

*Esse lado marqueteiro também se estendia às parcerias musicais, não é?
Com certeza. A primeira grande parceria foi com Manoelzinho Araújo, o rei da embolada. Mas Gonzaga era inquieto, e as parcerias ainda não lhe satisfaziam. A indumentária dele também foi mudando com o passar dos anos. Entre os anos 1940 e 1950, o chapéu de couro tinha pedrarias. No início da década de 1970, era branco e cinza. Nos anos 1980 usava um azul, redondinho, bem mais moderno. Gonzaga foi mudando a indumentária. Era tudo parte de sua estratégia de marketing.


Fonte: Leticia Lins-O Globo-2012

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DIA NACIONAL DO FORRÓ: DATA HOMENAGEM AO DIA DO NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA

Hoje, 13 de dezembro, comemoram-se em todo país o Dia Nacional do Forró. A data é uma homenagem ao dia do nascimento do sanfoneiro que o Brasil conheceu – Luiz Gonzaga.

Foi instituído pela Lei nº 11.176, sancionada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em 6 de setembro de 2005, e que teve origem no Projeto de Lei nº 4265/2001, de autoria da deputada federal Luiza Erundina.

Em 13 de dezembro de 2012 o Brasil inteiro comemorou o Centenário de Luiz Gonzaga. A música brasileira deve muito a capacidade criativa deste talentoso artista e à sua sanfona branca , "do povo", como ele mandou gravar certa vez no instrumento.

O Nordeste continuaria existindo caso Luiz Gonzaga não tivesse aterrissado por lá há cem anos. Teria a mesma paisagem, os mesmos problemas. Seria o mesmo complexo de gentes e regiões. Comportaria os mesmos cenários de pedras e areias, plantas e rios, mares e florestas, caatingas e sertões.


Mas faltaria muito para adornar-lhe a alma. Sem Gonzaga quase seríamos sonâmbulos. Ele, mais que ninguém, brindou-nos com uma moldura indelével, uma corrente sonora diferente, recheada de suspiros, ritmos coronários, estalidos metálicos. A isso resolveu chamar de BAIÃO.


Luiz Gonzaga plantou a sanfona entre nós, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.


Fonte: Aderaldo Luciano-professor doutor em ciência da literatura
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VALDI GERALDO, O NEGUINHO DO FORRÓ, EXU, ALEGRIA E BELEZA DO SERTÃO

Sempre é bom lembrar: o grande celeiro de Luiz Gonzaga foi, até o final da carreira, o Nordeste. A cada viagem que fazia pela região descobria um compositor. Em Caruaru, foram Onildo Almeida e Janduhy Finizola; em Sumé, Paraíba, José Marcolino; em Pesqueira, Nelson Valença. Campina Grande, Rosil Cavalcanti.

E em Exu, na sua terra, valdi Geraldo, o
Neguinho do Forró é músico, compositor de quem Luiz Gonzaga gravou a música "Nessa Estrada da Vida" em 1984 no disco, Long Play, Danado de Bom. Neguinho do Forró é um desses talentosos compositores que contribuiram com o reinado de Luiz Gonzaga. 

Valdi é compositor do sucesso da música Nessa Estrada Vida, em parceria com Aparecido José. Ao ouvir a música Luiz Gonzaga teve paixão de primeira, tarimbado, o Lua, sabia quando estava diante de uma riqueza musical, viu que melodia, ritmo e harmonia são frutos do seu Reinado. Gravou. Hoje é uma das músicas mais interpretadas no cancioneiro brasileiro. Recebeu regravações de Dominguinhos, Jorge de Altinho, Waldonis, fiéis discípulos do Rei do Baião.

Com a morte de Luiz Gonzaga, em agosto de 1989, foi também em Valdi Geraldo que o Gonzaguinha, o poeta da resistência, que por centenas de vezes caminhou nas estradas, visitando lugares e construindo sonhos no pé da serra do Araripe pensando em concretizar o projeto do Parque Asa Branca. 

Desde 1999, quando conheci, Valdi Geraldo em Exu, tenho o maior respeito e admiração por este artista. Homem de Bem. Alma de cantador. Ele, não vive comercialmente da música, é funcionário do Ministério da Saúde. Em 2012 lançou um CD, Alegria e Beleza do Sertão, uma das composições mais belas da música brasileira, que se junta aos frutos de criatividade do poeta, diga-se, um dos mais humildes, ou seja, sabe tratar o povo mais simples, assim como tanto pedia Luiz Gonzaga.

Valdi Geraldo está marcado para a eternidade e o Brasil poderia ainda em Vida ser mais grato pela trajetória desse cantor e compositor. Caruaru, Pernambuco, através do pesquisador Luiz Ferreira souberam valorizar o artista e ele, em 2014, recebeu o título troféu Orgulho de Caruaru.

Luiz Gonzaga é citado por todos os compositores como um mestre na arte de sanfonizar as canções. Sanfonizar é um termo criado pelo próprio Luiz Gonzaga. O pesquisador José Teles, afirma que a maioria dos seus parceiros de Luiz Gonzaga não escondem que cederam parceria para o Rei do Baião, porém, geralmente, suavizam a revelação com um argumento: ninguém interpretaria a composição igual a ele. Ou ressaltam o talento de Gonzagão para “sanfonizar” as composições – ou seja, como usava seus dons de arranjador para enriquecê-las.

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JORNALISTA E ESCRITORA PARAIBANA RECEBE TÍTULO DE CIDADÃ SINOPENSE

A jornalista e escritora Maria da Paz Cavalcante Sabino foi agraciada com o Título de Cidadã Sinopense Benemérita, na Sessão desta segunda-feira (11). A homenagem foi proposta pelos vereadores Joaninha e Luciano Chitolina e aprovada por unanimidade.

Natural da Paraíba, Maria da Paz reside em Sinop desde 1995, onde atuou como jornalista no extinto jornal “Diário do Norte” e como correspondente dos jornais A Folha, A Gazeta e Diário de Cuiabá.

Lançou seu primeiro livro intitulado “Contos que conto”, (em 2002); livro “O Mundo Fantástico da Formiga Zaroia”; (2004); livro “Mulheres que fazem História” (2015) – obra esta que traz 23 relatos de mulheres empreendedoras do município; livro “O câncer salvou minha vida”; livro “Homens que fazem História” (2017) – obra esta conta com 37 relatos de pioneiros e empreendedores do município de Sinop. Por este último livro, recebeu moção de aplauso da Câmara Municipal, por sua parcela de contribuição para a preservação histórica e cultural do município, tornando-se a obra fonte de pesquisa do processo de desenvolvimento do município.

Maria da Paz publica a revista bimestral “Saúde em Alta e Estilo”, que se encontra na 40ª edição. Há vários anos também realiza ações de estímulo e fomento à literatura em escolas do município, promovendo rodas de leituras e teatralização com os alunos.

“Essa homenagem representa o nosso reconhecimento pelas grandiosas contribuições da Maria da Paz para o jornalismo, história, literatura e cultura sinopense”, destacou o vereador Joaninha.
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