FRANCISCO FERNANDES E A HORA MAIS SIGNIFICANTE DO RÁDIO: AVE MARIA

Em tempos de visualizar os minutos e horas em tablets, smartphones e uma tecnologia que de certa forma trava os sentimentos mais sublimes. Quando assistimos a inversão de valores morais e culturais no mundo, temos o comunicador Francisco Fernandes, através da Rádio Grande Rio Am, em Petrolina, segundos de riqueza espiritual que fortalece o corpo para as lutas diárias.

Ás 18horas, todos os dias, a voz de Luiz Gonzaga ecoa: "Quando batem ás seis horas! De joelho o sertanejo reza a sua Oração...Ave Maria"...Chico Fernandes, nome artístico faz o gesto: "Benção Mãe! Benção Pai"...Francisco proporciona a família que escuta o Rádio, uma hora de calma e reflexões que são sempre bem vindas, ainda mais, nestes tempos necessários pela conquista da Paz.

Este é um dos momentos mais significativos do Rádio. E logo me vem a mente: "Seis horas, esta é a hora do Angelus. Hora da anunciação. A humanidade esquece por um momento a sua luta inglória, deixa de lado os pensamentos pecaminosos, a perseguição desenfreada dos homens contra os próprios homens e contempla a paz da natureza, uma sombra pálida do olhar de Maria.

Nos templos, nas ruas e nos campos, as preces brotam espontâneas de todos os lares: Esta é a hora do Angelus. A hora da anunciação. Nós vos suplicamos Maria que olheis por nós, vossos filhos ingratos. Dai-nos a graça do arrependimento e a vossa benção materna, porém, mais do que nós, Maria, outros necessitam do vosso apoio, nessa hora. Os que morrem de necessidade, os que blasfemam, os que não crêem. 

Iluminai-os Virgem Santíssima...Olhai para os que perderam a fé. Protegei-os, vislumbrai-os como um relâmpago aos olhos do apóstolo Paulo. Lembrai-vos deles nessa hora, Maria e sede, para todo o sempre, louvada e bendita Ave Maria Cheia de Graças".

Benção Mãe! Benção Pai...



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CULTURA: LUCIANO PEIXINHO RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO DE PETROLINA

Luciano Peixinho Campos, diretor de programação da TV Grande Rio Afiliada da Rede Globo recebe nesta quinta-feira (26) o título de Cidadão Petrolinense. O Título foi aprovado por unanimidade e a data da entrega marca o aniversário do homenageado. A proposta foi do vereador Gabriel Menezes.

Nas redes sociais Luciano Peixinho disse ser "este o maior sonho de qualquer pessoa que chega nessa linda e maravilhosa terra para somar. Muito obrigado a câmara de vereadores de Petrolina e em especial o poeta e vereador Gabriel Menezes autor do projeto. Viva o Sertão, viva a nossa cultura".

Luciano Peixinho é sertanejo, natural de Canudos na Bahia. Veio para Petrolina em 1990. Sempre foi encantado pela cultura brasileira, principalmente a ligada ao cancioneiro de Luiz Gonzaga.

Na justificativa o vereador conta que Luciano Ingressou na TV Grande Rio em 1991, onde adquiriu o desejo de registrar as manifestações culturais pelo sertão pernambucano e, de mostrar ao mundo, que a região não era de vacas magras e solo rachado, e sim, de crescimento e desenvolvimento social, economico, cultural e turístico.

Formado em Marketing e Propaganda e pós-graduado em Metodologia do Ensino na Educação Superior, Luciano Peixinho foi professor de Câmera e Iluminação no SENAC de Petrolina. Atualmente, é Gerente de Programação, Operações e Produção da TV Grande Rio, uma das afiliadas da Globo.

Recentemente Luciano Peixinho esteve na Europa. Na oportunidade fez a direção de um clipe com artistas brasileiros, como o cantor e ex The Voice Brasil, Del Feliz, Flávio Leandro, Elisson Castro e Fabio Carneirinho.

Um dos destaques na carreira profissional de Luciano Peixinho foi em 1999, deu início ao Grande Rio Comunidade, programa que mostrava as belezas e cultura do sertão, ao lado da repórter Mônica Carvalho, produtores Samuel Brito e Ney Vital produzindo diversos documentários que retratavam as manifestações culturais presentes no sertão de Pernambuco.

"Luciano merecidamente receberá o titulo de cidadão petrolinense por ser um apaixonado por Petrolina e região, pelos serviços prestados a cultura e ao vale do São Francisco", finalizou Gabriel Menezes.

Luciano Peixinho em 2006, ganhou o prêmio 'Rede Globo de Jornalismo', na categoria Telejornalismo Comunitário, com a exibição da série “Amor Imperfeito”, que trouxe  à tona, casos de violência contra as mulheres e, com o mesmo trabalho, recebeu no ano seguinte, o “5º Prêmio Tim Lopes”, no Rio de Janeiro, na categoria Direitos Humanos.

Luciano também recebeu o prêmio 'Destaques de Ouro 2016', que homenageia personalidades que se destacaram pela prestação de serviços em suas respectivas áreas. Teve o trabalho tambem reconhecido pelos trabalho na produção da minissérie 'Amores Roubados', gravada nos Sertões da Bahia, Alagoas e Pernambuco e, fez parte do núcleo de produção de arte de Velho Chico, novela com um dos maiores índices de audiência da emissora nos últimos anos.
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POETA CANTADOR FLÁVIO LEANDRO E 25 DE OUTUBRO DATA DE ANIVERSÁRIO

Flávio Leandro faz aniversário no dia 25 de outubro. Nascido em Bodocó, traz no destino a marca da sinceridade, sensibilidade, coragem, determinação, Fé e todo sentimento humano, dos nativos de escorpião.

Flávio Leandro Poeta cidadão do mundo traz no matulão poesia, harmonia, ritmo e melodia. Sentimento tatuado em pés de xique xique, mandacaru, música "zunindo" pura e verdadeira qual as águas do Rio São Francisco e o fole de oito baixos de Januário e 120 baixos de Luiz Gonzaga.

Em cada verso escrito e cantado na voz de Flávio Poeta Danado e Cantador sinto a história caririzeira de Zé Marcolino que imortalizou o sentido da palavra Poeta e Amizade...e assim cantou Zé Marcolino: "Num dia de reboco de casa no sertão do Nordeste é o dia da grande festa, da grande reunião. 

Existe dois tipos de de reboco: o de barro sacudido e aquele que o sujeito passa a colher de pedreiro pra ficar bem lisinha...essa é a casa do sertanejo mais caprichoso. E então o pai de família mais caprichoso só leva a filha para um lugar desses, prá se divertir e gozar do momento mais significativo.

Então prá lá me dirigi para encontrar a mulher amada...na hora da aproximação! Peguei-a na cintura, sai cortando o  chão pelo pé com ela dançando e nessa conversa de esperança a noite passou, lá vinha a madrugada, a barra quebrando, o sol nascendo acabou-se a Festa"...

É isto Flávio Leandro, eu vi, juro que vi na beira do Rio São Francisco o sorriso de Dominguinhos e Luiz Gonzaga, João do Vale e Jackson do Pandeiro, juntos a cantar Parabens Prá Você em nota que o povo sabe.

Feliz Aniversário Poeta..."aí vai ser amor pra mais de duzentos anos pelos meus planos vou fazer uma casinha...com a varanda voltada pro sol nascente...se avexe não se trabalhar ainda for o meu defeito derrubo um eito de estrelas prá te dar! Avante...e vai Frutificando...Obrigado pela tua existência Poeta Cantador Flávio Leandro.

*Ney Vital - Jornalista Pós-graduado em Ensino de Comunicação Social. 
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SAMBA DE VEIO GANHA PREMIO ARIANO SUASSUNA

Reconhecendo, valorizando e incentivando práticas de transmissão de saberes e fazeres da Cultura Popular, o Prêmio Ariano Suassuna chega a sua segunda edição. Nesta terça-feira (24), às 11h, uma cerimônia marca a entrega dos certificados dos vencedores da edição desse ano.

O prêmio se propõe a estimular a escrita dramática e revelar novos dramaturgos: esse ano, foram 68 inscrições (35 em Cultura Popular, 33 em Dramaturgia), advindas de todas as Macrorregiões do Estado, sendo motivado pelo legado de Ariano Suassuna. Do total, dez iniciativas foram premiadas: oito, no segmento de Cultura Popular, e duas, no segmento de Dramaturgia. 

Os vencedores da categoria Mestres e Mestras dos Saberes e Fazeres foram contemplados com R$ 10 mil, cada. Na categoria grupo, o valor do prêmio é de R$ 15 mil. Na área de Dramaturgia, o prêmio para o primeiro lugar é de R$ 10 mil; e R$ 7 mil para o segundo colocado.

A seleção das propostas vencedoras na área de Cultura Popular foi avalizada por uma comissão formada pelos especialistas Francisco Adriano da Costa Souza, José Bezerra de Brito Neto, Débora Fernandes Herszenhut e André Alexandre Mendes Freiras. Na área de Dramaturgia, a análise ficou por conta de Morgana Pessoa, Cristiana Gimenes e Luiz de Assis Monteiro.

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LUCAS CAMPELO E O PROCESSO DE APRENDIZAGEM MUSICAL DE DOMINGUINHOS

Natural de Aracaju (Sergipe), Lucas Campelo é graduado no curso de Licenciatura em Música e mestre em Educação musical pela Universidade Federal da Bahia com o projeto intitulado de “O Processo de Aprendizagem Musical de Dominguinhos na Prática da Sanfona.”

Jovem, o músico trilha uma trajetória profissional de músico e sanfoneiro, Lucas participou de alguns grupos musicais como a Banda Forrodibuteco (2015), Xote Baião (SE) 2015 e Orquestra Sanfônica de Aracaju (SE) 2015/2016. Participou da gravação do DVD da Casaca de couro (2016), Bob Lelis e o Forró gozado (SE) 2016, Joseane de Josa (SE) 2016, Thiago Ruas (SE) 2016,  Crav&Roza (2016).

Foram dois anos de pesquisa sobre o processo de aprendizagem de Dominguinhos. Nesse período, Lucas revela ter percorrido a trajetória de autodidatismo deste, que é um dos grandes ícones da cultura nordestina, herdeiro e continuador do legado de Luiz Gonzaga. “Para entender melhor todos os processos que envolveram esse percurso marcante, entrevistei Anastácia, o filho de Dominguinhos, além de sanfoneiros e músicos que conviveram com ele, inspirado pelo documentário ‘O Milagre de Santa Luzia’”, revela.
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PROFESSOR URBANO ESCREVE: JOSÉ CONDÉ, UM CENTENÁRIO DE LITERATURA

Neste mês de outubro, Caruaru está celebrando o centenário de José Ferreira Condé, um dos seus mais populares escritores.  Filho natural desta cidade, Condé fez parte de uma família tradicional, e estendeu a sua veia literária para membros da família, a exemplo dos próprios irmãos, Elysio e João, fundadores do Jornal das Letras.  

Ao longo de sua carreira de escritor, imprimiu nas letras nacionais a marca caruaruense como nenhum outro fez. Em destaque, Terra de Caruaru, primoroso trabalho que faz narrativas sobre personagens e que tem como pano de fundo a nossa querida Princesa do Agreste.  Recentemente, o historiador Walmiré Dimeron reeditou o clássico livro, ofertando um trabalho primoroso para a área educacional, social e jornalística da região.  

Dois outros trabalhos são destaques nacionais, e migraram dos livros para a Tv e o cinema: “Um Ramo para Luísa” foi roteiro de um filme e também “Pensão Riso da Noite”, publicado em 1966, tornou se minissérie na rede Globo em 20 capítulos, no ano de 1984, com o ator Ney Latorraca e grande elenco.  Na ocasião, recebeu o título de “Rabo de Saia”.  Tempos depois, o mesmo livro teve o enredo filmado por outro canal, desta feita a Tv Cultura, que denominou “As Aventuras Amorosas de Seu Quequé”, agora interpretado pelo ator Osmar Prado. 

Ambos trabalhos audiovisuais contam a história do personagem Ezequias Lins, exímio caixeiro viajante que tem 3 esposas em 3 cidades diferentes, e uma prole de 7 filhos.A beleza dos cenários nordestinos, o cuidado com o sotaque, o figurino da época são detalhes que engradecem a referida obra literária.  Outro aspecto importante foi a homenagem feita pelo Prefeito à espoca, senhor Anastácio Rodrigues, que construiu e nominou Casa de Cultura José Condé, a primeira no interior do Estado a ser projetada para abrigar a cultura e identidade regional, com todo o capricho que ambas merecem. 

A inauguração foi no ano de 1973, como homenagem póstuma ao referido escritor que nos deixou precocemente, aos 53 anos de idade.  Naquele espaço funcionam Biblioteca, Auditório, Sala de Exposições e local para estudos.  No século XX, Anastácio é reconhecido como o gestor municipal que mais investiu para o fortalecimento e propagação da educação e cultura em Caruaru. Um exemplo a ser seguido.  

O referido gestor me disse pessoalmente que conseguiu junto ao governador da época, a doação da área hoje denominada Parque 18 de Maio, para ser transformada em um parque ambiental multicultural, a exemplo do Ibirapuera, na cidade de São Paulo.  Planos de gestores que o sucederam desviaram dessa finalidade, adaptando a área para abrigar a tradicional e secular Feira de Caruaru.     

Durante toda a semana de celebração do Centenário Condé, houve uma série de acontecimentos de iniciativa de Walmiré Dimeron, como presidente do Instituto Histórico, e o professor e doutor Edson Tavares, autor do livro “O Nome do Autor”, fruto de profunda pesquisa da vida e obra do citado personagem caruaruense.  A senhora Vera Condé, filha e herdeira do mestre literário, veio para Caruaru para tomar parte em todas as merecidas homenagens ao ilustre genitor.  Parabéns aos Condés e o nosso agradecimento pelo fortalecimento da nossa literatura, mostrando coisas de nossa gente e o valor dos nossos literários.  Viva José Condé!

Fonte: Professor José Urbano

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MARCUS ACCIOLY UM MARCO DA POESIA CONTEMPORÂNEA

Quando foi lançado, em 1971, “Nordestinados” angariou fãs renomados para o poeta pernambucano Marcus Accioly. “Poeta do povo nordestino, poeta da minha predileção”, escreveu o baiano Jorge Amado. “Grande poeta (...) Poeta - repita-se -, dentre os maiores produzidos pelo Brasil”, elogiou Gilberto Freyre. Em 2016 foi lançada a quarta edição do livro, comemorativa aos 45 anos de publicação da obra, com sessão de autógrafos e cantoria. O CD “Nordestinados - a poesia de Marcus Accioly com música de César Barreto” acompanha cada exemplar.

Na oportunidade Marcus declarou que esse foi o segundo livro lançado, o primeiro premiado pelo Recife das Humanidades e também o primeiro a ser lançado fora do Recife (no Rio, pela editora Tempo Brasileiro.

As histórias ocorrem na Mata-Seca e na Mata Úmida, nos engenhos Laureano e Jaguabara. “Se vê na Mata-Úmida/ Casas-canavieiras:/ De barro-massapê/ E folhas de palmeiras”, canta o poeta na obra que traz Agreste e Sertão. Os versos fazem parte de um mundo que els quis, contraditoriamente, preservar e destruir: preservar através do menino-particular e destruir diante do homem-plural que, à semelhança da cana-de-açúcar, vem sendo espremido de todo sangue, até seu bagaço humano, pela tradição”.

O CD, também relançado pela Bagaço, traz 12 faixas, todas compostas por Accioly e César Barreto: “Cego Aderaldo”, “Pedra sobre pedra”, “Meninos-caranguejos”, “O Sertão”, “Gemedeira”, entre outras.

“Pertencendo ao grupo de escritores e artistas nordestinos que, dos anos 1960 para cá, têm mergulhado nas raízes populares, de origem íbero-lusitana, latentes nos Romanceiros e Cancioneiros, na Literatura de Cordel e nas Cantorias, na Música, nas Gravuras e Esculturas primitivas, Marcus Accioly é dos poetas que hoje tentam recuperar a poesia em sua natureza primitiva: a palavra que nasceu do canto e se perpetua na voz popular”, escreve Nelly Novaes Coelho, ensaísta, crítica literária e professora, no prefácio de “Nordestinados”. Este livro se destaca, mais de 40 após seu lançamento, como uma das mais importantes diretrizes da poesia regional contemporânea, e não oferece só paisagem, mas o homem e sua realidade.

E neste outubro o Brasil e o mundo perdeu o Poeta...Marcus Morais Accioly, mais conhecido como Marcus Accioly, morreu neste sábado (21), aos 74 anos. Bacharel em Direito, Accioly se tornou membro da Academia Pernambucana de Letras (APL) no ano 2000, chegando a ocupar a cadeira 19, deixada por João Cabral de Melo Neto.


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