MUCUGÊ: AULAS MÚSICA DE MARQUINHOS CAFÉ E RITMO COM PH LUCAS GARANTEM A VALORIZAÇÃO DO FORRÓ

Valorizar e difundir a produção dos sanfoneiros do Brasil é um dos objetivos do III Festival de Forró da Chapada, realizado entre os dias 10 e 12 de outubro em Mucugê, Bahia.

Durante os três dias do festival estão previstas aulas de dança, sanfona e ritmo, por meio de oficinas gratuitas.

As aulas de sanfona é ministrada pelo cantor e sanfoneiro Marquinhos Café.

 "É lindo aqui em Mucugê no III Festival de Forró da Chapada. Quando assistimo este interesse temos a convicção que forró será protegido a fim de que permaneça vivo para as gerações futuras. A sala cheia de alunos buscando aprender mais e mais sobre nossa sanfona. Bom demais poder dividir e passar a diante um pouco do meu aprendizado com meu Mestre Camarão, onde ele sempre me dizia: Continue a minha história de ensinar e jamais deixe a sanfona morrer...e assim estou fazendo. Obrigado ao Mestre Camarão por tudo que fez por mim. DEUS te cuide Mestre", revela Marquinhos Café.

As aulas de ritmo tem o comando do percussionista Paulo Henrique (PH Lucas), membro da banda de Targino Gondim e um exímio músico. PH é neto e filho de sanfoneiros, o avô Pedro é um dos raros tocadores de sanfona de 8 baixos e o pai Manoel Geraldo, um mestre na sanfona. 

"É gratificante compartilhar e aprender sempre. O forró é o principal ritmo da música brasileira. O festival assim dá oportunidade de disseminar o dialogo com diversos músicos de outras regiões do país", diz PH.

O festival reúne cantores, compositores e sanfoneiros que se apresentam durante os três dias do evento gratuito composto por exposições, oficinas e uma série de shows. Entre os artistas que participam do evento, que tem curadoria do cantor e compositor Targino Gondim, estão nomes expressivos do cenário musical brasileiro, como o Quinteto Sanfônico do Brasil, Gel Barbosa, Marquinhos Café, Rennan Mendes , Nádia Maia, Anastácia, Ivan Greg, Tato, da Banda Falamansa, Kátia Cilene, Eugenio Cerqueira, Mariana Aydar, João Sereno, Nilton Freitas, Mestrinho, Del Feliz, Jurandy da Feira, Carlos Vilela e Jairo Barbosa. 

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TERCEIRO FESTIVAL DE FORRÓ DA CHAPADA MOVIMENTA MUCUGÊ, BAHIA ENTRE 10 E 12 DE OUTUBRO

"A sanfona é o principal instrumento das festas espalhadas pelo mundo. Fascina pela sua sonoridade, pela diversidade de modelos e gêneros, mas seu encanto transcende o poder da música, porque desperta um afeto misterioso. Talvez pelo fato de ficar junto ao coração do sanfoneiro, ou, quem sabe, por ser um instrumento que é abraçado ao se tocar. Ou ainda, por ser um instrumento que respira. O fato é que a sanfona une as pessoas e é amada por todos os povos".

As professoras Luana Carvalho e Ana Vartan viajaram do Estado de Pernambuco até o município de Mucugê, na Chapada Diamantina, Bahia, por compreenderem que a sanfona é o maior simbolo do imaginário cultural presente na obra de Luiz Gonzaga. Ana Vartan saiu de Exu, Pernambuco distante mais de 850 km de Mucugê.

Mucugê sedia, pelo terceiro ano, o Festival de Forró da Chapada, que acontece de 10 a 12 de outubro, final de semana do feriado de Nossa Senhora Aparecida. 

Para a edição de 2019 fazem apresentação além de Targino Gondim,, são atrações o Quinteto Sanfônico do Brasil, Gel Barbosa, Marquinhos Café, Rennan Mendes , Nádia Maia, Anastácia, Ivan Greg, Tato, da Banda Falamansa, Kátia Cilene, Eugenio Cerqueira, Mariana Aydar, João Sereno, Nilton Freitas, Mestrinho, Del Feliz, Jurandy da Feira, Carlos Vilela, Jairo Barbosa e mais uma dezena de artistas consagrados na Música Brasileira.

O evento, idealizado pelo cantor e compositor, Targino Gondim. “Mucugê é um encanto, um paraíso da Chapada Diamantina. Este é o terceiro ano que reuno amigos do forró, os maiores artistas do nosso gênero para comemorar comigo nesta grande festa, que é o Festival de Forró da Chapada. A cidade já abraça o  festival. Tem gente de todos os estados brasileiros. Além de aquecer a economia da região, levamos alegria e incrementamos o fluxo turístico da região”, disse Targino Gondim, curador do evento.

A ideia, ainda conforme Targino, é manter o compromisso com os valores culturais, promovendo intercâmbio musical entre todas as gerações participantes, de diferentes estados brasileiros e entre músicos, cantores, compositores, produtores, empresários, técnicos, estudiosos, comunicadores e amantes do forró. Além da programação musical de nomes mais conhecidos do ritmo, o festival dá oportunidade a novos talentos de se apresentarem. 

Também são previstas aulas de dança, sanfona (Marquinhos Café) e ritmo (Paulo Henrique Lucas), por meio de oficinas gratuitas.
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LUCIANO PEIXINHO LANÇA DOCUMENTÁRIO DANÇAS E CANTIGAS DO SERTÃO

O Reisado, o São Gonçalo e o Samba de Veio ganhará as telonas, a partir desta sexta-feira (11), com o documentário ''Cantigas. O Sertão e suas danças". A obra tem direção e roteiro de Luciano Peixinho e será lançada nesta sexta (11), às 19h, na Comunidade Inhanhu e no sábado (12) no projeto Fulgêncio, em Santa Maria da Boa Vista, no Sertão de Pernambuco.

A obra cinematográfica faz um resgate memorial das danças e cantigas tradicionais do Sertão, mostrando que as tradições permanecem vivas na prática cultural de homens e mulheres nascidos e criados no Nordeste.

"O povo dessas comunidades mantém com raça e disposição essa tradição viva das danças. Todas essas memória precisam ser resguardadas e lembradas. O documentário é mais uma voz nessa luta em prol das cantigas e danças do nosso lindo Sertão", destacou Luciano Peixinho.

O lançamento do documentário também será realizado no domingo (13), às 19h, na Ilha do Massangano, em Petrolina, também no Sertão pernambucano.

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SINDICATO DOS PRODUTORES RURAIS DE PETROLINA CONTESTA RELATÓRIO DA ONG OXFAM SOBRE A POBREZA DOS TRABALHADORES NA FRUTICULTURA DO VALE DO SINDICATO DO VALE DO SÃO FRANCISCO

Em resposta a matéria com o título ‘Frutas doces, vidas amargas’, feita a partir de um relatório da ONG Oxfam e publicada recentemente na imprensa, o Sindicato dos Produtores Rurais de Petrolina (SPR) esclarece que a reportagem é inverídica e se debruça, superficial e unilateralmente,
sobre as condições de trabalho da fruticultura no Vale do São Francisco e
no estado do Rio Grande do Norte.

Ao contrário do que informa a matéria, os trabalhadores dessas regiões são
pautados pelos Princípios da Isonomia e Ordem às Leis Trabalhistas em
vigor – não havendo desigualdade de gênero/raça/credo ou qualquer outra
distinção entre eles. Suas remunerações são diferenciadas apenas na plena
concorrência com a complexidade de suas funções e conforme Convenção
Coletiva do Trabalho firmada e atualizada anualmente entre o sindicato que
os representa (Sindicatos dos Trabalhadores) e o Sindicato dos Produtores
Rurais de Petrolina.

A bem da verdade, o SPR esclarece também que os Produtores Rurais do
Vale do São Francisco atendem a rigorosas Normas de Certificações
Internacionais, onde são submetidos a auditorias constantes das empresas
certificadoras; sejam programadas ou sem prévio aviso, e caso o produtor
não esteja atendendo ao que foi determinado, este é advertido e pode
perder a certificação, acontecimento, a título de informação, nunca antes
vivenciado.
Além deste controle exercido por Auditores independentes, os produtores
também são fiscalizados por Auditores Fiscais do Ministério do Trabalho,
sediados nas cidades de Petrolina/PE e Juazeiro/BA, que avaliam as
condições de trabalho, de segurança e medicina, bem como a obediência a
CLT, NR ́s (principalmente a NR 31) e a CCT, além das OITS elaboradas pela
Organização Internacional do Trabalho das quais o Brasil faz parte.

O Sindicato do Produtores Rurais de Petrolina repudia veementemente o
expediente apresentado pela Oxfan, que desrespeitando as normas de um
jornalismo sério e pautado pela verdade, divulga um relatório parcial onde
em momento algum, os produtores rurais dessas regiões foram
entrevistados. Além disso a ONG baseia suas convicções em dados colhidos
em regiões diferentes.

(Vale do São Francisco e Rio Grande do Norte) que possuem realidades
econômicas, culturais e sociais bastante distintas.

Por fim, o SPR refuta o conteúdo do relatório divulgado como matéria
inverídica, criminosa e irresponsável e se coloca à inteira disposição para
mostrar o verdadeiro trabalho realizado pelos Produtores Rurais do Vale do
São Francisco, que vem fazendo história como exemplo a ser seguido
mundialmente e assim fomenta o desenvolvimento de toda uma região.

OBS: É bom lembrar que a Oxfam é a mesma ONG que em abril de 2018
teve o seu presidente, Juan Alberto Fuentes, preso por corrupção na
Guatemala e em junho, também do ano passado, perdeu milhões após
escândalo de abusos sexuais no Haiti. O jornal britânico The Times revelou
que alguns dirigentes e funcionários da instituição contrataram prostitutas
e organizaram orgias em instalações financiadas pela Oxfam no Haiti,
durante a missão humanitária depois do terremoto que destruiu o país em
2010.

Clas Comunicação & Marketing
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JUAZEIRO E PETROLINA TEM A GASOLINA MAIS CARA DO BRASIL, PREÇO LITRO É VENDIDO POR ATÉ R$ 5,05

Juazeiro e Petrolina tem a gasolina mais cara do país.

O preço do litro de gasolina em Juazeiro já é de R$ 5,05 (cinco reais e cinco centavos). Em Petrolina o valor do litro da gasolina é de R4,99 (quatro reais e noventa e nove reais). A gasolina aditivada em Petrolina já chegou a custar R$ 5,07 o litro, agora pode ser encontrada por R$ 4,88 em alguns postos.

A média de preço é de R$ 4,87.

Este valor por litro representa um dos mais caros comercializados no Brasil. Detalhe: dentro das cidades também não há grande variação de preços. "Não adianta procurar o melhor preço. Não existe nenhum motorista, consumidor paga menos de R$ 4,87 no litro gasolina. A certeza de impunidade e de falta de fiscalização é tanta que tem posto já ultrapassando os cinco reais. É insuportável o que ocorre em Juazeiro e Petrolina", diz o motorista José dos Santos.  

No início deste ano (fevereiro) o alto preço dos combustíveis foi tema de uma audiência Pública na Câmara de Vereadores de Petrolina. O encontro contou com as presenças representantes de associações de motoristas, mototaxistas, servidores ligados a defesa do consumidor e autoridades jurídicas, policiais e políticas.

De acordo com dados da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Petrolina é o é o município de Pernambuco onde os postos de combustíveis tem a maior margem de lucro na venda da gasolina. Os dados apontam que os donos de postos tem margem de lucro muito maior em relação  a outros municípios, um ganho de até R$1,08 por litro. Na audiència um relatório também pediu uma investigação sobre um possível sistema de cartel.

Segundo o advogado do Sindicato da Revenda de Combustíveis do Estado de Pernambuco, Luiz Ricardo de Castro Guerra, a questão do preço é “muito pontual e muito do empresariado”.

“Eu não posso dizer pra você que em Petrolina há ou não há uma abusividade de preço sem ter um estudo específico dessa situação”, afirmou durante a audiência  o advogado.

Em 2011, o preço dos combustíveis em Petrolina também foi tema da audiência pública da Comissão de Negócios Municipais, que aconteceu na Câmara dos Vereadores. O encontro foi solicitado pelo presidente do colegiado, o então deputado Odacy Amorim, atual diretor presidente do IPA ( Instituto Agronômico de Pernambuco), órgão vinculado à Secretaria de Desenvolvimento Agrário. 

Odacy a suplência de deputado federal (PT) Odacy, declarou na época que o preço do litro da gasolina em Petrolina é aproximadamente trinta centavos mais caro do que no resto do Estado. O ex deputado, aponta a Petrobras como principal responsável pelo problema, uma vez que a empresa está na ponta da distribuição do combustível na região. 

De acordo com Odacy, 80% dos postos localizados na cidade são de bandeira BR, o que impede a oscilação de preços de um estabelecimento para o outro. O gerente regional da BR Distribuidora, Álvaro Lins, justificou que o valor é mais alto na região em função do transporte do produto. 

A coordenadora de defesa da livre concorrência da Agência Nacional de Petróleo – ANP, Isadora Brito, também destacou que os preços praticados pelos postos de combustíveis são de responsabilidade dos próprios estabelecimentos, uma vez que não é de competência da ANP estabelecer o preço do combustível.

A situação já foi relatada ao Ministério Público. A redação do Blog NEY VITAL enviou solicitação aos orgãos de fiscalização uma explicação da razão do consumidor é obrigado a pagar este preço do litro da gasolina em Juazeiro e Petrolina.
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FRUTAS DOCES, VIDAS AMARGAS: ESTUDO APONTA QUE TRABALHADORES DE LAVOURAS DE FRUTAS VIVEM NA POBREZA EM JUAZEIRO E PETROLINA


Trabalhadores temporários das lavouras de frutas no Nordeste estão submetidos a práticas degradantes de trabalho e baixos salários, apesar do setor de fruticultura ser composto por empresas estruturadas e com diversas certificações. A conclusão é do relatório “Frutas Doces, Vidas Amargas”, divulgado nesta quinta-feira (10) pela Oxfam Brasil - organização independente e sem fins lucrativos.

“Muitas empresas que têm diversas certificações importantes como Rainforest, Fair Trade ou Global Gap, que é específica para as cadeias dos supermercados, mesmo em empresas certificadas, a gente ainda encontrou - apesar de não ser algo sistêmico - casos de práticas muito ruins e até degradantes de trabalho, principalmente contaminação por agrotóxico, intimidação, às vezes falta de banheiro, falta de refeitório, ou seja, infraestrutura inadequada”, disse Gustavo Ferroni, da Oxfam, responsável pelo relatório.

A Oxfam Brasil analisou as cadeias de três frutas importantes - melão, uva e manga - no Rio Grande do Norte (RN) e no perímetro irrigado do Vale do São Francisco (Petrolina e Juazeiro). “O que a gente viu é que essa fruticultura que está lá é bem desenvolvida tecnologicamente, ela é capaz de atender os mercados mais exigentes do mundo, mas em termos de desenvolvimento local os resultados são bem insuficientes”.

As frutas que chegam à mesa dos brasileiros e também ao exterior geram cerca de R$ 38,9 bilhões por ano, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mas não são capazes de garantir condições regulares a grande parte dos trabalhadores do campo.

“Vimos que existe uma situação de vulnerabilidade muito grande dos trabalhadores safristas [temporários] e que eles vivem na pobreza. Isso foi muito surpreendente porque a cadeia de frutas é razoavelmente organizada, com alto índice de formalização, mas o que constatamos foi que praticamente metade [dessas pessoas] trabalham menos de seis meses por ano e não tem outras oportunidades na região”, disse Ferroni.

Baixos salários
A safra de melão, uva e manga dura até seis meses, para os quais há o regime de trabalho temporário. No entanto, grande parte dos trabalhadores dessas regiões não conseguem outra fonte de renda no restante do ano, devido à falta de oportunidade local. Portanto, a renda do período de safra servirá para o sustento durante o ano todo.

A partir dessa realidade, a Oxfam dividiu pelos doze meses do ano o valor recebido pelos trabalhadores safristas no período da safra de melão, manga e uva, o que resultou em um valor médio mensal de R$ 687,88, R$ 593,50 e R$ 590,96 respectivamente, todos abaixo do salário mínimo atual, de R$ 998. “A renda que eles têm do trabalho da fruta deixa eles entre os 20% mais pobres da população. Se eles não tiverem nenhuma outra renda no ano, é assim que eles vão estar”, disse Ferroni baseado na Pesquisa Nacional por Amostras (Pnad-IBGE).

O relatório trouxe a história de Carmem Priscila Silva Souza, 25 anos, que durante cinco meses do ano – período de safra – acorda às 5 horas da manhã, para trabalhar na produção do melão no Rio Grande do Norte. “Se eu não arrumar outro trabalho, fico esperando até começar outra safra. Nesse último ano eu só fiquei em casa mesmo”, declarou Carmen, que é casada e mãe de um casal de gêmeos de 4 anos, à Oxfam. Quando está empregada, ela recebe R$ 998.

Distribuição de renda
Uma das soluções apontadas por Ferroni seria aumentar a renda dos trabalhadores durante a safra para que eles possam se preparar financeiramente para o resto do ano. Outra sugestão é o desenvolvimento de mais oportunidades de trabalho na região para que essas pessoas não estejam tão vulneráveis e não sejam dependentes do trabalho temporário nas safras.

“Encontramos situações em que trabalhadores passam fome, em que às vezes o mês termina e não tem o que comer, em que precisa escolher comprar comida e comprar remédio para os filhos, situações que a gente imaginava que pudessem estar superadas”, disse Ferroni.

Para a Oxfam, a discriminação de renda contra as mulheres no campo, a falta de garantia de proteção adequada contra contaminação por agrotóxicos, o trabalho temporário e condições não adequadas – especialmente para as mulheres – são responsáveis por impedir que muitas pessoas consigam superar a pobreza.

 “O argumento de que qualquer emprego é melhor que nenhum emprego coloca sobre os trabalhadores o peso de aceitarem qualquer condição de trabalho e exime setores econômicos de suas responsabilidades. Isso não é justo. A cadeia das frutas gera riqueza e é necessário que essa riqueza seja mais bem distribuída”, avaliou Katia Maia, diretora-executiva da Oxfam Brasil, que lembrou que a fruticultura é celebrada como atividade emblemática do potencial do semiárido brasileiro, uma cadeia de produção moderna do país e geradora de milhares de empregos.

Para ela, no entanto, existem problemas graves que precisam ser enfrentados para garantir vida digna às pessoas que estão colhendo as frutas que chegam às nossas mesas. “E os supermercados têm o dever e a responsabilidade de ajudar a mudar esse preocupante cenário que estamos apontando”, disse Katia.

Responsabilidade compartilhada
O relatório aponta que os maiores supermercados do Brasil - Carrefour, Pão de Açúcar e Grupo Big - detêm 46,6% do mercado atacadista do país e que eles podem ajudar a pressionar seus fornecedores para que garantam melhores condições de trabalho aos safristas do setor da fruticultura. Para a Oxfam, condições de trabalho e salário digno devem ser parte dos critérios desses supermercados na escolha de seus fornecedores.

“Quando a gente olha os maiores supermercados do Brasil, você tem que assumir uma certa responsabilidade com o que está acontecendo na produção de frutas que você vende. Mas é claro que não se pode isentar os produtores e eles precisam melhorar também, mas os supermercados têm um poder muito grande”, disse Gustavo Ferroni. “Os supermercados têm o poder econômico-político de influenciar esses fornecedores, que também são grandes produtores ali da região, a melhorarem suas práticas”.

O Grupo Big disse, em nota, que está comprometido em manter uma cadeia de suprimentos em conformidade com as legislações social e ambiental. O grupo desenvolve um Programa de Qualificação e Certificação de todos os seus fornecedores de perecíveis, o que inclui um programa de gestão de riscos de resíduos de agrotóxicos, destinado a todos fornecedores de frutas, legumes e verduras.

O sistema, segundo a empresa, vai além da rastreabilidade dos alimentos e prevê auditoria nas fazendas e análise de resíduos de agrotóxicos. “Em relação ao estudo em questão, afirma que todos os seus fornecedores de frutas do Nordeste possuem certificados globalmente reconhecidos, como o Global Gap Risk Assessment of Social Practice, o Global Gap, ou são auditados pela WQS”, disse em nota.

O Carrefour informou que preza pelo respeito e bem-estar de todos que integram suas cadeias produtivas e que a rede tem um Código de Ética e Social para Fornecedores com cláusulas rigorosas. A empresa reforça seu comprometimento em apoiar os 10 princípios do pacto global da ONU.

“Em linha com as condições existentes em seus contratos, a companhia repudia qualquer conduta que configure trabalho escravo ou sob condições diferentes daquelas previstas em lei. A companhia reforça que realiza auditorias anuais junto aos fornecedores do protocolo Sabor & Qualidade e, no caso da marca Carrefour, as boas práticas da cadeia são asseguradas pela Global Gap, certificação internacional do agronegócio”, diz a nota.

O GPA, grupo controlador das redes Extra e Pão de Açúcar, ínformou que tem, desde 2015, uma Política de Ética Social para monitorar as condições sociais nas suas cadeias de fornecimento e, em 2016, formalizou uma Carta de Ética com compromissos, regras e recomendações relacionadas a diversos temas relevantes, como direitos humanos, jornada de trabalho, saúde e segurança. Desde 2008 a companhia desenvolve o Qualidade Desde a Origem (QDO).

 A iniciativa rastreia fornecedores de frutas, verduras e legumes, realizando auditorias e análises de resíduos e microbiologia nos produtos para garantir segurança alimentar aos seus consumidores. Dentre os itens já monitorados atualmente, estão ainda questões ligadas a práticas trabalhistas e sociais. O grupo diz ainda que os fornecedores devem provar, por exemplo, que não possuem trabalho infantil ou escravo (e também não compram de quem possui essa prática); e que a contratação de seus colaboradores esteja em conformidade com o estabelecido na lei trabalhista vigente.

Fonte: Agencia Brasil
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CASO BEATRIZ: DOR, ANGÚSTIA E ESPERANÇA UNEM MÃES DE FILHOS ASSASSINADOS EM PETROLINA

Nesta quinta-feira 10 completa 3 anos e dez meses do brutal assassinato da menina Beatriz Mota, de sete anos, que morreu ao ser atingida por 42 golpes de faca durante uma festa de formatura na Escola Nossa Senhora Auxiliadora.

Até o momento ninguém foi preso. Para o perito George Sanguinetti "a cada dia que passa é a verdade que foge". Até o momento a Polícia Civil conseguiu imagens que revelam a face do autor do crime.

Para os investigadores, não há dúvidas de que o homem que aparece nas filmagens de câmeras de segurança de estabelecimentos próximos ao Colégio Nossa Senhora Auxiliadora, onde ela estudava, é o assassino. O Disque-Denúncia oferece recompensa para quem tiver informações sobre a localização do homem.

Segundo a investigação, antes de cometer o assassinato, o suspeito ficou por duas horas na frente da escola atuando como se fosse flanelinha e teve contato com várias pessoas que foram à festa. "Há indícios de que o crime foi premeditado. Ele passou horas esperando a diplomação para entrar no colégio', relatou a delegada do caso da época.

Os pais de Beatriz dão a cada dia sinais de insatisfação com a morosidade com que o caso vem sendo apurado e informou que a família continua buscando apoios para viabilizar a abertura do inquerito e a quebra do sigilo de algumas informações. A solicitação para federalizar as investigações foi solicitada pelos pais de Beatriz, Sandro e Romilton.

“Muita coisa estranha acontece, a polícia está apurando os fatos, dentro da sua lógica investigativa, entendemos isso, mas algumas respostas são urgentes. Por exemplo, porque as imagens das Câmaras da escola foram apagadas? Quem mandou apagar? Por quê?”, questionam Sandro  Romilton e Lucia Mota.

Recentemente Lúcia Mota e Sandro denunciaram a Polícia Civil "que estão sendo perseguidos e o carro deles tem sido seguindo e por isto já solicitaram investigação dos fatos que vem ocorrendo".

No ano de 2017 os pais de Beatriz protocolaram a Câmara de Vereadores de Petrolina a solicitação para a instalação de uma Comissão Especial de Inquérito com o objetivo de investigar crimes de omissão por parte de agentes públicos que vem sendo praticados em Petrolina. 

A reportagem deste Blog Ney Vital enviou email para o Departamento de Investigação da Polícia Civil de Pernambuco solicitando informações sobre o andamento das investigações.

Esta semana o presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara Municipal de Petrolina, o vereador Professor Gilmar Santos (PT) não "aceitou" a ida do advogado Wank Medrado ao Legislativo na última terça-feira (8). Wank Medrado  faz a defesa de Allinson Henrique Carvalho, ex-funcionário do Colégio Maria Auxiliadora, que é suspeito de ter apagado as imagens das câmeras de vigilância da instituição na noite de 10 de dezembro de 2015.

Através de nota “A Câmara Municipal disse que que apenas cumpriu com o Regimento Interno da Casa, que prevê em seu Artigo 102, Parágrafo Único, que o Grande Expediente será dividido em duas partes: a primeira para uso da tribuna pelos Vereadores, antecedendo a Ordem do Dia; a outra parte para uso da tribuna livre por autoridades e personalidades diversas”.

A nota ressalta ainda que “em nenhum momento a Câmara Municipal de Petrolina cerceou o direito de Lúcia Mota de participar da Tribuna Livre. Muito pelo contrário: além de ter recebido por duas vezes os pais de Beatriz, a Câmara ainda autorizou o uso do espaço do plenário para que eles concedessem uma entrevista coletiva à imprensa, no dia 9 de março de 2016”.

Quem tiver informações que possam auxiliar a polícia pode usar os números da Ouvidoria SDS - 181, WhatsApp -(87) 9 9911-8104 e Disque-Denúncia  (81) 3421-9595, (81) 3719-4545. O sigilo é garantido.

Também prestes a completar quatro anos também marca a dor, angústia e esperança da mãe do jovem Alisson Dantas, de 18 anos, assassinado no bairro Quati, Zona Norte de Petrolina.

As duas mães, Lúcia Mota e Ana Claudia Dantas estiveram ano passado na Frente ao Forum de Petrolina, para clamar justiça. O Grupo de Mães Anjo do Vale (Juazeiro) deu apoio ao protesto que pedia ao judiciário a prisão preventiva do ex-funcionário da escola que é acusado de apagar as imagens do dia do crime, 10 de dezembro de 2015, que estavam nas câmeras de segurança do colégio.

Já o crime ocorrido no dia 30 de outubro de 2015, de acordo com a polícia, o jovem foi atingido por vários golpes de facão, por um vizinho que acusou o garoto de usar a internet da casa onde morava através da rede wifi.

Segundo o inquérito policial, Alisson foi assassinado por vários por golpes de falcão na cabeça, membros inferiores e superiores. Ele teve a mão decepada, um dedo da mão direita e sofreu traumatismo craniano. Alisson morreu depois de passar três dias internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), do Hospital Universitário.
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