JORGE DU PEIXE LANÇA ÁLBUM BAIÃO GRANFINO EM HOMENAGEM A LUIZ GONZAGA

Curtindo uma espécie de hiato forçado dos shows da Nação Zumbi, Jorge Du Peixe aproveitou esse período para formatar e processar um novo projeto: o álbum “Baião Granfino”, que vai reunir versões das músicas de Luiz Gonzaga, uma das mais importantes figuras da música popular brasileira. O primeiro single, “Rei Bantu”, foi lançado em todas as plataformas de streaming.

Exaltando a obra e o legado do Rei do Baião, o projeto abre espaço para novas propostas sonoras e arranjos criativos enlaçados na interpretação marcante e inconfundível de Du Peixe. Para o cantor e compositor pernambucano é uma honra e um desejo antigo se concretizando: “Faz parte da minha memória afetiva. Quem é do Nordeste cresce ouvindo as melodias de Luiz Gonzaga.”, diz.

O álbum Baião Granfino” tem 11 faixas, com produção de Fábio Pinczowski pelo selo Babel. O single “Rei Bantu” apresenta e dá uma ideia do que esperar do álbum. “Acho essa música muito importante por dois motivos: primeiro por não ter muitas versões conhecidas pelo público, e depois por ligar o maracatu ao baião. No disco ela ganha um peso muito forte, afinal, como diz a letra, Jorge é um dos nossos ‘reis do maracatu.’”, revela o produtor.

“É uma música forte que exalta as nações de maracatu, gênero originalmente pernambucano. É também um grito de resistência e empoderamento”, conta Du Peixe, que convidou os músicos Mestrinho, Carlos Malta, Pupillo e Swami Jr., para participarem da faixa.

A gravação contou ainda com um coro feminino, formado pelas cantoras Victória dos Santos, Naloana Lima e Sthe Araújo, que remete aos clássicos do samba. “O baião está ali presente, ele é universal. Tem esse lamento, melancolia, próximo do samba.”, conclui Du Peixe.

Em texto de apresentação para a imprensa, o canto e compositor Siba escreveu sobra “Rei Bantu”:

- Gatoreba?

- Fala, Du Peixe…

- Escreve aí qualquer coisa sobre uma música que eu gravei, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas? 

- Oxe, claro! Mas que projeto é esse?

- Vai chamar “Baião Granfino”, só versão pesada do Véio Lua. Quem tá produzindo é o Fábio Pinczowski e essa música vai ser o primeiro single.

- Sério? Que música é?

- “Rei Bantu”, tá ligado?

- Conheço demais! E como tá a versão?

- Mermão, tá um maracatu meio amaxixado, tem o Pupillo na batera, Mestrinho na sanfona, Swamy Jr. no violão e Carlos Malta no sopro. Um coro feminino de cair o cabelo da cabeça, depois te passo a ficha completa.

- Pode crer, eu tô ligado nessa música. Fala de herança afro brasileira, de resistência cultural, da cultura popular enquanto espaço de afirmação de dignidade e diferença, né? Quer dizer, é como eu entendo ela hoje, nesse contexto que a gente tá vivendo. Porque antes eu achava que era apenas uma música bonita sobre o maracatu pernambucano. Engraçado como uma música pode mudar com o tempo. Ou será que o que muda é a gente? O nosso jeito de ouvir, ver, entender? Bom, manda a música, eu escrevo sim, me dá uns dias que o bagúi tá zoado, hahaha…

- Ainda bem que tu pode, Gatoreba. Muito obrigado!

- Du Peixe? 

- Fala Gatoreba.

- Porque é mesmo que tu só me chama de Gatoreba?

- Lembra não, véio? A gente em São Paulo em 95, perdido na rua tentando achar a casa de Xico Sá, paramos pra matar a sede e tu não sabia o que era Gatorade. Me viu bebendo e perguntou: "O que diabo é GATOREBA?", haha!

- Lembrei, tô rindo aqui. Pelo jeito é a gente que muda com o tempo, porque o maracatu e a música de Luiz Gonzaga estão aí, iguaizinhos desde sempre, hahaha.

Siba é cantor, compositor e instrumentista pernambucano. Um dos principais representantes do maracatu.

JORGE DU PEIXE: Jorge Du Peixe começou a sua carreira na música em 1993. O cantor e compositor pernambucano é vocalista da Nação Zumbi, uma das bandas mais importantes e revolucionárias da música brasileira. Nascida no início da década de 1990, a banda originalmente se chamava Chico Science e Nação Zumbi e era liderada por Chico Science, cantor, compositor e um dos principais representantes do movimento manguebeat. Depois da morte precoce de Chico, Du Peixe, que já era membro da banda, assumiu os vocais.

Com a Nação Zumbi lançou 13 discos, fez parcerias com diversos artistas e shows em vários países. Algumas de suas músicas entraram em trilhas sonoras de filmes e novelas. O artista também integra outros projetos musicais, como a banda Los Sebosos Postizos, com quem lançou o disco “Los Sebosos Postizos Interpretam Jorge Ben Jor” (Deck), produzido por Mário Caldato Jr., e o grupo Afrobombas, que tem como vocalista, além de Du Peixe, Lula Lira, filha de Chico Science.

Jorge também compõe trilhas para filmes nacionais. Em “Amarelo Manga” (2003), do diretor Cláudio Assis, assinou a trilha com Lúcio Maia. Em 2011, ganhou o prêmio no Festival de Paulínia de melhor trilha sonora pelo filme “Febre do Rato”, de Cláudio Assis. Em 2017, fez a direção musical do espetáculo “Cão Sem Plumas”, da Cia de Dança Deborah Colker, ao lado de Berna Cepas.

 Em 2019, fez a trilha do filme “Piedade”, também de Cláudio Assis, que foi premiada no 13º Los Angeles Brazil Film Festival. Lançou em 2020 o livro juvenil “A Nave Vai”, pela editora Barbatana. Em formato de compacto, a publicação conta com o texto e a narração de Jorge Du Peixe e as ilustrações do artista Rodrigo Visca. Recentemente, fez parcerias com os artistas Marcelo D2, na música “Pela Sombra”, e Edi Rock, na música e clipe “Vai”.

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IRPAA LANÇA EDITAL DE SELEÇÃO PARA CONTRATAR PROFISSIONAL TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA


O Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada - Irpaa , em conformidade com o convênio n° 246/2021, celebrado entre o Irpaa e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR),convida os profissionais interessados a manifestar seu interesse em executar a atividade de Técnico(a) em Agropecuária no âmbito das ações previstas no convênio.

As condições de participação estão descritas na Solicitação de Manifestação de Interesse e Termo de Referência em anexo.

Para esclarecimento de dúvidas, gentileza entrar em contato através do e-mail: irpaa@irpaa.org

Acesse o Termo de referência para contratação e a solicitação de manifestação de interesse e saiba todas as informações necessárias.

De acorDo com edital os pagamentos serão realizados de acordo com o plano de R$ 1.750,00, mais 30% de periculosidade sobre o salário-base, considerando às custas dos encargos por parte do contratado a debitar do valor supracitado. A ser pago até o 5º dia útil do mês subsequente.

O contratado, neste Termo de Referência deverá cumprir 100% das metas planejadas, cujo relatório deverá ser devidamente atestado pela equipe responsável pela supervisão dos serviços (Representantes do IRPAA e Equipe Técnica do Programa Pró-Semiárido).

Confira Edital AQUI.


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SUNSET: FABIANA SANTIAGO APRESENTA LIVE COM DIREITO A PASSEIO PELO RIO SÃO FRANCISCO NESTE DOMINGO (19)

Um pôr-do-sol, à beira do Velho Chico, e muita música. Uma combinação perfeita para um show de domingo à tarde. Esse cenário inspirador é palco da live "Sunset", da cantora petrolinense Fabiana Santiago, que vai ser apresentada neste domingo (19), às 16h. Com transmissão ao vivo pelo canal oficial da cantora no YouTube - https://linktr.ee/fabianasantiagoofficial -, a live marca as comemorações de aniversário de 2 anos da Rede Você, por onde também será exibido o show, e também dos 126 anos de Petrolina-PE.

Para "Sunset", foi preparada uma estrutura especial de som e luz, pioneira na região do Vale do São Francisco, dentro da barca Vapor do São Francisco, do roteiro enoturístico denominado "Vapor do Vinho". De casa, o público poderá conferir imagens brilhantes do Rio São Francisco ao longo do percurso que tem início na Ilha da Fantasia, passando ainda pelo Lago de Sobradinho, e, de quebra, ainda será agraciado com toda a energia emanada do radiante pôr-do-sol da região do Vale, com um repertório, bastante especial, montado por Fabiana Santiago.

"Vamos apresentar um repertório que vai trazer, para casa de cada telespectador, toda essa energia Sunset, toda essa magia que o pôr-do-sol do Vale do São Francisco proporciona. Vamos ter pop, axé, e também vou apresentar minha canção autoral, 'Deixa', lançada nas plataformas de streaming neste ano", diz a cantora. "Sunset" é um projeto da artista Fabiana Santiago, em parceria com a Rede Você,  Vapor do Vinho e o digital influencer Herbet Freitas.

Outras lives – Petrolinense de alma e coração, Fabiana Santiago também apresentará mais outros dois projetos, como parte das comemorações do aniversário de 126 anos da cidade. Na segunda (20), às 20h, será apresentada a live "Eu Amo Petrolina", projeto realizado por Herbet Freitas, em parceria com a artista Fabiana Santiago e a Rede Você nesta 6° edição. A transmissão será nos canais oficiais de Fabiana Santiago e da Rede Você.

Já na terça (21), será apresentado o projeto "Sem Flopar", fechando as comemorações do aniversário da Rede Você, no aniversário de Petrolina, a partir das 17h, com transmissão pelo YouTube do canal. Assim como a live "Sunset", os eventos respeitarão todos os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19. (Ascom/Thiago Santos foto: Thiago Richel/divulgação)



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ESPECIALISTAS CRITICAM AUMENTO DO USO DE AGROTÓXICOS E PEDEM APOIO A NOVAS TECNOLOGIAS

Você permaneceria em uma área onde estivesse ocorrendo a pulverização agrícola por agrotóxicos? O questionamento foi feito pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) nesta quinta-feira (16), em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente (CMA) sobre o impacto do uso dos defensivos agrícolas no Brasil. 

Autor do requerimento para o debate, Contarato disse que populações como as indígenas não têm como se defender, já que a aplicação de agrotóxicos por meio de aeronaves ainda é liberada no país. Ele mencionou, em especial, o aumento do uso de agrotóxicos banidos na Europa e nos Estados Unidos pela sua neurotoxicidade.

Contarato disse ter presenciado indígenas do Mato Grosso do Sul sofrendo com sintomas como febre, vômito, dor de cabeça e diarreia, após terem sido expostos a essas pulverizações. O meio ambiente brasileiro tem sofrido um “ataque sistematizado”, que se torna ainda mais claro no caso do uso dos agrotóxicos, disse Contarato. Ele mencionou que o uso desses produtos no Brasil cresceu 25% nos últimos 5 anos, sendo um dos mercados que mais se desenvolve no mundo, “sem ter havido relação entre o aumento do uso e o crescimento da produção das lavouras”. Já são cerca de 2.300 defensivos registrados, observou. 

— Quero colocar-me humildemente como membro dessa comissão, aberto à comunidade cietífica, acadêmica, Ongs, sociedade civil e ao poder público, que tem essa obrigação de implementar medidas para mitigar os danos resultantes da má utilização desses produtos — disse o senador, mencionando o uso do acefato, já proibido em muitos países.

MONITORAMENTO: Silvia do Amaral Rigon, professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR), chamou atenção para a mudança de metodologia no Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), uma ação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), coordenado pela Anvisa. Apesar de seu reconhecimento nacional e internacional, o programa tem sido modificado, disse a pesquisadora, que destacou o aumento da intoxicação crônica ou aguda em decorrência de agrotóxicos.

— Fui buscar a atualizaçao dos dados do PARA para trazer dados para esta audiênia. Meu espanto foram essas últimas modificações na forma e desenvolvimento que ocorreram no programa. Houve uma modificação na metodologia no programa de monitoramento — apontou Silvia Rigon.

Ela lembrou que o Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. A maior parte é usada em lavouras de soja, milho e cana-de-açúcar nas regiões Sul, Centro-Oeste e em São Paulo. De acordo com a professora, apenas cinco dos maiores produtores respondem por mais de 50% dos agrotóxicos consumidos no Brasil. A professora também chamou atenção para o aumento de suicídios relacionados aos agrotóxicos utilizados na lavoura de fumo na Região Sul.

MULTINACIONAIS: A pesquisadora Regina Sambuichi, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), observou que a Lei 7.802, de 1989, define como agrotóxico todo agente de processos físicos, químicos ou biológicos usados na produção agrícola para alterar a composição da flora ou da fauna para preservá-la da ação de seres vivos considerados danosos. Para ela, é preciso buscar o conceito de menor toxicidade e de maior sustentabilidade.

 No entendimento de Sanbuichi, havendo a possibilidade Regina Sambuichi do uso de defensivos alternativos, de menor ou de nenhuma toxicidade e a mesma eficiência, todos os produtores teriam a tendência a utilizá-lo. Ela destacou que já há tecnologias disponíveis nesse sentido. Os únicos interessados na continuidade do uso dos produtos atualmente consumidos pelo setor agrícola, seriam as grandes empresas internacionais que os fabricam, afirmou.

— As alternativas existem. No sentido de continuar a produção, até com maior aceitação nos mercados internacionais. Então o que se precisa fazer? É preciso investir nessas alternativas por meio de políticas públicas. É preciso uma vontade de governo. (...) É preciso vontade política para se pensar o futuro. Maneiras de remover incentivos fiscais perversos, estimular a competitividade e alternativas viáveis aos produtores. Mas isso precisa ser estimulado, porque é uma questão estratégica — declarou Regina Sambuichi, salientando que os consumidores têm sido cada vez mais exigentes e que, se não houver mudanças na política do país sobre fertilizantes, o Brasil vai perder mercados. 

CONTAMINAÇÃO: A diretora do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Antônia Ivoneide, comentou que inúmeras lavouras orgânicas têm sido afetadas pelo escoamento de agrotóxicos oriundos de áreas próximas. Isso tem prejudicado economicamente os produtores, que não conseguem vender seus cultivos, disse Ivoneide. 

A debatedora reconheceu que estudos sobre os riscos dos pesticidas têm sido feitos por pesquisadores de entidades públicas, mas disse que isso ocorre de modo particular ou em grupos, sem atuação do poder público para averiguar impactos nem esclarecer esses processos. Ao dizer que a população tem sido envenenada, Ivoneide considerou fundamental que as autoridades “apresentem a fundo essa situação para as populações”. 

ALIMENTOS:  Para a professora de Toxicologia da Universidade de Brasília (UnB) Eloisa Dutra Caldas, o fato de alimentos conterem resíduos de pesticidas não necessariamente significa riscos à saúde da população. Segundo ela, essa definição é feita comparando-se a quantidade e as características das substâncias toxicológicas com o número dos consumidores. Ela demonstrou preocupação com o que chamou de “uma visão restrita da informação”, e disse que o risco dos agrotóxicos é irrelevante, considerando-se o benefício de uma pessoa bem alimentada ou de um bebê amamentado. 

Eloisa reconheceu que a exposição ocupacional ao pesticida é grave, especialmente para os pequenos agricultores. E disse que esse fator merece atenção e empenho das autoridades, a fim de que os produtores permaneçam protegidos no desempenho da atividade. A debatedora disse não acreditar, no entanto, que a extinção total dos agrotóxicos seja uma solução possível a curto, médio nem longo prazo. 

— Existem ações do governo que incentivam agricultura orgânica, e produtos biológicos registrados para minimizar o uso de sintéticos tem aumentado. Uma opção viável, mas minha principal mensagem é que se precisa haver cuidado com a correta comunicação. Dizer à população que um prato de salada faz mal à saúde não é verdade — declarou.

O gerente-geral de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Carlos Alexandre Oliveira Gomes, disse ser preciso garantir a segurança alimentar. Ele disse que inúmeros estudos e monografias sobre o uso dos agrotóxicos deixaram de ser considerados por não terem mais efetividade nos dias atuais. Ele declarou, porém, que a agricultura familiar deve ter base na organicidade.

Gomes afirmou que o governo tem consciência de que muitas medidas precisam ser reavaliadas e disse que há tecnologias para produtos de baixa toxidade já registradas, bastando ao produtor interessado migrar do sistema convencional.

O presidente da CMA, senador Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a busca por uma convivência menos agressiva com o planeta tem sido uma exigência geral de todas as populações. E considerou que essa mudança de postura é irreversível e tem sido trazida “pela consciência ou pela emergência que o mundo vive”. Jaqeus Wagner aponptou para o consenso científico em torno de realidades como o aquecimento global, os acidentes climáticos ou dos danos causados pelo mau uso dos agrotóxicos. 

— Tudo isso é parte da agressão que o modo de vida de nós, humanos, tem produzido ao planeta Terra. Cada um com suas informações, formações e convicções trouxeram esses aspectos e para isso nossa audiência pública é feita: para que haja o salutar confrontamento de ideias e argumentos, porque essa é a única forma que conheço para superar problemas e construir democracia buscando consenso produtivo. (Fonte: Agência Senado)

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COMISSÃO DOS DIREITOS HUMANOS DEBATE OS RISCOS DE UMA USINA NUCLEAR COM USO DAS ÁGUAS DO RIO SÃO FRANCISCO

A proposta de instalar uma Usina Nuclear com uso das águas do Rio São Francisco e a articipação da energia nuclear na matriz energética brasileira será o tema de audiência pública a ser promovida na segunda-feira (20), a partir das 14h, pela Comissão de Direitos Humanos do Senado. 

O debate ocorrerá no momento em que o Governo Federal debate os futuros investimentos para a construção de novas usinas nucleares.A audiência pública será transmitida pela TV Senado.

A solicitação da audiência é do atual senador e presidente da Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa (CDH), Humberto Costa.

O tema envolve todos os Estados brasileiros banhados pelo rio São Francisco. Tramita na Assembleia Legislativa do Estado de Pernambuco (Alepe), a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) 09/2019, de autoria do deputado estadual Alberto Feitosa (PSC), que prevê a alteração do artigo 216 da Constituição Estadual, garantindo as condições para a implantação de uma Usina Nuclear em Itacuruba, município localizado na região do Submédio São Francisco pernambucano.

Por que Itacuruba? A escolha de Itacuruba para a implantação da usina se deu através do Plano Nacional de Energia 2030. Construído pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE) e lançado em 2007, prevê um investimento de R$ 30 bilhões para a construção de seis reatores com capacidade de produção de 6.600 megawatts. A área de instalação está localizada no Sítio Belém de São Francisco, distante 8 km de Itacuruba, e pertence à Companhia Hidroelétrica do Rio São Francisco (Chesf).

O pesquisador e engenheiro Agronomo João Suassuna pontua alguns critérios para a escolha do município de Itacuruba. “Primeiro porque tem pouca gente, Itacuruba é um município que deve ter aí em torno de 4.500 habitantes. Isso quer dizer que se houver um acidente nuclear, é fácil remover essa população rapidamente. Segundo, Itacuruba está nas margens do rio São Francisco e uma usina nuclear precisa de água para refrigerar os seus equipamentos. Terceiro, está muito próxima da linha de transmissão da Chesf, então é mais fácil gerar a energia nuclear e colocar na rede de distribuição que está passando ali próximo,” explica João.

Outro aspecto levado em conta, ainda segundo o pesquisador João Suassuna, é a localização de Itacuruba em relação à reserva ecológica conhecida como Raso da Catarina, que fica no estado da Bahia.

Enquanto Itacuruba fica na margem esquerda do Rio São Francisco, o Raso fica à direita. Este é o destino previsto para o descarte do lixo atômico produzido pela usina durante o processo de operação.

“Veja o problema de colocar esse lixo em uma reserva como o Raso da Catarina que é uma reserva com uma variedade enorme de plantas, de animais… é uma biodiversidade , assim, única, tá entendendo? E esse foi o local escolhido para se colocar este lixo que [vai levar] milhões de anos para chegar a sua meia vida. Então veja, isso é um problema que tem que ser resolvido”, destaca João.

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PRIMEIRA RODA DE CONVERSA: DIREITOS DA NATUREZA, A MÃE TERRA

Nesta quinta-feira, 16 de setembro, às 16h*, a Articulação Pelos Direitos do Rio São Francisco, uma parceria entre muitas entidades, movimentos e pastorais realizará uma primeira roda de conversa virtual com o tema "Direitos da Natureza, A Mãe Terra". 

A transmissão será feita pelo canal do Youtube da CPT Bahia e nas páginas do Facebook das entidades parceiras, entre elas a do *Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental.*

A "live" tem como objetivo uma compreensão mais ampla dos Direitos da Natureza - entre eles, o direito das águas e dos rios - para que, em seguida, numa segunda oportunidade, concentrar a atenção nos Direitos do Rio São Francisco, que os ribeirinhos/as carinhosamente chamam "Velho Chico" e artistas da região estão chamando "Belo Chico".

Nesta 1ª Roda de Conversa contaremos com a contribuição de dois especialistas na temática: ALBERTO ACOSTA, economista e ex-presidente da Assembleia Nacional Constituinte do Equador, professor universitário e autor de vários livros – e VANESSA HASSON, doutora pela PUC/SP, fundadora da OSCIP MAPAS, articuladora das Leis dos Direitos da Natureza em municípios e estados brasileiros, membro da Harmony with Nature, da ONU. 

Como moderadores estarão de *Sandra Leny*, da Comissão Pastoral da Terra / Bahia, e Ivo Poletto, assessor e membro do Grupo Executivo do Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental.

 Participe Youtube: https://www.youtube.com/watch?v=haaaQZE6gyE

Facebook: 

https://www.facebook.com/fmclimatica

https://www.facebook.com/CPTBahia


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X WORKSHOP NACIONAL E I INTERNACIONAL DE EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA PARA A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO BRASILEIRO

Nesta edição, o evento discute o tema “EDUCAÇÃO CONTEXTUALIZADA, DIÁLOGOS E CONFLITOS INTERCULTURAIS: ENTRE O LOCAL E O GLOBAL”, numa articulação ampliada entre o Departamento de Ciências Humanas, Campus III, da Universidade do Estado da Bahia (UNEB) e a Universidade de Pádua /Itália, cujo convênio e parceria datam de décadas, em especial através do intercâmbio de estudantes da graduação e da pós-graduação. 

Este ano é proposto um diálogo do local para o global, do nacional para o internacional (e vice-versa), numa amplitude potencializada pelos novos/outros modos de interação e construção, para a (re)formulação e/ou elaboração, durante o período da Pandemia do Covid-19, com toda a complexidade que envolve a crise sanitária e de distanciamento social. 

No dia 17, o evento inclui o II Cyber Encontro Internacional de Estudantes Universitários, em colaboração com o programa Scholas Chairs e aberto a estudantes do mundo inteiro. Portanto, o escopo é ampliar as discussões intercontinentais e interculturais. Para isso serão realizadas mesas temáticas, sessões coordenadas, conferências, seminários e grupos de trabalho, com vistas a promover a todas/os/es a reflexão e aprofundamento do atual momento em que vivemos, a contemporaneidade, a pandemia do Covid 19 e os desafios do período intenso que temos enfrentado, em especial, nos contextos educacionais das relações, inter-relações e formações dos povos, grupos e instituições. 

Nesse processo, serão postas e interpostas as possibilidades do(s) diálogo(s) e a(s) presença(s) do(s) antidiálogo(s), nas elaborações humanas expressas nas educações que promovem em todos os setores da vida social, política, econômica, cultural e mesmo das relações interpessoais e interculturais. 

Nesse propósito, a educação e os contextos diversos e singulares, como os Territórios Semiáridos passam a ser também influenciados por esses percursos e proposições multi, inter e trasculturais. Por conta do momento que ainda vivemos de distanciamento social, o evento será realizado apenas no formato remoto e online.

Mais informações no site: https://xwecsab.wixsite.com/unebdch3

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