IPHAN DECLARA A CIRANDA DO NORDESTE COMO PATRIMÔNIO IMATERIAL DO BRASIL

A Ciranda do Nordeste é o mais novo Patrimônio Imaterial do Brasil. O título foi aprovado durante a manha desta terça-feira (31), na 97ª reunião do Conselho Consultivo do Patrimônio Cultural do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), transmitido no canal da instituição no YouTube. Ainda, durante a tarde, será precisava a renovação do Frevo como Patrimônio por 10 anos.

Desde 2014, houve um pedido de registro da Ciranda no Iphan, que foi feito pelo ex-governador de Pernambuco Eduardo Campos. O pedido havia sido feito através da  Secretaria de Cultura de Pernambuco (Secult-PE) e Fundação do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco (Fundarpe), responsáveis pela produção do Inventário Nacional de Referências Culturais (INRC).

“Com o registro, a Ciranda do Nordeste fica inscrita no Livro das Formas de Expressão e têm garantido o reconhecimento, a valorização e a salvaguarda de um conjunto de bens culturais, saberes, fazeres e formas de expressão que representa. O registro deste bem contribui para o apoio, o fomento e a apreensão de sua importância para a identidade e história do povo pernambucano e brasileiro”, destaca Gilberto Freyre Neto, secretário de Cultura de Pernambuco.

“As informações referentes às recomendações de salvaguarda dos bens registrados, como melhoramento de sede, espaços para apresentação, oficinas, entre outras ações que o fortaleçam, estão contidas nos inventários. Isto é um instrumento que o Estado, e os próprios grupos, possuem a partir de agora para trabalhar pela permanência e fortalecimento dos grupos”, afirma Marcelo Canuto, presidente da Fundarpe.

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CANTOR E COMPOSITOR DANIEL GONZAGA LANÇA DVD GONZAGA E RELANÇA CD COMPORTAMENTO GERAL EM SHOW PRESENCIAL NO TEATRO RIVAL REFIT

Luiz Gonzaga na gravação de A Vida do Viajante (Gonzaga/Hervé Cordovil), conta que toda a trajetória musical começou com Januário e seu folhe de oito baixos desde 1912 e  escuta Gonzaguinha dizer: “Deixa que eu levo pra frente”. 

A primeira frase incluía, claro, seu Januário, o patriarca sanfoneiro, de onde vem uma geração de Januário a partir do nascimento de Gonzagão, em 1912 . Em abril completou 30 anos da partida de Luiz Gonzaga do Nascimento Jr. Gonzaguinha sofreu acidente automobilístico no Paraná, após um último show, na noite anterior, em Pato Branco.

Agora, com muita personalidade e estilo próprio quem “leva pra frente” é o cantor e compositor Daniel Gonzaga. No próximo dia 22 de setembro, show presencial, no Teatro Rival Refit, Daniel Gonzaga lança o DVD "GONZAGA" e relançamento do CD COMPORTAMENTO GERAL. O show acontece às 19h30.

O Teatro Rival Refit é sinônimo de tradição e excelência artística há mais de oitenta anos. Daniel Gonzaga é dono de uma história única dentro da música brasileira.

Daniel Gonzaga aproveita o show para lançar o DVD “Gonzaga” e relançar o CD “Comportamento Geral”, sempre respeitando sua história que combina a música nordestina com o rock básico e o blues. No espetáculo, o artista vai misturar um pouco de seus trabalhos anteriores com o material do DVD e textos de seu monólogo “Encourado”. No repertório, músicas como “Comportamento geral”, “#40”, “Vaqueirama”, “Janela”, “Vida do viajante”.

Daniel Gonzaga estará acompanhado de João Gaspar (guitarras), Christiano Galvão (bateria), Pedro Moraez (baixo) e Dodô Moraes (teclados), e contará com participação especial de Fernanda Gonzaga, Amora Pêra e Rodrigo Sha.

Daniel Gonzaga já tem sete álbuns gravados e este mês vai lançar um DVD. Mente inquieta super produtivo Daniel Gonzaga é puro ritmo musical.

Em abril o jornalista Vitor Nuzzi, da Rede Brasil Atual revelou que Primogênito, Daniel tinha 16 anos quando o pai morreu. Adolescente, curtia mais as bandas brasileiras de rock que surgiam naquela época, como Ira! e Legião Urbana. Só foi ouvir realmente Gonzaguinha (que chama de “Gonzaga”) depois do acidente, mas não de imediato. “Fiquei um tempo mesmo sem conseguir ouvir. Depois passei para o meu avô”, lembra.

A música, claro, era prato diário. Aos 8 anos, Daniel cantou em coro infantil. Aos 13, foi trabalhar de roadie com o pai, para começar da base, aprender o funcionamento daquele universo. “Sempre gostei muito de frequentar estúdio, mesa de gravação. Nos shows, passei a prestar atenção no baixo, na bateria.” 

“No tempo que eu tive com meu pai neste planeta, nossa convivência foi bem banhada de música.”

E quem é Gonzaguinha? “Eu coloco ele na resistência e na criação de uma nova música brasileira”, comenta Daniel. “Ele é filho de um dos grandes pilares da música brasileira do século 20.” E recorda das origens do artista, desde os tempos do Movimento Artístico Universitário (MAU), na virada para os anos 1970.

Era um grupo que se reunia na rua Jaceguai, no bairro da Tijuca, zona norte carioca. Na casa de Aluízio Miranda, psiquiatra e músico, e Maria Ruth. Estavam lá, entre tantos outros, Gonzaguinha, Ivan Lins, Aldir Blanc, Guinga, César Costa Filho. Uma das filhas do casal, Ângela, casou-se com Gonzaguinha. Tiveram dois filhos, Daniel e Fernanda, também cantora. O artista teve outras duas filhas, Amora, com Sandra Pêra, e Mariana, com Louise Martins, a Lelete, com quem vivia em Belo Horizonte.

Aquela geração do MAU foi abrindo espaço. Ivan Lins foi fazer o programa global Som Livre Exportação. Gonzaga Jr. ganhou o 2º Festival Universitário de Música Popular do Rio com O Trem, em 1969. Seu primeiro disco foi lançado em 1973, e a canção Comportamento Geral logo chamou a atenção da censura.

Gonzaguinha já era conhecido quando veio a explosão de O que é O que é, faixa do álbum Caminhos do Coração, lançado em 1982. Daniel acredita que é a música “que conecta mais o povo a Gonzaga”. Mas cita outras que considera emblemáticas da obra do pai, como a explícita Comportamento Geral, Explode Coração (bastante conhecida na voz de Maria Bethânia) e Redescobrir (gravada por Elis Regina).

Aparentemente, uma canção de tom mais político e outras mais românticas. Mas as aparências enganam. “Tem gente que coloca Explode Coração como uma música mais política”, observa Daniel. 

O verso “desvirginando a madrugada”, por exemplo, para além da conotação sexual, pode ser visto como um raiar da liberdade. “Aí está toda a genialidade dele, podendo transitar nos dois universos”, comenta o também cantor e compositor. Já Redescobrir “pode ser a mente de um cara ultra politizado escrevendo sobre o amor ou um cara extremamente apaixonado escrevendo sobre política”, diz Daniel

Depende, também, da forma como a canção é interpretada. Ele toca a bateria na sala de casa e enfatiza os versos: “Chega de tentar/ Dissimular”. Qual a mensagem?

E o que ficou do pai Gonzaga? “Acho que eu aprendi a ser uma pessoa comum. A trabalhar, a fazer meu trabalho. O que importa é a honestidade do dia a dia. 

Serviço: Daniel Gonzaga & convidados Dia: 22 de setembro (quarta-feira) Horário: 19h30

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ALCEU VALENÇA CELEBRA 102 ANOS DE JACKSON DO PANDEIRO EM RELEITURA DE PAPAGAIO DO FUTURO

Para celebrar Jackson do Pandeiro e no dia de seu aniversário – se vivo estivesse, o artista paraibano completaria neste 31 de agosto 102 anos - o cantor e compositor Alceu Valença lançou o single digital “Papagaio do Futuro” (Deck), em versão com voz e violão.

A canção, lançada por Alceu, Geraldo Azevedo e Jackson do Pandeiro no Festival Internacional da Canção, em 1972, ganha nova roupagem, além das que já foram feitas com pegadas voltadas para o rock e para o regional.

Segundo Alceu, “Papagaio do Futuro” foi uma espécie de previsão feita na época, já que em sue refrão “(...) eu fumo e tusso / fumaça de gasolina”, traz à tona a crise do petróleo que eclodiria em todo o planeta anos depois do lançamento da música. Já para Jackson, a canção era a embolada do século.

INFLUÊNCIA JACKSON NA MPP: As obras compostas ou interpretadas por Jackson do Pandeiro marcaram a trajetória da Música Popular Brasileira. Com uma divisão musical diferenciada para a época e o domínio sobre diferentes ritmos, o paraibano José Gomes Filho ganhou o título de “rei do ritmo”.

Para o pernambucano Alceu Valença, a expressividade de Jackson se destacava durante as apresentações. “Trouxe justamente a maneira dele interpretar, que é diferente, a maneira dele dividir, que é diferente. Ele é expressivo e ele cantava muito bem, dividia muito bem”, comentou.

Gilberto Gil explicou que o pandeirista conseguia utilizar a voz para sobrepor sílabas explosivas, como uma espécie de percussão. Para Gil, músicas como “Sebastiana” e “17 na corrente” tiveram grande impacto no cenário musical.

O artista lembrou que, quando pequeno, foi a um show de Jackson, que aconteceu onde atualmente está situada a Arena Fonte Nova, em Salvador, na Bahia. “Eu fui ver, fiquei assim bem na frente dele, era bem garoto ainda”, disse. À época, o menino não tinha noção de que, por volta de 1972, eles chegariam a trabalhar juntos.

“Participou de uma gravação comigo, uma gravação que eu fiz de um disco sobre samba breque e tal. Eu convidei ele pra participar e a gente se encontrava muito nos camarins das televisões, era muito interessante”, pontuou.

Alceu Valença contou que quando, juntamente com Geraldo Azevedo, procurou Jackson para gravar uma música. Na ocasião, houve uma certa resistência por parte do paraibano, que pensava, pelo estilo dos jovens músicos, que seria uma proposta relacionada à Jovem Guarda, que estava em alta na época.

“Ele não suportava a Jovem Guarda, depois é que ele me confessou. Aí ele olhou, eu digo ‘olha, eu queria convidar o senhor pra poder cantar com a gente’. Ele fez ‘mas que música?’. [...] Aí eu digo, ‘é uma música’, aí ele fez ‘mas que tipo, que gênero?’. Aí eu digo [cantando] ‘é… estou montado, no futuro indicativo, já não corro mais perigo...’. E ele fez ‘eita! Fulano, eles são ‘cabeludos’ mas fazem música brasileira’”, narrou.

O também pernambucano Lenine destacou que considera Jackson como um dos alicerces da MPB contemporânea. “Da mesma maneira quando eu percebo o Gonzagão e o baião, quando eu percebo um Jorge Ben com um samba, ou um João Gilberto com o samba, quando eu percebo um Bob Marley com o reggae, isso me parece muito parecido com a importância que o Jackson tem em relação ao coco”, ressaltou.

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JOVENS MADRUGAM NA FILA EM JUAZEIRO NA ESPERA DA VACINA CONTRA COVID-19

Juazeiro, Bahia começou nesta segunda-feira (30) a vacinar pessoas com 18 anos ou mais. Com o avanço na faixa etária, longas filas de jovens à espera da primeira dose do imunizante se formaram nas imediações da Escola Iracema Pereira Paixão, bairro São Geraldo. Muriçocas e frio foram um desafio para os jovens que madrugaram na fila.

 jovem Vitor Santana foi um dos primeiros a chegar no ponto de vacinação.

"Meu tio chegou primeiro para garantir a vaga e por volta de uma hora da manhã e já tinha fila". Os jovens comentaram que "enfrentaram muitas muriçocas no  e frio no local". Um grupo levou uma mesa e jogo de dominó. "Trouxemos uma mesa para jogar dominó, para distrar visto que vamos esperar muito tempo", disse Vinicius Eduardo.

Também houve reclamação de pessoas "fura filas".

De acordo com a Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Saúde (Sesau), poderão tomar a vacina pessoas com 18 anos ou mais.  A vacinação será realizada na zona urbana. A vacinação deste público será na Escola Iracema Pereira Paixão (bairro São Geraldo) e nas UBSs: Mussambê, Argemiro, Dom José Rodrigues, João XXIII, João Paulo II, Itaberaba, Angary, Alto da Maravilha. 

Serão 120 fichas por unidade e 400 fichas na Escola Iracema Pereira Paixão. É preciso levar RG, CPF, Cartão SUS e comprovante de residência. A vacinação inicia às 8h e segue até encerrarem as doses.

Segunda dose : A segunda dose será realizada na Univasf, Juá Garden Shopping, Creche Mariá Tanuri (bairro Santo Antônio), auditório Centro de Saúde III, UBS CSU, UBS Jardim Flórida e UBS Tabuleiro. É preciso levar RG, CPF, cartão de vacina, Cartão SUS e comprovante de residência. As UBSs funcionam de 8h às 12h.  O horário dos pontos fixos é de 7h30 às 11h30 e das 13h30 às 16h.

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MULTIARTISTA MARLUS DANIEL VALORIZA CULTURA PRESENTE NO RIO SÃO FRANCISCO

O multiartista Marlus Daniel, que é artista plástico, ator e diretor teatral, reside as margens do Velho Chico há exatos 16 anos.

O Juazeirense de coração, natural da cidade de Remanso, Bahia tem um trabalho sempre valorizando a caatinga, o sertão, o Vale do São Francisco. 

O Multiartista retrata principalmente as lendas, o folclore e a cultura ribeirinha, numa demonstração de amor, já que o mesmo acredita em que toda arte tem o poder de educar, de transformar, de crescer e de embelezar. 

Para conhecer o trabalho de Marlus Daniel acesse @marlusdaniel e o contato fone zap 74988314680

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ESPECIALISTA DO INSTITUTO DE FÍSICA DA USP COMENTA EFEITOS, RISCOS E BENEFÍCIOS A RADIAÇÃO

As consequências causadas pela exposição à radiação são o tema da entrevista com a professora do Instituto de Física (IF) da USP, Emico Okuno, que revela os impactos do uso militar desde programas nucleares até tratamentos radioterápicos utilizados, por exemplo, em casos de câncer.

Ela faz uma abordagem histórica a partir da descoberta do raio X e da radiação, que passou a ser utilizada para tratamento de tumores. E comenta os acidentes nucleares que se dão a partir de reatores que, como consequência, deixam a região do entorno inabitável por conta da contaminação radioativa.

Os acidentes causados por reatores de grande potência, usados tanto para fins militares quanto para gerar energia elétrica, podem causar uma reação em cadeia: a grama que serve de alimento aos animais, quando contaminada, também atinge estes animais e toda produção. O leite produzido por vacas que consumiram alimento com radiação passa a estar infectado. No acidente de Chernobil, em 1986, por exemplo, leite contaminado foi importado pelo Brasil.

A professora destaca como um dos principais problemas atuais o rejeito nuclear do combustível utilizado e que não garante benefícios econômicos. Esses resíduos permanecem sem destino definido. Segundo ela, os Estados Unidos decidiram fazer uma mina subterrânea, o que é um investimento custoso e sem aprovação da população.

O uso da radioatividade no cotidiano, entretanto, também tem aplicações importantes, como a geração de energia elétrica pelos reatores, que corresponde a 17% da produção mundial. 

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FALTA DE MEDIDAS DE RACIONAMENTO PARA CONTER CRISE HIDRICA PODE LEVAR A APAGÕES

O Ministério de Minas e Energia (MME) divulgou novas medidas para conter a crise de energia decorrente da forte estiagem. Entre elas está a proposta da redução no valor da conta para consumidores residenciais e de grande porte que reduzirem o gasto. Além disso, existem sinalizações para que a tarifa da bandeira vermelha dobre ainda este ano. 

“Está ocorrendo aí um déficit”, contou ao Jornal da USP no Ar 1ª Edição o professor Pedro Luiz Côrtes, da Escola de Comunicações e Artes (ECA) e do Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental do Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da USP, “não só por conta do uso das termelétricas, mas também não ocorreu uma redução tão significativa no consumo como era esperado”. Segundo ele, desde que a crise hídrica foi reconhecida, o governo vinha sinalizando com a redução da cobrança de energia elétrica para consumidores que conseguissem reduzir o consumo de energia. 

De acordo com Côrtes, o governo está apelando para a redução do consumo pelo setor público de forma incomum, para tentar remediar a situação de gastos e custos envolvendo a estiagem e o uso de termelétricas. 

“O importante é que essa conta feche no final de cada mês ou de cada ano, não carregando déficits para anos posteriores”, destaca o professor, que explica que a ocorrência de déficits pode levar a um tarifaço sobre a conta de luz. “Se o governo não equacionar adequadamente esses custos, esses aumentos, nós podemos ter que pagar essa conta de uma vez só em 2023”, diz Côrtes. 

Quanto às medidas envolvendo racionamento, o professor acredita que sejam pouco prováveis. Para ele, apesar dos prognósticos anteriores, que alertaram para a atual estiagem, as propostas de racionamento são pouco prováveis por conta de questões eleitorais. 

Dessa forma, a atual gestão possivelmente levará um possível déficit durante o período eleitoral. Ainda segundo ele, isso leva à possibilidade de apagões em certas áreas, devido à alta demanda de consumo elétrico.

 “O racionamento não está no vocabulário do governo, mas a ocorrência de apagões é infelizmente possível”, conclui Côrtes.

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