ANTONIO CONSELHEIRO, 191 ANOS DE NASCIMENTO

 

Neste dia 13 de março, a Secretaria da Cultura do Ceará celebra os 191 anos de nascimento de Antônio Vicente Mendes Maciel, o Conselheiro, peregrino e líder do arraial do Belo Monte, mais conhecido como Canudos, Bahia. 

Nascido em Quixeramobim, em 1830, Conselheiro percorreu pelo sertão do Nordeste - marcado pela seca, fome e miséria - levando mensagens religiosas e conselhos sociais para as populações carentes, até fundar, nas margens do rio Vaza Barris, no município de Canudos, na Bahia, uma comunidade, que garantia trabalho e acesso à terra.

Considerado inimigo da República pelas autoridades políticas da época, Antônio Conselheiro causou preocupação também aos fazendeiros da região. Assim, após conflito armado, a guerra contra Canudos (1896-1897) matou o líder do Arraial em 22 de setembro de 1897, provavelmente, mas sua luta e resistência seguem vivas na História.

A casa onde nasceu Antônio Vicente Maciel, localizada em Quixeramobim, tombada pelo Estado em 2005, passou recentemente por restauro e integrará a Rede de Equipamento da Secult/CE, através de contrato de gestão com o Instituto Dragão do Mar.

CONSELHEIRO VIVO: Anualmente, o município de Quixeramobim, com apoio da Secretaria da Cultura do Ceará, por meio da Casa de Saberes Cego Aderaldo, celebra o seu filho mais ilustre, com o evento “Conselheiro Vivo”. 

Em 2021, a atividade chega a sua 17ª edição e acontece de forma totalmente virtual, com encerramento previsto para esta noite, com show cultural, transmitido pelas redes sociais da Prefeitura Municipal.

A celebração em homenagem a Conselheiro está oficialmente incluída no Calendário Oficial de Eventos do Estado, através do Projeto de Lei nº 231/19 (PL 231/19).

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FALTA DE INFORMAÇÃO SOBRE CONSTRUÇÃO DE USINA NUCLEAR EM ITACURUBA, MARGENS DO RIO SÃO FRANCISCO PREOCUPA COMUNIDADES TRADICIONAIS

O deputado federal Túlio Gadêlha (PDT) solicitou ao ministro de Minas e Energia, Bento Albuquerque, informações sobre o projeto de construção de uma Central Nuclear, com seis reatores, no município sertanejo de Itacuruba, localizado a 470 quilômetros do Recife. 

Desde 2007 que o assunto foi posto em discussão, mas existe uma grande dificuldade em obter informações do Governo Federal, que mantém o estudo sob sigilo. No final de 2019, o pedetista chegou a pedir a realização de uma reunião pública, mas em razão da pandemia da Covid19 no ano seguinte, o encontro não pôde acontecer. 

“Estamos em 2021 e por mais que existam pressões de entidades ligadas a diversas áreas nada se sabe sobre o empreendimento”, afirmou o deputado. No requerimento de informação protocolado pelo parlamentar, entre os vários questionamentos, existe um que consiste em saber qual o local exato que o estudo aponta como viável para a construção da central nuclear, visto que a cidade fica às margens do rio São Francisco - afluente que banha cinco estados, beneficiando mais de 500 cidades, com 20 milhões de nordestinos dependendo das águas do Velho Chico. 

Para além da falta de informação, a população a ser atingida - composta por comunidades tradicionais, dentre elas quilombolas e indígenas - possui o direito à consulta prévia assegurada na Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho, o que está sendo explicitamente desrespeitado. O Povo Pankará chegou a fazer uma denúncia ao Ministério Público Federal, mas a ação culminou em um documento preparatório. 

Em 2007, quando o projeto de construção da Usina Nuclear veio à tona, foram realizadas várias manifestações contrárias na cidade, como caravanas antinuclear, com o apoio da Diocese de Floresta e outras organizações como o Conselho Indigenista Missionário e a Comissão Pastoral da Terra. Em 2011, o assunto esfriou por causa do acidente ocorrido na cidade de Fukushima, no Japão, naquele ano. Somente no final do Governo Temer voltou a ser discutido novamente a partir da construção de Angra 3 e outras centrais nucleares. 

Segundo a assessora jurídica da Comissão Pastoral da Terra - Regional Nordeste II, Gabriella Rodrigues Santos, atualmente está sendo feito um trabalho de conscientização com os moradores porque é “vendida” a falsa informação de que o projeto da usina vai levar emprego e renda, tornar Itacuruba rica e conhecida internacionalmente. “Eles fazem propaganda enganosa se aproveitando de uma população, na sua maioria, pouco instruída”, explicou Gabriella.

Além do risco inerente ao empreendimento, a implantação da usina implica em impactos ambientais alarmantes. Segundo estudos, a utilização da água do rio para o resfriamento dos reatores pode gerar um aumento de quatro graus na temperatura do São Francisco, por exemplo.  A construção de novas centrais nucleares no Nordeste ganhou ainda mais força no governo atual e por ser considerado de interesse militar e classificado como de segurança nacional é mantido a sete chaves.


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"IMAGEM TERRÍVEL, NÃO SE EDUCA PELA VIOLÊNCIA", DIZ CRIADOR DO ZÉ GOTINHA AO VER PERSONAGEM COM ARMA NA MÃO

O artista plástico Darlan Rosa , criador do Zé Gotinha, lamentou a  divulgação que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP) fez nesta sexta-feira (12) de uma versão do personagem segurando uma arma e classificou o desenho como uma "imagem terrível".

A imagem foi publicado pelo parlamentar no Twitter um dia após o ex-presidente Lula fazer duras críticas à condução da pandemia pelo governo brasileiro e dizer que Bolsonaro preferia comprar mais armas que vacinas.

Criado em 1986, o Zé Gotinha foi fruto de um trabalho do artista feito para a Unicef (braço da ONU para a infância) para criar um símbolo para a campanha de erradicação da pólio. "É tudo o que eu não penso. Ele foi concebido como personagem educativo. Não há nada de educativo numa arma", disse Rosa à coluna Painel, do jornal Folha de São Paulo .

Segundo o artista, o Zé Gotinha surgiu em uma época em que o Brasil usava o terror como método de campanha, o que não vinha funcionando. "Era o vacine ou morra. E eu propus a quebra desse paradigma. Não se educa pela violência e pela imposição. A educação é pelo exemplo. E esse aí com a arma é péssimo", afirmou.

"Criei um projeto simples de propósito e compartilhado, então mesmo quando ele é mal desenhado ele tem sua força. Prefiro ver a forma dele não correspondendo ao que eu fiz do que com apologia a armas", completou.

Rosa informou que os direitos patrimoniais do Zé Gotinha são do Ministério da Saúde e os morais, dele. Apesar disso, ele não vai acioanr a Justiça contra a deturpação. "É uma briga que não tem mais fim. Do outro lado o poder é muito maior. É a mesma coisa de querer acabar com fake news. O primordial é esclarecer que o Zé Gotinha foi criado para educar. Só a informação e a ciência podem nos ajudar." 

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ICMBio ESTABELECE CENSURA PRÉVIA PARA A PRODUÇÃO ACADÊMICA DE SERVIDORES

Uma nova portaria do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) obriga a pesquisadores do órgão a submeter sua produção científica para aprovação de uma diretoria antes de ser publicada. A medida, publicada nesta semana, entra em vigor em 1º de abril.

A portaria 151 delega ao diretor de Pesquisa, Avaliação e Monitoramento da Biodiversidade (Dibio) do ICMBIO "a competência para autorizar previamente a publicação de manuscritos, textos e compilados científicos produzidos no âmbito e para este Instituto em periódicos, edições especializadas, anais de eventos e afins".

"As solicitações deverão ser dirigidas à Dibio para autorização prévia do diretor e devem ser acompanhadas de declaração de responsabilidade, conforme modelo constante no anexo da presente portaria", afirma a medida.

Assim como outras diretorias do ICMBio sob a gestão do ministro Ricardo Salles (Ambiente), a Dibio é chefiada por um oficial da PM de São Paulo, o tenente-coronel da reserva Marcos Aurélio Venancio. Em seu currículo no site do órgão, consta que ele tem "formação jurídica e na área da gestão pública", trabalhou como professor universitário e possui apenas uma especialização.

A portaria impactará dezenas de servidores que realizam pesquisas científicas em paralelo ao trabalho no ICMBio, incluindo os que cursam pós-graduação.

"É uma tentativa de controlar não só a produção acadêmica como também a opinião dos servidores", afirma Denis Rivas, presidente da Associação Nacional dos Servidores da Carreira de Especialista em Meio Ambiente (Ascema). A entidade está estudando medidas contra a portaria.

"Nós estranhamos que a Embrapa, um órgão de pesquisa por excelência, não tenha um filtro de produção imposto aos servidores", afirma Rivas. "Uma das missões do ICMBio é a produção científica."

"Qualquer tipo de censura deve ser combatido, principalmente a censura acadêmica e científica. A produção científica deveria ser neutra. Se os funcionários do ICMBio estão produzindo coisas que estão revelando problemas e caminhos para soluções, o órgão deveria acatar isso. Ter esse tipo de censura é muito questionável", diz a diretora de Ciência do Ipam (Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia), Ane Alencar.

"Outro ponto importante é que, se tiver de ter algum tipo de autorização, tem de ter alguém com capacidade técnica de avaliar se esse estudo está bem feito ou não. Se passou em uma revista científica, é porque foi avaliado pelos pares. Esse tipo de censura inibe a produção científica."

Procurado, o ministro Salles não se pronunciou até conclusão deste texto.

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COMPETÊNCIAS PROFISSIONAIS NO COTIDIANO DO BIBLIOTÉCARIO

O Dia do Bibliotecário é comemorado no dia 12 de março, data de nascimento de Manuel Bastos Tigre, escritor e poeta, que formado em Engenharia, resolveu fazer aperfeiçoamento em eletricidade, no Estados Unidos. Uma vez lá, conheceu o bibliotecário Melvil Dewey, que instituiu o Sistema de Classificação Decimal. 

Esse encontro foi decisivo na vida de Bastos Tigre, porque, aos 33 anos de idade, largou a engenharia para trabalhar com a biblioteconomia. A data foi instituída pelo Decreto nº 84.631, de 12 de abril de 1980 com efeitos em todo o território nacional.

Na Universidade Estadual da Bahia, UNEB, todo dia é dia dos bibliotecários, pois a identidade da instituição não depende somente do acervo existente no setor, mas do trabalho dedicado e que exige, além de muita paixão, executar a aquisição de material bibliográfico, controlar o seu recebimento, manter atualizados os respectivos controles, executar análise temática, representação descritiva e classificação dos materiais do acervo, organizar e manter atualizados os catálogos e cadastros da biblioteca, catalogação e indexação de obras, manutenção de sistemas informáticos dentre outras funções.

O bibliotecário do Campus III, em Juazeiro-BA, e mestre em Ciência da Informação, pela UFBA, Regivaldo Silva (Régis), explica que o profissional formado em biblioteconomia é aquele que trabalha para o progresso social, cultural e intelectual tanto da comunidade unebiana, quanto da comunidade em geral do Vale do São Francisco.

Desde 18 de março de 2020, assim como demais servidores da UNEB, Régis vem trabalhando no sistema Home Office. No chamado “Novo normal”, o profissional vem participando ativamente das reuniões semanais, das comissões das quais faz parte; validação de fichas catalográficas de todos os cursos; alimentação do Sistema Pergamum, entre inúmeras outras demandas de professores e coordenadores de cursos.

Uma pessoa ao se tornar bibliotecário, faz um juramento onde diz as seguintes palavras: “Prometo tudo fazer para preservar o cunho liberal e humanista da profissão de Bibliotecário, fundamentado na liberdade de investigação científica e na dignidade da pessoa humana.”, finaliza Regis Silva. 


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FAZENDA HUMAYTÁ: MANDACARU QUANDO FLORA É SINAL DE CHUVA NOS SERTÕES

 

De acordo com a definição do Dicionário Caldas Aulete, mandacaru significa “cacto (Cereus jamacaru) nativo do Brasil, de porte arbóreo, ramificado, com flores grandes que se abrem à noite, típico da caatinga, onde serve de alimento ao gado, e também cultivado como ornamental e por propriedades terapêuticas”.

Na Fazenda Humaytá, localizada em Curaçá, Bahia, o cantor e compositor Luiz do Humaytá, dedilha o violão no ritmo harmonia e define que o mandacaru florando é poesia dos sertões.

“Mandacaru, quando flora lá na seca é o sinal que a chuva chega no sertão toda menina que enjoa da boneca é sinal que o amor já chegou no coração"...assim começa uma das composições de Zé Dantas, Xote das Meninas. Aqui neste pedaço de terra a natureza está nos presenteando com este espetáculo", diz Luiz.

Luiz Gonzaga interpreta o Xote das Meninas que traz na letra a flor do mandacaru o prenuncio da chegada das chuvas no sertão. Essa é a crença dos sertanejos. As flores do mandacaru são exuberantes e possuem a cor branca que se destaca principalmente durante à noite.

Devido a sua resistência à seca nordestina, esta planta se tornou um símbolo de força. Usada em projetos paisagísticos. O fruto, vermelho, se destaca entre o verde dos ramos e amadurece entre os meses de março a abril. Comestível, é muito apreciado pelo sabor adocicado. De novembro a janeiro apresenta flores brancas, com uma peculiaridade: elas florescem à noite e, logo pela manhã, murcham. Por isso, também é conhecida como flor-da-noite.

“O sinal do mandacaru florado nos traz muitas esperanças e nos alegra. Veja as nuvens como estão cheias. Vamos ter mais chuva. Mandacaru florou e escutamos no rádio que está chovendo no sertão e com a chuva o sertanejo alivia muitas amarguras e comemora uma boa colheita. Como bem disse Patativa do Assaré, “Pra gente aqui sê poeta basta vê um poema em cada galho e um verso em cada flor””, finaliza Luiz do Humaytá.

Em geral, a flora da Caatinga tem características peculiares, apresentando uma estrutura adaptada às condições áridas, por isso são chamadas xerófitas, o que as permite resistir ao clima quente e à pouca quantidade de água. 

São características como: folhas miúdas, cascas grossas, espinhos, raízes e troncos que acumulam água, que são estratégias tanto para evitar a evapotranspiração intensa quanto para possibilitar o armazenamento de água. As espécies conseguem, assim, lidar com os meses de seca, rebrotando completamente após as primeiras chuvas. Por isso, a vegetação da Caatinga tem aspectos bem diferentes durante o período seco e o chuvoso.

Há cerca de 1.000 espécies vegetais no bioma, dentre as quais 318 são endêmicas, e onde se destacam plantas como cactos (mandacaru, xique-xique e facheiro), bromélias e leguminosas (catingueiras, juremas e anjicos). Árvores que armazenam água, como a barriguda e o umbuzeiro, também fazem parte dessa rica flora.


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FELIZ ANIVERSÁRIO ANTONIO BARROS, AMO VOCÊ, CECEU E MAYRA. VIVA A MÚSICA BRASILEIRA

Há dois anos (2019) tive a suprema alegria/emoção de compartilhar por algumas horas da presença de Antonio Barros, Ceceu e Mayra, a filha do casal. Antonio Barros que eu não conhecia pessoalmente, mas que foi responsável e isto falei para ele, responsável, pelo cidadão, pesquisador, jornalista que sou atualmente. Imaginei o menino lá da Paraiba que ouvia o ídolo no pé do Rádio.

Vivi 50 anos e o destino me proporcionou este encontro em Petrolina e Juazeiro, nas margens do Rio São Francisco.  Na maioria do tempo o ouvi. O brilho das palavras e lembranças faladas cantadas de um Toinho que conviveu e deu vida a centenas de músicas interpretadas por Luiz Gonzaga, Trio Nordestino, Trio Mossoró, Dominguinhos, Ney Matogrosso e quase todas as estrelas da música brasileira.

As músicas de Antonio Barros embalou meu tempo menino adolescente através das ondas do Rádio. Adulto me fez pensar sobre o Nordeste e a importância de sua história. Eu ouvi certa vez um locutor dizendo que a música era  autoria de Antonio Barros. Logo fiquei a imaginar de onde viria tamanha grandeza humana para falar dos mistérios mais escondidos do ser humano, das paixões, desencontros, esperanças de uma chuva que está para chegar.

Hoje compreendi com a trajetória do tempo. Antonio Barros é um sopro de Deus, Poder Superior feito de Luz que deu de presente a este pedaço de terra, um Poeta. Poeta cidadão do mundo Antonio Barros.

Lembro que meu amigo Aderaldo Luciano numa carta endereçada ao cantador Beto Brito, relatou a certeza e vai colocar isso em um livro, "que Deus era um tocador de pife e foi soprando nele, num pife feito de taboca, que deu vida ao Homem com seu sopro fiel".

É por isto que todo dia às 18horas digo em prece: Antonio és um Sopro de Deus...Agradeço por tua existência e a cada letra, ritmo, melodia, harmonia que você alimentou por este Brasil afora. És alegria das Noites de São João, São Pedro e Santo Antonio. És luz. Antonio Barros fogueira luz acesa da grandeza da música que encanta almas e alimentas os seres humanos de Paz.

*Ao olhar essa fotografia veio-me uma saudade e uma emoção desmedida. Lembrei-me de toda minha infância e adolescência, quando ainda respirávamos um pouco de inocência diante da vida. Minha geração e todos do meu ciclo vivemos norteados musicalmente pelos lançamentos das músicas de Antonio Barros e Cecéu. A primeira vez que ouvi É Lá, É Cá, É No Balanço Do Mar fiquei balançado. 

Os dois plantaram em mim o gosto pela música, apontaram-me o caminho da constância, a busca pela disciplina, o caminhar para a frente. Nesses tempos novos de tão pouca criatividade e de tão extensas caricaturas, o casal 1000 permanece intacto em sua excelência. Plantaram no Brasil os doces bordões: lembrem-se de Ney Matogrosso cantando Homem Com H. E foi assim a cada ano, a cada São João, a cada "assustado". 

Devemos muito aos dois e como agradeço ter vivido sob seu som, sob sua genialidade. Na fotografia estão abraçados e abraçando a seguidora, filha e ótima cantora Mayra Barros que gentilmente cedeu-me a oportunidade de escrever minha pequena homenagem. Serei eternamente grato. (*Fonte: Professor doutor em Literatura Aderaldo Luciano)

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