POR AMOR A DOMINGUINHOS COM MARIANA AYDAR, MARCELO JENECI E FELIPE CORDEIRO

Um dos maiores sanfoneiros do país, Dominguinhos nasceu no dia 12 de fevereiro de 1941 em Garanhuns, no interior de Pernambuco. Aprendeu a tocar sanfona aos seis anos de idade, por influência do pai. Aos oito, conheceu Luiz Gonzaga, quem mais tarde seria seu padrinho e umas das suas maiores referências musicais. 

Dominguinhos alternou sua carreira solo com trabalhos de músico de apoio, tocando com artistas como o próprio Gonzaga, Gal Costa e Gilberto Gil. Nos anos 80, duas de suas músicas entraram na trilha sonora da novela Roque Santeiro: “De Volta Pro Meu Aconchego”, parceria dele com Nando Cordel e interpretada por Elba Ramalho, e “Isso Aqui Tá Bom Demais”, escrita com Chico Buarque e interpretada pelos dois. Faleceu em 23 de julho de 2013, consagrado como um dos grandes nomes da música popular brasileira.

No dia em que o sanfoneiro completaria 79 anos, Marcelo Jeneci, Mariana Aydar e Felipe Cordeiro se juntam para fazer uma homenagem ao músico no show Por Amor a Dominguinhos, reinterpretando alguns dos maiores sucessos do mestre. 

Mariana Aydar: O forró é a influência musical mais marcante no som de Mariana, que alia sofisticação e contemporaneidade às suas raízes da música nordestina. A paixão nasceu na infância, no colo de Luiz Gonzaga; percorreu a juventude como backing vocal de Daniela Mercury, passando por muitas casas de forró com sua banda Caruá. Ela sempre esteve em meio a xotes, xaxados e baiões. No seu novo projeto, Veia Nordestina (Natura Musical, 2019), traz a relação subversiva de Mariana com o forró, misturando ritmos trap, pagodão baiano e guitarras psicodélicas, sem perder a alma do pé de serra.

"Dominguinhos faria 79 anos em fevereiro, se estivesse vivo. Foi com ele que tudo começou dentro de mim, despertou todo meu amor pela música e pelo forró. Já fiz documentário, música e show para esse artista que tanto me inspira, e não poderia estar mais feliz em celebrar sua vida e obra junto com Marcelo Jeneci e Felipe Cordeiro no show "Por Amor a Dominguinhos" na Casa Natura Musical", escreveu Mariana em sua página do Facebook.

Marcelo Jeneci: Filho de Manoel, o mais famoso eletrificador de sanfonas, tem um histórico familiar ligado ao forró, tendo sido, inclusive, integrante da banda Peixelétrico. Tem três discos solos, tendo sido o último, Guaia, lançado em 2019. 

Felipe Cordeiro: Felipe Cordeiro é um nome em destaque na cena contemporânea brasileira, pioneiro na fusão de estilos populares paraenses com a vanguarda pop. A sonoridade definida como Pop Tropical traz referências da guitarrada, tecnobrega, carimbó, new wave, MPB e música eletrônica. Em 2019, lançou o terceiro álbum de carreira, TRANSPYRA , com produção musical assinada por Kassin e pelo próprio Felipe. Entre os parceiros de composição do disco estão Arnaldo Antunes, Nina Becker e Manoel Cordeiro, além das presenças vocais de Tulipa Ruiz em “Perfil” e Dona Onete em “Onde É Que Eu Vou Parar”.

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PSOL DE PETROLINA PROMOVE DEBATE E DISCUTE DIREITOS HUMANOS E CIDADANIA COM A PRESENÇA DE LÚCIA MOTA

O PSOL (Partido Socialismo e Liberdade) de Petrolina realiza nos dias 14 e 15 de fevereiro, o debate a Petrolina que Temos e a cidade que queremos. Com o tema "Outra Petrolina é Possível, o evento será realizado no Recanto Madre Paulina.

A programação consta para a sexta-feira 14, de um ato de filiação uma análise de conjuntura internacional, nacional e local. No sábado 15, uma mesa redonda discute a Saúde Pública, uma visão de esquerda, direitos humanos e cidadania e mulheres no espaço do poder.

Rosalvo Antonio, segundo secretário do PSOL diz que o "momento que o Brasil vive e Petrolina acompanha o crescimento dos desrespeitos pelas minorias é essencial debater os porquês e buscar principalmente as soluções e novos caminhos para um futuro melhor e possível".

Uma das palestrantes é a pré-candidata a vereadora Lúcia Mota. Lúcia e filiada ao Psol e concorreu nas últimas eleiçãoa deputado estadual e recebeu mais de 16 mil votos.

Na época Lucia Mota revelou à redação do Blog Ney Vital que a iniciativa de ser pré-candidata dela, que procurou o PSOL após uma pesquisa entre os partidos no estado. Durante sua fala no lançamento das pré-candidaturas ela comentou sobre a caminhada até sua entrada na política.

“A partir daquele dia [que foi à Delegacia depor sobre a morte de Beatriz] eu entendi que para se resolver o caso de Beatriz e para se resolver todos os casos de violência dentro do estado  Pernambuco, precisa-se de políticos. No início alguns repórteres da região me perguntaram se eu teria intenções políticas e eu deixei isso bem claro: a partir do momento em que eu não me sentisse representada politicamente, eu seria uma opção e a partir de hoje eu direi, eu sou uma opção para Pernambuco”, afirmou emocionada ao relembrar da sua filha.

Lúcia Mota é a mãe da menina Beatriz Angélica Mota, que foi assassinada há quatro anos e 1 mês. Este ano em dezembro de 2020, o Caso Beatriz caminha para os 5 anos. Beatriz foi assassinada com 42 facadas durante uma festa no Colégio Maria Auxiliadora, onde estudava na cidade. 

Em dezembro de 2018, o Tribunal de Justiça de Pernambuco (TJPE) decretou a prisão preventiva de um funcionário da escola onde a menina Beatriz Angélica foi assassinada quando tinha 7 anos. O acusado que não chegou a ser preso, é acusado de ter apagado as imagens do circuito interno da câmera de segurança da instituição de ensino. Em setembro de 2019, o TJPE revogou o pedido de prisão do suspeito por entender que as investigações não chegaram a nenhum resultado.

Um mês depois, em outubro, Lúcia Mota, mãe da menina Beatriz, protocolou na Corregedoria da Secretaria de Defesa Social (SDS) de Pernambuco evidências obtidas pela família sobre o possível desvio de função de um perito que teria atrapalhado o inquérito policial que investiga o caso. De acordo com a mãe de Beatriz, o profissional, que não teve o nome revelado, teria elaborado um plano de segurança para a instituição de ensino enquanto investigava o caso. A Corregedoria Geral da Secretaria de Segurança Pública informou que uma investigação preliminar foi instaurada para apurar os fatos.

Segundo a Polícia Civil do Estado (PCPE) as investigações correm em segredo de justiça e, por esse motivo, não pode fornecer informações sobre o caso. A PCPE disse ainda que a delegada Polyanna Neri, que está à frente do inquérito policial sobre o crime com dedicação exclusiva, instituiu uma Força Tarefa composta por policiais civis, três delegados e suas respectivas equipes, que possuem experiência na investigação de homicídios, para contribuírem na celeridade da conclusão do inquérito. 

Em nota, a PCPE reitera a confiança em “elucidar esse bárbaro assassinato e apresentar quem cometeu esse crime à Justiça”. Atualmente, o inquérito que investiga o caso conta com 19 volumes, mais de 4 mil páginas e está no Ministério Público de Pernambuco (MPPE).

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FUTEBOL: TIMES DO INTERIOR ACUSAM QUE ARBITRAGEM FAVORECEM O BAHIA E VITÓRIA NO CAMPEONATO BAIANO

No último domingo 9, o time do Jacobina perdeu para o Bahia por 3 a 1, no Estádio José Rocha, pela quinta rodada do Campeonato Baiano. O Jegue da Chapada saiu na frente no primeiro tempo, mas sofreu a virada na etapa final. De acordo com a crônica esportiva, na maioria dos comentários opinam que gol de empate do Tricolor foi marcado na cobrança de um  pênalti mal marcado pelo árbitro Irinaldo Jorge dos Santos Silva. 

O vice-presidente do clube do interior, Rafael Damasceno, criticou a arbitragem nas redes sociais.

"O que fizeram com o Jacobina foi vergonhoso, fomos assaltado. Esse pênalti marcado foi imoral. Não consigo acreditar em erro, vejo maldade da arbitragem", escreveu.

Com a derrota, o Jacobina segue na 10ª e última colocação com apenas um ponto na tabela de classificação do Baianão. O Jegue da Chapada só volta ao gramado no dia 1º de março, um domingo, para encarar o Jacuipense, na Arena Valfredão, pela sexta rodada do estadual.

O diretor das divisões de base da Juazeirense, Randerson Leal, no final do mês de janeiro, também detonou a arbitragem, liderada pelo árbitro Emerson Ricardo, do duelo contra o Vitória, quando jogaram na quarta-feira (29). O jogo, realizado no Barradão, terminou empatado em 2 a 2, pela terceira rodada do Baianão. O dirigente prometeu entrar com uma representação na Federação Bahiana de Futebol (FBF).

"Sim [vou entrar com uma representação]. Infelizmente, time com expressão como Bahia e Vitória sempre fazem isso. É um absurdo! No primeiro tempo ele saiu minando nossos jogadores todos com cartão amarelo. Era só encostar que ele marcava falta para o Vitória. No lance do pênalti era para o segundo amarelo, mas ele não dá, ele pipocou. Por quê isso contra a Juazeirense? Queria ver se fosse ao contrário se ele não ia expulsar o nosso goleiro? Então, a gente fica revoltado. É difícil fazer futebol dessa maneira contra Bahia e contra Vitória", disparou o dirigente.
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VOLUMES DE CHUVA EM SÃO PAULO É O SEGUNDO MAIOR PARA O MÊS DE FEVEREIRO

O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) registrou hoje (10) 114 milímetros de precipitação na estação do Mirante de Santana, zona norte da capital paulista, o segundo maior volume de chuva para um mês de fevereiro em 77 anos. Diante dos transtornos causados pela forte chuva, a Defesa Civil recomendou que os paulistanos fiquem em casa.

Na capital paulista, a chuva mais forte começou no final da tarde do domingo e permanece firme nesta segunda-feira (10). Considerando todos os meses do ano, este foi o oitavo maior acumulado em 24 horas de toda a história de medições do Inmet.

Na grande São Paulo, foi registrado volume de chuva de 145,8 milímetros em Barueri, grande São Paulo, maior volume de chuva desde 2013.

A cidade de São Paulo registrou, por volta das 11h da manhã de hoje (10), 62 pontos de alagamento, sendo 13 deles na Marginal Tietê e sete na região da Marginal Pinheiros. A previsão do Centro de Gerenciamento de Emergências (CGE) é que a chuva intensa continue até o fim da tarde. As chuvas fizeram o Tribunal de Justiça do estado suspender o expediente desta segunda-feira e o Rio Pinheiros atingir o maior nível dos últimos 15 anos.

O Corpo de Bombeiros registrou 36 desabamentos e 320 pontos de enchente no município. Os principais rios da capital paulista transbordaram. O Pinheiros segue alagando a Marginal Pinheiros na altura da Ponte Cidade Universitária e da Ponte do Jaguaré. O ponto mais crítico do Rio Tietê é próximo à Ponte do Piqueri. Os córregos que ainda registram transbordamento são: Córrego Tremembé, Córrego Ipiranga, Córrego Pirajuçara e Córrego Perus. (Agencia Brasil)

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JORGE DE ALTINHO E A MÚSICA BRASILEIRA NO RITMO DO FORRÓ

Jorge Assis Assunção. Jorge de Altinho completa este ano 40 anos de trajetória profissional. Nunca banalizou sua arte e é respeitado pela qualidade do seu trabalho.

Compositor de alma cheia e grandeza humana é de Jorge de Altinho as primeiras composições gravadas pelo Trio Nordestino (Lindu, Cobrinha e Coroné). Destaco "Fole de ouro", "Amor demais", "Forró quentão", Caruaru a Capital do Forró,  A separação...

No início de carreira inspirou-se em Raul Seixas, Luiz Gonzaga e Jackson do Pandeiro. O seu primeiro disco LP: "Jorge de Altinho - O príncipe do baião", é hoje considerado pelos pesquisadores e colecionadores uma das raridades no mercado dos especialistas e admiradores da vida e obra de Jorge de Altinho.

Ressalto sempre (balizado em mais de 30 anos de pesquisas e estudos didáticos)  que Luiz Gonzaga foi pedra angular, referência-mor do forró, mas o Rei do Baião, não trilhava sozinho. Havia por trás de si, uma constelação de compositores, músicos, além de profícuos conhecedores do seu trabalho, amigos talhados de sol, nascidos do barro vermelho, com almas tatuadas por xique-xiques e mandacarus.

Jorge de Altinho é uma dessas estrelas! Tem sua luz! Brilha inspirado no convívio dos sertões, e das margens do Rio São Francisco. Jorge é conhecedor dos segredos e nuances da noite estrelada. Humilde e grande na sabedoria de seguir os ensinamentos e conselhos de Luiz Gonzaga e Dominguinhos.

Uma das mais belas interpretações de Jorge de Altinho é Tamanho de Paixão. Na música ouvimos Luiz Gonzaga e Dominguinhos fazendo a sanfona roncar feito trovão em dia de chuva.

No livro Forró de Cabo a Rabo, o jornalista e crítico musical Ricardo Anísio, aponta Jorge de Altinho, como uma das vozes mais bonitas do reduto forrozeiro e  da música brasileira. Timbre de voz de rara beleza. Compositor de maior sensibilidade, construtor da palavra poética.

"Jorge de Altinho traduz os sons da alma. Sua obra foi feita para elevar coração, alma e espírito da humanidade'.

Tenho dito: é Jorge de Altinho um Poeta e Cantador quase vidente...
"A lua não é mais a mesma
 la no céu do meu sertão
o sol chorando com seus raios 
fica procurando em vão
la no canto da parede chapéu e gibão ficou 
aquela sanfona branca que tanta gente alegrou
só a saudade doendo Luiz Gonzaga deixou...

E vejo num voar alegre de um lindo beija flor 
nas águas de um açude cheio 
e na voz de um cantador/
nas borboletas nos caminhos no arco-iris multicor/
num Riacho do Navio que de tristeza secou 
só a saudade doendo Luiz Gonzaga deixou...

Juazeiro, Assum Preto, Asa Branca e muito mais 
cantigas que fizeram um rei e um trovador da paz
gênio, mito, tua obra já te imortalizou
nos quatro cantos do Brasil o teu canto ecoou
Fostes a realidade nos olhos de um sonhador...
Pelas estradas da vida sempre semeando o amor 
mas só a saudade doendo Luiz Gonzaga deixou...
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RACISMO ESTRUTURAL: VOCÊ FAZ FAXINA? NÃO, FAÇO MESTRADO. SOU PROFESSORA“

A professora e historiadora Luana Tolentino viralizou nas redes sociais após relatar um caso de racismo sofrido em Belo Horizonte. Na quarta 19, a docente caminhava pela rua quando foi abordada por uma senhora branca que perguntou se ela fazia faxina. Luana escreveu um depoimento sobre o caso, refletindo sobre os impactos do racismo na sociedade. Confiram: 

Hoje uma senhora me parou na rua e perguntou se eu fazia faxina.

Altiva e segura, respondi:

– Não. Faço mestrado. Sou professora.

Não ouvi mais nenhuma palavra. Acho que a incredulidade e o constrangimento impediram que ela dissesse qualquer coisa.

Não me senti ofendida com a pergunta. Durante uma passagem da minha vida arrumei casas, lavei banheiros e limpei quintais. Foi com o dinheiro que recebia que por diversas vezes ajudei minha mãe a comprar comida e consegui pagar o primeiro período da faculdade.

O que me deixa indignada e entristecida é perceber o quanto as pessoas são entorpecidas pela ideologia racista. Sim. A senhora só perguntou se eu faço faxina porque carrego no corpo a pele escura.

No imaginário social está arraigada a ideia de que nós negros devemos ocupar somente funções de baixa remuneração e que exigem pouca escolaridade. Quando se trata das mulheres negras, espera-se que o nosso lugar seja o da empregada doméstica, da faxineira, dos serviços gerais, da babá, da catadora de papel.

É esse olhar que fez com que o porteiro perguntasse no meu primeiro dia de trabalho se eu estava procurando vaga para serviços gerais. É essa mentalidade que levou um porteiro a perguntar se eu era a faxineira de uma amiga que fui visitar. É essa construção racista que induziu uma recepcionista da cerimônia de entrega da Medalha da Inconfidência, a maior honraria concedida pelo Governo do Estado de Minas Gerais, a questionar se fui convidada por alguém, quando na verdade, eu era uma das homenageadas.

Não importa os caminhos que a vida me leve, os espaços que eu transite, os títulos que eu venha a ter, os prêmios que eu receba. Perguntas como a feita pela senhora que nem sequer sei o nome em algum momento ecoarão nos meus ouvidos. É o que nos lembra o grande Mestre Milton Santos:

“Quando se é negro, é evidente que não se pode ser outra coisa, só excepcionalmente não se será o pobre, (…) não será humilhado, porque a questão central é a humilhação cotidiana. Ninguém escapa, não importa que fique rico.”

É o que também afirma Ângela Davis. E ela vai além. Segundo a intelectual negra norte-americana, sempre haverá alguém para nos chamar de “macaca/o”. Desde a tenra idade os brancos sabem que nenhum outro xingamento fere de maneira tão profunda a nossa alma e a nossa dignidade.

O racismo é uma chaga da humanidade. Dificilmente as manifestações racistas serão extirpadas por completo. Em função disso, Ângela Davis nos encoraja a concentrar todos os nossos esforços no combate ao racismo institucional.

É o racismo institucional que cria mecanismos para a construção de imagens que nos depreciam e inferiorizam.

É ele que empurra a população negra para a pobreza e para a miséria. No Brasil, “a pobreza tem cor. A pobreza é negra.”

É o racismo institucional que impede que os crimes de racismo sejam punidos.

É ele também que impõe à população negra os maiores índices de analfabetismo e evasão escolar.

É o racismo institucional que “autoriza” a polícia a executar jovens negros com tiros de fuzil na cabeça, na nuca e nas costas.

É o racismo institucional que faz com que as mulheres negras sejam as maiores vítimas da mortalidade materna.

É o racismo institucional que alija os negros dos espaços de poder.

O racismo institucional é o nosso maior inimigo. É contra ele que devemos lutar.

A recente aprovação da política de cotas na UNICAMP e na USP evidencia que estamos no caminho certo. (Fonte: Carta Capital Luana Tolentino, via Facebook)

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PRODUTOS DA BAHIA E PIAUÍ SÃO EXPOSTOS NA MAIOR FEIRA DE ORGÂNICOS DO MUNDO

Oito cooperativas de pequenos agricultores e duas empresas brasileiras participam da maior feira de produtos orgânicos do planeta – a Biofach 2020, que acontece em Nuremberg, na Alemanha, entre os dias 12 e 15 de fevereiro. 

O Brasil está levando frutos típicos beneficiados e produtos processados da lavoura e do extrativismo como cacau em amêndoas, café orgânico, extratos e polpas de açaí, acerola em pó, caroço de bacuri, fruta seca de cupuaçu e de jambo, geleia orgânica de umbu, guaraná em pó, mel em bisnaga, além de cachaça e cerveja do tipo saison.

Metade dos expositores brasileiros que vão à Alemanha são da Região Norte (quatro do Pará e um de Rondônia), dois são de Minas Gerais, um da Bahia, um do Piauí e um do Rio Grande do Sul. Os expositores foram escolhidos entre 18 inscritos após edital publicado pelo Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (Mapa) e pela Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (ApexBrasil).

A feira pode abrir portas para produtos com valor agregado e maior de apelo social. “O mercado [internacional] demanda produtos diferenciados. Alguns nichos valorizam muito produtos com determinadas certificações”, assinala o secretario de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Mapa Fernando Henrique Kohlmann Schwanke.

Segundo ele, a produção orgânica é “uma vertente importante para a agricultura familiar e pequenos agricultores, que acabam em pequena produção agregando bastante valor dos seus produtos através da garantia dessas certificações para o consumidor“.

A agricultura orgânica não utiliza agrotóxicos e nem outros insumos químicos, produtos que podem favorecer o controle de pragas e aumentar a produtividade. A ausência desses componentes é diferencial para alguns consumidores, explica Schwanke.

“Tem demanda de mercado por orgânicos que remunera melhor esses produtos. Muitas vezes a produtividade [mais baixa] acaba se compensando pelo preço pago lá na ponta.” Sete de cada dez trabalhadores agrícolas no Brasil são empregados pela agricultura familiar, um total de 4,5 milhões de famílias campesinas. A produção é especializada em hortifrutigranjeiros. (Fonte: Agencia Brasil)

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