LUIZ GONZAGA E A PAIXÃO PELO FUTEBOL. EXU POSSUI O GONZAGÃO FUTEBOL CLUBE

O Blog Ney Vital destaca a História de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião com o futebol. Ele era apaixonado pelo esporte e teve até um time com seu nome e em Exu, Pernambuco, sua terra, existe o Gonzagão Futebol Clube.

Se estivesse vivo, Luiz Gonzaga completaria este ano 110 anos em  13 de dezembro de 2022.

Nos anos 80 Luiz Gonzaga foi registrado numa foto ao lado do sobrinho, Piloto e outros jogadores.

A história conta que Luiz Gonzaga chegou a ter um time em sua homenagem: o Gonzagão Futebol Clube, sediado em sua cidade natal, a 630 quilômetros do Recife. O Gonzagão Futebol Clube, disputou a sua primeira partida contra uma equipe de Araripina, também no Sertão. Luiz Gonzaga usava binóculo para assistir aos jogos, “Seu Lua” fez questão de dar o ponta pé inicial, com a imagem sendo o seu último registro como torcedor. Uma outra versão do Gonzagão Futebol Clube, acabou sendo criada criada em 12 de janeiro de 2015, com o cantor presente no escudo – com a sua sanfona branca. 

No Rio de Janeiro o Rei do Baião declarou que torcia pelo Botafogo e no seu Pernambuco o preferido era  Santa Cruz de corpo e alma. 

Luiz Gonzaga foi do tempo, definido pelo jornalista Armando Nogueira, onde o futebol era pura arte: o drible era poesia, o passe prosa, o chute era o êxtase e o gol delírio pleno.

No podcast do projeto Luiz Gonzaga 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, apresentado e criado pelo pesquisador Paulo Vanderley consta o cantor Fagner falando sobre a paixão de Luiz Gonzaga pela arte do futebol, e detalha uma partida de futebol disputada em Exu, com presença de Gonzaguinha, durante as festividades do Centenário da Igreja de São João Batista do Araripe.

No ritmo, harmonia e melodia, Luiz Gonzaga, em seu repertório declarou amor ao futebol e cantou Siri jogando bola, Hino do Batistão e Lá vai a pitomba. O Estádio Estadual Lourival Baptista, em Aracaju, foi inaugura em 9 de julho de 1969, Luiz Gonzaga cantou no evento.

Atualmente o técnico, do time Gonzagão Futebol Clube é Giliard Fernandes da Silva. A equipe disputa a primeira divisão do Campeonato local.


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PAULO VANDERLEY: PODCAST E SITE JÁ SÃO REFERÊNCIAS DAS COMEMORAÇÕES 110 ANOS NASCIMENTO DO REI DO BAIÃO

O dia 13 de dezembro de 2022 marca os 110 anos de nascimento de Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Mas, as comemorações já começaram pelas ações de Paulo Vanderley, um dos principais pesquisadores e referência nacional sobre a vida do artista. 

O projeto, que culminará com o lançamento de um livro, já começou com a série exibidas através do podcast “Luiz Gonzaga 110 anos de Nascimento”, reunindo símbolos importantes da carreira do sanfoneiro, cantor e compositor.

No dia 30 de março de 2022, foi ao ar o primeiro episódio que continua disponível. A proposta do podcast é oferecer um bate-papo descontraído entre amigos apaixonados pela obra de Luiz Gonzaga.

Esse é o DNA do podcast “Luiz Gonzaga 110 anos de Nascimento”. Ao todo, o projeto reunirá mais de 50 programas. Em cada uma das gravações, haverá convidados especiais, como Elba Ramalho, Waldonnys, Braulio Bessa, Fagner e Espedito Seleiro. Disponibilizado nas principais plataformas de hospedagens de podcast, cada episódio será liberado às quartas-feiras.

Além do podcast, o projeto em homenagem aos 110 anos do Rei do Baião conta também com o site www.luizluagonzaga.com.br, uma websérie e um livro que reúne o maior acervo de pesquisa sobre o artista já publicado no Brasil. O site Luiz Luz Gonzaga, de visual renovado, foi relançado para o público em 13 de dezembro de 2021 dia em que se comemorou os 109 anos de nascimento do artista. A plataforma leva assinatura do pesquisador Paulo Vanderley, apaixonado pela obra gonzagueana, reunindo no ambiente vitual um amplo acervo sobre a carreira de Luiz Gonzaga, tais como discos, fotos e documentos raros.

A página foi criada há 16 anos, com supervisão técnica de Walmar Pessoa, e é considerada, hoje, o maior acervo digital da obra de Gonzaga. Paulo Vanderley, reuniu, ao longo do tempo, inúmeros detalhes da carreira do artista e, como todo apaixonado colecionador, conservou o material nos arquivos dentro de sua própria residência. Até que, em 2005, resolveu disponibilizar para o grande público por meio da internet. O site chegou à marca de 8 milhões de acessos somente em 2012, ano do centenário de Luiz Gonzaga.

O site foi relançado numa série de eventos em Exu, terra natal do homenageado, e teve seu grande momento com uma live. Numa conversa leve e descontraída, Paulo convidou o ator e influenciador digital Max Petterson, cearense apaixonado pela cultura nordestina, e Espedito Seleiro, artista plástico e mestre da arte do couro que trabalhou no desenvolvimento do figurino de Luiz Gonzaga. Juntos, prestaram uma justa homenagem ao Rei do Baião e apresentaram detalhes do acervo disponível no novo formato do site.

EXPANSÃO DA MEMÓRIA: Além do site, o pesquisador Paulo Vanderley também está envolvido na produção do livro "Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento". A obra promete ser um dos documentos mais definitivos de consulta sobre a carreira de Gonzaga e um valioso instrumento de pesquisa sobre a canção brasileira. “Em cada página, o leitor viverá uma experiência gonzagueana. Vamos anexar letras, capas de LPs, fotografias raras”, destaca o pesquisador.

O livro é a síntese de mais de três décadas de pesquisa e paixão de Paulo pela obra de Gonzaga. Ele será narrado em primeira pessoa pelo próprio Luiz Gonzaga, com trechos extraídos de gravações de entrevistas concedidas a rádios, jornais e canais de tv pelo próprio artista entre os anos 1940 e 1980. “É como se você estivesse lendo um texto com aquela voz inconfundível de Gonzaga”, adianta Paulo Vanderley.

Além disso, o autor traz um relato preciso sobre a trajetória do Rei do Baião, construída entre a memória pessoal e os relatos de nomes consagrados da música que conviveram com Gonzaga, como Fagner, Lenine, Santana, o cantador e Maciel Melo, outros ícones da MPB. A previsão de lançamento do livro é para o São João de 2022.

O projeto conta com o apoio de importantes parceiros como a Betânia, Uninassau, Cerbrás, Grupo S&S e Cevema.

REFERÊNCIA NACIONAL: A experiência e o conhecimento fizeram de Paulo Vanderley uma referência nacional no tema, tanto que ele foi convidado como consultor em importantes projetos sobre Gonzaga, como o Museu Cais do Sertão, no Recife, o filme "Gonzaga: de pai pra filho", de Breno Silveira, e do desfile campeão do carnaval do Rio de Janeiro em 2012, da Unidos da Tijuca de Paulo Barros.

Aos poucos, Paulo Vanderley conseguiu transportar esse valioso material para o mundo digital. Agora, na nova versão do site, o público conseguirá navegar pelas fotografias raras, a história da discografia completa, conferir a letra na íntegra das canções gravadas, vídeos raros e ler curiosidades colhidas pelo coordenador do site durante a convivência com ícones da MPB.

“É uma forma de manter viva a memória de um dos maiores nomes da nossa música e reconectar todo esse legado com novas gerações. Eu fico animado com esse interesse por Gonzaga. Ele foi e é muito importante para nossa cultura”, relata Paulo, animado com o sucesso do projeto.

FICHA TÉNICA - PODCAST

Apresentação: Paulo Vanderley

Produção: Viu Cine

Técnico de som: Mago Andrade

Música: Lucas Campelo

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CARTA ABERTA PARA O CANTOR, MESTRE AZULÃO SABER DE NOSSA GRATIDÃO

O Brasil desperdiça o potencial de sua musicalidade, riqueza maior, Floresta de ritmos, harmonia e melodias, um ativo único e inigualável. Prova disto é a despedida dos palcos do cantor Francisco Bezerra de Lima.

Conhecido como, o "Pequeno Grande" Azulão que se despediu dos palcos na última sexta-feira (17) de junho, em Caruaru, no Agreste de Pernambuco. O caruaruense dedicou 60 dos seus 80 anos de vida à música. A despedida aconteceu no palco do Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga ao lado do filho, Azulinho.

O jornalista e pesquisador musical Ricardo Anisio, no Livro Forró de Cabo a Rabo, destaca que Azulão É muito mais do que Você pode imaginar: é um artista prenhe de sinceridade estética, é riqueza musical na forma da arte de cantar.

"Azulão nasceu para cantar, assim como o pássaro que ele escolheu para se auto-batizar artisticamente...Azulão deveria constar em qualquer aula, que se possa ministrar sobre cultura brasileira, no seu caso sobre música. Azulão é mestre na arte de cantar". 

Durante o show de despedida, Azulão foi surpreendido ao saber que será homenageado em vida com uma estátua feita pelo artista plástico Tita Caxiado, que também foi o responsável pela estátua de Luiz Gonzaga, que dá boas-vindas aos forrozeiros que vão até o polo principal do São João de Caruaru.

No último show da carreira de seis décadas, Azulão se divertiu e cantou os maiores sucessos dele, como "Caruaru do Passado", "Dona Tereza" e "Adeus meu amor", para as milhares de pessoas que foram ver de perto a despedida do "Pequeno Grande" dos palcos. Azulão ainda recebeu uma homenagem do neto, Alexandre Filho, que cantou uma música para o avô.

"Azulão é Caruaru, Azulão é o forró. Ser herdeiro de Azulão, um dos maiores nomes da música nordestina, é uma responsabilidade muito grande", ressaltou Azulinho.

O orgulho pela representatividade de Azulão para a música está dentro da própria casa. O filho dele, Azulinho, de 31 anos, segue os passos do pai e hoje é companheiro de palco do artista. Azulinho usou as redes sociais para comunicar a aposentadoria do pai: “Azulão é e sempre será a lenda viva de nossa Caruaru, nesse momento tão lindo não a tristeza, pois sabemos que seu legado irá se perpetuar por toda vida e que jamais será esquecida ou apagada a linda trajetória que meu pai trouxe até aqui”, disse.

HISTÓRIA: Cantor e compositor, Francisco Bezerra de Lima, o Azulão nasceu a 25 de junho de 1942, em Brejo de Taquara, distrito de Caruaru. Ainda criança, foi, com a família, morar no centro da sua cidade. Começou a cantar nos programas de calouros da extinta Rádio Difusora de Caruaru. Teve como influência em sua carreira de compositor os ídolos Jackson do Pandeiro e Luiz Gonzaga, o Rei do Baião. Depois o Maestro Camarão, criador da primeira banda de forró do Brasil, Banda do Camarão, chamou Azulão para fazer parte do conjunto. Na sua voz, foram eternizadas músicas como: Dona Tereza, Mané Gostoso, Caçote e Caruaru do Passado. 

*Ney Vital-é jornalista apresentador e produtor do Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos.
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CANTOR DEL FELIZ RECEBE TÍTULO DE CIDADÃO PETROLINENSE NESTA TERÇA-FEIRA (21)

O cantor Del Feliz vai receber o Título de Cidadão de Petrolina, Pernambuco, nesta terça-feira (21), durante sessão solene, no plenário da Câmara Municipal de Vereadores, a partir das 19hs.

A honraria é a valorização ao trabalho de Del Feliz que, ao longo de 22 anos de carreira, tem contribuído para a valorização da Cultura Gonzagagueana e festejos juninos, para a afirmação da cultura nordestina e para a internacionalização dos ritmos mais brasileiros, o forró, xote e baião.

O diretor da agência de conteúdo ‘Sertão Mídia', produtor cultural de Pernambuco,  Luciano Peixinho, comenta que Del Feliz é a síntese do povo do Nordeste, que luta, que espalha esperança, que resiste e que celebra suas raízes com muito orgulho e por isto a sua trajetória, é reconhecer uma vida dedicada à divulgação, valorização da música e das expressões da cultura popular nordestina. 

TRAJETÓRIA: Nascido no distrito de Barreiros, em Riachão do Jacuípe, Del Feliz possui uma longa história de superação e amor à cultura. Herdou de sua mãe, Dona Nicinha, o gosto pelo reisado, samba e cordel, elementos que caracterizam seu trabalho como artista e que o ajudaram a construir uma carreira sólida e de sucesso no âmbito do forró.

Seu trabalho se caracteriza pelo destaque aos elementos da cultura e identidade nordestina. Del Feliz, padrinho nacional da campanha que tornou o forró Patrimônio Cultural e Imaterial do Brasil, segue empenhado na busca do reconhecimento do ritmo como patrimônio da humanidade. É de sua autoria o “Hino do São João da Bahia”, música gravada com a participação de cerca de 40 cantores, principais representantes nos festejos juninos da Bahia, e divulgada em três diferentes idiomas: espanhol, francês e inglês. A canção foi aprovada pela ALBA como Hino Oficial do São João da Bahia.

Além de temáticas tradicionais do forró, o artista produz músicas que abordam temas como cultura, diversidade, ecologia, vacinação e incentivo à leitura. Ao longo da sua trajetória, Del construiu parcerias importantes com artistas como Gilberto Gil, Maria Bethânia, Dominguinhos, Geraldo Azevedo, Elba Ramalho, Adelmário Coelho, Michel Teló, Santanna, Carlinhos Brown, dentre outros.

DEL FELIZ possui 22 CDs e 3 DVDs, gravados de forma independente, realizou uma turnê nacional com destaque para o São João e tem passagens por diversos países, como França, Estados Unidos, Inglaterra, Portugal, Japão, sempre divulgando as expressões da cultura nordestina.

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LIVRO "EXU, CIDADE DA GENTE" É LANÇADO DURANTE SOLENIDADE OFICIAL

Em Solenidade Oficial na última sexta-feira (17), na cidade de Exu, cerca de 630 km da Capital Recife-PE, terra de Luiz Gonzaga, o prefeito Raimundinho Saraiva (PSB) realizou uma cerimônia de lançamento do Livro Didático: "Exu, cidade da gente". 

Escrita por autores exuenses, a obra traz o estudo da geografia, história e estudos regionais do município de Exu. Com um olhar de compreensão de forma lúdica e didática pela memória da história dos povos Ançus, fundadores, Bárbara de Alencar, Luiz Gonzaga e daqueles que deixaram sua marca na construção de um solo sagrado no sertão pernambucano. 

A professora Aldenir Araújo descreveu a Unidade 1 - Lugar de Viver; a também professora Marina Santana, a Unidade 2 - História e Memória; A professora Maria do Amparo Alencar, a Unidade 3 - Lugar de Memória; A professora Sabrina Guimarães Bacurau a Unidade 4 - Educação Socioambiental, o ambientalista Cícero Marcelino a Unidade 5 - Lazer e Turismo, e a Ex-Vice-Prefeita de Exu, Maria do Socorro Pinto Saraiva a Unidade 6 - Poder e Cidadania. 

O prefeito Raimundinho Saraiva destacou que o livro é um Marco Histórico de sua gestão. 

"Lançamos mais que um livro didático: "Exu, cidade da gente." É, além disso, a ressignificação de caminhos, pois oportunizamos aos nossos educandos e leitores o acesso à história do município, escrita por seus filhos,  autores genuínos desta obra. Acreditamos que ela surtirá seu efeito em toda a rede municipal de ensino que dela se apropria, impactando esta e as futuras gerações".

A Secretária de Educação do município, a professora Edilânia Tavares, frisou: "Uma obra didática de grande relevância, dada ao seu conteúdo histórico e a riqueza da nossa trajetória, construída ao longo dos anos por homens e mulheres que fizeram acontecer e deixaram seu legado".

Uma das autoras do livro, Maria do Socorro Pinto, falou representando todos os autores: "O momento que se registra é único porque marca a história do município com uma obra que será referência para os que dela se apropriarem e que nela buscarem o conhecimento, também nela identificando suas próprias raízes. E com um diferencial porque todos os seus autores são filhos dessa Terra, deste solo-mãe, que gerou em seu seio, almas desejosas de proclamar a sua identidade e enriquecer sua cultura, como nosso saudoso Luiz Gonzaga, marco principal do acervo cultural deste município".

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IGREJA DE SÃO JOÃO BATISTA DO ARARIPE 154 ANOS: BANDA DE PIFE E FÉ ENCANTAM NOVENAS JUNINAS

Este ano a Igreja de São João Batista do Araripe completa 154 anos. A professora Thereza Oldam de Alencar é a autora do livro Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-Pernambuco (Sesquicentenário 1868-2018) que revela a história de fé que envolve a Igreja, localizada no município de Exu, Terra de Luiz Gonzaga. A Igreja está localizada cerca de 20 km distante da sede do município.

Este ano mais uma vez a fé é renovada com a realização das Noites de Novenas Juninas. O evento é repleto de beleza e cultura, aliada a fé e esperanças. Conforme mostra foto acima, a Banda de Pífe é presença marcante. De acordo com a escritora Thereza Oldam, "o grupo de zabumbeiros e pifeiros pontuam historicamente os festejos juninos da Igreja de São João Batista do Araripe e é tradição familiar, contemporâneo da inauguração em 1868".

Lourival Neves de Souza, Seu Louro do Pife, é octogenário, e até hoje é presença dos festejos juninos na Fazenda Araripe.

A Igreja de São João Batista do Araripe, conforme relato do livro remonta a trajetória do Barão de Exu, bisavô da autora, que construiu a igreja como pagamento de uma promessa ao santo, e relembra as tradições e festejos até os dias atuais. Também traça a história da família Alencar, importante na política da região. 

Vivendo em Exu, Thereza Oldam revela que escreveu o livro à mão, durante quatro anos de pesquisas e entrevistas.

“Fui juntando peças e ouvindo a voz da tradição. Entrevistei octogenários que guardavam importantes informações e fui vendo se formar, diante de mim, uma linda história de amor e fé. Foram quatro anos de pesquisa e peleja, andando, trabalhando e trabalhando. E, também, me baseei em o que minha mãe – nora do Coronel João Carlos, criado pelo Barão – escreveu”, conta Thereza.

A história começa com a chegada dos Alencar, vindos de Portugal, ainda no século XVII, e vai até o Barão de Exu, Gualter Martiniano de Alencar Araripe, nas fazendas Araripe e Caiçara. Com o “caos de dor” trazido pela epidemia de cólera no Crato, vizinho a Exu, entre 1862 e 1864, o Barão fez uma promessa a São João, para que a doença não se alastrasse por seu povo. Com a graça alcançada, o fazendeiro iniciou a construção da igreja, inaugurada na véspera do Dia de São João em 1868.

Em seu testamento, deixou expresso que seus descendentes cuidassem da igreja.

Os 154 anos do Araripe também se entrelaçam com a vida de outro conhecido morador de Exu: Luiz Gonzaga. A bisavó do Rei do Baião se abrigou na Fazenda Caiçara, também do Barão, durante a peste de cólera. Foi na igreja que os pais de Gonzagão, Januário e Santana, se casaram. Gonzaga eternizou os 100 anos da igreja na canção “Meu Araripe”. Foi Thereza, a autora do livro, quem escreveu, inclusive, a apresentação do disco “São João do Araripe”, em 1968.

“Meu sonho é que a história dessa igreja seja disseminada por todos. Pelos devotos, pela nossa família, por Exu, por Pernambuco, pelo Brasil. É uma história simples e verdadeira e não pode ser esquecida. É um santuário de fé, patrimônio histórico e cultural do povo de Exu. Não é só um prédio bonito. Sua argamassa é feita de amor e fé”, conclui a autora.

Dividido em 12 capítulos, “Igreja de São João Batista do Araripe, Exu-PE – Sesquicentenário (1868/2018)” faz um passeio detalhados sobre esses 150 anos, misturando a história dos Alencar, dos Gonzaga, do município de Exu e do povoado do Araripe. Sua última parte, intitulada “Memorial Idílico do Araripe”, conta com depoimentos de 33 personalidades da região ou que têm uma relação de carinho com o lugar. Entre eles, o jornalista Francisco José e Dominique Dreyfus, biógrafa francesa de Luiz Gonzaga.

O livro tem prefácio escrito pelo advogado Dario Peixoto, filho de Thereza, e orelha da capa escrita pelo ator e humorista piauiense João Claudio Moreno. A contracapa tem autoria do marido da autora, Francisco Givaldo Peixoto de Carvalho, também escritor. E a orelha da contracapa, com perfil biográfico da autora, foi escrito pelo poeta e escritor cearense José Peixoto Júnior.

ZÉ PRAXEDES: A Igreja tem entre os devotos fiés um grupo de amáveis pessoas que, de tão assíduas, de tão abnegadas, tornaram-se conhecidas e queridas. José Praxedes dos Santos, seu Zé Praxedes e a Banda de Pífanos são bons exemplos.

Zé Praxedes nasceu no dia 5 de janeiro 1932 e agora tem 90 anos.

Ano passado, auge da pandemia Covid-19,  numa conversa com José Praxedes dos Santos, este é o nome de batismo, ele não conseguiu responder a pergunta se Exu já tinha vivido um momento assim, de isolamento social: Seu “Zé Praxedes chorou. 

Zé Praxedes possui nestes 90 anos de vida, uma caminhada marcada pelo vínculo com a família de Luiz Gonzaga. Vaqueiro. Durante décadas trabalhou  prestando serviços a “Seu Januário”, pai de Luiz Gonzaga. Praxedes é citado como sendo um “exímio dançador de forró e homem justo”,  no livro da professora Thereza Oldam Alencar, “Igreja de São João Batista do Araripe-Exu, Pernambuco-Sesquicentenário (1868-2018).

“Seu Praxedes é um dos Patrimônios Vivos da Cultura Gonzagueana. Seu universo é Exu, o Parque Asa Branca, o Araripe de São João Batista, o Sítio Ubatuba e Monte Belo, a Fazenda Caiçara, a Igreja de São João Batista, o Parque Aza Branca…”Seu Praxedes ” está presente em todos os momentos. É amor explícito, sem palavras. Sua presença tem voz. Cada pedaço desse mundo é Exu, os mistérios encantados da Chapada do Araripe”. 


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ASA LANÇA CARTA POLÍTICA PAUTANDO A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO NAS ELEIÇÕES 2022

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) lançou hoje uma Carta Política durante a I Feira Nordestina da Agricultura Familiar e Economia Solidária,  a qual que será entregue a pré-candidatos/as neste pleito eleitoral de 2022. 

O documento reúne propostas que “têm como objetivo primeiro, contribuir para combater a fome com o restabelecimento de políticas públicas adequadas e a ampliação de ações para a garantia permanente da convivência digna, sustentável e plena com o Semiárido”, diz o texto inicial da Carta.

A lançamento aconteceu em Natal (RN). A Feira Nordestina conta com uma série de atividades de formação, encontros, exposição e comercialização de produtos oriundos da agricultura familiar e economia solidária nos estados do Nordeste brasileiro.




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