Juazeiro sedia 27º Simpósio de Cultura Espírita do Vale do São Francisco

Será realizado de 15 a 18 de agosto, o 27º Simpósio de Cultura Espírita do Vale do São Francisco, que esse ano tem como tema "As Bem-aventuranças à luz do Espiritismo". O evento acontecerá no Auditório do Complexo Multieventos da Univasf, em Juazeiro-BA. O credenciamento tem início a partir das 19h30 e a abertura às 20h.

A grande novidade dessa edição é a realização do Workshop "Suicídio, uma enganosa solução", com a psicanalista e especialista na temática Solange Meinking (Salvador-BA). A palestra, que será realizada às 14h do sábado (17/08), contará ainda com a participação do poeta Peu Miranda (Petrolina-PE). O Workshop é aberto ao público e a entrada é gratuita.

O Simpósio traz também em sua programação expositores como Clóvis Nunes (Feira de Santana-BA), Denise Lino (Campina Grande-PB), Nahon Castro (Salvador-BA) e Pedro Francisco (Petrolina-PE). Além deles, o evento contará com Pintura Mediúnica realizada por Marilusa Vasconcelos (São Paulo-SP) no domingo (18/08), às 16h30, e apresentação artística de Josué Sax (Salvador-BA).

Com o objetivo de oferecer atividade para toda a família, pelo segundo ano consecutivo, será desenvolvido nos dias 17 e 18/08, simultaneamente ao Simpósio, o espaço de Educação, Cultura e Arte para infância.   

O 27º Simpósio de Cultura Espírita do Vale do São Francisco é uma iniciativa do Conselho Regional Espírita (CR17) com apoio Federação Espírita do Estado da Bahia (FEEB). O investimento é apenas R$ 30. Para mais informações ligue (74) 98816-1941.

Serviço: 27º Simpósio de Cultura Espírita do Vale do São Francisco. Local: Auditório do Complexo Multieventos da Univasf, em Juazeiro-BA. Data: 15, 16, 17 e 18 de agosto
Informações: (74) 98816-1941.
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CPI das Fake News deve ser instalada em agosto no Congresso

O Senado começa o segundo semestre com a previsão de instalação da comissão parlamentar mista de inquérito (CPMI) para investigar a veiculação de notícias falsas. O requerimento para a criação do colegiado foi aprovado esta semana durante sessão do Congresso Nacional. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre — que também preside o Congresso — já pediu aos líderes que indiquem os nomes dos integrantes da comissão, que será chamada de CPI Mista das Fake News.

A comissão será composta por 15 senadores e 15 deputados, além de igual número de suplentes. A CPI terá 180 dias para investigar a criação de perfis falsos para influenciar as eleições do ano passado e ataques cibernéticos contra a democracia e o debate público. A prática de ciberbullying contra autoridades e cidadãos vulneráveis também será investigada, assim como o aliciamento de crianças para o cometimento de crimes de ódio e suicídio.

Enfrentar o volume e as consequências das fake news é uma tarefa complexa, por se tratar de um sistema amplo que envolve pessoas com conhecimento técnico sobre o funcionamento de plataformas (como WhatsApp, Twitter, Facebook e Google) para promover artificialmente a desinformação. São comentadores pagos, exércitos de trolls (usuários que provocam e desestabilizam emocionalmente outros na internet), pessoas ou empresas que controlam centenas de contas com perfil falso em redes sociais e atuam de forma coordenada para compartilhar essas informações.

O senador Izalci Lucas (PSDB-DF) advertiu sobre os perigos das notícias falsas, ao citar as campanhas contra a vacinação, com prejuízo para a saúde pública.

— Muita gente deixou de vacinar no Brasil. Saíram dizendo que vacina faz mal. Tudo isso foi muito divulgado e traz consequências sérias. Está aí o resultado: a volta do sarampo, da catapora, que é doença que a gente tinha erradicado e agora retorna por falta de vacina.

A influência das fake news na sociedade, potencializada pela internet, está levando também à desqualificação dos veículos tradicionais de imprensa e dos profissionais da comunicação. Para o senador Carlos Viana (PSD-MG), que é jornalista, trata-se de um risco para a manutenção da democracia.

— As notícias falsas atendem a interesses escusos e obscuros e levam as pessoas, muitas vezes, a cometerem erros. Vamos mostrar aos cidadãos que a política é o caminho certo para que os desafios do país sejam resolvidos. Fora da política, não há democracia, não há justiça, não há equilíbrio no país, inclusive na distribuição de riquezas — destacou.

O senador Jaques Wagner (PT-BA) ressalta que política não se faz mais “com palanque e oratória”, mas que o avanço da tecnologia nem sempre privilegia a verdade dos fatos.

— Na última eleição, vivenciamos mentiras sendo propagadas pelos celulares, que doutrinaram as pessoas. A pessoa pode ser de direita ou de esquerda, mas para propagar as suas ideias, precisa ter transparência e qualidade de informação, seja ela qual for — resumiu.
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MUNICÍPIOS DE MINAS GERAIS SOFREM COM PERÍODO SEM CHUVA, EM ALGUMAS LOCALIDADES JÁ SÃO QUASE 8 ANOS DE SECA

Pelo menos 136 municípios mineiros já decretaram situação de emergência em razão da falta de chuvas. O problema atinge uma população estimada de 518 mil pessoas e se concentra, principalmente, nas regiões Norte, Jequitinhonha e Mucuri. O balanço é da Defesa Civil estadual.

É um cenário preocupante pois o período considerado seco só começa oficialmente em 1º de agosto e vai até o fim de outubro. Nas cidades mais afetadas, o desabastecimento já compromete a saúde da população e, para piorar, destrói plantações em locais onde a agricultura é a única fonte de subsistência para as famílias.

Em Francisco Sá, no Norte de Minas, a prefeitura afirma que os prejuízos vêm se acumulando desde 2012. O município que, no passado, já foi considerado uma das maiores bacias leiteiras da região, calcula que 90% das lavouras e pastagens já foram perdidas.

“O rebanho sofreu perdas pela falta de alimentos e grande parte foi vendida. A área urbana vem sofrendo desde 2015 com racionamento de água. A barragem do rio São Domingos, que abastece a cidade, atingiu o nível “morto” nos anos de 2015, 2016 e 2017. O abastecimento está sendo completado com água de poços artesianos, que é muito calcária e chamada pela população de ‘água salgada’”, informou a prefeitura, por nota.

A Prefeitura também garante que, em quase oito anos de estiagem, a agricultura local teve um prejuízo de R$ 2,6 milhões, segundo relatório agroclimático da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater-MG). 

A abrangência do problema é ainda maior e não se concentra apenas em áreas rurais. O racionamento de água já é uma realidade em regiões urbanas de outros municípios do norte mineiro: Taiobeiras, Divisa Alegre, Cristália, Capitão Enéas e Águas Vermelhas. 

De acordo com a Copasa, o rodízio é “medida emergencial” encontrada para que essas localidades não sofram desabastecimento. A companhia informou, ainda, que orienta moradores “como forma de conscientizá-los nos períodos de estiagem”.

A falta de consciência ambiental no uso do solo e da água também potencializam o problema da seca. Quem afirma é a doutora em Ciências Florestais e professora da Universidade Estadual de Montes Claros (Unimontes), Maria das Dores Magalhães Veloso.

Ela explica que em cada ecossistema há um funcionamento harmonioso entre as plantas naturais. “No entanto, quando se cria uma monocultura, onde há uma grande demanda para todas as plantações, você causa um desequilíbrio. É essencial que se criem mecanismos de reabastecer o lençol freático que a cada dia diminui mais”, avalia.

A especialista destaca, ainda, que a impermeabilização do solo, com o crescimento das áreas urbanas, torna a situação mais crítica. “O esforço que a chuva faz para penetrar o chão é cada vez maior. O norte de Minas já tem o solo pobre e com essas transformações urbanas, piora tudo”, conclui.
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SERRITA: 49º MISSA DO VAQUEIRO CELEBRA A FÉ E A TRADIÇÃO

A partir desta sexta-feira (26), o encantamento e tradição da cultura sertaneja podem ser conferidos na 49ª Missa do Vaqueiro de Serrita, que segue até domingo (28). 

Além de shows gratuitos, de artistas como Flávio Leandro, Chambinho, Daniel Duarte, Joquinha Gonzaga, Daniel Gonzaga e Petrúcio Amorim; a programação conta com vaquejadas, pegas de boi e uma feira de artesanato com produtos de couro.

Haverá ainda a produção de um documentário, uma miniexposição e palestras sobre o universo sertanejo. A missa em homenagem ao ofício e ao vaqueiro Raimundo Jacó acontece no último dia do evento. São esperados 60 mil visitantes.

Nesta edição da Missa do Vaqueiro, também está sendo produzido um documentário.

No domingo, é dia de celebrar a Missa do Vaqueiro. Para isso foram convocados os artistas Josildo Sá, responsável pela parte musical do culto, Flávio Leandro, Sarah Lopes, Pedro Bandeira, Chico Justino e Cícero Mendes, Ronaldo Aboiador, Fernando Aboiador e participação especial de Daniel Gonzaga.
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A ESTRELA DE LUIZ GONZAGA E A GEOGRAFIA MUSICAL BRASILEIRA

A geografia musical brasileira tem alguns pólos bem definidos. O hegemônico sai da Bahia e se fixa no Rio de Janeiro a partir dos anos 20, em cima do samba, choro e derivações.

Durante o século 20, aliás, Bahia e Minas Gerais forneceram contingentes de músicos fundamentais, mas não chegaram a produzir música típica local -apenas recentemente, a partir do Olodum, a Bahia retomou suas raízes. Há um segundo pólo, de música caipira/sertaneja que se formou no interior de São Paulo e se espraiou pelo Triângulo Mineiro e Goiás.

Um terceiro pólo bem definido é o gaúcho, da música pampeira com influência da Argentina e do Uruguai. Recentemente, cresceu muito o pólo da música pantaneira, com nítida influência da guarânia e da música paraguaia. Persiste, no Pará, a tradição da canção brasileira, herança ainda dos tempos da borracha.

Depois do Rio de Janeiro, o grande pólo da música brasileira é Pernambuco, com duas vertentes muito nítidas. Há uma de Recife/Olinda, com seus frevos orquestrados, cirandas e maracatus, e há a vertente dita nordestina -que abarca o sertão pernambucano e os Estados limítrofes, com destaque para Paraíba e Ceará. E é aí que surge a estrela luminosa de Luiz Gonzaga, o Lula, o grande nome da modernização da música brasileira nos anos 40, ao lado de Dorival Caymmi.

Dito assim, fica meio frio e impessoal. Mas você não sabe o que era Luiz Gonzaga nos anos 50, quando ele explodiu para o Brasil. Ele corria todo o interior, fazendo shows nas praças das cidades em cima de um caminhão, patrocinado por uma multinacional da qual não me recordo o nome.

Não se tratava de um fenômeno restrito às elites intelectuais, aos universitários, aos cultivadores da chamada "boa" música. Cada música lançada percorria todos os estratos sociais. Lembro-me, na farmácia do meu pai, eu, com meus oito anos, sendo provocado pelo Pedro e pelo Antônio (os dois boys) por conta da música "Respeita Januário" (Gonzaga e Humberto Teixeira), homenageando Severino Januário. Januário era também o balconista da Farmácia Central.

No dia em que ele foi se apresentar em Poços de Caldas, a cidade inteira desceu para a praça. Minha mãe também desceu, comigo e minha irmã Regina, eu com sete anos, ela com cinco. Gonzaga já era conhecido da cidade, para onde encaminhou a namorada tísica, com o filho Gonzaguinha, para uma temporada de tratamento. Acabamos assistimos ao show de dentro de uma Rural Wyllis, de uns parentes dele.

Antes de lançar o baião, Gonzaga passou pelo choro. Seu estouro ocorreu com a música cantada, não apenas pelo balanço, trazendo o xaxado, o xote, o baião, mas pela temática. Com seus parceiros Zé Dantas e Humberto Teixeira, Luiz Gonzaga trouxe para a música brasileira a problemática do Nordeste, que aquela altura dominava as atenções de todos, de planejadores, como Celso Furtado, a poetas, escritores, estudantes.

Mesmo assim, o tom político de suas canções em nenhum momento se sobrepôs às qualidades musicais ou às características profundamente nordestinas. O balanço, a gozação, o uso dos termos regionais, tudo contribuiu para criar um modelo estético imbatível dentro da música brasileira, dos épicos nordestinos, como "Asa Branca", ao lirismo de "Estrada do Canindé" ("Ai, ai, que bom/ Que bom, que bom que é/ Uma estrada e uma cabocla/ Com a gente andando a pé"). Ou então o "Xote das Meninas", que fez o maior sucesso na voz de Ivon Cury, talvez o cantor de maior sucesso na segunda metade dos anos 50 -e que morreu fazendo bicos em programas humorísticos.

Pouco depois de lançada, "Asa Branca" já era um clássico. Lembro-me nos anos 60 o orgulho que nos dava o mero boato de que os Beatles iriam gravar a canção.

A relação de sucessos de Gonzaga é enorme. Há quem goste das todas, dos xotes, das músicas buliçosas. De minha parte a música que mais me tocou, meu hino nacional brasileiro do Nordeste é "Que nem jiló" (Gonzaga e Humberto Teixeira). (Fonte: Luiz Nassif)

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I SANFONEATA DO SERTÃO ACONTECERÁ DIA 02 DE AGOSTO PARA CELEBRAR OS 30 ANOS DE SAUDADES DE LUIZ GONZAGA

A região do Vale do São Francisco vai assistir a I Sanfoneata, a primeira passeata de Sanfoneiros do Sertão. O objetivo é celebrar a data de morte do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Pernambucano do Século XX e um dos nomes mais citados na música brasileira.

A I Sanfoneata é promovida pelo sanfoneiro Luiz Rosa. A concentração dos sanfoneiros está marcada para acontecer na Praça do Galo, na sexta-feira 2 de agosto, data da morte de Luiz Gonzaga, a partir das 7h30. O evento terá a participação da quadrilha junina ‘Buscapé’, do bairro do Quidé , em Juazeiro. Este ano a  quadrilha participou dos festivais de Juazeiro e Petrolina onde apresentou a história de amor entre Diadorim e Riobaldo, do clássico da literatura brasileira ‘Grande Sertão Veredas’, de Guimarães Rosa. A Quadrilha Buscapé possui treze anos de atuação e é considerada uma das mais tradicionais em defesa da cultura.

"A Sanfoneata, passeata dos sanfoneiros é um grande encontro de amigos e vamos tocar muita música e alegria pelas ruas do Centro de Petrolina", diz Luiz Rosa. Os sanfoneiros também farão um passeio pelas águas do Rio São Francisco. Além da passeata está programado um passeio de barco ao som da sanfona com a meta de chamar a atenção para os cuidados que se deve ter com a preservação do Rio São Francisco.

Luiz Rosa, já confirmou a presença de mais de 90 sanfoneiros, além de Petrolina, vem tocador do Piaui, Senhor do Bonfim, Remanso, além daqueles que residem em Petrolina e Juazeiro. 

“A gente faz isso para as pessoas se encontrarem e mostrar que música é felicidade e que Luiz Gonzaga não morreu, Luiz Gonzaga vive", finalizou Luiz Rosa.
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Intercâmbios de Saberes nos Semiáridos da América Latina: Juventude e Agroecologia

Os estados de Pernambuco e Paraíba promovem até o dia 26 de julho, o terceiro encontro dos Intercâmbios de saberes nos semiáridos da América Latina, que nesta etapa abordará o tema “Juventudes e Agroecologia”, reunindo jovens, mulheres, agricultores e técnicos de projetos que trabalham com desenvolvimento rural no Brasil, Argentina, Bolívia, Paraguai, Nicarágua, e El Salvador, muitas delas que recebem o apoio do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).

Do Brasil, os projetos apoiados pelo FIDA nos estados da Paraíba (Procase), Piauí (Viva o Semiárido), Sergipe (Dom Távora), Bahia (Pró Semiárido) e Ceará (Paulo Freire) enviarão representantes para os cinco dias de evento. Também farão parte representantes do projeto Dom Helder, que atua em vários estados brasileiros, fruto de uma parceria entre o FIDA e o Governo Federal.

Em formato de caravana, o evento iniciará no município de Caruaru-PE, seguindo para Campina Grande-PB, com visitas a comunidades rurais que se destacam na produção agroecológica, organização comunitária e acesso à água entre jovens. “Visitaremos experiências e conheceremos trajetórias consolidadas em práticas de agroecologia envolvendo a juventude”, frisou a gerente de Cooperação Sul-Sul, do programa Semear Internacional, Ruth Pucheta.

A intenção das visitas é fazer com que as experiências que serão visitadas possam servir de exemplo tanto dentro como fora do Brasil. Em cada visita, cada prática identificada será conferida em detalhes pelos participantes, eliminando dúvidas e gerando informações que possam ser replicadas em suas regiões. 

Esta é a terceira etapa dos intercâmbios que foram iniciados em novembro de 2018, com uma primeira edição realizada na província de Salta na Argentina, onde foram visitadas iniciativas que se destacam na área do mapeamento participativo e acesso à água. Na segunda etapa, técnicos e beneficiários receberam uma capacitação intensiva em técnicas de mapeamento participativo, com aplicação prática na comunidade quilombola do Batoque, no município de Sobral, no Ceará. 

O Intercâmbio é uma realização do FIDA, Instituto Interamericano de Cooperação para a Agricultura (IICA), Programa Semear Internacional, Plataforma Semiáridos da América Latina, Centro de Desenvolvimento Agroecológico Sabiá, Centro de Estudos do Trabalho e de Assessoria ao Trabalhador (Cetra), Programa de Aplicação de Tecnologias Apropriadas (PATAC) e Agricultura Familiar e Agroecologia (ASPTA), em parceria com a FUNDAPAZ, International Land Coalition, Terre des Hommes e Serviço Mundial de Igrejas (CWS).
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