Missa do Vaqueiro: Preste atenção em um cretino que só vem em sua casa de quatro em quatro anos pedir voto (…) Que país é esse que deixa fechar milhares de escolas? “, diz Bispo

O coração dos presentes à Missa do Vaqueiro, em Serrita (Sertão do Araripe, 586 quilômetros do Recife), parece não ter tamanho suficiente para comportar a emoção, na hora em que o Parque Estadual João Câncio começa a receber centenas deles, quase todos vestidos com a roupa e os adereços em couro. Vão entrando em seus cavalos ao som da música feita por Luiz Gonzaga/Nelson Barbalho em protesto pelo assassinato do primo Raimundo Jacó, na tarde de 8 de julho de 1954, na caatinga de Exu, enquanto trabalhava.

“Tengo/legotengo/lengotengo/lengotengo … O vaqueiro nordestino/morre sem deixar tostão/o seu nome é esquecido/ nas quebradas do Sertão ...” Os versos ecoam pelo lugar, realçados pelo trote dos animais e o balançar natural dos chocalhos trazidos pelos donos, todos em silêncio. Sinceramente, aquilo dói e encanta.

Na verdade, encanta desde a formação do cortejo, na pista de acesso ao parque, quando homens e cavalos parecem experimentar a mesma alegria, afinal, vivem uma lida diária tão dura e cheia de dificuldades que ter uma festa dedicada a eles só pode mesmo enchê-los de orgulho. Seria esta a palavra, a metáfora perfeita? Parece pouco para descrever o momento cheio de simbolismo e mesmo os vaqueiros muito jovens não brigam contra as lágrimas que rolam na frente do palco armado para a celebração. Quanto mais os velhos … Ah, esses crispam o rosto e seguram o chapéu no peito, como se mandassem um recado para o coração não aprontar nenhuma. Entende-se. Sem esforço algum.

Neste ano, a cerimônia da 47ª missa, realizada no último domingo foi marcada por sermões carregados de protestos contra a roubalheira no país, que repentistas trataram de amplificar na hora do Ofertório, a parte mais bonita: “O vaqueiro oferece as luvas / que protegem as suas mãos/ dos galhos de chique-chique/ nas quebradas do Sertão/ e elas são mais bonitas/ do que a caneta que assina/ o roubo da corrupção”.

A cada alfinetada nos escândalos políticos, a plateia ia ao delírio, ainda mais quando dadas por religiosos sob o comando do bispo diocesano de Salgueiro, dom Magnus Henrique Lopes. Aplaudidíssimo, um concelebrante cujo avô viveu a dureza da profissão disparou: “Estamos sofrendo as consequências de um governo irresponsável (…) Preste atenção em um cretino que só vem em sua casa de quatro em quatro anos pedir voto (…) Que país é esse que deixa fechar milhares de escolas? “

Dividindo as celas com os vaqueiros, as crianças levadas por eles evidentemente não entendiam as mensagens cheias de indignação, mas muitas deveriam sentir que se achavam ali para abraçar a continuidade do ofício dos avós e dos pais. Na pega de boi realizada no dia anterior, em uma fazenda próxima, também estavam presentes e, usando chapéus de couro (algumas até com gibão), olhavam atentamente para aqueles homens se embrenhando na caatinga fechada atrás dos bois soltos durante a prova.

Olhavam com deslumbramento, como se fossem naturais quedas e cortes provocados pela velocidade com que avançavam por entre os galhos, até se jogarem sobre o animal, tirar do pescoço dele a tabuleta e voltar correndo para entregá-la aos encarregados da cronometragem do tempo. Naquele olhar, certamente, estava escrita a sobrevivência de uma tradição, vez por outra ameaçada pelo descaso do poder público com a cultura. Este ano, o patrocínio da Empetur virou dúvida e a Missa correu o risco de não acontecer, o que seria, além de tudo, um desastre para a economia da pequena Serrita e de municípios vizinhos.

Nada a estranhar que existam pessoas para as quais a Missa do Vaqueiro tenha se tornado evento obrigatório. Gente que vai ao Parque Estadual João Câncio, sem perder um ano, praticamente desde a primeira edição, em 1970. Sim, porque a devoção ao ofício, a fé e o orgulho quando se juntam para iluminar rostos tão rústicos só podem mesmo produzir um espetáculo digno de ser visto de perto. Com toda a alegria e o respeito que aqueles homens merecem.

Fonte: Luce Pereira-Diário de Pernambuco
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Exu, Pernambuco: Terra onde nasceu Luiz Gonzaga vai celebrar 28 anos de morte do Rei do Baião

A celebração de morte de Luiz Gonzaga do Nascimento será nos dias 29 e 30 de julho. Luiz Gonzaga morreu no dia 02 de agosto de 1989.

Para lembrar o legado do cantor, será celebrada a 'Festa da Saudade". São 28 anos de saudades.

As homenagens ao músico serão no Parque Aza Branca, local onde estão o acervo, o museu e o mausoléu do artista. De acordo com o presidente da organização não governamental (ONG) que administra o parque, Francisco Parente Júnior, as celebrações além do tradicional forró terá uma missa no domingo, iniciando às 11horas.

“A missa acontece embaixo do pé de juazeiro. A cerimônia religiosa deve contar com a presença do sobrinho de Luiz Gonzaga, o sanfoneiro Joquinha Gonzaga. A escolha do local faz referência a “Juazeiro”, uma das mais famosas canções de Luiz Gonzaga.

É também à sombra das árvores que segue a programação da Festa da Saudade. A parti das 16h, mais de 20 forrozeiros se apresentam no palco do Parque. Além de Joquinha Gonzaga, estarão presentes Flávio Leandro, Zézinho do Exu, Jaiminho de Exu, Tárcio Carvalho, Joãozinho do Exu, Jaiminho  Fábio Carneirinho, Donizete Batista, Ana Paula Nogueira, Cosmo do Acordeon, entre outros sanfoneiros.

“É um evento tradicional que atrai gente de várias cidades de Pernambuco e de outros estados, como Bahia e Ceará”, afirmou o presidente da ONG. A entrada para o evento é franca.
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Seminário Cariri Cangaço e Sentimento da terra, lugar universal

O  professor sociólogo Stuart Hall, pesquisador da área de estudos sociais apontou  que a questão da identidade está sendo extensamente discutida na teoria social. Em essência os argumentos são os mais diversos e complexos. Novas identidades vem fragmentando o indivíduo moderno.

 Discute-se assim a chamada  "crise de identidade". Crise vista como parte de um processo mais amplo de mudança, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem estável no mundo social.

Stuart Hall dialoga também que a identidade cultural surge a partir da noção de pertecimento, associada a memória, etnias, raciais, linguísticas, religiosas e acima de tudo nacionais. Já Habermas diz que "saber do que se fala sempre ajuda; de resto, se se trata do problema de legitimidade, é preciso sabê-lo de modo particularmente exato".

A lembrança dessas frases e dos estudiosos da comunicação e da cultura, frases sábias me veio a cabeça quando da participação do evento Cariri Cangaço 2017, realizado em Exu e Serrita, Pernambuco, entre os dias 20 a 23 de julho. Conferências, visitas técnicas, debates, o diálago com referência a vida e obra de Lampião e Luiz Gonzaga marcaram a essencia do encontro.

Parabenizo Manoel Severo, curador do evento. Severo um defensor da cultura com capacidade de liderar uma equipe de valentes e valiosos cangaceiros da cultura. Cangaceiros culturais do bom combate. Na condição de convidado (serei sempre muito grato) impressionou-me a tarefa dos membros do Cariri Cangaço a missão de serem ousados. Ousadia de enfrentar a crise cultural e mostrar a riqueza de valores da cultura brasileira/universal.

Escutar e olhar a Cecília do Acordeon e Pedro Lucas Feitosa é saber do significado da esperança de um mundo melhor. Cecilia e Pedro Lucas são crianças que tem a identidade de sanfona.  Possuem o sentimento da terra, região. Corações tão puros e um futuro que deve ter como base os estudos e a educação para quando chegarem a maturidade e tempo adulto estarem prontos e preparados para enfrentar novos desafios em defesa da cultura. 

Manoel Severo, Conselheiros e membros do Cariri Cangaço clamam o mais alto possível pela valorização da cultura e exigem respeito ao legado histórico cultural. As conferências, em especial da minha linha de pesquisa/estudo, foram realizadas com Paulo Vanderley, Wilson Seraine, José Nobre, Kydelmir Dantas,  Múcio Procopio, Joquinha Gonzaga e Fausto Maciel (Piloto), os dois últimos sobrinhos de Luiz Gonzaga e netos de Januário. 

O professor Wilson Seraine na apresentação do Livro O Rei do Baião e a Princesa do Cariri (autoria do escritor Rafael Lima), indica uma trilha segura e aponta "para os pesquisadores iniciantes e aqueles menos informados para não serem surpreendidos com livros que expoem belas capas bonitas, bonitas ilustrações, mas com conteúdo duvidoso ou mesmo errados". 

A lição é tiro certeiro para a morte dos traidores da cultura e também para a falsa noção do atual quadro musical brasileiro que está plastificando o toque da sanfona em nome do capitalismo tão selvagem que mata até mesmo esperança e a memória do tocador de sanfona Lampião e do Rei do Baião.

No Cariri Cangaço existe a ousadia da resistência aos valores mais nobres da cultura: o talento, o abraço e o sorriso.

Portanto, ao participar do Cariri Cangaço ninguém sai impune. Conviver com os cangaceiros da cultura é ganhar mais inteligência, engenho e arte. Eles tem a magia da valorização da memória e da cultura na alma.
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Cariri Cangaço e Cecília do Acordeon

Luiz Gonzaga tem sido nos últimos anos tema de trabalhos acadêmicos, e gradualmente sua obra vem sendo relida, ouvida, tocada. Durante o evento Cariri Cangaço, em conversa com os pesquisadores, Paulo Vanderley, José Nobre apontei o quanto a realização de um seminário é importante para a consolidação de valores culturais.

Nestes encontros surge a possibilidade de conhecer e  termos novos olhares. A obra de Luiz Gonzaga sempre vai renascer. No próximo dia 02 de agosto, completam-se 28 anos da partida física, a viagem para o sertão da eternidade do Rei do Baião. A menina Cecilia do Acordeon representa este novo olhar. Olhar da possibilidade do renascimento. O novo olhar para a vida e obra de Luiz Gonzaga. Cecília possui a humildade, sorriso, a grandeza dos trabalhadores e a vontade de vencer.

Cecília do Acordeon começou seu envolvimento com a Cultura participando e dançando no Reisado. Continua ainda hoje, brincando no Reisado e agora é a sanfoneira. Foi no Reisado Boi Surubim, conta Cecilia que ela teve o primeiro contato com a sanfona. "Foi a sanfona do Mestre Cícero que vi. Parecia me chamar e brilhar e eu chorei querendo ter uma e então fiquei apaixonada pelo som da sanfona".

Durante o Cariri Cangaço, que adotou Cecilia com seu talento e sorriso sincero, a criança contou que teve aulas de sanfona com o Mestre Cicero. "As primeiras notas da sanfona aprendi e ainda hoje busco mais conhecimento e não perco oportunidade de sempre aprender e estudar".

Cecília ganhou o Diploma Amiga do Cariri Cangaço e cantou puxou a sanfona:
"Sou bisneta de um mestre da cultura e nasci vendo o Surubim dançar. Ainda pequena com quatro anos de idade, da brincadeira comecei a participar, acompanhando o cortejo do reisado com alegria e amor no coração/.

Na temporada de 2014 o meu avô convidou um sanfoneiro para o reisado ficar mais animado. O povo dançou alegre no terreiro naquela noite. Fiquei encantada e nem dormi pois perdi o sono. Foi a primeira vez que vi de perto esse instrumento que se chama sanfona.

No outro dia eu estava decidida uma sanfona queria aprender a tocar. Fiquei insistindo com meu pai até que ele comprou uma sanfona pequena de brinquedo mesmo assim fazia fom fom e corri para pegar umas aulas com o mestre Cicero do Acordeon./

Depois foi preciso uma sanfona maior, mas meu meu pai não tinha dinheiro. Conseguimos com um bingo de um garrote e um encontro de sanfoneiros. Agora estou aprendendo a tocar com muito esforço e dedicação os estilos que gosto de cantar é Luiz Gonzaga nosso rei do baião"/.

Eu sou a Cecilia do Acordeon e da minha sanfona eu já tiro um som".

E assim ouvi no Cariri Cangaço e aqui reproduzo. Salve Salve Cecilia do Acordeon.
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Pesquisadores e estudiosos da vida e obra de Lampião e Luiz Gonzaga movimentam o Seminário Cariri Cangaço 2017

De 20 a 23 de julho de 2017, a cidade de Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga e Barbara de Alencar será o palco do "Seminário Cariri Cangaço 2017".

O evento é voltado para pesquisadores, escritores, professores, universitários, artistas e demais curiosos da temática. Cinco Estados integram as discussões do Cariri Cangaço, sendo Ceará; com Crato, Juazeiro, Barbalha, Missão Velha, Aurora, Barro, Porteiras, Lavras da Mangabeira e Brejo Santo; Paraíba, com Sousa, Nazarezinho, Lastro, Princesa Isabel e São José de Princesa; Alagoas, com Piranhas; Pernambuco, com Floresta e Sergipe com Poço Redondo.

Manoel Severo Gurgel Barbosa, é fundador e Curador do Cariri Cangaço, Presidente do Conselho Consultivo, Diretor da SBEC – Sociedade Brasileira de Estudos do Cangaço; Diretor do GECC – Grupo de Estudos do Cangaço do Ceará; Sócio Honorário do GPEC e do GFEC, afirma que o Cariri Cangaço é mais que um evento. "É um sentimento", define Manoel Severo.

"A partir dessa quinta-feira 20 serão dois grandes eventos acontecendo e que se encontrarão no domingo, dia 23 de julho quando o Cariri Cangaço Exu 2017 celebra junto com a Fundação Padre João Câncio a 47ª Missa do Vaqueiro, em Serrita".

Confira a programação completa: cariricangaco.blogspot.com e  www.exu.pe.gov.br
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Dominguinhos, o discípulo que inovou a arte do mestre Luiz Gonzaga

Dominguinhos morreu/desncarnou no dia 23 de julho. Lutou durante mais de seis anos contra um câncer de pulmão. O músico morreu às 18h.

"Que saudade matadeira eu sinto no meu peito. Faço tudo para esquecer, mas não tem jeito."Este é um dos muitos versos de Anastácia que Dominguinhos cantou e tocou com sua sanfona, transformando-a em um instrumento da saudade, sentimento que persiste no coração de todos nós que convivemos com o cantor, compositor e instrumentista.

Dominguinhos deixou o legado da genialidade, simplicidade, humildade. Em especial a gratidão que o discípulo tinha por Luiz Gonzaga. Dois filmes falam sobre vida e obra de Dominguinhos: primeiro o documentário "O milagre de Santa Luzia" (2008), de Sergio Roizenblit, no qual o instrumentista viaja pelo Brasil para mostrar as diferentes formas regionais de se tocar sanfona e os principais sanfoneiros do país.

E aquele que mais me toca: O longa metragem webserie "+Dominghinhos". Neste filme é mostrado “Um Dominguinhos que pouca gente conhece: jazzista, improvisador, seu refinamento musical, sua universalidade".

Assim era Dominguinhos. Grande, muito grande. Simples, muito simples.

Aos 6 anos, José Domingos de Morais, O Dominguinhos ganhou a primeira sanfona do pai, o mestre Chicão. Aos 8, já se apresentava com os irmãos, Morais e Valdomiro, em feiras livres e portas de hotel de Garanhuns-Pernambuco, onde nasceu em 12 fevereiro de 1941.

Dominguinhos foi nome dado por Luiz Gonzaga, com quem gravou, em 1957, Moça de Feira. “O menino chegou de um ambiente diferente e começou a viver num mundo glamourizado. Mas foi sempre na dele, sempre com esse jeitão sertanejo”, diz Gilberto Gil no primeiro episódio da web série +Dominguinhos.

A riqueza dessa história levou os músicos Mariana Aydar, Duani e Eduardo Nazarian a promover encontros entre o sanfoneiro e parceiros, antigos e jovens que tocam e contam histórias vividas nos palcos da vida.

Em uma delas, Giberto Gil lembra do tour do álbum Refazenda (1975), em que viajaram juntos mais de 20 mil quilômetros. Em certo momento, Dominguinhos pergunta: “Isso é reggae, é?”. Quando o amigo responde que sim, ele rebate: “Que reggae nada, isso aí é um xotezinho sem-vergonha”.

Dominguinhos conseguiu inovar a arte do mestre! 

Antes de começar a luta contra o câncer que o submeteria a uma injustiça do destino vivida em um quarto do Hospital Sírio Libanês, convalescendo na dor física e da alma que sofria Dominguinhos recebeu uma equipe de jovens cineastas. Estavam ali para colocar a água do Rio São Francisco em uma garrafa. Ou, se fosse preciso, em duas.

Ao lado de Djavan, Dominguinhos chorou. Estava visivelmente abatido pela doença, mais magro do que em outras cenas, e parecia sentir as próprias notas em dobro. "Seu Domingos" tirou a água dos olhos e pediu a Djavan um favor com uma humildade de estraçalhar os técnicos do estúdio. "Se você tivesse trazido seu violão, eu ia pedir pra tocar uma música pra mim".

Quando a música aparece, ela vem em turbilhão. Um Dominguinhos de cabeça baixa, de pé, à frente de um grupo, tocando sua sanfona como se estivesse em transe. De olhos fechados, transpassa dedos uns sobre os outros como se tivessem vida própria, como se nem dos comandos do cérebro precisassem.

No documentário é o próprio músico quem narra sua história: o pai que já tocava na roça, lembra de sua sanfoninha de 8 baixos e do primeiro grupo que formou com dois irmãos no Nordeste, quando tinha 8 anos.

Dominguinhos fala das brincadeiras e dos passatempos. "Eu não matava nem passarinho, por pena." A mãe, alagoana filha de índios como o pai, teve 16 filhos, muitos dos quais "iam morrendo" e sendo enterrados em caixõezinhos que o pai já construía como um especialista.

Seus olhos se enchiam de água depressa, sobretudo depois que ele começou seu tratamento contra o câncer. Em uma noite, deixou o quarto do hospital com seu chapéu de vaqueiro, apertou o botão do elevador e fez o nome do pai.

Momento de emoção no filme quando Dominguinhos chega ao teatro no qual a Orquestra Jazz Sinfônica o esperava e sentou-se para tocar De Volta pro Aconchego. Quando sentiu os arranjos sinfônicos atravessando seu peito, não se conteve e chorou uma lágrima graúda, como se soubesse que, ali, era a hora de se despedir.

Levantou a cabeça, tirou o chapéu e chorou...
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Ney Vital sacode o forró, cantoria de viola, xote, xaxado e baião com o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga

O rádio continua sendo o principal veículo de comunicação do Brasil. Aliado a rede de computadores está cada vez mais forte e potente. Na rádio Emissora Rural-A voz do São Francisco, www.730am.com.br o jornalista Ney Vital vai apresentar o Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga, às 7hs, todo domingo, a partir do dia 30 de julho.

O programa segue uma trilogia amparada na cultura, cidadania e informação. "É a forma, o roteiro concreto para contar a história da música brasileira a partir da voz e sanfona de Luiz Gonzaga", explica Ney Vital.

O programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga é um projeto que teve início em 1990, numa rádio localizada em Araruna, Paraíba. "Em agosto de 1989 perdemos o Rei do Baião e então, o amigo, hoje professor radicado no Rio de janeiro, o doutor em Ciência da literatura, Aderaldo Luciano fez o convite para participar de um programa de rádio. E até hoje continuo neste bom combate".

No programa o sucesso pré-fabricado não toca e o modismo de mau gosto passa longe."Existe uma desordem , inversão de valores no jornalismo e na qualidade das músicas apresentadas no rádio e por isto a necessidade de um programa voltado para um dialágo com a cultura", avalia o jornalista.

Ney Vital usa a credibilidade e experiência em mais de 20 anos atuando no rádio e televisão. "O programa incentiva o ouvinte a buscar qualidade de vida. É um diálogo danado de arretado. As novas ferramentas da tecnologia da comunicação permitem ficarmos cada vez mais próximo dos ouvintes", finalizou Ney Vital.
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