O poeta e cantor Neudo Oliveira também consta na programação que terá apresentação do poeta Juarez Nunes.
O evento também abre espaço para feira de agroecologia e artesanatos.
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Notícias 24 horas pelo rádio. All news, talk news, news plus. Migração da AM para a FM. Da antena para a internet. Rádio on demand. Em novos formatos e plataformas. O radiojornalismo e, de forma ainda mais ampla, o jornalismo sonoro, passou por grandes transformações a partir dos anos 1980. E, de um meio de comunicação que já foi considerado moribundo, o rádio passou a abraçar o grande potencial para a produção jornalística que sempre esteve lá.
Foi no período de redemocratização do Brasil que se concretizou a próxima grande etapa de experiências bem-sucedidas no jornalismo de rádio: as emissoras dedicadas exclusivamente à notícia.
A novidade seguia a tendência de segmentação das rádios e corria atrás de um modelo de negócio que os Estados Unidos já tinham consolidado décadas antes. Era o chamado “all news” e suas variações – formato surgido em Tijuana, no México, e popularizado nos EUA ainda na década de 1960.
O modelo mexicano consistia em ciclos de notícias repetidas e atualizadas de tempos em tempos, partindo da premissa que o ouvinte ligaria na emissora, se informaria de forma satisfatória e seguiria para outra frequência de sua preferência, abraçando, assim, a ideia de que a audiência se renova periodicamente.
Nos Estados Unidos, outros modelos foram explorados com sucesso. All talk, que eram rádios conversadas e com participação intensa do ouvinte; talk news, a mistura das duas, com formatos que iam de noticiários a programas de entrevista e opinião; ou o news plus, que é a já conhecida fórmula brasileira música-esporte-notícia.
Em terras brasileiras, o projeto mais famoso e um dos pioneiros na área é o da Central Brasileira de Notícias (CBN), criado em 1991. Cabe destacar que, segundo um dos principais pesquisadores do rádio no Brasil, Luiz Artur Ferraretto, ela não foi a primeira emissora do tipo no país.
“No Brasil, a primeira emissora a se dizer all news, mas que de fato nunca fez jornalismo 24 horas, foi a rádio Jornal do Brasil, que tenta fazer isso de 1980 até 1986. (A rádio Jornal do Brasil) tem uma certa importância no Rio de Janeiro, mas enfrenta uma série de dificuldades. Quem vai conseguir fazer isso pela primeira vez com sustentabilidade é a Rádio Gaúcha, de Porto Alegre, que já se assume como talk news ao longo dos anos 1980. Ela consegue consolidar o formato em 1986, mas começa a investir nisso em 1983”.
Ele afirma que encontrou evidências – inclusive de visitas de integrantes do Grupo Globo à Gaúcha na época que a CBN ainda era gestada. “Há reportagem na Revista Imprensa identificando isso. Os observadores queriam ver como o modelo era adotado na Rádio Gaúcha. E, como repórter da emissora na época, eu presenciei isso”.
A CBN, no entanto, permanece como a primeira experiência exitosa nacional no ramo. Hoje, a rádio do Grupo Globo está presente em 86 cidades brasileiras, com quatro emissoras próprias e 38 afiliadas.
O jornalista Heródoto Barbeiro, que participou da criação do projeto e atuou por muitos anos com um dos principais âncoras da emissora, conta que a delimitação do público-alvo e o entendimento que a audiência da rádio é rotativa foram fundamentais para determinar o formato e o conteúdo da emissora.
“Foi descoberto que o público-alvo era principalmente o cara que está no carro de manhã. Então é para ele que a gente vai falar. Ele é de que camada da população? Geralmente A e B. Quanto tempo ele ouve o rádio? Ele liga e desliga em vários momentos. Então a repetição (de notícias) é boa, não é um mal”, detalha.
Barbeiro lembra qual era o principal desafio do projeto: “A grande preocupação era se tinha notícia suficiente para ficar 24 horas no ar. Mas a gente viu não só que tinha, como a gente não conseguia dar tudo”. Para alimentar a fome incessante da programação por notícias, era preciso ter atualização constante de conteúdo; para isso, investir em profissionais entre âncoras, repórteres e produtores, era fundamental.
Da AM para a FM: A CBN foi, também, a emissora totalmente dedicada ao jornalismo operando na faixa de frequência modulada - a FM. Desde que começou a funcionar, a FM, com maior qualidade sonora, foi direcionada principalmente para a música. Por décadas, o jornalismo, quando existente, era tímido, limitado a horários específicos. Em 1996, a entrada da CBN para a FM mudou o jogo.
A novidade veio não sem alguma resistência empresarial, como lembra Heródoto Barbeiro: “Eu sugeri que a CBN fosse colocada em um canal que o Grupo Globo tinha na FM, 90,5. Mas na época era um desafio grande, porque se entendia que AM era a rádio falada e a FM era a rádio musical. Eu insistia, dizendo que fora do Brasil as rádios (de notícia) eram FM. Depois de algum tempo de insistência, a CBN foi para a FM. E se tornou um sucesso comercial e de público”.
Atualmente há outras emissoras que atuam no mesmo segmento e que estão presentes na FM, como a BandNews, criada em 2005 e que também está presente nacionalmente. Uma de suas principais vozes era o jornalista Ricardo Boechat, morto precocemente em um acidente em fevereiro de 2019.
O RÁDIO EXTRAPOLA A ANTENA: Como foi com a televisão, a internet e o celular também transformariam o modo como consumimos informação, como vivemos e nos reunimos – o que levou o rádio, novamente, a expandir seus horizontes e pensar modelos atualizados de sobrevivência. As novas tecnologias permitiram ao jornalismo sonoro extrapolar a antena, como diz a coordenadora da Rede de Pesquisa em Radiojornalismo e professora da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Valci Zuculoto:
“É um meio que evidencia cada vez mais sentido de permanência, que tem adaptação resiliente e transborda para além da antena. Na antena temos o rádio AM, o constituidor da nossa radiofonia, migrando para o FM, e continua em reconstrução seus modelos comerciais, estatais e públicos. E principalmente se reinventa na web, com emissoras transmitindo sua programação pela internet ou com as rádios web exclusivas”.
Os custos de apuração e transmissão da notícia também diminuíram, como destaca Heródoto Barbeiro. “Fui muitas vezes fazer reportagem na rua, e você tinha que pedir uma linha telefônica e ir lá para o aparelho. Hoje você pode fazer do seu celular, do seu laptop. O custo técnico de emissão de som caiu vertiginosamente”.
Além da agilidade de cobertura conquistada pelo jornalismo em geral, a presença do rádio no meio virtual criou novas interações com o conteúdo. Jornais de emissoras de rádio passaram a ser exibidos no YouTube. Os programas das emissoras foram disponibilizados on demand, para que o público pudesse ouvir o programa quisesse e quando desejasse.
“Estou escrevendo um livro sobre os 150 anos do rádio, que vou lançar agora, e o primeiro capítulo fala do metaverso, que é a tecnologia mais avançada na internet. O rádio já está lá”, defende Barbeiro.
Recentemente, o rádio ganhou um “irmão”: é o podcast, um formato popular e que já tem no jornalismo um dos segmentos com mais potencial e criatividade. Grandes reportagens, com riqueza de narrativas e até mesmo áudio dramatização, são sucesso de público. (Fonte: Agencia Brasil)
Ferraretto afirma que, infelizmente, as rádios vêm deixando passar a oportunidade usar o podcast ao seu favor. “O podcast se constituiu à parte do rádio, que não soube usar o podcast. O radiojornalismo deveria ser o breaking news, a notícia na hora em que ela acontece, e o podcast pode ser uma ferramenta de aprofundamento da notícia”, analisa.
Se o rádio conseguiu expandir limites físicos e de plataforma para ganhar contornos globais, ele ainda assim não perdeu uma de suas principais características: a de ser o meio mais próximo do cidadão.
De acordo com o Atlas da Notícia, pesquisa que mapeia desertos de notícias (como são chamados municípios em que não há nenhum meio de comunicação com produção jornalística) e o jornalismo local no país, o rádio figurou como o meio de comunicação mais numeroso nos municípios brasileiros até a última edição, quando ele foi ultrapassado – por menos de 1% – pelo online.
Em 2021, eram quase cinco mil emissoras, o que corresponde a 33,5% do total de veículos com produção jornalística local. O rádio ainda está em primeiro no Centro-Oeste, no Sudeste e no Sul do país.
O coordenador do projeto, Sérgio Ludtke, afirma que esse número pode ser ainda maior. “Ainda estamos desbravando os municípios. E se a gente pudesse contabilizar rádios comunitárias que produzem jornalismo, provavelmente o rádio ainda seria o principal meio de comunicação que atende as audiências locais no país”.
Mesmo com tanta capilaridade do rádio e da expansão de meios online, o país está longe de se livrar dos desertos de notícia: 14% da população brasileira ainda vive sem acesso à produção local de informações, o que corresponde a 29 milhões de pessoas. Elas vivem em mais da metade dos municípios do país – mais precisamente 53%.
Quem passar pelo local vai conhecer a diversidade da produção da Economia Solidária de Uauá, presentes nos doces e licores com sabores da caatinga, mel, cosméticos, artesanatos e confecções, além de atrações musicais e culturais da cidade.
A feira contará com a presença de empreendimentos atendidos pelo Centro Público de Economia Solidária Sertão do São Francisco (CESOL-SSF), que realiza assistência técnica para 128 empreendimentos distribuídos em dez cidades do território Sertão do São Francisco.
De acordo com a coordenadora do projeto Cesol-SSF, Aline Craveiro, "As Feiras de Economia Solidária tem ajudado a fortalecer os empreendimentos solidários da região, prejudicados com a pandemia do novo Coronavírus. São espaços que oportunizam a apresentação de produtos preparados para a comercialização, com embalagens e rótulos contendo todas as informações necessárias para serem comercializadas nesses espaços, e que muitas vezes, são desconhecidos pelos próprios moradores da cidade", destacou.
As feiras de Economia Solidária integram o edital 009/2019 do Governo do Estado da Bahia, através do termo de colaboração com o Instituto de Integração e Formação Casa da Cidadania, com o CESOL-SSF, onde estão previstas a realização de 100 feiras em todo o estado até o final de 2022, com o propósito de fomentar a comercialização de pequenos empreendimentos locais atendidos pelo Centro Público. (Fonte: Cesol-Sertão do São Francisco)
A programação consta de Oficina de Óleos Essenciais e Conhecimentos Ancestrais, Oficina de Agrofloresta com inscrição com número limitados e mediação da agricultora Maria Silvanete Lermen e o pedagogo Vilmar Lermen. As inscrições podem ser feitas pelo contato http://selvagemciclo.com.br/
A imersão presencial do II Ciclo Mulheres, Plantas e Cura propõe uma vivência coletiva junto à Maria Silvanete Lermen, no sítio onde vive com sua família, no alto da Chapada do Araripe, Serra dos Paus Dóias (Exu-PE) – território ancestral que abriga mais de cento e oitenta e seis sítios arqueológicos, terra onde também nasceu Luiz Gonzaga, paisagem de história e encantamento.
Ao longo de seis dias, as pessoas participantes são convidadas a um mergulho profundo em dinâmicas de educação popular e autoconhecimento.
Território de restauração e regeneração, referência de prática agroflorestal no país, a agrofloresta criada e manejada por Maria Silvanete, seu companheiro Vilmar Lermen e suas filhas e filhos se apresenta como um manto verde germinado na paisagem do semi-árido pernambucano, onde abundam centenas de cultivares, plantas medicinais, árvores, abelhas e outros seres que ali habitam, convivem e transformam o ambiente em busca de um bem-viver.
A VIVÊNCIA será dividida em duas ações principais, coordenadas por Maria Silvanete Lermen e Vilmar Lermen:
1. OFICINA DE AGROFLORESTA, onde as participantes serão convidadas a imergir no pensamento, desenho e implantação de sistemas agroflorestais biodiversos sucessionais na prática, além de estudos e reflexões teóricas sobre os conceitos voltados para a Convivência com o Semiárido no bioma da Caatinga e do Cerrado.
2. OFICINA DE ÓLEOS ESSENCIAIS E CONHECIMENTOS ANCESTRAIS, onde as participantes são convidadas a reavivar na memória os saberes e práticas dos cientistas populares, e extrair óleos essenciais de plantas nativas na Caatinga a partir de saberes ancestrais.
A vivência apresenta-se como uma oportunidade rara de descobertas, imersões e (re)acordamentos em dimensões diversas – desde a vida prática no manejo de plantas e ervas medicinais, às dimensões subjetivas de (re)acordamentos pessoais e coletivos.
As oficinas acontecem na Casa de Vivência Maiêutica – Casa de Cuidado e Cura – @espacodevivencia: https://www.instagram.com/espacodevivencia/ e na Agrofloresta da Agrodóia - @agrodoia.exu: https://www.instagram.com/agrodoia.exu/ no sítio da família Lermen, de 7h às 17h.
Além de Fagner como participação especial, João Gomes já anunciou a participação do o rapper L7nnon e a cantora Vanessa da Mata. De acordo com o cantor, outros convidados serão anunciados nesta sexta-feira (12).
João Gomes anunciou nesta quarta-feira (10) que o comerciante Gildo Gonçalves, popularmente conhecido como Gildo Lanches, estará presente na gravação do DVD. Ele ficará responsável pela alimentação da equipe que vai trabalhar no show marcado para o dia 17 de agosto.
O empresário pernambucano é conhecido por vender lanches em um ponto próximo à Praça do Derby, na área central do Recife. O cantor natural de Serrita, no Sertão de Pernambuco, chegou a visitar o empreendimento, no dia 16 de junho, e o registro do encontro foi compartilhado nas redes sociais do comerciante.
Como artista, Daniel Gonzaga está mais próximo do canto inquieto e urbano do pai, Gonzaguinha, do que do som regional e festivo do avô Gonzagão. Ele mantém, no entanto, a representação musical comprometida de seus antepassados.
Das 16 faixas existentes no recém-lançado álbum Gonzaga – gravado ao vivo por Daniel em 2015 e agora lançado pela Biscoito Fino em formatos álbum e DVD -, seis são desse cantor e compositor ciente do legado que carrega.
As faixas do álbum, o oitavo da carreira de Daniel, foram muito bem costuradas e propõem caminhadas do sertão ao universo mais urbano, com arranjos atuais.
“O repertório foi pensado pela própria coerência da minha carreira. Foram as músicas que a minha vida passou, que me ensinaram a ser um Gonzaga”, conta Daniel. “Além de contar com algumas músicas autorais de meus álbuns”.
O bom DVD é para apreciar a talentosa família. O trabalho foi gravado no Circo Crescer e Viver, no Rio de Janeiro, para onde Daniel compõe trilhas sonoras desde 1999. A irmã de Daniel, Nanan Gonzaga, e Paulinho da Viola participam do disco.
O repertório do álbum Gonzaga é o seguinte: Nascimento (Daniel Gonzaga), Pé de Serra (Luiz Gonzaga) e A Vida do Viajante (Hervê Cordovil, Luiz Gonzaga), Riacho do Navio (Zé Dantas, Luiz Gonzaga), Janela (Daniel Gonzaga e Kiko Furtado), Luz (Daniel Gonzaga), Espere por Mim Morena (Gonzaguinha) com participação de Nanan Gonzaga, João do Amor Divino (Gonzaguinha), A Morte do Vaqueiro (Luiz Gonzaga e Nelson Barbalho), A volta da Asa Branca (Zé Dantas e Luiz Gonzaga), #40, #35 (ambas de Daniel Gonzaga), O que É, o que É (Gonzaguinha) com participação de Paulinho da Viola e o filho João Rabello no violão, Festa (Gonzaguinha) com participação do zabumbeiro Marcos Trança, Da Vida (Gonzaguinha), Roendo Unha (Luiz Gonzaga e Luiz Ramalho) e Xote Relativo (Daniel Gonzaga).
A banda do show gravado é composta por Pedro Mamede (bateria), Pedro Moraez (baixo), João Gaspar (guitarras, resonator), Misael da Hora (teclados, programação), Flavia Belchior (percussões), Marcos Vasconcellos (guitarra, violão aço), Patrícia Costta (backing vocal), Cleverson Oliveira (sax tenor, flauta, sax soprano) e Mário PC (sax alto e flauta). (Fonte: Carta Capital)