PROFESSOR DOUTOR ALUÍSIO GOMES LANÇA LIVRO EDUCAÇÃO AMBIENTAL E SUSTENTABILIDADE NO BRASIL NESTA SEGUNDA (29)

O  publicitário e professor Aluísio Gomes lança nesta segunda-feira (29), o livro “Educação ambiental e sustentabilidade no Brasil”, às 19h, no Nobile Suítes Del Rio, situado na Avenida Cardoso de Sá, n° 215, na Orla II de Petrolina. O evento será aberto ao público.

Aluísio Gomes participou este ano da Bienal do Livro do Rio de Janeiro, que aconteceu entre os dias 3 e 12 de dezembro do ano passado.

Na oportunidade, o publicitário e professor doutor Aluísio Gomes. lançou o livro Educação Ambiental e Sustentabilidade no Brasil-entre o discurso político e as práticas educativas no ensino superior.

De acordo com Aluisio Gomes o livro tem como objetivo fazer conhecer através de representa ações sociais, os eixos relacionados com a Educação Ambiental em professores, alunos, dirigentes de instituições do ensino superior e representantes políticos, bem como as possíveis lacunas entre os respectivos discursos e práticas educacionais. 

Aluisio Gomes é Professor Doutor em Educação, nasceu no sítio Buenos Aires, Fazenda Cacimba das Garças, na divisa dos municípios de Ouricuri e Petrolina, hoje Santa Cruz da Venerada, Pernambuco.

Desde os 16 anos Aluísio Gomes mora em Petrolina. É licenciado em Letras pela Universidade de Pernambuco, pós-graduado em Docência do Ensino Superior e Educação Ambiental, mestrando em Educação na Universidade Europeia Del Atlântico da Espanha, professor na Faculdades de Ciências Sociais e Aplicadas de Petrolina, defendeu sua tese de doutorado em Educação Ambiental e Sustentabilidade na Uncuyo – Universidade Nacional de Cuyo, Mendoza Argentina, Tese da qual gerou este livro.

"Com este livro espero contribuir para a compreensão da relação do ser humano para com a natureza, que o leve à Educação Ambiental com uma abordagem transdisciplinar. O ser humano desde sua origem mais remota é parte da natureza, independentemente do que interpretamos a partir das nossas visões, como o caso do antropocentrismo que considera ohomem como o centro do universo e da natureza como seu objeto", diz Aluisio.

Aluisio cita texto Rosacruz intitulado Ecologia Espiritual: "lembremo-nos de que o planeta Terra é nossa casa comum, o habitat da vida como nós a conhecemos e que ela não nos pertence, mas sim,a toda as espécies que nela tiveram origem e habitam, a grande maioria delas, muito antes que os seres humanos surgissem”.


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NADADORA ALICE ROCHA DESTACA AÇÃO ECOLÓGICA EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO

Uma ação chamou a atenção das pessoas que passeavam na orla de Juazeiro e Ilha do Fogo neste final de semana. Trata-se de um sábado e domingo, de limpeza nas orlas de Juazeiro e Ilha do Fogo. 

O Rio São Francisco vem sofrendo. Por dia, mais de 15 milhões de litros de esgoto são despejados no leito, sem tratamento. Isso sem contar com os resíduos sólidos. 

A nadadora Alice Rocha, em contato com o BLOG NEY VITAL, revela que dezenas de voluntários e parceiros se uniram para preservar o rio, que é essencial para a vida, e por isto a ação para desperta a consciência ecológica.

A atividade fez parte da programação do projeto "Menos Lixo, Mais Vida", promovida pela nadadora Alice Rocha e pela Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Meio Ambiente e Ordenamento Urbano (Semaurb). 

A ação teve a colaboração de pescadores e nadadores e empresas parceiras, como a Compare e Codevasf. Diversas crianças participaram ativamente da soltura dos peixinhos. 

LIXO: O ser humano precisa urgentemente rever os seus conceitos. É assustador a quantidade de lixo recolhida de dentro do Rio São Francisco. Muito plástico e garrafas, pneus, um tonel e celulares, que levam metais pesados em componentes e baterias.

Segundo a idealizadora do projeto "Menos Lixo, Mais Vida", a ideia surgiu da necessidade de despertar a colaboração da sociedade. 

"Nós que nadamos todos os dias percebemos que hoje encontramos mais lixo que peixes dentro do rio. Então, com essa iniciativa o principal objetivo é que a gente conscientize o máximo de pessoas possíveis, crianças, adultos, atletas e frequentadores da Orla inteira, para colaborar e não espalhar lixo nas margens do rio", ressaltou a nadadora Alice Rocha.

A ação ecológica também celebrou o Dia Mundial da Limpeza Pública.

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SEBASTIÃO BIANO, MORRE AOS 103 ANOS, MEMBRO DA FORMAÇÃO ORIGINAL DA BANDA DE PÍFANOS DE CARUARU

Morreu na tarde deste sábado (27), aos 103 anos, Sebastião Biano, membro da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru. O eterno "Beatle de Caruaru" estava internado no Hospital São Lucas, em Ribeirão Pires, no estado de São Paulo, há cerca de 10 dias.

Único membro que estava vivo da formação original da Banda de Pífanos de Caruaru, o músico influenciou movimentos como a Tropicália e o Manguebeat. 'A música veio pronta para mim', afirmava o mestre.

Ainda chamada de Bandinha de Pífano Zabumba Caruaru, o grupo gravou o primeiro disco em 1972. "Música nativa, pura, cristalinamente brasileira, nascida dentro de canudos de mamão ou de bambu, com ritmo batido em couro de cobra. É som de Nordeste, som de Brasil", diz texto assinado por Luiz Queiroga na contra capa do álbum.

Os cantores e compositores Caetano Veloso e Gilberto Gil reconheceram em vários depoimentos a importância da Banda de Pífanos para o surgimento da Tropicália. Foi em Caruaru que Gilberto Gil percebeu que era possível unir o arcaico e o ultramoderno para produzir uma música brasileira de vanguarda.

Conta a história que Gilberto Gil andava muito impressionado com o então recém-lançado single dos Beatles, Strawberry Fields Forever, em 1967, quando foi fazer uma temporada de shows em Pernambuco, em maio daquele ano. 

A sintonia divina com a música, fez com que ele escutasse a banda de pífanos tocar na rádio, por ocasião da transmissão da posse de Miguel Arraes em 1962, e quando soube que Carlos Fernando, um de seus cicerones locais, era caruaruense, pediu que o levasse a Caruaru para conhecer o grupo. Ao assistir à apresentação, Gilberto Gil teve um insight: o timbre dos pífanos se assemelhava às dissonâncias do mellotron, instrumento então de última geração utilizado na introdução do single dos Beatles".

Numa das suas composições, Forrozear, Gilberto Gil cita Sebastião Biano e a harmonia da Bande de Pife.. Uma das canções que impressionou Gilberto Gil naquela visita a Caruaru foi "Pipoca Moderna". A música instrumental de Sebastião Biano abre o disco Expresso 2222, lançado em 1972 e o primeiro após o exílio em Londres.

A contribuição para a música brasileira rendeu prêmios nacionais e internacionais. A Banda de Pífanos de Caruaru venceu o Grammy Latino na categoria Melhor Grupo Regional de Raiz, com o disco Banda de Pífanos de Caruaru: No Século XXI, em 2004. Um ano depois, com o mesmo álbum, levou o Prêmio TIM de Música de Melhor Grupo na categoria regional.

Filho de uma família retirante da seca, nasceu em Mata Grande, no Sertão de Alagoas, e atravessou o século XX tocando pífano. Nos anos 1970, já com a banda conhecida em todo o país, estabeleceu-se em São Paulo, onde reside atualmente.

O sobrinho de Sebastião Biano, João Biano, informou que o tio estava com dificuldade para respirar e se alimentar. Foi quando a família decidiu levado até uma unidade de saúde. "Entrou água no pulmão e ele foi piorando até o dia de hoje, infelizmente", lamentou.

De acordo com João, o horário do sepultamento não foi definido, mas será na cidade de Suzano, também em São Paulo, no domingo (28). "A banda vai se apresentar e cantar 'Sebastião Biano, Banda de Pífano Agreste Azul...' Foi-se Sebastião Biano, mas ficou Caruaru", ressaltou o sobrinho do "Beatle de Caruaru".

Por meio de nota, o prefeito de Caruaru, Rodrigo Pinheiro, disse que recebeu, "com profunda tristeza, a notícia do falecimento do mestre pífano, Sebastião Biano, grande homem que tanto representou Carauru e nossa cultura. [...] Toda a equipe da Prefeitura de Caruaru, lamenta, profundamente, a partida deste grande nome da cultura popular. Aos amigos, familiares e colegas, nossos sinceros sentimentos".

OS 100 ANOS: Sebastião Biano, um dos maiores nomes da música brasileira, chegou aos 100 anos em 23 de junho de 2019, véspera de São João. O retorno a Caruaru, cidade no Agreste de Pernambuco onde passou grande parte da vida, aconteceu três anos após receber o título de Cidadão Caruaruense.

Naquele ano, ele foi um dos homenageados do São João 2019 do município e também se apresentou nos festejos juninos. Filho de uma família retirante da seca, nasceu em Mata Grande, no Sertão de Alagoas, e atravessou o século XX tocando pífano. Nos anos 1970, já com a banda conhecida em todo o país, estabeleceu-se em São Paulo.

Sebastião Biano aprendeu a tocar pífano aos cinco anos de idade. Ainda na infância se apresentou para o cangaceiro Virgulino Ferreira, o Lampião, cena que não sai da memória do artista.

"Ele chegou com um chapéu de couro na cabeça, armado, com dois 'bisacos' de bala e cartucheiras no 'bucho'. Ele saiu pesado de dentro do mato com os cangaceiros, eles pareciam uns bichos. Lampião mandou tocar o toque dele. Foi o que ele pediu e nós tocamos", relembrou Biano em entrevista à TV Asa Branca em 2015.

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JOQUINHA GONZAGA É ATRAÇÃO DA MOSTRA CARIRI DE CULTURAS EM IGUATU, CEARÁ

Joquinha Gonzaga é uma das atrações deste sábado (27), durante a Mostra Cariri de Culturas. Este ano, o evento acontece no período de 26 a 30 de agosto, com ações em 27 municípios da região do Cariri e na cidade de Iguatu, no Centro-sul do Estado.

Joquinha Gonzaga se apresenta a partir das 20h30,  no teatro Sesc Iguatu, Ceará.

Este ano Joquinha Gonzaga completou, 70 anos  de nascimento. O sanfoneiro, cantor e compositor é neto de Januário e sobrinho de Luiz Gonzaga. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos poucos descendentes vivos da família.

A história conta que Aos 13 anos de idade ganhou um fole de oito baixos, dado pelo tio famoso, Luiz Gonzaga, que achava o sobrinho com cara de sanfoneiro. A partir daí  Joquinha não largou mais a sanfona e tempos depois tornou-se discípulo fiel do Rei do Baião.

No ano de 1970, ingressou na Força Aérea Brasileira na Ilha do Governador no Rio de Janeiro. Cinco anos depois abandonou a carreira militar e entrou de vez no mundo da música, passando a acompanhar Luiz Gonzaga, como sanfoneiro da sua banda de apoio. Joquinha Gonzaga casou a primeira vez em 1979, no Rio de Janeiro, com a Francisca Salustiano com quem teve dois filhos: Pablo Salustiano Maciel e Patrícia Salustiano Maciel.  Do segundo casamento com Maria Pereira dos Santos, conhecida por Nice. Do matrimônio nasceu os filhos Sara Luiza dos Santos Maciel e Luiz Januário dos Santos Maciel.

O primeiro disco de Joquinha Gonzaga foi lançado em 1986, intitulado “Forró, Cheiro e Chamego”. Foi a partir daí que o tio-rei via no sobrinho, o herdeiro de toda uma herançacultural. A composição Amei a Toa, parceria com João Silva, foi gravada na Voz de Luiz Gonzaga.

Após a morte de Luiz Gonzaga, em 1989,  e consequentemente a do primo Gonzaguinha, em 1990, Joquinha mudou-se para o município de Exú,  pernambucano, para cuidar dos interesses do tio e do primo, dando continuidade as atividades de implementação do “Museu do Gonzagão” no Parque “Aza” Branca.

Entre os anos de 1990 e 1993, dedicou-se aos shows regionais procurando manter a tradição do seu mestre Luiz Gonzaga, participando ativamente de grandes eventos culturais do Nordeste.Luiz Gonzaga declarou em público que Joquinha é o seguidor cultural da Família Gonzaga.

Ao lado do tio Luiz Gonzaga, o sanfoneiro Joquinha cantou em dueto a música "Dá licença prá mais um". Joquinha Gonzaga aos 70 anos reside atualmente em Exu, Pernambuco. 

Além de sobrinho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Joquinha é neto de Januário (tocador de sanfona 8 Baixos) e ainda tem como tios o Mestre da Sanfona, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga (tocadora de sanfona 8 Baixos) e Severino Januário.

Detalhe: Joquinha Gonzaga também é tocador de sanfona de 8 baixos, um instrumento quase em extinção no cenário cultural brasileiro e também por isto um dos aspectos que faz Joquinha merecedor da valorização cultural.

Contato para shows de Joquinha Gonzaga: (87) 999955829 e watsap: (87)999472323

CLIPE: Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim. Digo num velho baú de prata porque prata é a luz do luar. Este baú é como um museu pessoal, o museu que todos temos, feito de lembranças, quinquilharias e reminiscências que alimentam o nosso presente. Como todos os museus pessoais, o da canção tem qualquer coisa que vai além do eu...é futuro”.

Os versos do cantor e compositor Gilberto Gil pode traduzir o sentimento do clipe gravado pelo sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário, tocador de 8 Baixos, Joquinha Gonzaga, valorizando o patrimônio de Exu Pernambuco. A música é um universo de riquezas culturais.

O clipe mostra a letra da música Espelho das águas do Itamaragy, composta por Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga. No último dia 08 de setembro Exu, Pernambuco, completou 114 anos de Emancipação Política. Exu é privilegiada pela sua diversidade cultural e abraçada pela exuberante beleza da Chapada do Araripe,

Em contato com o BLOG NEY VITAL,  Joquinha Gonzaga, disse que apesar das dificuldades que todos os cantores e músicos enfrentam o momento é de otimismo. 

"Resolvi prestar mais esta declaração de amor juntando voz e imagens da nossa Exu, Pernambuco e assim o Brasil conhece nossas riquezas culturais", disse Joquinha.

Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "partiram para o Sertão da Eternidade". 

MÚSICA - ESPELHO DAS ÁGUAS DO ITAMARAGY:

Quando Gonzaga chegava no Exu

Naquela cadeira abraçava os amigos

Olhando o açude contava histórias

Do espelho das águas do Itamaragy

O sol se deita em cada entardecer

E a lua derrama sua luz de prata

E o verde da mata em volta vem beber

Mulheres, latas, roupas e homens

Meninos, moleques e animais

A vida da minha cidade está toda ali

No espelho das águas do Itamaragy

Meus zamô deixa não, essa história se quebrar

Meus zamô deixa não, esse espelho se quebrar

Deixa não, cuida aí,

Do espelho das águas do Itamaragy

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PESQUISADOR PAULO VANDERLEY FAZ PALESTRA: LUIZ GONZAGA-110 ANOS NASCIMENTO E O PARCEIRO DA ASA BRANCA, HUMBERTO TEIXEIRA

A região do Cariri cearense é reconhecida por ser uma vitrine de costumes e tradições onde a cultura pulsa intensamente. Neste contexto, o Sesc Ceará realiza, há mais de duas décadas, um dos principais encontros culturais do País: a Mostra Cariri de Culturas. 

Este ano, o evento acontece no período de 26 a 30 de agosto, com ações em 28 municípios da região do Cariri e na cidade de Iguatu, no Centro-sul do Estado.

O pesquisador, Paulo Vanderley, vai ministrar uma palestra com o tema os 110 anos de nascimento do cantor e o parceiro da famosa música Asa Branca, Humberto Teixeira. A palestra acontece a partir das 19h, no Teatro Sesc Iguatu, Ceará.

Estruturada em sete linguagens: Música, Artes Cênicas, Literatura, Tradição, Audiovisual, Artes Visuais e Patrimônio, a 24ª edição da Mostra conta com a participação de 190 grupos/artistas, além de 110 grupos de tradição popular da região do Cariri, entre reisados, maracatus, bacamarteiros, cordelistas, repentistas, cocos e bandas cabaçais, entre outras manifestações artístico-culturais.

PAULO VANDERLEY: O livro Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento, de autoria de Paulo Vanderley, ilustração do Mestre Espedito Seleiro, será lançado este ano (2022), já tem a Força da Palavra, do Imaginário e das Realidades vividas por Luiz Gonzaga. 

Espetacular. Emocionante. O livro é um aperto grandioso na Alma. Sentimento maior. É vitamina de tutano que revigora e faz viver! Trabalho de qualidade excelente. É fé vivida na Igreja São João Batista do Araripe, Fazenda Caiçara. O livro de Paulo Vanderley  É conhecimento cientifíco e conversa de meio de feira, com cheiro, sons e troca de saberes do povo. É ronco de chuva, fartura da sanfona dos 8 aos 120 baixos. É cheia do Rio Brígida soprado de vento Cantarino.

Os 110 anos do Nascimento é o livro certo e merecido para homenager o Mestre Lua, Rei do Baião, Xote, Forró, Xaxado e constelações terretres que iluminam a música brasileira e todos os gonzagueanos mundo afora que pesquisam, estudam e admiram Luiz Gonzaga. É um livro dos 110 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, mas representa o mesmo andamento da harmonia, ritmo e melodia: é livro futurista. É livro dos 110, 150, 300 anos de nascimento de Luiz Gonzaga. Será eterno...

De acordo com Paulo Vanderley, o livro é escrito em primeira pessoa, com o próprio Rei do Baião contando sua história, a partir de uma intensa pesquisa em acervos de entrevistas. O projeto também será lançado em formato de áudio, narrado pelo próprio biografado a partir desse material.  Esta obra, o 110º aniversário de Luiz Gonzaga, também se transformará em um podcast e uma websérie, garantindo o caráter multimídia do livro.

"Dessa forma, o público conseguirá ter acesso ao conteúdo de parceiros musicais e os herdeiros de Gonzaga no forró em diversas plataformas".

Paulo Vanderley é pesquisador, criador e mantenedor do mais completo site de Luiz Gonzaga no Brasil www.luizluagonzaga.com.br, estes últimos meses tem dormido pouco. Madruga na busca da chegada da hora de lançar o livro. 

A história conta que o despertar de Paulo Vanderley pela valorização dos costumes da cultura brasileira e especial o Nordeste e sua música começou na infância. Em 1989, na cidade de Exu, Pernambuco, o paraibano de Piancó, de apenas 9 anos, filmou o cortejo de sepultamento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Na época a família de Paulo Vanderley morava em Exu. Paulo tem o privilégio de ter fotos ainda criança ao lado de Luiz Gonzaga.

Adolescente Paulo Vanderley passou a colecionar tudo relacionado à cultura gonzagueana e o melhor da música ao ritmo da sanfona, zabumba e triângulo. Paulo reúne coleção, a exemplo de Jackson do Pandeiro, Marinês, Dominguinhos. O cantor e compositor Gonzaguinha é um capítulo valioso na vida de Paulo.

“Sou da Paraíba, fui criado no sertão. Meu pai era funcionário do Banco do Brasil e, pelas andanças pelo banco, fomos parar em Exu, no Pernambuco, terra do seu Luiz Gonzaga. Ele era cliente do banco e foi assim que ele e meu pai se conheceram e ficaram amigos”, contou Paulo.

O Mestre Luiz Gonzaga e a sua voz em termos de qualidade de pesquisa deve muito a Paulo Vanderley. Na condição de pesquisador e jornalista, ouso em nome da cultura brasileira, e gonzagueana, antecipar um muito obrigado e Gratidão.

O site Luiz Lua Gonzaga foi idealizado e construído pelo colecionador Paulo Vanderley em 2004, carregando entrevistas, discos, digitalização de materiais gráficos e vários outros materiais sobre o legado do Rei do Baião. 

A iniciativa se tornou um dos principais meios de pesquisa sobre o músico de Exu, levando Paulo Vanderley a ser consultor em projetos como o Museu do Cais do Sertão e a cinebiografia de Gonzagão. O site Luiz Lua Gonzaga parte do projeto de seu criador em celebrar os 110 anos de seu ídolo, comemorados em 2022.

O site luizluagonzaga.com.br é sempre abastecido com uma infinidade de materiais que contam a trajetória de Luiz Gonzaga. Desde dezembro o site ganhou nova roupagem. E é um dos mais acessados em todo o Brasil. 

“Para nós, gonzagueanos, que admiramos tudo o que ele foi, é quase que um princípio propagar a vida e a obra dele. Apesar das dificuldades de trabalhar com cultura no Brasil, trazer mais pessoas para admirá-lo é o que nos anima, é o nosso combustível para fazer esse trabalho”, afirma Paulo Vanderley.

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O JORNALISMO AMBIENTAL POSSÍVEL EM PROGRAMAÇÕES DE RÁDIO

O jornalismo ambiental compartilha procedimentos e técnicas também recorrentes no jornalismo tradicional. Porém, busca sua independência em relação ao formato hegemônico e aos ditames que o mercado impõe ao jornalismo tradicional com foco na economia e na promoção do consumo. 

O jornalismo ambiental não é uma exclusividade das editorias especializadas dos meios de comunicação, das revistas especializadas mas, pode ser fruto da ação de comunicação de povos isolados, como os indígenas da floresta amazônica. Ao se deixar envolver pelo saber ambiental, que deve constituir sua fonte primária, o jornalismo ambiental pode ser praticado pelos pajés, pelo agricultor familiar, pelo cidadão que se sente responsável pela vida de sua comunidade.

O jornalismo ambiental se tornou fundamental para uma sociedade que sabidamente já excedeu sua capacidade de consumo em relação aos recursos do planeta. Sua presença se tornou necessária, contudo sua ausência pode significar uma omissão imperdoável para a vida do planeta. Não importa o meio utilizado para sua realização: é necessário que o cidadão, seja ele leitor, internauta, telespectador, radiouvinte, possa ter acesso a mensagem comprometida e militante, conforme Wilson da Costa Bueno, citado por Roberto Villar Belmonte.

O jornalismo ambiental se alimenta da vida que pulsa no seio do planeta. No meio da selva amazônica, na aldeia dopovo Sateré Mawé, na região do rio Andirá, município de Barreirinha-AM, uma experiência de rádio comunitária indígena está acontecendo a partir de uma iniciativa dos missionários do PIME (Pontifício Instituto das Missões Estrangeiras) que sob a coordenação do missionário Henrique Uggé desde a década de 1970 atua junto aqueles povos. A rádio comunitária ‘Sateré Ty FM 87.9’ foi instalada nas dependências da Escola Indígena São Pedro (EISP), no rio Andirá.

O jornalismo ambiental ganha com o funcionamento da rádio um aliado dentro de uma realidade alvo das maiores redes de comunicação do planeta, a floresta amazônica.Por estar diretamente integrada a vida de um povo indígena que tem dificuldades de comunicação até mesmo entre suas comunidades espalhadas em meio a floresta e nas beiras dos rios, a rádio comunitária indígena, como falou seu diretor, José de Oliveira, será fundamental para divulgar os fatos e feitos relacionados com o cotidiano dos Sateré Mawé, a cultura desse povo será transmitida diretamente em sua língua nativa e no português para o planeta. 

O rádio, que em sua maturidade se tornou um senhor vigoroso e elegante, apesar do avanço da tecnologia dos meios de comunicação, continua a exercer o seu papel de companheiro fiel (FERRARETO, 2007) das populações residentes em lugares em que os modernos meios de comunicação se tornam inoperantes. Alguns programas serão totalmente em língua materna, para isso, padre Uggé prepara locutores e apresentadores da própria área indígena. Segundo o missionário, a intenção é “fazer um trabalho de informação e de formação” e “dar oportunidades no campo da educação, da saúde, do social, etc. enfim, serão eles mesmos que farão este serviço”, disse.  

A Área Indígena Sateré Mawé (AISM) compreende um perímetro de aproximadamente 450 km, composta de mais de 60 aldeias e comunidades. Da primeira até a última são quase 5h de viagem pelas curvas do Rio Andirá em período de cheia. Elas estão distantes umas das outras e “às vezes tem que ir de voadeira ou de rabeta – pequena canoa de madeira empurrada por motor na popa – paracomunicar, para avisar, para se encontrar. Com um meio desse que fala o idioma local é mais fácil esta interligação”, salientou padre Henrique.

O povo Sateré Mawé por estar localizado relativamente próximo da cidade de Parintins-AM, onde anualmente acontece um festival folclórico com a temática voltada na atualidade para os povos indígenas e a sustentabilidade do planeta, tem sido alvo constante da mídia para a divulgação de suas danças e rituais. Até mesmo pelo desconhecimento da língua daquele povo tudo que é apresentado mundo afora apenas tem a aparência do exótico, do fantástico e nada mais. Após a coleta de imagens e áudios nada mais resta do contato, os curumins e cunhantãs continuam suas vidas em meio a floresta e tomando banho nas negras águas do rio. Como a cultura indígena é transmitida apenas verbalmente e inscrita em utensílios de madeira ou barro, adornos produzidos com sementes, penas e outros materiais perecíveis, o “des-envolvimento sustentável” pode com o tempo envolver toda sabedoria ancestral nascida da floresta.

A presença de um veículo de comunicação comunitária no formato de rádio, com conteúdo de programação produzido pela própria comunidade, pode dar voz à um povo que se tornou conhecido mundo afora apenas pela narrativa midiática. O formato técnico e a linguagempodem estar muito distante do aspecto encantatório apresentado pelos mass media, contudo apresenta o que pode ser essencial para o jornalismo ambiental: a realidade histórica dos fatos e, principalmente apresentar o princípio da precaução, muito caro na prevenção de problemas ambientais futuros.

Por Alberto Luiz Silva Ferreira* Doutorando pelo PPGCOM, DINTER UFRGS/UFAM; e-mail: ferreiraalberto2009@gmail.com

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LULA DEFENDE DURANTE SABATINA BIOECONOMIA NA AMAZÔNIA, AGRICULTURA FAMILIAR E AGRONEGÓCIO SUSTENTÁVEL

O tema do meio ambiente ficou em segundo plano na sabatina realizada pelo Jornal Nacional na noite desta quinta-feira (25) com Luiz Inácio da Silva, candidato à presidência pelo Partido dos Trabalhadores (PT). Nos poucos minutos em que discorreu sobre o tema, o ex-presidente defendeu a bioeconomia na Amazônia, o pequeno agricultor e o agronegócio sustentável.

Durante os 40 minutos de entrevista, os temas “corrupção” e “economia” dominaram a pauta. O agronegócio e a questão ambiental só foram abordados nos momento finais da sabatina e o candidato discorreu sobre os temas por menos de cinco minutos. A título de comparação, os candidatos Jair Bolsonaro (PL) e Ciro Gomes (PDT) tiveram cerca de sete minutos para falar sobre o assunto.

Ao ser questionado se a ligação de seu partido com o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) é a razão pela qual parte do agronegócio ainda não demonstrou apoio à sua candidatura, Lula disse que seu governo investiu muito no setor e que a falta de apoio se deve às medidas de proteção dos biomas brasileiros implementadas à época em que ele ocupava o Palácio do Planalto.

“Não tem nenhum governo que tratou o agronegócio como nós tratamos. Eu vou dizer para você, nós fizemos uma Medida Provisória, a 432, se não me falha a memória, de 2008, que fez uma negociação com os produtores rurais de R$ 85 bilhões, senão eles tinham quebrado”.

A MP a que Lula se refere, depois transformada na Lei Federal nº 11.775/2008, de fato instituiu medidas de estímulo à liquidação ou regularização de dívidas originárias de operações de crédito rural e de crédito fundiário.

“[,…] a questão da nossa política em defesa da Amazônia, a nossa política em defesa do Pantanal, a nossa política em defesa da Mata Atlântica, ou seja, a nossa luta contra o desmatamento faz com que eles sejam contra nós”, continuou o candidato.

Indagado pelos entrevistadores se ele estava colocando o agronegócio em oposição ao meio ambiente, Lula disse que se referia apenas aos empresários mais alinhados ao espectro político da direita. 

“O agronegócio que é fascista e direitista [faz oposição ao meio ambiente], porque os empresários sérios que trabalham no agronegócio, que têm comércio com o exterior, que exportam para a Europa, para a China, esses não querem desmatar, esses querem preservar os nossos rios, querem preservar as nossas águas, querem preservar as nossas faunas. Esses não. Mas você tem um monte que quer”, disse.

Em seguida, Lula defendeu a bioeconomia na Amazônia e se mostrou contra a expansão de grandes commodities no bioma. Ele também criticou a famosa expressão “passar a boiada”, usada pelo então ministro do Meio Ambiente Ricardo Salles para se referir ao afrouxamento das leis ambientais no contexto da pandemia de Covid-19

“Você está lembrado que o atual presidente tinha um ministro do Meio Ambiente que dizia que era para invadir com a boiada, para desmatar a Amazônia […] Nós não precisamos plantar milho, soja ou cana nem criar gado na Amazônia. O que nós precisamos é explorar corretamente, cientificamente, a biodiversidade da Amazônia, para que a gente tire daquela riqueza da biodiversidade produtos para a indústria de fábrica ou para indústria de comércio [sic], para gerar emprego para aquelas pessoas”.

Confrontado novamente com pergunta sobre o papel do MST em um eventual governo petista, Lula disse que o Brasil tem espaço para os diferentes tipos de agricultura desenvolvidos no país, e que todos precisam conviver pacificamente. Ele também aproveitou para criticar a política de liberação de armas implementada no governo Bolsonaro.

“O Bolsonaro está ganhando alguns fazendeiros porque está liberando arma […] Para mim, o pequeno produtor rural, o médio produtor rural tem que viver pacificamente com o grande negócio, porque o Brasil tem possibilidade de ter os dois. Um produz mais internamente. O outro produz mais externamente […] O Blairo Maggi, que é o maior plantador de soja do Brasil, talvez ele não crie a galinha caipira que ele gosta de comer. Talvez ele não crie o porquinho orgânico que ele gosta de comer. Talvez ele vá comprar num pequeno proprietário. Então é extremamente importante a convivência pacífica dessa gente. Nós já fizemos isso e vamos fazer novamente”, disse.

Lula foi o terceiro entrevistado da sabatina realizada pelo Jornal Nacional com os presidenciáveis. A próxima, e última, será com Simone Tebet (MDB), nesta sexta-feira (26). Cristiane Prizibisczki-0 Eco Jornalismo Ambiental

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