PROGRAMA NAS ASAS DA ASA BRANCA DO PRÓXIMO DOMINGO CELEBRA OS 33 ANOS DE SAUDADE DE LUIZ GONZAGA

Alemberg Quindins é Pintor, escritor, músico, socioeducador, arqueólogo e criador da Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri.

Domingo 31 de agosto de julho no Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos, às 8hs www.radiocidadeam870.com.br e Rádio FM 95.7, o Café Prosa será com Alemberg Quindins. 

Você vai saber o motivo do Estado de Espírito do vento/cariri que sopra com saudade do Mar. Patativa do Assaré. Luiz Gonzaga e Padre Cícero, arqueologia e gestão cultural são temas da conversa.

Alemberg diz que a Chapada do Araripe tem uma influência nesse território desde o período cretáceo. Em torno dela, de um lado tem Luiz Gonzaga, a Pedra do Reino, de Ariano Suassuna e a Missa do Vaqueiro, Padre Cícero, Patativa do Assaré, Espedito Seleiro, toda uma cultura. O Cariri é um oásis em pleno sertão. É o solo cultural por conta de toda essa força que vem da geologia, da paleontologia, da cultura. Você vai entender a importância do contexto da Chapada do Araripe para o mundo.

"A Chapada é um platô central. Aqui, era o único lugar onde Lampião se ajoelhava e deixava as armas na porta. Território sagrado", diz Alemberg. 

O Memorial do Homem Kariri teve sua origem a partir das pesquisas de mitologia e etnomusicologia dos pesquisadores, músicos e produtores culturais: Alemberg Quindins e Rosiane Limaverde. 

Atualmente, a Casa Grande se consolida como ponto de memória da ancestralidade, da mitologia e da arqueologia do cariri cearense, utilizando-se da arte como ferramenta capaz de proporcionar uma imersão mais consciente destes assuntos.

Francisco Alemberg de Souza Lima, o Alemberg Quindins, é um dos criadores da Fundação Casa Grande-Memorial do Homem Kariri em 1992 com o intuito de valorizar a história do povo da região, o Vale do Cariri, e ser um centro de memória.

Em conversa com o BLOG NEY VITAL e que será transmitida no programa NAS ASAS DA ASA BRANCA-VIVA LUIZ GONZAGA E SEUS AMIGOS, na Rádio Cidade Am, Alemberg explica que a Chapada do Araripe é uma confluência de quatro Estados: Ceará, Pernambuco, Piauí e Paraíba.

"Um resumo do Nordeste. A Chapada do Araripe tem uma influência nesse território desde o período cretáceo. Em torno dela, de um lado você tem Luiz Gonzaga, a Pedra do Reino, de Ariano Suassuna e a Missa do Vaqueiro, por exemplo; de outro, do lado de cá, temos Padre Cícero, Patativa do Assaré, Espedito Seleiro, toda uma cultura".

Ainda de acordo com Alemberg a Chapada do Araripe é um platô central. "Aqui, era o único lugar onde Lampião se ajoelhava e deixava as armas na porta. Território sagrado. Portanto, o Cariri é um oásis em pleno sertão. É o solo cultural do Ceará por conta de toda essa força que vem da geologia, da paleontologia, da cultura. É onde você entende a importância do contexto da Chapada do Araripe para o mundo. Nosso manancial é esse: a cultura. A maioria dos mestres da cultura popular estão aqui. E, da forma como acontece em solo caririense, essa reunião de tanta coisa, não vamos encontrar em nenhum outro lugar do Estado".

A Fundação Casa Grande – Memorial do Homem Kariri, é uma instituição sem fins lucrativos, de utilidade pública federal. O local se tornou espaço de vivência em gestão cultural para crianças e jovens do sertão e tem como objetivos constantes no seu estatuto, pesquisar, preservar, coletar, juntar em acervo, comunicar, exibir, para fins científicos, de estudo e recreação, a cultura material e imaterial do Homem Kariri e de seu ambiente".

"Nós resgatamos a cultura local nas áreas de arqueologia, mitologia, artes e comunicação", conta Alemberg. Os alunos mantêm um canal de TV, de rádio, uma editora de gibis e um museu que conta com um rico acervo de 2.600 HQs e 1.600 títulos de clássicos do cinema. A ideia é desenvolver a capacidade de liderança das crianças a partir dos laboratórios de produção.

Arte, cultura, música e TV. Essas são apenas algumas das atividades oferecidas pela Fundação Casa Grande, em Nova Olinda, Cariri do Ceará Francisco Alemberg Quindins, músico e educador social da ONG que forma cidadãos e os transformam em protagonistas da própria história neste período de isolamento social tem participado de lives, transmissões ao vivo que tem contribuindo ainda mais para a divulgação do trabalho desenvolvido com as crianças.

No próximo mês de dezembro a Fundação vai completar 27 anos, o espaço guarda algumas artes indígenas dos primeiros habitantes da região; possui uma rádio; dispõe de uma editora de gibis, com um acervo com mais de 3 mil títulos; tem ainda um teatro; e uma banda de lata, que encanta quem visita a fundação.

Para registrar tanta coisa boa, a fundação conta com um canal virtual, a TV Casa Grande, cujo objetivo é dar voz, mostrar a arte dos moradores da região e documentar a cultura local.

O sucesso da fundação rendeu a ela o título de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional e muita visibilidade para cidade de Nova Olinda, que recebe, por ano, mais de 50 mil visitantes.

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PROJETO CORDEL NO FUSCA DO POETA FALCÃO GANHA POPULARIDADE EM EXU E REGIÃO

O poeta Falcão inovou ao montar, num fusca, a itinerante idéia de divulgar o cordel pelas ruas de Exu, Pernambuco e região da Chapada do Araripe. 

Em Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga, Antônio Givaldo Taveira dos Santos, é conhecido pelo nome de Poeta Falcão.

O poeta Falcão teve a idéia de lançar o Cordel no Fusca. A proposta ganhou popularidade e hoje o cordelista é convidado para participar de palestras, oficinas em outras cidades.

Nascido no dia 21 de abril de 1969, no sítio lagoa do meio Exu Pernambuco, o poeta é casado com Maria de Jesus Soares Taveira, com a qual tem uma filha,  Sarah Taveira Soares.

"Inicialmente minha trajetória poética aos dez anos de idade. Desde pequeno ouvia as poesias de Patativa do Assaré, nos rádios de pilha, minha mãe era leitora de cordéis. Atualmente sou autor de quase trinta cordéis e três livros de poesia popular brasileira", afirma o poeta. 

Ele conta que ainda em 2019 teve a ideia de criar o Projeto Cordel no Fusca, para servir de atração turística  no Museu do Gonzagão, o qual comercializa cordéis. 

"No futuro pretendo adesivar no fusca com figuras de literatura de cordel, e  fotos do Luiz Gonzaga e Patativa do Assaré, com cores da bandeira de Pernambuco.

Nas redes sociais, Poeta Falcão recebe centenas de incentivos para realizar esse é um belo sonho. "O incentiva as crianças, jovens e adultos, a adquirir a prática da Leitura da literatura de cordel, para isso preciso angariar fundos para a concretização do projeto. Preciso de patrocinadores", finaliza o Poeta Falcão.


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ACAVASF REALIZA CAMPANHA DE DEVOLUÇÃO DE EMBALAGENS DE AGROTÓXICOS EM JUAZEIRO

Chegou a hora de devolver as embalagens vazias de agrotóxicos. Os produtores rurais são o público alvo da campanha, pois em muitos casos existe dificuldade para dar a destinação adequada às embalagens, que são altamente tóxicas. Quando as embalagens são abandonadas no campo, enterradas ou queimadas podem contaminar o solo, a água e o ar, além de colocar em risco a saúde humana e os animais.

Vários orgãos e entidades, exemplo Codevasf,  estão apoiando a Associação do Comércio Agropecuário do Vale do São Francisco (Acavasf) no recebimento itinerante de embalagens vazias de agrotóxicos.

A iniciativa faz parte de uma lei federal e busca incentivar e educar os agricultores para o cuidado com o solo fértil, contribuindo para a preservação do meio ambiente. O cronograma para devolução acontecerá entre os dias 01 de agosto e 03 de outubro.

Projeto Maniçoba NH 1, DIA 01 de agosto e NH-2 (16 de agosto); Projeto Tourão (19 de agosto); Mandacaru (22 de agosto); Salitre (12 de setembro); Curaçá NH-1, NH-2, e NH-4 (29 de setembro) e NH-3 ao lado da casa de bomba (03 de outubro), sempre em horário comercial, das 09h às 12h/ das 13h às 17h.

Entrega: Para facilitar a entrega, recomenda-se a tríplice lavagem, separação de tampas coloridas das brancas e retirada dos lacres. Após a entrega dos pequenos produtores, as embalagens são levadas para uma Central de recebimento, em Petrolina, onde passam pelo processo de classificação e prensa.






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LUIZ GONZAGA E A CULTURA BRASILEIRA

Luiz Gonzaga, através da sua música, deu origem a uma das mais significativas representações da cultura brasileira. Sua música e o baião, sua mais expressiva criação, revolucionaram o imaginário do povo brasileiro. Um universo ímpar de significações que alargou as fronteiras da nossa identidade nacional, incluindo o povo nordestino no imaginário do Brasil.

Há quem diga que o Nordeste, tal qual o compreendemos, foi uma invenção de Seu Lua. A grandeza de sua obra fez dele um dos representantes mais ilustres da cultura brasileira, pelo que dela ele soube traduzir e o que a ela soube, com sua genialidade, acrescentar.

Ainda jovem, tornou-se um símbolo do País inteiro. Entre meados das décadas de 1940 e 1950, o baião foi o estilo musical mais tocado no Brasil. O baião é, reconhecidamente, tanto quanto o samba, uma expressão brasileira, por excelência. Em qualquer parte deste planeta. E Luiz Gonzaga, o maior ídolo da música popular brasileira. Desde então, nunca mais deixou de ser ouvido, tocado e composto.

Referência e nostalgia. Quando eu me encontrava exilado, tinha em Luiz Gonzaga a referência mais viva e contagiante do Brasil. Confesso que ouvir suas canções era um sentimento perturbador, me descolava da vida na Suécia onde eu havia encontrado acolhida, era feliz e razoavelmente integrado. Lembranças da minha infância, saudades do que havia deixado para traz, dor do exílio e banzo. Frequentemente choramingava solitário de nostalgia.

Luiz Gonzaga foi uma dádiva para nossa formação cultural em momento de grande expansão urbana. Gonzaga surgiu para o Brasil no Rio de Janeiro num momento privilegiado. A indústria do disco e a rede radiofônica já tinham a maturidade tecnológica e cultural, para entender um talento como o seu, capaz de unir o país de ponta a ponta, com alto nível de elaboração.

Luiz urbanizou sua tradição, predominantemente rural e interiorana. Como todo grande artista, foi capaz de traduzir o seu mundo, universalizando-o; capaz de absorver em seu processo criativo toda a vivência cultural dos nordestinos e torná-las objeto de admiração e de afeto para milhões de brasileiros.

O Brasil é um país tão extenso e tão diverso que precisa ser o tempo todo apresentado a si mesmo. Foi isso o que Seu Luiz fez, apresentou ao Brasil um Nordeste que o Brasil desconhecia. Um mundo cheio de novidades, dores e belezas. Poucos terão cantado tão bem quanto ele e seus parceiros os dramas do povo nordestino; mas, acima de tudo, foi a alegria de viver do nordestino que ele mais intensamente nos revelou. Muitos brasileiros aprenderam a amar e respeitar o Nordeste depois de serem cativados pela rara beleza da voz confiante de Gonzagão, e pelo seu sorriso, exprimindo uma inabalável alegria de viver.

Gonzaga surgiu como representante típico da massa cabocla do sertão. Destinado a plantar no coração da metrópole as sonoridades, os versos e a memória coletiva de um povo que nunca sonhava em ir para a cidade, e só o fazia quando o seu mundo começava a se acabar, pelo latifúndio, pela seca e falta de oportunidade. Como o então presidente Lula. Outro ilustre brasileiro oriundo dessa tragédia nordestina.

JUCA FERREIRA-Sociólogo e ex MINISTRO DA CULTURA

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CARUARU CELEBRA OS 33 ANOS DE SAUDADE DE LUIZ GONZAGA NA TERÇA-FEIRA (02) DE AGOSTO

Em homenagem aos 33 anos de saudade pela morte do "Rei do Baião", Luiz Gonzaga, Caruaru, através da Fundação de Cultura, realizará homenagem ao sanfoneiro, na próxima terça-feira (2), às 19h, no Pátio de Eventos (em frente à estátua).

Intitulada de "33 anos sem Gonzaga, Rei do Baião – Saudade, o meu remédio é cantar", a comemoração terá palestra, realizada por Djean Dantas, que contará a vida e obra do artista, além de poesias e muita música, comandada por artistas de Caruaru, sobre a regência do Maestro Mozart Vieira que farão homenagem ao Rei do Baião, cantando canções de sua autoria.

O evento é aberto ao público e quem desejar, poderá levar para o local 1kg de alimento não perecível, que será entregue para o Transforma Caruaru e instituição religiosa. "A celebração visa enaltecer a memória e o legado que Luiz Gonzaga, o Rei do Baião deixou, através de sua música, história de vida e tudo que representou para os nordestinos", afirmou o presidente da Fundação de Cultura de Caruaru, Rafael Martiniano.

Luiz Gonzaga- Luiz Gonzaga do Nascimento foi um compositor e cantor brasileiro. Também conhecido como o Rei do Baião, foi considerado uma das mais completas, importantes e criativas figuras da música popular brasileira. Nasceu em 13 de dezembro de 1912, na cidade de Exu, Pernambuco, e faleceu no dia 2 de agosto de 1989.

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O HOMEM CHEGA JÁ DESFAZ A NATUREZA...ADEUS REMANSO, CASA NOVA, SENTO SÉ, SOBRADINHO, PILÃO ARCADO

"O homem chega, já desfaz a natureza tira gente, põe represa, diz que tudo vai mudar/ O sertão vai virar mar dá no coração o medo que algum dia o mar também vire sertão/ O Rio São Francisco, lá pra cima da Bahia diz que dia menos dia vai subir bem devagar e passo a passo vai cumprindo a profecia do beato que dizia que o sertão ia alagar/ Vai ter barragem no salto do Sobradinho e o povo vai-se embora como medo de se afogar...Adeus Remanso, Sento Sé, Casa Nova, Sobradinho, Pilão Arcado"...

Além de trabalhar no Sistema de Comunicação na redeGn, jornalista, atualmente sou aluno do Curso em Agroecologia, apresentador e produtor do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos, todos os domingos, na Rádio Cidade. Sou especialista em Ensino de Comunicação Social e História da Cultura. 

Gosto mesmo é de contar Histórias. Sentimentos mais humanos. Sem elas, não há uma boa canção. Todos os bons cantores e compositores deveriam contar os bastidores de suas canções. Estive em Sobradinho, Bahia. Jornalista que sou, ouvi muito mais que o lado físico sobre o uso das águas do Rio São Francisco, das pedras e ferros que construíram a Barragem da Hidroelétrica, Chesf. Lembrei das famílias afetadas e obrigadas, forçadas a deixar o seu pedaço de terra.

Neste turbilhão aprendi que sou um eterno aprendiz. E eu juro que vi, a natureza, sem mágoas ou rancor, revelando o impacto sobre o meio ambiente. Ouvi através das nuvens e das águas evaporando o som das sanfonas, pífanos e violões, o lamento, quase choro, sobre a perda da identidade, referência cultural e histórica. 

Olhando o maior lago artificial da América Latina, gritei a gratidão a Sá e Guarabyra e não sabia o que falar para as árvores e o vento que soprava, aos pássaros e cardumes de peixes.

Devo dizer que Sá e Guarabyra, são talentosos e justos, partindo do sertão de sãofranciscano de Cinamomo e Tabuleiro às peripécias nova-iorquinas de Ziriguidum Tchan;  seguindo por aventuras de estrada, como em Meu Lar É Onde Estão Meus Sapatos, aos casos de amor vividos em Nuvens D Água, Dona, Espanhola e hinos ecológicos como Paraíso Agora.

A música “Sobradinho” provocou a questão ecológica na música brasileira. Na época eles ergueram a voz contra a injustiça e olhos viram o que poucos enxergavam. São dezenas de trilhas de novelas, teses de mestrado, monografias e documentários nas redes sociais, mais de quatrocentas músicas, gravadas por eles e por cantores de três gerações da música brasileira.

Conta-se que no ano de 1977, quando Sá e Guarabyra faziam um percurso de carro pelo sertão do Vale do São Francisco, nas margens do Rio São Francisco em direção à cidade de Bom Jesus da Lapa, onde o pai, de Guarabyra vivia, caminhavam pelas ruas quando ouviram uma prosa estranha dita por mais de duas pessoas. Caminhões gigantes, como nunca vistos por ali, andavam levantando as terras de uma região vizinha.

Então seguiram para lá e viram o que jamais imaginavam. Não só os caminhões, mas também muitos homens trabalhavam para construir a represa gigante de Sobradinho, um lago 600 vezes maior do que a Baía de Guanabara, no Rio de Janeiro, construído com águas represadas do Rio São Francisco para fazer funcionar a usina hidrelétrica de Sobradinho. Ninguém sabia disso naquela tarde em que Sá e Guarabyra tiveram a visão do sertão virando mar. Sob regime ditatorial, os jornais nada noticiavam e o projeto era tocado às escuras.

Seis cidades seriam inundadas, centenas de famílias seriam removidas e o impacto ambiental se anunciava.  

As cobranças previstas e as inimagináveis logo chegariam, como o aumento nos índices de degradação ambiental, e destruição, além do impacto na mente humana. Quantos amores deixaram de existir?

Sá & Guarabyra fizeram a primeira reportagem, poesia denunciando em música o que o mundo saberia em breve. “Adeus, Remanso, Casa Nova, Sento-Sé / Adeus, Pilão Arcado, vem o rio te engolir / Debaixo de água lá se vai a vida inteira / Por cima da cachoeira o gaiola vai, vai subir / Vai ter barragem no salto do Sobradinho / e o povo vai-se embora com medo de se afogar / O sertão vai virar mar / dá no coração / o medo que algum dia o mar também vire sertão…” 

Foi a partir do sucesso da música que o Governo Militar então começou a fazer propagandas para reverter a imagem e dizer que a iniciativa faria bem ao País.

Sá e Guarabyra. No batismo Luiz Carlos Pereira de Sá é carioca. O baiano da dupla é Guttemberg Nery Guarabyra. Os dois tiveram suas músicas gravadas na voz de Biquini Cavadão, Elis Regina, Roupa Nova, Trio Nordestino, Gal Costa entre outros grandes artistas.

Assim ouvi e aqui reproduzo. (Texto reportagem Ney Vital - Jornalista)

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FOTOGRAFIA REVELA A PRIMEIRA FESTA DA SAUDADE COM A PRESENÇA DE LUIZ GONZAGA EM JUAZEIRO, BAHIA

Fotografias revelam histórias. Luiz Gonzaga fez a viagem para o "Sertão da Eternidade" no dia 02 de agosto de 1989. Cândido Alves Neto, no dia 26 maio de 1999 e José Antônio de Souza, 03 de agosto de 2003. Eles fazem parte desta foto clicada no ano de 1985, durante a primeira Festa da Saudade na AABB, Juazeiro Bahia.

Quantas histórias guardam essa foto registrada junto ao rei do Baião, Luiz Gonzaga, que no dia 02 de agosto vai completar 33 anos de morte.

Hildene Nunes Sento Sé de Souza, atualmente está com 78 anos. Na época esposa de José Antônio de Souza, apelidado de Jesus. A educadora Hildene hoje é aposentada. Foi professora e diretora da Escola Estadual Helena Celestino Magalhães. Escritora, inquieta, ela escreveu dois livros,  Sento Sé Uma família, uma cidade, parte 1 e 2.

Em sua casa ela guarda a história através de fotografias. Nascida em 02 de março de 1944, Hildene revela que a foto é um momento de muita alegria. "Todos queriam ser fotografados ao lado de Luiz Gonzaga, Rei do Baião. Antônio gostava muito das músicas de Luiz Gonzaga, aboios, no livro registro os versos de Vavá Machado e Marcolino, dois grandes aboiadores que fizeram homenagem para nós", diz Hildene.

Detalhe: dona Hildene foi fotografada tocando sanfona, instrumento que ela disse ter aprendido de ouvido.

O tempo e o espaço entre o ano da foto da AABB, a Festa da Saudade e este ano de 2022 marcam 37 anos. Na época Hilda Sento Sé de Souza

Carvalho, filha de Hidene e José Antonio, tinha 17 anos. "É uma recordação inesquecível. Nossa família sempre gostou de cultura e todas as fotos que mamãe guarda até hoje revela a história e provoca a certeza do futuro que será contado para as novas gerações e também pesquisadores", diz Hilda.

A jornalista Clarice Alves, 42 anos, é filha de Cândido Alves Neto, apelidado de "Pavio". Em vida Cândido Alves Neto também atuou como radialista. Foi apresentador do Programa Forró do Varandão, com a tradicional vinheta, o Pavio do Bigodão.

Clarice conta que foi pela expressividade, comunicação dinâmica do pai, ela optou pela área de jornalismo.

"Papai era muito dinâmico. Dançava, proseava muito. Adolescente, Cresci ouvindo os discos, lps da época na voz de Luiz Gonzaga. Minha memória afetiva reside neste tempo. Ouvir rádio na época de pilha. A nossa educação musical vem dele sim".

A REDEGN também fez contato com Josesam Pereira de Souza. Hoje ele tem 78 anos. "Sinto muita emoção, Guarda outras fotos até hoje e agredeço a Grande Arquiteto do Universo ter vivido este momento. Na época todos se juntaram ali para a fotografia e hoje estamos contando a história".

"Zezão", como é conhecido, mora no Distrito de Pinhões. "Lembro que pedi na festa para o Rei do Baião tocar, a música Numa Sala de Reboco e ele pediu para o sanfoneiro Mauro, fazer a introdução, o sobrinho dele, Joquinha Gonzaga também estava nesta apresentação".

A fotografia é a possibilidade de revisitar um passado feliz é sempre uma experiência prazerosa.

"A fotografia tem esse poder. Ao olhar para uma foto, riquezas de detalhes são observadas e a cena é reconstruída", diz o cantor e compositor, sanfoneiro Targino Gondim, ressaltando a importância desta reportagem, visto que em tempos de recursos digitais,facilidades de armazenamento estão ao alcance de um clique. Na internet, os tempos digitais oferecem um acervo de milhares de fotos com uma riqueza de detalhes impressionante, mas em 1985, não havia essa facilidade. Por isto o valor histórico desta fotografia", finalizou Targino.

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