ALCEU VALENÇA VENCE GRAMMY LATINO COM DISCO SENHORA ESTRADA. NO REPERTÓRIO NUMA SALA DE REBOCO, DO POETA ZÉ MARCOLINO

O terceiro álbum em voz e violão do cantor e compositor pernambucano Alceu Valença, “Senhora Estrada”, disponível nas plataformas digitais de música foi o vencedor do Grammy Latino 2022. 

Em “Senhora Estrada” – disco gravado no Estúdio Tambor, no Rio de Janeiro (março de 2021), com produção de Alceu Valença e Rafael Ramos - ele percorre referências idas do artista, permeadas pelo Agreste e pelo Sertão nordestino.

Em onze faixas, o xote, o baião, a toada e o rojão dão o tom, tendo como faixas de partida as clássicas “Pau de Arara” e “Sala de Reboco” (José Marcolino), duas das canções interpretadas por Luiz Gonzaga, que ganharam versões diferenciadas (e típicas) na voz de Alceu Valença.

“Pé de Rosa” e “Xote Delicado” chegam com o toque autoral do artista pernambucano, que segue nas releituras de “Depois do Amor” e “Flor de Tangerina”. “Vai Chover”, parceria com Herbert Azzul, também ganha notoriedade do álbum.

“Coração Bobo”, “Pelas Ruas Que Andei” e “Cabelo no Pente” são (re)inventadas por Alceu no disco, que é consumado pela toada originalmente feita para a trilha do filme “A Luneta do Tempo” (2015) - escrito e dirigido pelo próprio “Bicho Maluco Beleza” de Pernambuco.

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GRAMMY LATINO 2022 NESTA QUINTA (17) TEM TARGINO GONDIM, NILTON FREITAS, ROBERTO MALVEZZI CONCORRENDO PRÊMIO COM BELO CHICO

O Grammy Latino 2022 acontece nesta quinta-feira (17). No Brasil, a premiação será transmitida a partir das 22 horas (no horário de Brasília) pelo canal TNT. A cerimônia será realizada no Michelob ULTRA Arena no Mandalay Bay, em Las Vegas, nos EUA.

Ao todo, a premiação conta com 53 categorias. Além de ser indicado na categoria Gravação do Ano, "Envolver" também aparece na lista de concorrentes de Melhor Performance de Reggaeton.

Melhor Álbum de Música de Raízes em Língua Portuguesa tem o album "Belo Chico", com os cantores compositores Targino Gondim, Nilton Freittas, Roberto Malvezzi.

BELO CHICO: “Meu Rio de São Francisco, nesta grande turvação, vim te dar um gole d’água e pedir tua bênção!” Assim como no verso de Guimarães Rosa, adaptado por Dom Luís Cappio para um baião, temos um rio São Francisco de Bênçãos e de Turvações, um rio de grandeza peculiar, que encantou o escritor e que clama por um gole d´água, como eternizou Cappio.

São esses cenários de encantos e desencantos que o CD Belo Chico traz para o público a partir das fotografias e das vozes e acordes de Nilton Freittas, Targino Gondim e Roberto Malvezzi (Gogó). Toda essa riqueza será apresentada para o mundo, através do evento que será transmitido do Grammy 2022.

Essa é a segunda ocasião em que os autores do Belo Chico lançam um projeto em parceria. Em 2005, o trio lançou o projeto “Belo Sertão”, feito em parceria com a Articulação Semiárido Brasileiro – ASA, e outras entidades que promovem a Convivência com o Semiárido nessa região do Brasil. O Belo Sertão já incluía músicas referentes ao rio São Francisco, entretanto, os autores decidiram fazer um álbum semelhante àquele, desta vez, focado no rio São Francisco, para evidenciar a problemática pela qual passa o rio, seus potenciais e caminhos para sua preservação.

Assim nasce o Belo Chico, álbum que tem o propósito de navegar em todas as almas e corpos desse grande rio, percorrendo não apenas suas águas, mas também sua beleza, sua história, seus amores e seus problemas. O disco se propõe a ajudar a população e entes públicos a se animar, refletir, agir, caminhar e cantar na defesa da vida do Velho Chico, chamando atenção para a “preservação e consciência de uso da água do rio São Francisco (...) que é nossa veia principal, nossa artéria vital da vida dessa região e outras regiões que o rio passa”, afirma o cantor Nilton Freitas.

O rio São Francisco segue gerando muitas vidas, o que faz por natureza devido sua grandeza de 2.800 quilômetros de percurso e mais de 600 mil km2 de bacia hidrográfica, com muitas riquezas e belezas naturais, levando água a quem precisa. Por outro lado, o Velho Chico agoniza com a degradação ambiental, dentro e fora de sua bacia, que resultam em gradativa perda de volume e qualidade de suas águas e, consequentemente, perda de vitalidade. Considerando esse cenário, “através da música vamos trazer a proposta da revitalização do Rio São Francisco, que é uma coisa que os movimentos sociais defendem há muito tempo”, declara Roberto Malvezzi.

O Belo Chico é um convite a uma Convivência do ser humano em harmonia com o rio, que não se traduz apenas em leito, mas que depende do equilíbrio de toda a sua bacia hidrográfica, considerando seus potenciais e respeitando suas limitações, dialogando e contribuindo efetivamente para a promoção da Convivência com o Semiárido. “Acreditamos estar contribuindo para o desenvolvimento de uma cultura e modo de vida mais justo  na bacia do rio São Francisco e no semiárido brasileiro”, indica André Rocha, colaborador do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada - Irpaa.

O projeto Belo Chico engloba um álbum com 13 músicas, com um encarte rico em fotografias, contextualização de cada uma das canções e um cartaz. Além do CD, o Belo Chico estará nas plataformas digitais. Segundo Targino Gongim, uma das inspirações para produzir o CD nasce “do ribeirinho que utiliza as águas do rio para sobreviver da forma mais digna, do ribeirinho que exprime o seu desejo através da arte, da música, da dança, forma de caminhar, do jeito, de enxergar a vida, de enxergar nele a sua existência”.

Nesse momento crucial que atravessa o São Francisco, o entendimento é de que todas as formas de luta se fazem necessárias. A arte, particularmente a música, precisa estar presente. Desse modo, o Belo Chico também pretende subsidiar atividades lúdicas, místicas, entretenimento, construção de saberes, políticas públicas de Convivência com o clima local, bens naturais, assim como ações diversas, de organizações e movimentos sociais que atuam na defesa, proteção e busca pela revitalização da bacia do rio São Francisco.

De autoria dos músicos Targino Gondim, Nilton Freitas e Roberto Malvezzi, o CD tem produção da Toca Pra Nós Dois e realização do Irpaa e da Articulação São Francisco Vivo, com apoio do Ministério da Cooperação Alemã, por intermediação da Cáritas Alemã.

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PROJETO NO SENADO INSTITUI O DIA NACIONAL DO NORDESTINO

O país pode passar a comemorar o Dia Nacional do Nordestino. Projeto de lei nesse sentido foi apresentado pelo senador Angelo Coronel (PSD-BA). O PL 2.755/2022 que institui a data comemorativa anual no dia 8 de outubro. A data escolhida é uma homenagem ao poeta, teatrólogo, músico e compositor Catulo da Paixão Cearense. Conhecido como o Poeta do Sertão, o maranhense Catulo nasceu em 8 de outubro de 1863 em São Luís. O projeto aguarda distribuição para as comissões permanentes do Senado.

Angelo Coronel explica que a homenagem é uma resposta à discriminação e às agressões que os nordestinos sofreram após o resultado das eleições presidenciais deste ano. “Os nordestinos, apesar das dificuldades e muitas vezes dos preconceitos, mostram resiliência se estabelecendo em várias regiões do país, contribuindo para o desenvolvimento e a diversidade, por isso também se justifica a criação de uma data nacional para celebrarmos o povo e a cultura nordestinos”, afirma o autor.

De acordo com o IBGE, a região Nordeste é a segunda mais populosa do Brasil, com cerca de 58 milhões de habitantes. O Nordeste abrange 18% do território nacional é constituído por nove estados: Alagoas, Bahia, Ceará, Maranhão, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

Uma lei municipal da cidade de São Paulo (Lei 14.952, de 2009) instituiu o Dia do Nordestino. Até 2019, a data foi celebrada em 8 de outubro na capital paulista. Mas, naquele ano, uma nova lei municipal (Lei 17.145, de 2019) alterou a homenagem para 2 de agosto. A data faz referência ao dia de morte do cantor, compositor e sanfoneiro Luiz Gonzaga (1912-1989). Conhecido como o Rei do Baião.

Fonte: Agência Senado

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GRUPO INVADE CENTRO DE FORMAÇÃO PAULO FREIRE DO MST-CARUARU E PICHA PARDES COM SIMBOLO NAZISTA E PALAVRAS MITO

Um grupo invadiu um centro de formação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), no último sábado (12), e pichou as paredes com símbolos nazistas e a palavra 'mito' em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. Além da depredação, o grupo ainda incendiou a casa de uma das coordenadoras do projeto. O caso é investigado pela polícia.

Segundo a Polícia Civil, a casa da coordenadora, que mora próximo ao centro, foi arrombada e ateada fogo. A Polícia está investigando também a pichação de um símbolo nazista e a palavra 'mito', que foram encontrados em paredes de espaço coletivo.

Testemunhas que estavam próximas ao centro, conseguiram conter as chamas do local. A casa ficou parcialmente queimada. A Polícia Civil informou que vai continuar investigando o caso para encontrar os responsáveis pelos crimes.

De acordo com o artigo 65 da Lei 9.605/98, pichação é crime ambiental e de vandalismo. Quando cometido em algum patrimônio público, pode também ser classificado como crime de dano.

A pena estipulada para quem pratica este crime é detenção de três meses a um ano, além de multa para quem pichar edificação ou monumento público.

CONFIRA NA INTEGRA CARTA ABERTA DO MST:

Na  madrugada deste Sábado (12/11), o Centro de Formação Paulo Freire, localizado no assentamento Normandia, foi atacado por um grupo de bolsonaristas, inicialmente foram vistos quatro pessoas, com camisas amarelas, aproveitaram uma festa de vaquejada, com som extremante alto, que estava ocorrendo no Parque de Vaquejada Milanny, que se localiza na frente de nosso Assentamento. As três horas da manhã, os bolsonaristas invadiram o espaço do centro  e picharam vários espaços coletivos com o símbolo da suástica nazista e o nome MITO.

Além disso, os bolsonaristas arrombaram e incendiaram a casa de moradia da coordenadora do centro. Com o fogo, a militância que mantém o Centro, foram alertados e conseguiram ainda apagar o incêndio. A casa entretanto foi parcialmente queimada, principalmente as camas, telhados e os pertences.

Não é a primeira vez que o Centro de Formação Paulo Freire é atacado, em 2019, no primeiro ano do Governo de Bolsonaro, moveram uma ação de despejo contra nosso espaço que felizmente foi barrado por uma extensa rede de solidariedade vinda do Brasil e de outros lugares do mundo. Desde então o processo ficou parado, aguardando procedimento do INCRA que , em função da Pandemia ainda não foram realizadas. Esperamos resolver de forma definitivamente, tão logo o novo governo federal tome posse.

Lamentamos muito, ter que fazer este informe, já que saímos de uma jornada eleitoral polarizada e acirrada.  O Brasil e o povo brasileiro clamava por atitudes e empenho para resgatar a, democracia, os preceitos constitucionais do estado democrático de direito e uma postura enérgica contra a fome, contra a violência, contra o ódio e contra todo o tipo de preconceito. Os bolsonaristas foram derrotados nas eleições,  mas uma minoria, movida pela intolerância, preconceito e ódio de classe, de raça e gênero, não aceitaram os resultados da democracia e estão querendo nos impor um terceiro turno.

Felizmente desta vez, ninguém se feriu, os danos materiais a gente resolve, mas fica mais uma vez a lição, de que não podemos “baixar a guarda”. Temos que manter a alerta para proteger nossas estruturas e garantir a posse de Lula no primeiro de janeiro. Até lá, alerta máxima. Cuidar e proteger nossas estruturas e nossas lideranças, contra a ira do ódio e do preconceito e da intolerância, dos grupos fascistas.

Contra todo o tipo de ódio e intolerância, venceremos!

Abraços MST

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ROLANDO BOLDRIM, OS SERTÕES, A VIOLA E DEUS

O cantor, compositor e apresentador Rolando Boldrin – que morreu no dia 9 passado, aos 86 anos – foi uma forte inspiração para a criação, em 2004, do curso de graduação em Viola Caipira oferecido pela Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras de Ribeirão Preto (FFCLRP) da USP. 

“Nós sempre acompanhamos o trabalho de divulgação da cultura caipira do Boldrin, e isso teve influência direta quando decidimos organizar o curso”, afirma o professor Rubens Russomanno Ricciardi, do Departamento de Música da FFCLRP.

Para Ricciardi, a atuação de Rolando Boldrin como apresentador de programas de televisão representou uma “renascença” da viola caipira no Brasil. 

Em programas como Som Brasil, transmitido pela Rede Globo de Televisão de 1981 a 1984, e Senhor Brasil, no ar desde 2005 até sua morte, Boldrin recebeu os mais diferentes artistas ligados à cultura caipira, de todas as regiões do País, ampliando a visibilidade dessa cultura. “Ele foi um dos protagonistas desse movimento e sempre nos influenciou muito”, destaca Ricciardi. 

O professor ressalta, porém, que o curso de Viola Caipira da FFCLRP é muito diferente do que o apresentador fazia. “Boldrin se preocupava em preservar uma cultura, era um conservador. Nós, na Universidade, vamos muito além da mera divulgação e preservação”, diz Ricciardi. “Nós integramos a viola caipira na orquestra, fazemos um trabalho experimental. Boldrin não era experimental”, acrescenta o professor, que é o maestro titular da USP Filarmônica, orquestra ligada à FFCLRP.

Mesmo não sendo experimental, Boldrin tinha originalidade. O compositor José Gustavo Julião de Camargo, maestro assistente da USP Filarmônica e apresentador do programa Revoredo, da Rádio USP – dedicado à viola caipira instrumental -, destaca a qualidade do cancioneiro de Rolando Boldrin, autor de 20 canções que abordam principalmente o ambiente campestre, a vida simples e o interior brasileiro. Entre essas canções estão Coração de Violeiro, Seresta, Minha Viola e Vide Vida Marvada, seu grande sucesso. “Não é um cancioneiro extenso, mas é de uma qualidade tremenda”, avalia Camargo. “As suas canções têm melodias que são quase faladas, diferentes das músicas típicas do interior, que são mais melódicas, mais cantadas.”

Nascido em 22 de outubro de 1936 na cidade de São Joaquim da Barra, no interior paulista, Rolando Boldrin começou sua carreira artística como ator. Entre 1960 e 1980, ele trabalhou em 37 novelas transmitidas pelas emissoras de televisão Record, Tupi, Excelsior e Bandeirantes, atuando ao lado de atores como Laura Cardoso, Irene Ravache e Lima Duarte. No cinema, teve participação em cinco filmes – dos quais o último foi O Filme da Minha Vida, de 2017, dirigido por Selton Mello. Entre 1963 e 2019, lançou 56 discos e CDs. Além de Som Brasil e Senhor Brasil, apresentou os programas Estação Brasil, na TV Gazeta (1995 e 1996), Empório Brasil, no SBT (1989-1990), e Empório Brasileiro, na Rede Bandeirantes (1984-1986).

Jornal da USP Texto: Roberto C. G. Castro

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LULA, PRESIDENTE ELEITO DIZ QUE TORCEDORES NÃO PODEM TER VERGONHA DE USAR CAMISA DO BRASIL

Durante sua primeira visita ao Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), sede do governo de transição, o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um apelo às pessoas que protestam contra o resultado das eleições. Lula pediu para que os manifestantes voltem para casa e "não sejam violentos" com quem pensa diferente.

— A minoria que está na rua pedindo, não sabem nem o que pedem. Eu, se pudesse dizer para essas pessoas, (diria) 'voltem para casa, democracia é isso'. Um ganha e outro perde. Um ri e outro chora. É assim em qualquer esporte, política, quantas vezes eu chorei por ter perdido. Quantas vezes cheguei em casa achando que tudo tinha acabado para mim. Se vocês estiverem ouvindo pela internet: voltem para casa, não sejam violentos com crianças, com quem pensa diferente, vamos respeitar quem não é igual a gente. Quem não pensa como nós, quem não gosta da música e do candidato que gostamos. A democracia é isso. É viver democraticamente na diversidade. Não peço para ninguém gostar de mim, só peço para pessoas respeitarem resultado eleitoral porque nós vencemos as eleições — afirmou Lula em discurso no auditório do CCBB.

Na plateia, estavam senadores e deputados da base aliada do futuro governo. No fim do discurso, Lula lembrou que, durante a Copa do Mundo - começa em 20 de novembro -, as pessoas não podem ter vergonha de usar a camisa da Seleção Brasileira:

— Um aviso importante para vocês. A Copa do Mundo começa daqui a pouco e a gente não tem que ter vergonha de vestir a nossa camisa verde e amarela. O verde amarelo não é de candidato, não é de um partido. O verde amarelo são as cores de 213 milhões habitantes desse país. Portanto, vocês vão me ver com a camisa verde amarela.

O presidente eleito chegou à Brasília na terça-feira (8) para cumprir uma série de agendas e encontrar presidentes de Poderes. Nesta quarta-feira (9), Lula afirmou que as Forças Armadas não poderiam ter sido envolvidas pelo presidente da República em um processo de investigação das urnas eletrônicas e chamou a situação de “humilhante”.

O presidente-eleito se referia ao relatório de fiscalização produzido pelos militares sobre as urnas. Segundo o documento, não há fraude nem irregularidades no processo.

— Ainda tem na frente de quartéis gente inconformada com resultado do processo eleitoral. Por conta das mentiras — afirmou Lula, completando: — Ontem aconteceu algo humilhante e deplorável para as Forças Armadas, um presidente da República, não tinha direito de envolver as Forças Armadas pra fazer comissão pra investigar urnas

Em seu discurso, Lula não poupou críticas ao presidente Jair Bolsonaro ao falar sobre os ataques feitos pelo atual chefe do Executivo ao sistema eleitoral. O petista afirmou que Bolsonaro tem “dívida com o povo brasileiro” e que visitou às instituições para dizer que agora haverá “paz” na Praça dos Três Poderes.

— Presidente Bolsonaro tem dívida com povo brasileiro, peça desculpa pela quantidade de mentira que falou — afirmou Lula enquanto falava, principalmente, dos ataques feitos por Bolsonaro ao sistema eleitoral— Vim visitar às instituições pra dizer que a partir de agora vocês vão ter paz

Lula também disse que Bolsonaro deveria pedir desculpa publicamente aos militares.

— Não sei se o presidente está doente. Ele deveria vir a TV pedir desculpa às Forças Armadas. As forças armadas foram humilhadas apresentando relatório que não diz nada, nada! Daquilo que tanto tempo ele acusou. Um presidente não pode mentir, não é aceitável — afirmou Lula.

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GAL COSTA E ROLAND BOLDRIM AGORA SÃO ENCANTADOS

Morreu hoje (9), aos 86 anos de idade, o ator, cantor, compositor e apresentador de TV Rolando Boldrin. A informação foi confirmada pela Fundação Padre Anchieta, mantenedora da TV Cultura de São Paulo, onde Boldrin apresentou o programa Sr. Brasil por 17 anos.

A causa da morte não foi revelada. O velório do artista ocorrerá na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). O horário ainda não está confirmado.

Nascido em São Joaquim da Barra (SP), em 1936, Boldrin foi ator de filmes premiados, de novelas de grande audiência e compositor, cantor, apresentador e grande contador de causos. Atuou em mais de 30 novelas, como O Direito de Nascer; As Pupilas do Senhor Reitor; Os Deuses Estão Mortos; Quero Viver; Mulheres de Areia; Os Inocentes; A Viagem; O Profeta; Roda de Fogo; Cara a Cara; Cavalo Amarelo e Os Imigrantes.

Com seus programas de televisão, Boldrin tornou-se uma figura emblemática da cultura popular brasileira. Apresentou os programas Som Brasil, na Rede Globo; Empório Brasileiro, na TV Bandeirantes; e Empório Brasil, no SBT. Na TV Cultura, esteve à frente do Sr. Brasil desde 2005.

GAL COSTA: Consagrada como uma das maiores vozes do Brasil, a cantora Gal Costa morreu aos 77 anos. A informação foi confirmada na manhã de hoje (9) pela assessoria de imprensa, que não divulgou detalhes sobre a causa do falecimento.

Gal Costa nasceu em Salvador em 1945, batizada de Maria das Graças Penna Burgos, segundo o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, que conta de forma detalhada sua trajetória premiada na música nacional. 

Fã de bossa nova desde a adolescência, Gal fez seu primeiro show em 1964, na inauguração do Teatro Vila Velha, na capital baiana, já ao lado de nomes que lhe fariam companhia ao longo da carreira, como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Gilberto Gil e Tom Zé. 

Seu primeiro LP, Domingo, foi gravado em 1967, ao lado de Caetano Veloso e com produção de Dori Caymmi. Quando seu primeiro álbum individual foi lançado, em 1969, Gal já havia gravado sucessos icônicos de sua carreira, como Divino Maravilhoso, apresentado no IV Festival de Música Popular Brasileira, e Baby, que fez parte do LP Tropicália. 

Com uma carreira de interpretações inesquecíveis, a cantora também marcou época quando, em 1975, gravou Modinha para Gabriela, para ser o tema da novela Gabriela, da TV Globo. No ano seguinte, Gal se uniu a Maria Bethânia, Gilberto Gil e Caetano Veloso para formar Os Doces Bárbaros, grupo que reuniu multidões em seus shows. 

Ao longo dos mais de 50 anos de carreira, Gal Costa marcou com sua voz composições de grandes nomes da música brasileira, como Aquarela do Brasil, de Ary Barroso, Festa do Interior, de Abel Silva e Moraes Moreira, Sonho meu, de Dona Ivone Lara e Délcio Carvalho, Pérola Negra, de Luís Melodia, e Chuva de Prata, de Ed Wilson e Ronaldo Basto.

O governador da Bahia, Rui Costa, se manifestou lamentando profundamente a morte da cantora e decretou luto oficial de três dias no estado. "Com sua partida, perdemos uma das mais potentes vozes da nossa música, eternizada em interpretações que cantam a Bahia e o Brasil para todo o mundo", disse. 

O prefeito de Salvador, Bruno Reis, também postou nas redes sociais, pedindo que "Deus conforte seus familiares e fãs nesse momento de profunda dor". "Perdemos uma das vozes mais lindas e representativas da música brasileira. Gal Costa é trilha sonora de vários momentos da vida de milhares de brasileiros. Seu jeito único de interpretar as canções está para sempre eternizado em nossos corações".

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