DIA DO FOTÓGRAFO: IVAN CRUZ JACARÉ E A ARTE DE COMBINAR LUZ, ÂNGULO, PROFUNDIDADE E ENQUADRAMENTO

Em 8 de janeiro é comemorado o Dia Nacional do Fotógrafo. A atividade registra momentos corriqueiros ou históricos por meio de habilidade de capturar imagens a partir da arte de combinar luz, ângulo, profundidade e enquadramento. Mais do que apenas uma reprodução do real, a fotografia ganhou complexidade estética, com expoentes reconhecidos nacional e internacionalmente por seus trabalhos.

Em Juazeiro, Bahia, um dos mais talentosos fotógrafos é Ivan Cruz, conhecido por Jacaré.  Ivan convive com as mudanças tecnológicas que afetou nos últimos anos o setor da
fotografia. Transformação que foi do filme (analógico) para o digital, quase como um clik. Sao mais de 40 anos de profissão de fotojornalismo. Ivan Cruz "Jacaré" é um dos mais requisitados profissionais da região do Vale do São Francisco. No curriculo consta diversas coberturas das visitas dos Presidentes da Republica dos ultimos 30 anos de democracia. Trabalhou nos principais jornais da Bahia e Pernambuco.

O surgimento da fotografia remonta à virada do século XVIII para o XIX. Nomes como Joseph Niepce, Henry Talbot e Louis Daguerre marcaram a história pelo esforço em obter uma reprodução de eventos sem o método da pintura. Artefatos como o uso de câmaras escuras e papeis especiais com o auxílio de cloreto de prata foram pavimentando o caminho do setor.

A chegada da fotografia no Brasil ocorreu em 1940, com a apresentação do daguerrótipo. Segundo o curador, crítico e professor universitário Tadeu Chiarelli, essa nova prática ocupou o espaço de outras formas de registro, como a imagem xilográfica e em placas de metal. O nascituro desta atividade vai se confundir com o 2º Império, comandado por D. Pedro II.

A fotografia foi um dos segmentos de produção de conteúdos mais afetados pelas grandes mudanças tecnológicas que marcaram o fim do século XX e as primeiras décadas do século XXI. Grandes companhias mundiais, como a Kodak, criada em 1880 e responsável pela introdução da foto em cores em 1935 e pela câmera digital em 1975, foram duramente impactadas pelo surgimento dos dispositivos digitais e da incorporação destes aos smartphones.

Gerações mais novas podem inclusive não ter tido contato com máquinas analógicas, que demandavam a inclusão de um filme, que após o uso do equipamento necessitava ser revelado para a visualização das imagens em um papel especial.

Apesar de completar 180 anos, o ofício de fotógrafo ainda não é regulamentado no país. Ele não se confunde, contanto, com o de repórter fotográfico, uma das atividades da profissão de jornalista, normatizada tanto na legislação geral trabalhista brasileira (a Consolidação das Leis do Trabalho) quanto em decretos específicos.

Uma proposta tramita no Congresso buscando reverter este quadro. O Projeto de Lei da Câmara (PLC) no 64 de 2014, de autoria do deputado Fernando Torres (PSD-BA) foi aprovado na Câmara dos Deputados, passou por comissões no Senado Federal e está pronto para votação em plenário nesta casa legislativa.

Pelo texto, seria definido como fotógrafo aquele que, “com o uso da luz, registra imagens estáticas ou dinâmicas em material fotossensível ou por meios digitais, com a utilização de equipamentos óticos apropriados, seguindo o processo manual, o eletromecânico e o da informática até o final acabamento”.

A matéria prevê que o exercício da atividade possa ser feito por diplomados em cursos superiores e em cursos técnicos de fotografia, além daqueles que na data de entrada em vigor da Lei (caso aprovada) estiverem exercendo o ofício por no mínimo dois anos.

O PLC também elenca modalidades do ofício, como fotografia por empresa especializada, para ensino técnico e científico, para efeitos industriais, comerciais e/ou de pesquisa e para publicidade, divulgação e informação ao público.

Em seu parecer na Comissão de Assuntos Sociais do Senado, o então senador e hoje prefeito do Rio de Janeiro Marcelo Crivella afirma que a proposição “dará o devido reconhecimento profissional a este importante segmento profissional e econômico, que merece o apreço de todos pelo excepcional trabalho que desenvolvem, registrando o cotidiano e os momentos mais importantes da família brasileira, e de outros eventos relevantes”.

Redação Blog com informações Agencia Brasil

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O ANO DE 2019 FOI O MAIS QUENTE JÁ REGISTRADO NO MUNDO

O ano de 2019 foi o segundo mais quente já registrado no mundo e culminou na década mais quente da história, informou o serviço europeu Copernicus nesta quarta-feira (8).

Os dados publicados revelam que 2019 ficou apenas 0,04°C atrás do ano recorde de 2016, quando as temperaturas foram afetadas por um episódio especialmente intenso do fenômeno climático El Niño.

Segundo a Nasa, El Niño causou um aumento da temperatura global de 0,2ºC naquele ano. Os cinco anos mais quentes foram os últimos cinco, quando o termômetro subiu entre 1,1ºC e 1,2°C, em comparação com a era pré-industrial.

O período 2010-2019 também foi a década mais quente, de acordo com o Copernicus. As temperaturas em 2019 foram 0,6°C acima da média para o período 1981-2010.

"O ano de 2019 foi, de novo, excepcionalmente quente (...) com muitos meses batendo recordes", disse Carlo Buentempo, da agência europeia.

Para a Europa, foi o ano mais quente já registrado, logo à frente de 2014, 2015 e 2018.

Copernicus confirmou que as concentrações de CO2 na atmosfera continuaram a aumentar no ano passado. (Fonte: AFP)
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SESC: FESTIVAL JANEIRO TEM MAIS ARTES TRAZ MARCELO JENECI A PETROLINA

Petrolina vai começar 2020 vivenciando uma intensa programação cultural com o Festival Janeiro Tem Mais Artes, de 23 a 31 de janeiro. Realizado pelo Sesc da cidade, o projeto vai trazer nomes como Marcelo Jeneci e Camila Yasmine, além de promover espetáculos e oficinas.

Com o objetivo de valorizar a produção local, democratizar o acesso à arte e fortalecer a economia criativa, ampliando os espaços de apreciação estética no mês de janeiro, o Festival chega à décima terceira edição.

 A abertura acontecerá na quinta-feira (23/1), a partir das 19h, no do hall do Teatro Dona Amélia, com a Exposição “Erva Daninha”, de Morgana Caroline. Às 20h, a cantora Camila Yasmine vai apresentar “Baobá”. Na sexta-feira (24/1) a programação terá início às 19h, na Sala de Dança, com o espetáculo “Gira Rosa”, de Sônia Guimarães e Anastácia Rodrigues. Em seguida, às 20h, no Teatro Dona Amélia, o show será do músico Marcelo Jeneci, que apresentará pela primeira vez na cidade seu terceiro álbum, “Guaia”.

Até o dia 31 de janeiro o festival vai apresentar ao público uma grade de atrações diversificadas com opções para todas as idades. A noite de encerramento contará com a performance “Baba de Quiabo”, que será apresentada por Luiz Marcelo (Petrolina-PE) às 19h, na Sala de Dança do Sesc e o espetáculo de teatro “O Santo e a Porca”, do Teatro Popular de Arte (Petrolina-PE), às 20h no Dona Amélia. A programação completa do Janeiro Tem Mais Artes está disponível no site do Sesc Pernambuco (www.sescpe.org.br).

Os ingressos para as apresentações custam R$ 20 (Inteira) e R$ 10 (Meia), por noite, garantindo acesso a todos os espetáculos na data escolhida. Trabalhadores do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e seus dependentes têm desconto e pagam apenas R$ 5. Para o show de Marcelo Jeneci os ingressos custam R$ 40 (Inteira), R$ 20 (Meia) e R$ 10 para trabalhadores do comércio e seus dependentes. A entrada é limitada à capacidade de cada espaço.

Oficinas – Durante a programação do Janeiro Tem Mais Artes haverá ações de diversas linguagens artísticas. De 20 a 23, serão realizadas as formações “Um olhar para a sensibilidade”, “Malê – Corpo da Capoeira”, “Ideias para construção de um trabalho de Arte” e “Dança e Artes Visuais Diálogos possíveis”. De 20 a 24 de janeiro será a vez da Oficina de Iluminação Cênica; dias 25 e 26, “A Voz que escuta”; e de 28 a 31, a residência “Contações Dançantes de História”.

A criançada também terá vez na programação com a Oficina Confecções de Instrumentos Musicais com materiais reciclados e o Ateliê de Artes “Erva Daninha”. As vagas são limitadas e as inscrições podem ser feitas a partir de segunda-feira, 13 de janeiro, no Sesc Petrolina. A taxa de inscrição custa R$ 30. Trabalhadores do Comércio de Bens, Serviços e Turismo e seus dependentes pagam R$ 15. As oficinas “Dança e Artes Visuais Diálogos possíveis” e Ateliê de Artes “Erva Daninha”, são gratuitas e realizadas com incentivos do Funcultura.

Serviço: Janeiro Tem Mais Artes De 23 a 31 e Janeiro. Local: Sesc Petrolina (R. Pacífico da Luz, 618 – Centro). Ingressos por noite: R$ 20 (Inteira), R$ 10 (meia) e R$ 5 (Trabalhadores do Comércio); show de Marcelo Jeneci R$ 40 (inteira), R$ 20 (Meia) e R$10 (Trabalhadores do Comércio). Informações: (87) 3866-7454

fONTE: Ascom Fabiano Barros

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ARTESÃO JUAZEIRENSE CONFECCIONA BRINQUEDOS DE MADEIRA COM CRIATIVIDADE E INOVAÇÃO

O artesão nascido em Juazeiro, Bahia, produz arte usando peças de madeira. Os brinquedos em madeira são confeccionados de uma forma criativa e inovadora.  O trabalho contribui na renda familiar do artista. Entre as peças produzidas estão os móveis em miniaturas, os tradicionais carrinhos e casinhas, há peças educativas, que têm como objetivo estimular o raciocínio lógico e desenvolvimento das crianças e adolescentes.

Estas peças são confeccionadas pelo artesão Welligton Andrade. Em tempos de brinquedos digitais, ele utiliza arte e brinquedos em práticas que tem o objetivo de estimular o desenvolvimento da garotada por meio da diversão. Detalhe: Welligton destaca que todo o material usado na produção é idealizado de uma forma que sirva para todas as idades, desde os pequenos que usam as peças como brinquedos, até os adultos que utilizam para ornamentar festas ou mesmo decorar ambientes.

“Brinquedos que mo crescimento saudável. Brincar com a criatividade, a madeira ajuda, porque é agradável ao tato e isso contribui para o desenvolvimento”, revela Welligton. 

A reportagem deste Blog Geraldo José encontrou o artista na Avenida Flaviano Guimarães. Ele conta que pratica as vendas também em Petrolina, Feira de Santana e outras cidades de interior. Welligton Andrade nasceu em Juazeiro, Bahia, mas morava em Sobradinho. Tem uns cinco anos que comecei a fabricar estes brinquedos. Antes exercia a profissão de motorista. Um dia teve um sonho onde fabricava brinquedos. Ao acordar não tirou o sonho da mente e resolveu colocar em pratica.

"Minha fé aponta para dizer que Deus foi aperfeiçoando meu trabalho. Ensinando a fazer os brinquedos. E hoje realizo a pratica do sonho", revela o artesão.

Welligton confecciona peças em madeira, como carrinhos,  aviões, caminhões e casinhas de boneca, relembrando brinquedos populares de quando era pequeno. “Quando eu era criança, lógico que não existia o aparato da tecnologia. As brincadeiras eram mais coletivas. Só depois de crescido, percebi que isso podia ser uma profissão. Acho interessante que as crianças aprendam brincando. Por isso, tenho essa linha mais voltada para brinquedos educativos, que vão ensinar algo de bom, conversar,  por exemplo", comenta.
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RIO SÃO FRANCISCO: UVA SEM SEMENTE DA EMBRAPA DESBANCA PRODUTO IMPORTADO

A uva sem semente passou de uma moda dos hortifrutis gourmet do início da década a um produto comum na mesa da classe média. Agora, um novo movimento chama a atenção do mercado: a fruta nacional supera a importada em todas as épocas do ano.

Desde 2018, a uva sem semente do Nordeste domina as vendas do primeiro semestre, posição que antes era dos produtos importados do Chile, de acordo com dados da Seção de Economia e Desenvolvimento da Ceagesp (Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo), principal entreposto de comercialização da fruta no país.

O movimento ganhou força este ano, com a produção do vale do São Francisco bancando a demanda interna.

O país ainda compra de Chile, Peru e Argentina, mas o volume caiu. Em 2011, importava 34 mil toneladas de uva fresca. Em 2018, importou só 19 mil toneladas; e neste ano, até setembro, 13,2 mil. Não há dados separados sobre uvas sem sementes, mas analistas dizem que elas acompanham esse comportamento.

A história da fruta nacional sem semente começou em 2012, com a BRS Vitória, desenvolvida pelo programa de melhoramento genético da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária).

Preta, doce, tolerante à chuva e com baixo custo de cultivo, a variedade se adaptou tanto ao clima temperado da Serra Gaúcha como ao semiárido do Nordeste.

Em Petrolina e Lagoa Grande (PE) e em Juazeiro, Casa Nova e Curaçá (BA), virou uma das uvas dominantes, com 1.500 hectares plantados. 

Nos últimos cinco anos, os viticultores nordestinos substituíram as estrangeiras Crimson (vermelha) e Thompson (branca), pouco resistentes à chuva, pela Vitória.

Também intensificaram técnicas com química para forçar quebra da dormência e brotação da videira, o que deu a possibilidade de escolherem quando iniciar o ciclo produtivo, a depender da demanda, diz Gabriel Bitencourt, engenheiro agrônomo do Ceagesp. 

O Chile, que ainda aposta na Crimson e na Thompson, só colhe de janeiro a abril.

Especialistas destacam outros dois movimentos: a consolidação da uva sem semente mesmo em época de crise financeira e a liderança disparada do Nordeste nesse setor. 

De janeiro a junho deste ano, a participação de uvas sem sementes brasileiras foi de 6,5 mil toneladas; a de importadas, 2,1 mil. Em 2011, a relação era de 1,1 mil toneladas frente a 7 mil das estrangeiras.

Comerciantes também atribuem a demanda aquecida à preferência infantil.

“As crianças só querem sem semente. Além disso, todo o mundo quer mamão e abacaxi descascados, e a uva sai ‘cumbucada’ em caixas, não mais solitárias”, diz Isanildo de Almeida, vendedor da Difar, empresa de importação e exportação de frutas. Ele destaca queda na procura da red globe, uva rústica e vermelha, pela presença de sementes.

Em 2007, a uva sem semente nacional era 7% da comercialização na Ceagesp. Passou a 32% em 2018, e a previsão para 2019 é de mais aumento.

Mas se por um lado o consumidor dispõe de mais oferta da fruta em feiras e supermercados, por outro o produtor vive um ciclo de menos lucro em 2019. 

O fato de haver mais fruta no mercado é porque ela não tem qualidade para exportação —o Brasil vende a 17 países, sendo Holanda e Reino Unido os mais expressivos.

“Choveu muito no primeiro semestre, o que afetou a qualidade da uva e derrubou o preço”, diz Jackson Lopes, engenheiro agrônomo e produtor de 60 hectares em Petrolina.

O custo de produção aqui é de R$ 4 por quilo. O preço médio ao revendedor é de R$ 5,50, e chega ao consumidor final por R$ 10 o quilo. Se exportada, a margem do produtor aumenta de 20% a 30%.

Apesar de expectativa negativa para este ano, o momento é bom se comparado aos últimos cinco anos.

“O mercado não pagava, as variedades não tinham característica para colher o ano todo. Agora, o Vale tem 26 variedades, com destaque à BRS Vitória, e colhe por 52 semanas se quiser.”

Desde os anos 1990, a Embrapa trabalha para desenvolver uvas com características similares às que invadiram as gôndolas da Europa e dos Estados Unidos. 

“O desempenho das variedades nacionais está forte e consolidado aqui e no mercado externo. Não outro há grupo de produtores do mundo com programa de melhoramento genético para ambientes tropicais”, diz José Fernando Protas, chefe-geral e pesquisador da área de socioeconomia da empresa de pesquisa.

Outro fator que contribuiu para a evolução da escala do setor é a parceria entre a Embrapa e os empresários. Enquanto a Embrapa os libera do pagamento de royalties, as variedades de empresas estrangeiras cobram percentual sobre a genética.

Apesar de bancar o mercado interno, a uva de mesa nacional, seja com ou sem semente, ainda tem amplo mercado a explorar. Segundo a Organização Mundial da Uva, a fruta brasileira responde por menos de 1% das exportações.

O acordo entre União Europeia e Mercosul elevou a expectativa dos produtores de São Francisco, que pretendem dobrar as vendas à Europa.

Fonte: Folha de São Paulo-Paula Soprana
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JUAZEIRO E PETROLINA: METEOROLOGIA PREVÊ CHUVAS E VENTOS FORTES ATÉ QUARTA 8

O Sertão pernambucano deve ter chuvas fortes até a manhã desta quarta-feira (8). É o que diz alerta meteorológico emitido pelo Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) nesta terça-feira (7). Segundo o aviso - válido ainda para regiões da Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte, Piauí e Paraíba -, são esperadas chuvas de 20 a 30 mm/h ou até 50 mm/dia, com ventos intensos de até 60 km/h.

O alerta prevê atenção até 9h da quarta 8.

De acordo com dados da Agência Pernambucana de Águas e Clima (Apac), as cidades sertanejas de Parnamirim, Petrolina e Dormentes registraram a maior incidência de chuvas nas 24 horas contabilizadas até as 10h30 desta terça, com 52,3; 37,7 e 17,01 mm, respectivamente. A temperatura na região deve ficar entre 21º C e 35º C nestes dois dias, segundo previsão da Apac.
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ANO CULTURAL MESTRE SIVUCA FAZ HOMENAGEM AO MÚSICO QUE DEU FAMA INTERNACIONAL A SANFONA

Este ano 2020 a Paraíba faz uma homenagem a Severino Dias de Oliveira, mais conhecido como Sivuca. Sivuca revelou a diversidade do uso da sanfona para o Brasil. Junto com Luiz Gonzaga, foi responsável por difundir o instrumento no cenário mundial da música. Por isto o Ano Cultural Mestre Sivuca será destaque durante todo o ano, pois se vivo fosse Sivuca completaria 90 anos agora em 2020.

"A decisão do governador da Paraíba favorece a um fato a merecer atenção especial, que é a necessidade urgente do Governo apoiar definitivamente a implantação do Memorial Sivuca, há anos tentado pela cantora, compositora e escritora Glorinha Gadelha, viúva do artista, sem sua concretização".

Sivuca nasceu em Itabaiana, Paraíba em maio de 1930, filho de pequeno agricultor e fazia selas de couro. Os irmãos eram sapateiros. Aos nove anos conheceu a sanfona. Aos 15 anos assistiu pela primeira vez um concerto com a Orquestra Sinfônica de Recife e teve as primeiras aulas de teoria musical com o clarinetista da orquestra, Lourival de Oliveira, estreou em um programa de calouros da Rádio Clube de Pernambuco, cujo responsável era o grande maestro Nelson Ferreira.

No ano seguinte, ainda em Recife conheceu Luiz Gonzaga. Uma semana depois recebeu convite de Luiz Gonzaga com um contrato para tocar na Rádio Nacional do Rio de Janeiro.

Permaneceu em Recife, em 1948 teve aulas com Guerra Peixe que o iniciou na arte da orquestração. Dois anos depois decidiu descer para o sul, convidado por Camélia Alves para tocar na Rádio Record com a grande Orquestra Record, dirigida por Gabriel Migliori.

Naquele ano, já plenamente enturmado com o grupo que criara o movimento da música nordestina ancorado no baião, gravou seu primeiro disco com Humberto Teixeira. Nele, estava o clássico “Adeus, Maria Fulô”, dele e Humberto.

Em 1957 participou da famosa caravana de Humberto Teixeira que foi tocar na Europa. Entre outros, integravam a caravana o clarinetista Abel Ferreira, o Trio Irakitã, o maestro Guio de Moraes, o trombonista Antonio José da Silva Norato, o baterista Edson Machado, Waldir Azevedo. Quando o ouviu, na excursão, o maior clarinetista da história, Benny Goodman, quis levá-lo para os Estados Unidos.

Na Europa, assinou contrato com a Barclay, do famoso produtor francês Eddy Barclay, apresentou-se na Bélgica, Suíça, Sul da França, com um grupo chamado “Os Brasileiros” e gravou seus primeiros CDs europeus.

Em 1964 foi convidado a tocar nos Estados Unidos, acompanhando a grande Carmen Costa em excursão. Acabou ficando 13 anos por lá descoberto pela cantora sul-africana Mirian Makeba, que fez enorme sucesso na segunda metade dos anos 60. Conquistou Mirian ao acompanhar de cara o ritmo em que ela cantava. Era o mesmo balaio, que tocava no nordeste. Seu arranjo de “Pata Pata”, um dos hits dos anos 60, projetou-o internacionalmente. Com Mirian, gravou três discos e ganhou fama internacional como arranjador. Mais tarde, trabalhou com Betty Middler e Paul Simon, da dupla Simon e Garfunkel.

Em 1969, a convite de Oscar Brown Jr., assumiu a direção do musical “Joy”, para o qual compôs “Mãe áfrica”, e se apresentou em San Francisco, Chicago e Nova York. Em 1973 fez temporada de dois meses no Village Gate, resultando no LPO “Life from the Gate”, pela gravadora Vanguard.

Em 1975 voltou para o Brasil, gravou um disco estupendo com a violonista Rosinha de Valença e casou-se com Glorinha Gadelha, cantora e compositora. Com ela compôs um clássico definitivo do forró, “Feira de Mangaio”. O disco com Rosinha entrou em uma dessas relações americanas dos cem melhores álbuns do século 20.

Em 1975, começou a ser conhecido pela rapaziada, depois que Chico Buarque colocou uma letra inesquecível na valsa “João e Maria”, que Sivuca havia composto em 1947. A partir dali os letristas o redescobriram definitivamente. Compôs “No Tempo dos Pardais” com Paulinho Tapajós, “Homenagem à Velha Guarda”, um dos clássicos do choro, gravado originalmente em 1956, que recebeu letras de Paulo Sérgio Pinheiro, e “Mãe África”, também parceria com Paulinho Pinheiros

Definitivamente, está na galeria dos grandes músicos brasileiros do século 20.

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