JOQUINHA GONZAGA, NETO DE JANUÁRIO E SOBRINHO DE LUIZ GONZAGA FAZ LIVE SOLIDÁRIA E PUXA A SANFONA DOS 8 AOS 120 BAIXOS

O sanfoneiro e cantor Joquinha Gonzaga vai apresentar uma Live Solidária na "Varanda do Rei", no domingo 12 de julho, às 16hs. Para acompanhar a live é preciso estar inscrito no canal YouTube Joquinha Gonzaga Oficial. A apresentação da Live será de Sara Gonzaga, filha e produtora do cantor.

Joquinha Gonzaga é o mais legítimo representante da arte musical de Luiz Gonzaga.  Ele é neto de Januário e sobrinho de Luiz Gonzaga. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos últimos descendentes vivos da família. Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "partiram para o Sertão da Eternidade".

Joquinha Gonzaga caminha para os 70 anos e reside atualmente em Exu, Pernambuco, no pé da serra do Araripe, como ele costuma dizer ao receber os amigos. Nesse contexto, a Live Solidária na Varanda do Rei vai proporcionar além de um encontro com os amigos, admiradores, pesquisadores da cultura mais brasileira, a oportunidade de ouvir o puxado do fole e a voz de Joquinha, com o seu canto, histórias e causos. 

No início deste ano a Câmara de Vereadores de Exu, encaminhou um projeto de apoio e solicitação do registro do cantor, compositor e sanfoneiro Joquinha Gonzaga, para ter o reconhecimento de Patrimônio Vivo da Cultura de Pernambuco.

Além de sobrinho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Joquinha é neto de Januário (afamado tocador de 8 Baixos) e ainda tem como tios os Mestres da Sanfona, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga (tocadora de sanfona 8 Baixos) e Severino Januário.

A justificativa para Joquinha ser reconhecido Patrimônio Vivo de Pernambuco é o valor do seu legado para as futuras gerações e a contribuição e tem o objetivo de que mantenham os saberes e fazeres da cultura da sanfona. 

Detalhe: Joquinha Gonzaga também é tocador de sanfona de 8 baixos, um instrumento quase em extinção no cenário cultural brasileiro e também por isto um dos aspectos que faz Joquinha merecedor da aprovação para assim poder se dedicar mais a aulas, oficinas e palestras sobre o tema sanfona de 8 Baixos.

Ao ser inserido oficialmente no programa Patrimônio Vivo na Política Cultural do Estado, Joquinha Gonzaga dará continuidade nas realizações de oficinas de transmissão de saberes, exposições, apresentações culturais, palestras, entre outras ações, que significam a apropriação simbólica e o uso sustentável dos recursos patrimoniais direcionados à preservação e ao desenvolvimento econômico, social e cultural brasileiro, do Estado e garantir a visibilidade de Exu, onde Luiz Gonzaga deixou um patrimônio do Parque Asa Branca, onde está o Museu Gonzagão.

Este ano, no mês de janeiro 2020, Joquinha Gonzaga participou do primeiro Festival Nacional de Música 'Canta Gonzagão’, em Exu, onde ministrou para as crianças e adolescentes do Projeto Asa Branca, uma oficina de Sanfona. Em Ouricuri, Pernambuco, também em Janeiro fez apresentação no Forró do Poeirão onde mostrou a arte de tocar sanfona de 8 Baixos, a famosa Pé de Bode.

Contato para shows de Joquinha Gonzaga: WhatsApp (87) 999955829 e (87)996770618.

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COM SUSPENSÃO DE SHOWS E FESTAS ECAD DEIXOU DE ARRECADAR CERCA DE R$ 200 MILHÕES

Com a suspensão de shows e das festas em todo o país, consequência da pandemia do coronavírus, o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição de Direitos Autorais voltados para a música (Ecad) deixou de arrecadar cerca de R$ 200 milhões para distribuir com os artistas, de março até o final de junho. O valor tende a aumentar até que seja decretado o fim completo do isolamento social.

A informação é da superintende-executiva do Ecad, Isabel Amorim, revelada durante live deste blog, há pouco, pelo Instagram. De acordo com ela, o mercado digital, cada vez mais diversificado com o streaming e as várias plataformas, enfrenta hoje um grande desafio com as lives dos artistas, que passaram a ser intensificadas por conta da pandemia. Trata-se do desafio da arrecadação dos direitos autorais das músicas executadas nestas lives.

Para se ter ideia, Isabel contou que o escritório arrecadou no ano passado em direitos autorais dos músicos e artistas do País algo em torno de R$ 1,1 bilhão, montante que nem de longe será arrecadado em 2020 devido ao atípico ano da paralisação das atividades culturais decorrente do agravamento do quadro da saúde pública.

Isabel, entretanto, negou que exista uma “caixa preta” nas contas da entidade, conforme criticam e afirmam vários músicos, que reclamam de receberem menos em direitos autorais do que teriam direito. Segundo ela, o Ecad hoje divulga relatórios constantes com a arrecadação realizada e durante as programações de shows dos artistas tem pedido aos produtores para identificarem quais as músicas que tocarão, discriminadas por cada show, justamente para avaliar a arrecadação a ser cobrada a partir de cada Estado.

De acordo com a executiva, normalmente são licenciados mais de 6,6 mil shows por mês no País, o que deixou de acontecer por conta da pandemia. Isabel contou que assim que começaram a ser observados os aumentos de lives no Brasil entrou em contato com entidades internacionais para buscar padrões e se familiarizar. Ela disse que, em todo o mundo, sabe-se que apesar das grandes audiências destas apresentações pela internet, nem todas geram boa arrecadação para os autores.

“O fato de algumas terem mais audiência não significa que vão levar a grandes receitas, porque o processo envolve patrocinadores e outras questões. E muitos artistas têm se sentido prejudicados”, ressaltou.

O Ecad, em função disso, reduziu os valores referentes à arrecadação de direitos autorais por conta de apresentações em lives neste momento de pandemia, como forma de conseguir melhor retorno.

“É obvio que como tudo o que é novo a arrecadação de direitos autorais pelas lives gera muitos questionamentos, mas são cobranças que já existiam, embora em menor quantidade. Temos de encontrar a melhor maneira de distribuir esses recursos. Se não pudermos cobrar do produtor e do patrocinador, o compositor não receberá nada”, destacou.

A executiva ainda citou exemplos de vários artistas que vivem hoje da arrecadação de suas músicas. Sem dar nomes, Isabel revelou que um deles, muito famoso nacionalmente e na casa dos 90 anos, se mantém economicamente apenas da arrecadação que consegue ter no início de cada ano, com a execução de músicas de carnaval.

“Já estamos preocupados porque esse artista provavelmente não terá arrecadação suficiente para o próximo ano”, frisou. Ressaltou que há, também, casos de compositores brasileiros que vivem de direitos autorais de uma única música de sucesso.

"O digital demora para se consolidar e causa certo burburinho no começo, mas também resulta em arrecadação. Mas os compositores também precisam entender que o que está sendo arrecadado neste momento não representa nem um pequeno pedaço da arrecadação de músicas executadas em outros tempos”, explicou.

Ao rebater reclamações feitas contra o órgão, afirmou que o Ecad é uma empresa privada sem fins lucrativos e que artistas que antes criticavam o escritório e mudaram de opinião posteriormente – como a produtora Paula Lavigne, esposa e empresária do cantor Caetano Veloso – “talvez tivessem dúvidas de como o processo todo funciona que agora não tenham mais”.

De acordo com ela, foi instalada em sua gestão o procedimento de relatórios que permite maior transparência sobre a arrecadação e o volume arrecadado para os artistas.

Ela também falou sobre uma crítica contumaz que é a cobrança de direitos autorais de músicas executadas nos hotéis, inclusive nos quartos destes estabelecimentos. Defendeu tal cobrança e disse que o quarto de hotel é considerado um lugar público que precisa ser objeto de cobrança de direito autoral das músicas executadas nas rádios e TVs desses espaços.

“Precisamos ver sempre os dois lados. Empresários e hóspedes podem reclamar, mas do outro lado há os compositores, que querem receber pelas músicas feitas por eles. “O Ecad defende o direito de 500 mil titulares. Temos a obrigação de brigar pelos direitos deles”, complementou. (Fonte: blog Magno Martins)
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BOLSONARO TEM SINTOMAS DE COVID-19 E FAZ NOVO EXAME PARA DETECTAR DOENÇA

O presidente Jair Bolsonaro foi submetido a um novo exame de covid-19 nesta segunda-feira (6/7), após apresentar sintomas da doença provocada pelo novo coronavírus. O próprio presidente confirmou que há suspeita de ele estar com a doença.

O resultado deve ficar pronto nesta terça-feira (7), ao mieo-dia. Bolsonaro apresentou febre de 38ºC e cancelou compromissos por causa da suspeita. Ele foi atendido no Hospital das Forças Armadas (HFA), em Brasília, onde, além de fazer o teste de covid-19, fez exames de pulmão.

Ele disse à imprensa que o resultado da avaliação do pulmão mostrou bom funcionamento do órgão. Ele disse ainda que já está tomando hidroxicloroquina de maneira preventiva, embora esta não seja a recomendação médica recomendada.

O presidente pode ser considerado como integrante do grupo de pessoas que apresentam risco maior de desenvolver forma grave da doença, por já ter 65 anos. Vários integrantes de sua equipe já apresentaram a doença desde o início da pandemia, mas, até agora, os testes do presidente resultaram negativo.

Bolsonaro tem resistido em manter o distanciamento social e costuma aparecer em público, seja aparecendo em manifestações públicas em seu apoio, seja passeando por Brasília nos fins de semana.
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ANTÔNIO CONSELHEIRO SERÁ TEMA DE DEBATA NA QUARTA EDIÇÃO DA SÉRIE GRANDES PERSONALIDADES DA HISTÓRIA DO NORDESTE

Antônio Vicente Mendes Maciel (1830–1897), o Antônio Conselheiro, será tema de debate na quarta edição da série “Grandes Personalidades da História do Nordeste".

A etapa do projeto da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), marcado para a próxima quinta-feira (9), vai contar  com o historiador José Nivaldo Junior, na palestra “Antônio Conselheiro: o revolucionário conservador”, cuja mediação ficará a cargo do jornalista Marcelo Abreu. A transmissão acontece no canal oficial da instituição pernambucana no YouTube, às 17h.

Para Nivaldo Junior, o Conselheiro desafiou a ordem estabelecida inspirado pelo comunismo do Cristianismo dos primeiros tempos. “Seu discurso, aparentemente retrógrado, não era mais retrógrado do que a realidade social da região no final do século 19”.  

“Ele não foi de jeito nenhum maluco ou fanático. É difícil rotular uma pessoa que era ao mesmo tempo ponto de convergência e irradiação dos grandes contrastes da sua época e do seu lugar”, completa.

Autor do best-seller internacional Maquiavel, o Poder: história e marketing (2012), José Nivaldo Junior destaca que tanto o filósofo europeu, quanto o personagem nordestino foram intérpretes das contradições do seu tempo e lugar.

“As semelhanças param aí. Maquiavel mostrou o universo da política como ela é. Não pretendia mudar o mundo e sim explicar. O Conselheiro usava a política para mudar a vida, oferecer opção e esperança para as pessoas

Serviço: Grandes Personalidades da História do Nordeste — edição IV
Palestra: Antônio Conselheiro: o revolucionário conservador
Quinta-feira, (9), 17h, no canal da Fundaj no YouTube
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COMISSÃO PASTORAL DA TERRA ENVIA NOTA DE APOIO ÀS COMUNIDADES QUILOMBOLAS DE NORDESTINA

Nota de Apoio às comunidades quilombolas de Nordestina em defesa de seus territórios e modos de vida:

Nós, as entidades subscritas, vimos denunciar e cobrar solução para a grave situação das Comunidades Quilombolas de Lagoa dos Bois, Poças, Bom Sucesso, Salinas, Palha, Tanque Bonito, Lagoa da Cruz, Caldeirão do Padre, Caldeirão do Sangue, Lagoa da Fumaça, Grota e Lajes das Cabras, no Município de Nordestina – BA, em que vivem cerca de 500 famílias, submetidas aos impactos danosos da continuidade do extrativismo mineral a céu aberto em seus territórios e aos riscos de contaminação pela Covid-19.

 As 12 comunidades foram certificadas, em 2016, pela Fundação Cultural Palmares – hoje ligada ao Ministério da Cidadania –, como remanescentes de quilombos. Até hoje, porém, não receberam a titulação de suas terras, o que as obriga a permanecer na insegurança e na luta pela regularização de seus territórios tradicionais, como lhes garante a Constituição Federal de 1988. Neste momento crítico de pandemia, o extrativismo mineral, mesmo não sendo atividade essencial, continua em operação, o que agrava ainda mais os riscos que já correm estas comunidades.

Desde 2015, com a instalação da Lipari Mineração LTDA, que extrai diamantes na mina Braúna, dentro dos territórios destas comunidades quilombolas, os/as moradores/as não têm mais sossego, sofrendo diariamente os impactos e os danos causados pela mineração. Segundo levantamento realizado com o apoio da Comissão Pastoral da Terra – CPT de Senhor do Bonfim, em 2019, das 12 comunidades situadas no entorno da mina, nove delas, com cerca de 60 famílias, tiveram suas casas e/ou cisternas de captação de água de chuva danificadas pelas detonações na mina. 

O acesso à mina se dá através de estradas vicinais públicas, anteriores à implantação do empreendimento; em alguns trechos, veículos pesados da empresa, inclusive aqueles que transportam explosivos, transitam bem ao lado das residências, causando estragos às vias e insegurança às pessoas. Não faltam denúncias de acidentes que causam mortes de animais domésticos, silvestres e do criatório familiar. Ruídos constantes do moinho e das detonações, odor dos explosivos, fumaça, poeira tóxica e militarização do território são outras consequências nefastas da mineração no cotidiano das comunidades.

Em face destes impactos, as comunidades passaram a enfrentar dificuldades para viver em seus territórios. A comunidade mais distante da mina está a aproximadamente nove quilômetros, a mais próxima, por volta de dois quilômetros. Empreendimentos do porte destes, a Braúna sendo a maior mina de diamantes da América do Sul e a Lipari a maior empresa mineradora de diamantes da América do Sul, com capital belga e chinês, deveriam trazer benefícios econômicos e sociais para o município, principalmente para as comunidades nas quais se implantou e as do seu entorno. 

Entretanto, não se observa melhorias efetivas e estruturais para a região impactada. Além dos danos já mencionados, há o risco de extinção destas comunidades tradicionais ao se apagar a memória cultural, mudando estradas, cortando árvores centenárias e interferindo no modo de vida. É “ameaça da mineradora, que está aqui bem pertinho de nós e o risco de avançar ainda mais”, diz um quilombola da Lagoa dos Bois, em entrevista de junho do corrente ano.

A maioria das 500 famílias vive em estado de vulnerabilidade social, em que a fome é explícita e a principal fonte de renda é o Programa Bolsa Família e aposentadorias. Algumas moradias são de taipa, em muitos casos abrigam até quatro famílias, sem acesso ao saneamento básico. Muitas não têm água encanada ou têm abastecimento irregular e pagam contas de valores exorbitantes. Sem acesso regular à terra e à água, as atividades produtivas estão comprometidas. 

A situação vem se agravando com a pandemia do novo coronavírus em expansão pelo interior, em municípios do Território do Sisal e em todo o país. O primeiro caso registrado em Nordestina aconteceu em 02/05/2020; eram 17 casos em 23/06/2020, conforme o Boletim Epidemiológico / SESAB. Em 29/06/2020, já eram 61 casos confirmados, sendo 18 empregados da Lipari e três registrados na Comunidade Quilombola Caldeirão do Sangue, com um óbito, conforme boletim apresentado pela Prefeitura Municipal. A preocupação aumenta ao se considerar que Nordestina não tem leitos hospitalares adequados para atendimentos da Covid-19, nem testes suficientes para demonstrar a real situação.

Os quilombolas estão muito preocupados, conforme externaram em entrevistas na Comunidade de Lagoa dos Bois, em junho deste: “É uma coisa que assusta a gente, ninguém diga que não fica preocupado porque fica. Tô preocupada, pedindo a Deus que nunca chegue na família da gente”; “Então, é uma doença que a gente não sabe quem tá contaminado. (…) eu acho que mudou tudo na minha vida, na vida de nós todos ser humano, então tá muito difícil”.

Já a Mina da Braúna segue fornecendo milhões de lucros à Lipari. O mínimo que, por lei, ficou para o município corresponde ao CFEM – Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, que em 2018 foi de R$ 2.930.330,39, cabendo ao município 65%, ou seja, R$ 1.758.198,23. É muito pouco frente aos custosos problemas que causa! A distribuição de cestas básicas propagandeada pela empresa funciona mais como marketing do que real solução, além de causar divisão interna nas comunidades.

O que precisam e têm direito as Comunidades Quilombolas é de políticas de prevenção, que promovam a dignidade e a soberania delas sobre seus territórios. São antigas suas pautas de reivindicação, as quais apoiamos irrestritamente:

1. Realizar Audiência Pública convocada e coordenada pelo Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual, com a finalidade de: a) a Empresa apresentar os estudos específicos, medidas mitigadoras, sistemas de monitoramento, segurança e controle de impactos; b) apresentação dos EIA-RIMA – Estudos e Relatório de Impactos Ambientais; c) apresentação e discussão das reivindicações das Comunidades impactadas; d) apresentação pela Empresa dos planos de expansão do empreendimento;

2. Realizar urgentemente, por empresa especializada independente, os estudos de avaliação dos níveis de ruídos, vibrações do solo e poluição do ar causados pelas detonações e tráfego de veículos pesados;

3. Criar comissão técnica paritária, supervisionada pelo Ministério Público, com a finalidade de fazer o levantamento e avaliação dos danos materiais causados pelas atividades da Empresa;

4. Construir estrada própria pela Empresa para o tráfego de seus veículos;

5. Solucionar, pela Prefeitura e EMBASA, o problema de abastecimento de água, regularizando o fornecimento semanalmente em todas as residências das 12 Comunidades Quilombolas, providenciando, inclusive, as instalações necessárias ao suprimento de todas as famílias da Comunidade Fumaça.

6. Solucionar, pelo Poder Público, o problema de saneamento básico, com a construção de sanitários utilizando tecnologia apropriada à disponibilidade hídrica do local.

7. Suspender, pelo INEMA, a outorga à Lipari para retirada de água do Rio Itapicuru, considerando o princípio da precaução e o risco de assoreamento do rio e em respeito à prioridade do uso humano e animal da água determinada pela lei.

8. Realizar pelos órgãos competentes a demarcação e titulação dos Territórios Quilombolas do município de Nordestina.

9. Pagar as indenizações pelos danos materiais causados e a renda cabível do empreendimento, conforme determinam a Convenção 169 da OIT – Organização Internacional do Trabalho e o Decreto Estadual 13.247/11.

10. Aplicar, pelo Poder Público, um percentual da CFEM – Compensação Financeira pela Exploração Mineral em ações de melhoramento ambiental e social nas Comunidades Quilombolas atingidas, a serem discutidas com as comunidades, inclusive o valor. 

POR FIM, CONSIDERANDO ESTE MOMENTO CRÍTICO DE PANDEMIA, REAFIRMAMOS E COBRAMOS O PASSIVO DESTAS ANTIGAS PAUTAS DE REIVINDICAÇÃO, EM CARÁTER IMEDIATO. EXIGIMOS QUE OS DIREITOS TERRITORIAIS E SOCIOAMBIENTAIS DAS COMUNIDADES QUILOMBOLAS SEJAM RIGOROSAMENTE RESPEITADOS. 

PARA ISTO, A MINERAÇÃO TEM QUE PARAR! A VIDA É ESSENCIAL, A MINERAÇÃO NÃO! 

OS PODERES PÚBLICOS MUNICIPAL E ESTADUAL ATENDAM ÀS REIVINDICAÇÕES CONFORME SUAS RESPONSABILIDADES. 

Nordestina, 02 de julho de 2020

Assinam: 

1. Fórum de Comunidades Quilombolas de Nordestina  

2. Paróquia de São João Batista / Diocese de Bonfim de Nordestina – BA 

3. Comissão Pastoral da Terra – CPT

4. Movimento pela Soberania Popular na Mineração – MAM

5. Fórum Territorial de Povos e Comunidade Tradicionais do Território do Sisal

6. Associação de Advogados de Trabalhadores Rurais da Bahia – AATR/BA 

7. Movimento Quilombola do Maranhão – MOQUIBOM 

8. Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Agricultores Familiares de Nordestina 

9. Movimento dos Pequenos Agricultores – MPA

10. Associação Regional das Organizações Sociais do Semiárido Baiano – Umbuzeiro 

11. Associação de Assistência Técnica e Assessoria aos Trabalhadores Rurais – CACTUS

12. Caritas Regional NE 3

13. Conselho Missionário Indigenista – CIMI

14. Pastoral Operária 

15. Conselho Pastoral dos Pescadores – CPP

16. Escola Família Agrícola do Sertão

17.  Pastoral da Juventude Rural

18. Rede das Escolas Famílias Agrícolas Integradas no Semiárido (REFAISA)

19. Coordenação Ecumênica de Serviço – CESE  

20. Central das Associações e Comunidades Tradicionais de Fundo e Fecho de Pasto – CAFFP

21.  Grupo de Pesquisa GeografAR / POSGEO / UFBA

22. Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – IRPAA

23. Fundação de Apoio à Agricultura Familiar do Semiárido da Bahia – FATRES 

24. Pastoral da Criança 

25. MST – Movimento Sem Terra

26. Núcleo de Estudos em Questões Agrárias do IF Baiano Capus Santa Inês/CNPq

27. Laboratório de Geografia Humana da UNIVASF, campus Senhor do Bonfim-BA

28. Grupo de Estudos e Pesquisa sobre a Produção do Espaço – GEPPSE/UNIVASF/CNPq

29. Grupo de Estudos e Pesquisa Geografia do Trabalho e Ontologia do ser social: estudos sobre a essência da relação sociedade-natureza – GTOSS.

30. Sindicato dos Docentes da Universidade Federal do Vale do São Francisco – SINDUNIVASF.

31. Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação – ANFOPE NORDESTE.

32. Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação do Campo – FACED – UFBA.

33. Fundação Padre José Koopmans Extremo Sul da Bahia (FUNPAJ)

34. Grupo de Estudo e Pesquisa em Educação Física Esporte e Lazer. FACED UFBA.

35. Associação de Moradores da Tapera e Miringaba-AMTM – Caravelas-Bahia

36. Centro Acadêmico de Educação do Campo e Desenvolvimento Territorial CAECDT/UNEB

37. Fórum Estadual Permanente de Educação do Campo/Alagoas

38. Teia dos Povos (Bahia)

39. Grupo de Estudos e Pesquisa em Educação do Campo, Trabalho, Contra-Hegemonia e Emancipação Humana (UNEB)

40. Organização Mandacaru Dignidade Resistência do Sertão – OMDRS

41. Núcleo de Estudos das paisagens semiáridas tropicais – NEPST

42. Grupo de Pesquisa e Articulação Campo, Terra e Território (NATERRA/UECE).

43. Grupo de Estudos Agrários (GEAR/UECE)

44. Laboratório de Estudos do Campo, Natureza e Território (LECANTE/UECE)
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AGROVALE CONTRIBUI COM PROJETO DE ARBORIZAÇÃO COM IPÊ ROSO E CARAIBEIRAS NO MUNICÍPIO DE CABROBÓ

O município de Cabrobó, no Sertão do São Francisco, recebeu esta semana a doação de 3 mil mudas de Ipês Roxos e Caraibeiras para início de um projeto de arborização, paisagismo e floricultura que vai mudar significativamente o aspecto urbanístico da cidade.

As mudas de espécies nativas da flora da Caatinga, foram doadas pela Agrovale, empresa sucroalcooleira com sede em Juazeiro - BA, e vão ampliar a cobertura verde da cidade
ornamentando as principais avenidas, praças, canteiros centrais e passeios públicos com uma floração intensa e coloração variada.

De acordo com o prefeito do município, Marcílio Cavalcanti, o plantio das mudas vai beneficiar inicialmente os espaços públicos da área central com plantas de potencial ornamental de médio e grande porte. "Já identificamos as áreas mais quentes e de maior fluxo de movimento e a nossa expectativa é que, em três anos, algumas dessas árvores já comecem a florescer, dar sombra e ar puro", ressaltou.

Ainda segundo o prefeito, o projeto prioriza o uso de espécies da Caatinga, o único bioma exclusivamente brasileiro, pela rusticidade das espécies e por exigirem a menor quantidade de irrigação e tratos possíveis. "Além da beleza paisagística promovida pelo festival de cores que também irá amenizar as altas temperaturas do nosso sertão", concluiu.

O viveiro de mudas da Agrovale produz mais de 70 espécies de plantas nativas da Caatinga a exemplo de marizeiro, ingazeiro, pau ferro, paineira, angico e umburana. As mudas são utilizadas na recuperação de áreas degradadas, repovoamento e reflorestamento, visando a preservação da Caatinga, ecossistemas e das matas ciliares do Rio São Francisco.

De acordo com o Departamento do Meio Ambiente da empresa, apenas no ano passado foram doadas 72 mil mudas nativas para 14 municípios – 10 baianos, 4 pernambucanos – e pelo menos 90 entidades e pessoas físicas. (Fonte: Class Comunicação e Marketing)

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PREFEITO PAULO BONFIM MANIFESTA PESAR PELO FALECIMENTO DO JORNALISTA MARCELINO RIBEIRO

O prefeito de Juazeiro, Paulo Bomfim, manifestou pesar pelo falecimento do jornalista Marcelino Ribeiro, vítima de infarto, ocorrido na madrugada desta segunda-feira, 06, em sua residência.

Atuando há quase 30 anos como assessor de imprensa e comunicação da Embrapa, Marcelino foi um ferrenho defensor dos princípios democráticos, iniciando a sua luta ainda na Faculdade de Comunicação da Universidade Federal da Bahia. Contribuiu com a esquerda na política local, além da marcante militância no jornalismo, quando editou o jornal “O Berro D’água”.

Aos familiares e à sua companheira, enviamos os nossos sentimentos e desejamos força para superar esta perda irreparável. Foto: Chico Egídio
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