SERRA TALHADA PROMOVERÁ ENCONTRO NORDESTINO DE XAXADO

A Fundação Cultural Cabras de Lampião (Ponto de Cultura) promoverá o 13º Encontro Nordestino de Xaxado, que acontecerá entre os dias 01 a 05 de novembro, na Estação do Forró.

O evento, realizado desde 2002, é um dos mais importantes do interior do estado e reúne grupos para apresentações, além de Oficinas de danças, palestra sobre Patrimônio, feira de artesanatos da região, mostra de comedoria sertaneja, apresentações musicais, passeio turístico ecológico ao Sítio Passagem das Pedras (onde nasceu Lampião) e a Fazenda Pedreira (do primeiro inimigo de Lampião, Zé Saturnino) e o Baile Perfumado, no Clube da Fazenda São Miguel, com Assisão.

Esse ano o Encontro Nordestino de Xaxado, terá como tema, o bicentenário da Revolução Pernambucana e 120 anos de nascimento de Lampião. A Estação do Forró, principal polo de apresentações, está instalado o Museu do Cangaço, o Parque de Esculturas Ronaldo Aureliano e a Academia Serra-talhadense de Letras. 
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ANUNCIADO SARAIVA DEFENDE QUE LUIZ GONZAGA DEVERIA SER DISCIPLINA EM SALA DE AULA

Anunciado Saraiva é  um conhecedor e utilizador das mais variadas técnicas e ferramentas de desenho. Nascido em Barbalha, Ceará, porém faz questão de registrar que é criado em Exu, terra de Luiz Gonzaga.

"Comecei a criar artes há 10 anos, por diversão, e acabei me apaixonando pela cultura gonzagueana, dai passei a criar artes em seu nome, hoje, 90% de tudo que eu crio é sobre o Gonzagão e seus seguidores", conta o advogado Anunciado Saraiva.

Um dos trabalhos mais usados no universo de Luiz Gonzaga é a criação da marca, do símbolo não oficial dos 100 anos. "O processo de comunicar visualmente utilizando imagens e textos para apresentar informação utiliza de habilidades de desenho, estética, tipografia, artes visuais e diagramação", conta o advogado que  expressa o valor de Luiz Gonzaga nas horas dedicadas a cultura.

O trabalho usado por Anunciado é um processo técnico e criativo para comunicar idéias, mensagens e conceitos. Batizado e amadurecido no século 20, é hoje o design gráfico a atividade projetual mais disseminada no planeta. Com objetivos comerciais ou de fundo social.

Segundo Anunciado Saraiva, Luiz Gonzaga é um ícone da música popular brasileira, "foi ele que levou o nome e os problemas do sertão para o Brasil e para o mundo, foi ele que abriu portas para o nordeste, cantando e decantando o seu povo, o sofrimento, as súplicas, sempre cantando músicas de cunho político, criticando os nossos governantes que insistiam em manter os olhos fechados para o Nordeste".

"Quero acrescentar a falta de divulgação da cultura gonzagueana aos jovens em especial, na minha opinião, deveria haver uma disciplina na rede municipal exuense sobre a vida e obra de Luiz Gonzaga, garantindo assim que nossos jovens, que não conheceram Luiz Gonzaga, possam desfrutar um pouco da riqueza que esse nome traz", finalizou Anunciado Saraiva.
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VARZEA ALEGRE, CEARÁ: A TERRA DE JOSÉ CLEMENTINO, FRANZÉ SOUSA, JURANI E PROFESSOR CÍCERO

Varzea Alegre, Ceará, completa nesta terça-feira, 10 de outubro, 147 anos de Emancipação Política. Isto faz lembrar o saudoso José Clementino, o Parceiro de composição de Luiz Gonzaga. Zé Clementino teve a vida biografada pelo jornalista e escritor cearense Jurani Clementino. O compositor José Clementino do Nascimento conheceu o Rei do Baião na cidade do Crato, no estado do Ceará, na década de 1960. 

Varzea Alegre é a terra também de três grandes amigos e irmãos: do radialista Franzé Sousa, professor Cicero Antonio e Jurani Clementino. Franzé atualmente trabalha no sistema Som Zoom Sat de rádio e na Tv Verde Vale. Cícero um dos melhores agrônomos desse Brasil. e Jurani professor lá em Campina Grande-Paraíba. Todos comprometidos com a função social.

“Zé Clementino, o ‘matuto’ que devolveu o trono ao Rei” é o livro escrito pelo meu amigo jornalista Jurani Clementino. Jurani conta que escreveu o livro ao perceber a a participação importante de Zé Clementino na história do Rei do Baião. Até hoje, o parceiro de trabalho de Luiz Gonzaga não foi citado nas biografias e nem nas histórias contadas sobre o sanfoneiro, cantor e compositor.

“O objetivo do livro é evidenciar o compositor nas biografias de Luiz Gonzaga, por exemplo, Humberto Teixeira e Zé Dantas são citados, mas Zé Clementino não é, inclusive nas biografias de Exu”, explica o escritor. 

Na época em que conheceu Luiz Gonzaga, o compositor José Clementino ofereceu algumas composições que tinha feito, mas Gonzaga não se animou em firmar parceria com o artista cearense. Tempos depois, o cantor pediu ao compositor que fizesse uma música falando sobre os integrantes das bandas que estavam na mídia na década de 1960 e o que eles tinham em comum. Os Beatles, da Inglaterra, e a Jovem Guarda, movimento musical brasileiro, inspiraram o compositor.

Os cabelos sempre longos dos artistas dessas bandas levaram Zé Clementino a compor a música ‘Xote dos cabeludos’, que foi uma espécie de protesto de Gonzagão, que tinha sido deixado de lado naquele momento. A música faz os holofotes se voltarem para o Rei do Baião novamente.

“Depois que grava o Xote em 1967, Gonzaga volta assustadoramente a tocar nas rádios, no verão de 1968 foi a música mais tocada em todas as rádios do Brasil e traz Gonzaga de volta ao cenário midiático; foi um novo momento na vida dele”, ressalta Jurani. 

Em seguida, uma parceria é formada entre Luiz Gonzaga e Zé Clementino e o cantor grava várias músicas do compositor como ‘O jumento é nosso irmão’, ‘Apologia ao jumento’, ‘Sou do banco’ e ‘Capim Novo’, canção utilizada na abertura da novela da Rede Globo Saramandaia na primeira versão.

Jurani conta que Zé Clementino é seu parente distante, era primo da sua avô e que não encontrou dificuldades para produzir a obra. “Não tive dificuldades porque havia a necessidade de reparar o não aparecimento de Zé Clementino na vida de Gonzaga e também mostrar sua importância. A família dele me deu todo o apoio na produção da obra”, afirma o escritor.

O livro já merece uma 2º Edição...tenho dito...
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Documentário Clara Nunes, uma das maiores cantoras da música brasileira

De cantora de bolero no interior de Minas Gerais a diva do samba no Rio de Janeiro, Clara Nunes se imortalizou como uma das maiores artistas brasileiras. De vestido branco, com sua cabeleireira vasta e tiaras de conchas e flores na cabeça, ela própria narra sua história no documentário Clara Estrela, dos realizadores Susanna Lira e Rodrigo Alzugui.

O documentário é resultado de um minucioso trabalho de pesquisa e traz cenas inéditas, como a apresentação da cantora na Suécia, na década de 1970. Em outras passagens, Clara Nunes revela suas raízes, desde sua saída de Paraopeba – cidade próxima a Belo Horizonte – até se tornar intérprete de compositores como Cartola e de Candeia. Ela também narra a influência das religiões afro em sua obra. Candeia, aliás, é autor de O mar serenou, uma das músicas mais executadas de Clara até hoje, passados mais de 30 anos de sua morte. Clara faleceu prematuramente, por uma complicação após uma cirurgia de varizes.

Clara Nunes era umbandista. A direção optou por um documentário em primeira pessoa, sem entrevistas com artistas contemporâneos ou biógrafos. A diretora Susanna Lira explicou que, diante do vasto acervo audiovisual, seria importante deixar a própria se apresentar, sobretudo às novas gerações.

“Achamos que, primeiro, íamos dar voz a uma pessoa que morreu há três década, da forma mais próxima a que ela usaria para contar a própria história”, disse. “Se alguns fatos [sobre sua vida] não estão no filme é porque ela não mencionou, então [não queria falar sobre isso], a gente não colocou. O resultado é bem poético”, define.

Quando não é a própria Clara quem comenta sua vida em inúmeras entrevistas dadas a emissoras de TV e rádio ao longo dos anos, a atriz Dira Paes é quem interpreta a cantora em alguns trechos. A escolha de Dira foi feita para dar ainda mais peso à brasilidade da cantora, explicou Susanna Lira. “Clara representava essa mulher que vinha do interior para a cidade grande, o que é o caso da própria Dira, que tem uma trajetória semelhante, por ter vindo do Pará”, justificou.

Apesar do vasto material disponível, Clara Nunes, que rompeu paradigmas na indústria fonográfica e chegou a vender mais de 100 mil cópias, não tinha sido retratada em um documentário até hoje. Para os realizadores, essa foi também uma oportunidade de misturar passado e presente.

Susanna conta que o que mais a surpreendeu fazendo o filme foi perceber o quanto Clara Nunes é atual. “Já naquela época ela falava sobre empoderamento da mulher, a importância da mulher trabalhar, ser independente, sobre intolerância religiosa, sobre o respeito à fé do outro”, destacou.

“Esse é um filme sobre uma paixão”, contou a documentarista Emilia Silveira. “Ele era um grande escritor e jornalista. Seu livro mais famoso, o Quarup, marcou minha vida, minha juventude”, completou Emilia, que também é autora do filme Galeria F. Ela juntou o centenário de Callado com os 50 anos do romance Quarup para abordar a vida e a obra do artista.

Fonte: Amanda Cieglinski
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CARUARU: ESPAÇO CULTURAL ASA BRANCA PROMOVERÁ O ENCONTRO NACIONAL DE GONZAGUEANOS 2017

Luiz Gonzaga e Luiz Ferreira
Caruaru, no Agreste Pernambuco, possui o título de Capital do Forró. O Espaço Cultural Asa Branca do Agreste é considerado "a verdadeira Academia Gonzagueana". O espaço foi idealizado pelo diretor, pesquisador Luiz Ferreira. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudioso, admiradores e especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga, os gonzagueanos, como também são conhecidos.

Este ano o evento acontecerá no dia 11 de novembro no Espaço Cultural Asa Branca, localizado no bairro Kennedy. Luiz Ferreira promove o encontro para homenagear compositores, cantores e personagens ligados a vida e obra de Luiz Gonzaga. Todo ano é entregue o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012.

O Grande Encontro dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

O Encontro dos Gonzagueanos é realizando anualmente desde 2012, sempre na segunda semana de Novembro sendo coordenado pelo diretor do Espaço Cultural e promovida pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste. O evento tem o apoio do Lions Clube Vila Kennedy.

Este ano já confirmaram presença representações Gonzagueanos dos 9 estados do Nordeste, além de Minas Gerais e Rio de Janeiro.

No dia 11 de Novembro os escolhidos para receber o Troféu Luiz Gonzaga Orgulho de Caruaru são:
01° Cylene Araújo – Cantora, escritora e Apresentadora – Recife/PE
02° Dorgival Melo – Empresário e Diretor do Lions – Caruaru/PE
03° General Juraszek – Ex-Comandante Militar do Nordeste e residente em Curitiba/PR  
04° Ivan Ferraz – Cantor, Compositor e Apresentador – Recife/PE
05° Jota Sobrinho – Farmacêutico Bioquímico, Cantor, Compositor e Radialista – Feira /BA
06° Juan Marques – Farmacêutico Bioquímico, Historiador e Radialista  – Cedro/CE
07° Juarez Majó – Cantor e Vocalista dos Caçulas do Baião – Tacaratú/PE
08° Maciel Muniz  - Jornalista e escritor – Divinópolis/MG
09° Pedro Sampaio – Poeta e Radialista – Fortaleza/CE
10° Reginaldo Silva – Museólogo – Juazeiro do Norte/CE
11° Romulo Nóbrega – Escritor, Pesquisador e Historiador – Campina Grande/PB
12° Roberto Magalhães – Ex-Governador de Pernambuco – Recife/PE
13° Valmir Silva – Cantor e Compositor – Caruaru/PE

Até o ultimo evento realizado em 2016 foram entregues o troféu a 35 personagens, entre os quais o primeiro a receber em  2012  foi João da Cruz  tocador de 8 baixos com  92 anos, tio do poeta Luiz Ferreira, único tocador deste gênero na família. Entre os primeiros também foi o compositor caruaruense Onildo Almeida, reconhecido aqui como o protagonista nesta referencia Gonzagueana ligada a Historia de caruaru. 
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120 ANOS DE CULTURA, ARTES E HISTÓRIA EM CANUDOS, BAHIA

Em comemoração aos 120 anos do fim da Guerra de Canudos, Bahia, acontece o 1º Festival de Cultura, Artes e História do município. 

Em um cenário tomado pela fome, seca, violência, desemprego, falta de políticas públicas e apoio político, ocorreu o conflito chamado Guerra dos Canudos de novembro de 1896 a 5 de outubro de 1897, um confronto entre a população de fundo sócio-religioso e o Exército da República. Essa guerra aconteceu na comunidade de Canudos e pode-se dizer que aconteceu por causa de vários fatores, como as graves crises econômicas e sociais em que se encontrava a região naquela época, as secas cíclicas, o desemprego e também uma onda de crença na salvação milagrosa dos cidadãos daqueles arredores. 

O beato Antônio Conselheiro, homem que passou a ser conhecido logo depois da Proclamação da República, era quem liderava este movimento. Nas três primeiras tentativas das tropas governistas em combater o arraial de Canudos nenhuma foi bem sucedida. Porém, na quarta tentativa, as tropas federais massacraram os habitantes do arraial de Canudos de forma brutal. Crianças, mulheres e idosos foram mortos sem piedade. Antônio Conselheiro foi assassinado em 22 de setembro de 1897.

 A Guerra de Canudos significou a luta e resistência das populações marginalizadas do sertão nordestino no final do século XIX. Embora derrotados, mostraram que não aceitavam a situação de injustiça social que reinava na região.

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08 DE OUTUBRO DIA DO NORDESTINO

Hoje 8 de outubro é comemorado o Dia dos Nordestinos. A data comemorativa foi criada no ano de 2009 em São Paulo, homenageando o centenário do nascimento de Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré, poeta popular, compositor e cantor cearense.

No Estado paulista, lugar onde a população nordestina fora da região Nordeste é expressiva, a data virou a Lei 14.952/2009 criada pelo vereador Francisco Chagas (PT). O intuito é celebrar as raízes e as tradições culturais dos nordestinos, além de relembrar a vida e obra do autor cearense.

Patativa do Assaré (1909-2002) está entre as principais figuras nordestinas do século XX. Vivia em Assaré, Ceará, com sua família de origem pobre que vivia da agricultura de subsistência. Com a morte do pai quando tinha 8 anos, começou a ajudar na plantação.

Foi alfabetizado aos doze, mas o estudo durou apenas alguns meses. Nessa época, começou a fazer repentes. Recebeu anos depois o codinome Patativa, pássaro da região que tem canto bonito em notas "tristes".

O primeiro livro veio em 1956: Inspiração Nordestina, que reunia poemas do autor. Teve reconhecimento nacional, ganhou prêmios e foi cinco vezes Doutor Honoris Causa. Mesmo famoso, nunca deixou a região do Cariri, interior cearense.
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