PROJETO SOLDADINHO DO ARARIPE LANÇA CAMPANHA PARA EVITAR EXTINÇÃO

Com o objetivo de ajudar o soldadinho-do-araripe a sair do risco de extinção, aumentando assim sua qualidade de vida, a campanha “Deixa que eu cuido”, realiza um evento de lançamento na próxima sexta-feira (13), às 20h, durante a Feira Cariri Criativo, na RFFSA, em Crato.

Símbolo do Cariri, o soldadinho-do-araripe é uma ave que se destaca pela sua beleza e canto singular, porém, essa não é a sua única particularidade. A ave compõe a lista de animais mais ameaçados do mundo. A campanha “Deixa que eu cuido”, tem o apoio do Projeto Soldadinho-do-Araripe da Aquasis, tem como principal objetivo alertar a comunidade caririense sobre o risco de extinção que o Soldadinho-do-Araripe se encontra. 

A campanha consiste em unificar empresas para preservação do meio ambiente da região. Através de parceria com as companhias de luz (ENEL) e água (SAAEC) ,as pessoas poderão realizar doações para o Projeto Soldadinho-do-Araripe a partir de uma pequena quantia adicionada à fatura das contas de água e luz.

O​ ​Soldadinho-do-Araripe Descoberto em 15 de setembro de 1996, pelos pesquisadores Galileu Coelho e Weber Girão, na fonte do Farias em Arajara, em Barbalha (CE), região Nordeste do Brasil, o soldadinho-do-araripe é a única ave que é exclusiva da região do Cariri. A ave está na Lista Internacional e Nacional de Espécies Ameaçadas na categoria “Criticamente em Perigo”. 

Para preservar a ave, foi fundado o Projeto Soldadinho-do-Araripe em 2003, liderado por Weber, com o intuito de impedir a extinção da espécie. A equipe do Projeto é responsável pelo monitoramento quantitativo e ações de intervenção no ecossistema para melhorar o habitat do soldadinho-do-araripe e conscientização da população para preservação da espécie.

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ONDE HÁ LUTA CONTRA TODA FORMA DE INJUSTIÇA, CHE GUEVARA VIVE!

Podemos pensar no mundo a partir das condições de vida que são apresentadas para nos fazermos potentes em nossos ideais e em nossos sonhos. O período histórico profundamente grave em que vivemos, em que se recolocam e aprofundam toda forma de injustiça, requer que os defensores desse estado de coisas se especializem em coagir qualquer pessoa que se rebele contra os senhores do mundo e seus interesses.

É necessário nos sacudirmos e nos livrarmos a todo momento das teias da indiferença, da resignação, da intolerância, do ódio. Somos instados a nos curvar diante da potência infame daqueles que exploram nosso povo de forma brutal e querem acreditar e nos fazer acreditar que humilham nossas lutadoras e lutadores.

Nossos inimigos, aqueles que contam seu enriquecimento diário aos milhares, aos milhões, fingem se inconformar com os problemas do mundo: “quanta incompetência e ineficiência!” - não cansam de repetir os magnatas do mundo empresarial e financeiro. Ao mesmo instante em que isso é afirmado, já abocanham mais alguns milhões na sociedade transformada em cassino. 

No jogo do mercado, aparentemente asséptico e quase neutro para alguns, os ganhos se dão em cima de mais miséria e sofrimento humano. E um dos principais desafios das classes dominantes é o de convencer sobre a aceitabilidade e o caráter privado do sofrimento socialmente determinado. “Se preocupe com você mesmo e cuide do seu sofrimento!”

Nestes dias, celebramos a morte de alguém que é símbolo de um tipo de existência que “diz” com a própria vida, e com a própria morte, que viver em conivência às injustiças e bajulando os reis da tirania, os heróis do capitalismo, é viver indignamente. 

O exemplo de Che foi acima de tudo o de mostrar que o conforto, a adequação à ordem das agradáveis sensações bem compradas, com prazeres bem postos por consumo e por status, distorcem o real sentido da existência humana. “Essa vida” nos mostrou que é possível ampararmo-nos na indignação e que podemos sempre, cotidiana e extraordinariamente, fazermos de nossa indignação potência. Assim, e só assim, a vida se confunde com o trabalho e o sentimento de transformar e estar no mundo.

Che sabia que herdamos um mundo com muita riqueza. A humanidade aprendeu a usar de várias formas de energia, a manipular e mesmo criar diferentes materiais e conhecemos muito dos ciclos naturais. Mas todas essas conquistas, frutos de toda a evolução desde os que primeiro foram tendo a possibilidade de organizar seu papel no mundo (que nem esses humanos que conhecemos por sinal eram), estão sendo malditas por um sistema que se especializa em utilizar irracionalmente a energia e tudo o que a natureza dispõe, tendo instaurado o desperdício como necessidade e a degradação do mundo como regra. Che também percebeu que a utilização e descarte das vidas humanas, em exploração, indiferença, sofrimento e morte, também foi sempre uma necessidade crescente do capitalismo.

Nesse momento, personagens políticos prepotentes, cínicos e ignorantes ganham espaço para apresentarem saídas que radicalizam a forma dominante de tratar os problemas do mundo. Os que também concordam com o status quo, mas acham que o aprofundamento do capitalismo tem de vir com estabilidade política estão desmoralizados, e não poderia ser diferente.

Diante de um impasse histórico da envergadura do que vivemos há anseio por saídas que se propõem a ir à raiz dos problemas, legitimando ou questionando com tenacidade os problemas sociais. Com o agravamento dos conflitos de classe, estão colocadas formas de violência distintas: de um lado, aqueles que querem resolver os problemas violentando ainda mais os pobres e a natureza, criando um mundo de intolerância, medo e resignação à miséria e a toda sorte de sofrimento social; de outro, estão aqueles que se dispõem a frutificar seus anseios de justiça em toda forma de luta por direito e dignidade. Estes últimos têm aprendido que desmascarar os vigaristas bilionários e todo o seu séquito é e será a atitude mais reprovável, a violência mais inadmissível existente para as classes dominantes. 

Che levou ao paroxismo a luta contra as injustiças. Compreendeu o absurdo das relações humanas de seu tempo, de nosso tempo, sugerindo e ensinando que a organização popular contra a exploração tem consequência prática e revolucionária.

Abreviar cronologicamente a vida significou para o nosso companheiro latino-americano, e símbolo de rebeldia dos povos oprimidos do mundo, preencher de vida a história. Por isso, onde há luta contra toda forma de injustiça, Che vive!

Fonte: Potiguara Lima é educador.

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CARIRI CANGAÇO TERÁ INÍCIO EM FLORESTA NESTA QUINTA-FEIRA 12

O professor sociólogo Stuart Hall, pesquisador da área de estudos sociais apontou  que a questão da identidade está sendo extensamente discutida na teoria social. Em essência os argumentos são os mais diversos e complexos. Novas identidades vem fragmentando o indivíduo moderno.

Discute-se assim a chamada  "crise de identidade". Crise vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social.

Stuart Hall dialoga também que a identidade cultural surge a partir da noção de pertecimento, associada a memória, etnias, raciais, linguísticas, religiosas e acima de tudo nacionais. Já Habermas diz que "saber do que se fala sempre ajuda; de resto, se se trata do problema de legitimidade, é preciso sabê-lo de modo particularmente exato".

A lembrança dessas frases e dos estudiosos da comunicação e da cultura, frases sábias me veio a cabeça quando da participação do evento Cariri Cangaço 2017, realizado em Exu e Serrita, Pernambuco, entre os dias 20 a 23 de julho. Conferências, visitas técnicas, debates, o diálago com referência a vida e obra de Lampião e Luiz Gonzaga marcaram a essencia do encontro.

Dessa vez o encontro está marcado para acontece no município de Floresta, Pernambuco, entre os dias 12 e 15.

Parabenizo Manoel Severo, curador do evento. Severo um defensor da cultura com capacidade de liderar uma equipe de valentes e valiosos cangaceiros da cultura. Cangaceiros culturais do bom combate. Na condição de convidado (serei sempre muito grato) impressionou-me a tarefa dos membros do Cariri Cangaço a missão de serem ousados. Ousadia de enfrentar a crise cultural e mostrar a riqueza de valores da cultura brasileira/universal.

Escutar e olhar a Cecília do Acordeon e Pedro Lucas Feitosa é saber do significado da esperança de um mundo melhor. Cecilia e Pedro Lucas são crianças que tem a identidade de sanfona.  Possuem o sentimento da terra, região. Corações tão puros e um futuro que deve ter como base os estudos e a educação para quando chegarem a maturidade e tempo adulto estarem prontos e preparados para enfrentar novos desafios em defesa da cultura. 

Manoel Severo, Conselheiros e membros do Cariri Cangaço clamam o mais alto possível pela valorização da cultura e exigem respeito ao legado histórico cultural. 

No Cariri Cangaço existe a ousadia da resistência aos valores mais nobres da cultura: o talento, o abraço e o sorriso.

Portanto, ao participar do Cariri Cangaço ninguém sai impune. Conviver com os cangaceiros da cultura é ganhar mais inteligência, engenho e arte. Eles tem a magia da valorização da memória e da cultura na alma.

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DISCOS DE VINIL, REVISTAS DE 1952 E RARIDADES CULTURAIS

Discos de Vinil, Rádios, Feira das cidades do interior. Três paixões que tenho. Coloquei aqui dois discos selos originais, raros, estes fazem parte da minha coleção de Música, vida e obra de Luiz Gonzaga. Detalhe: percebam escrita Rosil, data 10-07-1967, ele perterceu a Rosil Cavalcanti, parceiro, compositor de Luiz Gonzaga e de Jackson do Pandeiro. O que impressiona? No dia 10 de julho de 1968 Rosil Cavalcanti morreu. Percebam o valor das datas...a assinatura é exatamente um ano antes dele falecer!

Rosil Cavalcanti é o autor de centenas de clássicos da música brasileira. Sebastiana, Aquarela Nordestina, Saudade de Campina Grande, Amigo Velho, Faz Força Zé...Rosil de Assis Cavalcanti nasceu em Macaparana, Pernambuco.  Eu tive a honra de conhecer na década de 90, a viúva de Rosil, Maria das Neves-Dona Nevinha...

A capa desse disco vinil consta no livro biografia do músico pernambucano Rosil Cavalcanti. O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba: Andanças de Rosil Cavalcanti”, de  Rômulo Nóbrega e José Batista Alves, tem prefácio de Agnello Amorim.
Radialista, humorista, percussionista e compositor, Rosil Cavalcanti era radicado na Paraíba, foi autor de obras clássicas da música  brasileira, na voz de Jackson do Pandeiro, Marinês e Luiz Gonzaga, dentre outros intérpretes nacionais.

A biografia de Rosil Cavalcanti foi lançada em 2015 uma homenagem ao seu centenário de nascimento, 47 anos depois de sua morte, em 1968, aos 53 anos de idade, em Campina Grande, onde viveu a maior parte de sua vida e se projetou no Brasil.

O livro “Pra Dançar e Xaxar na Paraíba”, 444 páginas, editado pela gráfica Marcone, é enriquecido com vasta iconografia do biografado, suas fotos desde a infância, juventude, a vida de casado, em programa de rádio no papel do famoso personagem Capitão Zé Lagoa, além de imagens de Rosil com colegas de trabalho, artistas, músicos, suas caçadas e pescarias, capas e selos de discos.

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SERRA TALHADA PROMOVERÁ ENCONTRO NORDESTINO DE XAXADO

A Fundação Cultural Cabras de Lampião (Ponto de Cultura) promoverá o 13º Encontro Nordestino de Xaxado, que acontecerá entre os dias 01 a 05 de novembro, na Estação do Forró.

O evento, realizado desde 2002, é um dos mais importantes do interior do estado e reúne grupos para apresentações, além de Oficinas de danças, palestra sobre Patrimônio, feira de artesanatos da região, mostra de comedoria sertaneja, apresentações musicais, passeio turístico ecológico ao Sítio Passagem das Pedras (onde nasceu Lampião) e a Fazenda Pedreira (do primeiro inimigo de Lampião, Zé Saturnino) e o Baile Perfumado, no Clube da Fazenda São Miguel, com Assisão.

Esse ano o Encontro Nordestino de Xaxado, terá como tema, o bicentenário da Revolução Pernambucana e 120 anos de nascimento de Lampião. A Estação do Forró, principal polo de apresentações, está instalado o Museu do Cangaço, o Parque de Esculturas Ronaldo Aureliano e a Academia Serra-talhadense de Letras. 
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ANUNCIADO SARAIVA DEFENDE QUE LUIZ GONZAGA DEVERIA SER DISCIPLINA EM SALA DE AULA

Anunciado Saraiva é  um conhecedor e utilizador das mais variadas técnicas e ferramentas de desenho. Nascido em Barbalha, Ceará, porém faz questão de registrar que é criado em Exu, terra de Luiz Gonzaga.

"Comecei a criar artes há 10 anos, por diversão, e acabei me apaixonando pela cultura gonzagueana, dai passei a criar artes em seu nome, hoje, 90% de tudo que eu crio é sobre o Gonzagão e seus seguidores", conta o advogado Anunciado Saraiva.

Um dos trabalhos mais usados no universo de Luiz Gonzaga é a criação da marca, do símbolo não oficial dos 100 anos. "O processo de comunicar visualmente utilizando imagens e textos para apresentar informação utiliza de habilidades de desenho, estética, tipografia, artes visuais e diagramação", conta o advogado que  expressa o valor de Luiz Gonzaga nas horas dedicadas a cultura.

O trabalho usado por Anunciado é um processo técnico e criativo para comunicar idéias, mensagens e conceitos. Batizado e amadurecido no século 20, é hoje o design gráfico a atividade projetual mais disseminada no planeta. Com objetivos comerciais ou de fundo social.

Segundo Anunciado Saraiva, Luiz Gonzaga é um ícone da música popular brasileira, "foi ele que levou o nome e os problemas do sertão para o Brasil e para o mundo, foi ele que abriu portas para o nordeste, cantando e decantando o seu povo, o sofrimento, as súplicas, sempre cantando músicas de cunho político, criticando os nossos governantes que insistiam em manter os olhos fechados para o Nordeste".

"Quero acrescentar a falta de divulgação da cultura gonzagueana aos jovens em especial, na minha opinião, deveria haver uma disciplina na rede municipal exuense sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga, garantindo assim que nossos jovens, que não conheceram Luiz Gonzaga, possam desfrutar um pouco da riqueza que esse nome traz", finalizou Anunciado Saraiva.
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VARZEA ALEGRE, CEARÁ: A TERRA DE JOSÉ CLEMENTINO, FRANZÉ SOUSA, JURANI E PROFESSOR CÍCERO

Varzea Alegre, Ceará, completa nesta terça-feira, 10 de outubro, 147 anos de Emancipação Política. Isto faz lembrar o saudoso José Clementino, o Parceiro de composição de Luiz Gonzaga. Zé Clementino teve a vida biografada pelo jornalista e escritor cearense Jurani Clementino. O compositor José Clementino do Nascimento conheceu o Rei do Baião na cidade do Crato, no estado do Ceará, na década de 1960. 

Varzea Alegre é a terra também de três grandes amigos e irmãos: do radialista Franzé Sousa, professor Cicero Antonio e Jurani Clementino. Franzé atualmente trabalha no sistema Som Zoom Sat de rádio e na Tv Verde Vale. Cícero um dos melhores agrônomos desse Brasil. e Jurani professor lá em Campina Grande-Paraíba. Todos comprometidos com a função social.

“Zé Clementino, o ‘matuto’ que devolveu o trono ao Rei” é o livro escrito pelo meu amigo jornalista Jurani Clementino. Jurani conta que escreveu o livro ao perceber a a participação importante de Zé Clementino na história do Rei do Baião. Até hoje, o parceiro de trabalho de Luiz Gonzaga não foi citado nas biografias e nem nas histórias contadas sobre o sanfoneiro, cantor e compositor.

“O objetivo do livro é evidenciar o compositor nas biografias de Luiz Gonzaga, por exemplo, Humberto Teixeira e Zé Dantas são citados, mas Zé Clementino não é, inclusive nas biografias de Exu”, explica o escritor. 

Na época em que conheceu Luiz Gonzaga, o compositor José Clementino ofereceu algumas composições que tinha feito, mas Gonzaga não se animou em firmar parceria com o artista cearense. Tempos depois, o cantor pediu ao compositor que fizesse uma música falando sobre os integrantes das bandas que estavam na mídia na década de 1960 e o que eles tinham em comum. Os Beatles, da Inglaterra, e a Jovem Guarda, movimento musical brasileiro, inspiraram o compositor.

Os cabelos sempre longos dos artistas dessas bandas levaram Zé Clementino a compor a música ‘Xote dos cabeludos’, que foi uma espécie de protesto de Gonzagão, que tinha sido deixado de lado naquele momento. A música faz os holofotes se voltarem para o Rei do Baião novamente.

“Depois que grava o Xote em 1967, Gonzaga volta assustadoramente a tocar nas rádios, no verão de 1968 foi a música mais tocada em todas as rádios do Brasil e traz Gonzaga de volta ao cenário midiático; foi um novo momento na vida dele”, ressalta Jurani. 

Em seguida, uma parceria é formada entre Luiz Gonzaga e Zé Clementino e o cantor grava várias músicas do compositor como ‘O jumento é nosso irmão’, ‘Apologia ao jumento’, ‘Sou do banco’ e ‘Capim Novo’, canção utilizada na abertura da novela da Rede Globo Saramandaia na primeira versão.

Jurani conta que Zé Clementino é seu parente distante, era primo da sua avô e que não encontrou dificuldades para produzir a obra. “Não tive dificuldades porque havia a necessidade de reparar o não aparecimento de Zé Clementino na vida de Gonzaga e também mostrar sua importância. A família dele me deu todo o apoio na produção da obra”, afirma o escritor.

O livro já merece uma 2º Edição...tenho dito...
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