A canção fará parte do álbum "Zé Marcolino - Cantigas do Poeta", uma homenagem ao compositor, com dez faixas de sua autoria. O lançamento ocorrerá ainda neste ano. "'Minha Crença' foi uma música que me tocou ainda quando nós estávamos no processo de escolha das faixas da obra em homenagem a Zé Marcolino. Eu nunca tinha ouvido a música e quando eu ouvi à capela, sendo cantada por Bira Marcolino, eu fiquei extremamente encantada, me tomou de imediato", contou a cantora Monique D'Angelo, incitando a curiosidade dos fãs.
Ainda de acordo com Monique D'Angelo, ela disse logo às companheiras do grupo que "Minha Crença" deveria ser uma das músicas escolhidas para o álbum e que, provavelmente, seria uma das mais importantes. "Ver o processo da música se montando foi algo peculiar para mim, a cada nova fase da criação, ela ficava muito mais bonita. Até que gravei a voz definitiva e recebi a faixa para ouvir depois, e chorei, essa música me emociona bastante. É a minha música preferida do álbum", confessou.
A música tem a peculiaridade da obra de Marcolino, com letra que fala de costumes, crenças e sabedorias populares, exaltando vivências nordestinas. A faixa é mítica, tem simplicidade e ainda conta com um toque especial - um poema de Isabelly Moreira, declamado pela própria artista. O arranjo deixa "Minha Crença" com uma roupa de um forró autêntico, costurada com uma guitarra agregadora, gravada pelo grande Instrumentista César Raseck.
História - Mesclando música e poesia, e lembrando das raízes culturais do Sertão do Pajeú, o trio As Severinas surgiu com o intuito de difundir, com musicalidade, a força feminina, mantendo a tradição do forró pé-de-serra, dando nova roupagem a cantigas, xotes e arrasta-pés. Formado por três jovens mulheres, o grupo traz Isabelly Moreira, no vocal, triângulo e declamações, Monique D'Ângelo, no vocal, sanfona e declamações, e Marília Correia, na zabumba. As Severinas se apresentam desde maio de 2011.
Em 2012, lançaram o primeiro CD, que leva o nome do grupo, com composições autorais e versões de músicas de Chico César e Vander Lee que conquistaram o público. Em 2016, o grupo lançou o seu segundo trabalho, intitulado "Tribos", com faixas autorais, parcerias e releituras de canções de artistas que influenciaram a formação musical do grupo.
Em 2021, quando As Severinas completaram 10 anos de estrada, foi lançado um documentário registrando a obra e a história do grupo, junto com um EP, denominado "Xamego de Fulô". O trabalho foi todo composto por músicas inéditas, entre canções autorais e parcerias. Houve participações especiais que evidenciaram a relevância artística e cultural adquirida pela banda: Anastácia, Assisão, Quinteto Violado e Thais Nogueira, além da participação da percussionista Negadeza, foram alguns dos nomes presentes no trabalho.
Neste ano, As Severinas se apresentaram no Teatro do Parque, em Recife, e foram premiadas como "Destaque Trajetória em Música", pelo show "Xamego de Fulô" com o Prêmio JGE Copergás de Teatro, Dança, Circo e Música de Pernambuco 2022, realizado pelo 28º Janeiro de Grandes Espetáculos – Festival Internacional de Artes Cênicas e Música de Pernambuco, edição 2022. Além disso, lançaram o clipe "Não Tento Mais" em março e o DVD junto ao álbum "Forró das Severinas" em junho.