Ministério Público realiza ação de fiscalização ambiental do Rio São Francisco

A Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco abrange 639.219 quilômetros quadrados de área de drenagem e vazão média de 2.850 metros cúbicos por segundo. Com 2.700 quilômetros de extensão, o rio São Francisco é o maior rio brasileiro inteiramente nacional. 

Ele nasce na Serra da Canastra em Minas Gerais, escoando no sentido sul-norte pela Bahia e Pernambuco, quando altera seu curso para leste, chegando ao Oceano Atlântico na divisa entre Alagoas e Sergipe. Nesse percurso, banha 540 municípios, 240 deles em território mineiro.

Sua bacia, onde vivem mais de 15 milhões de pessoas, tem grande importância para o país, não apenas pelo volume de água transportado em uma região semiárida, mas também pelo potencial hídrico passível de aproveitamento e por sua contribuição histórica e econômica para a região. 

Ao longo dos anos, o rio São Francisco vem agonizando e esse perecimento decorre de vários fatores, entre eles, o desmatamento realizado para dar lugar a grandes projetos agropecuários, com erradicação das matas ciliares, provocando intenso assoreamento. 


A poluição advinda do uso indiscriminado de agrotóxicos e o uso abusivo da água, em especial por projetos de irrigação, muitas vezes sem outorga dos órgãos competentes também afetam negativamente o rio. 

Por este motivomFloresta, Itacuruba, Jatobá, Petrolândia e Tacaratu recebem a partir desta semana a 2ª etapa do Programa de Fiscalização Preventiva Integrada da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco em Pernambuco (FPI/PE). 

O objetivo da operação é diagnosticar danos ambientais autuando infratores e prestando orientações às populações locais.

A meta é combater danos ambientais relacionados à extração mineral, comércio e uso de agrotóxicos, abate ilegal de animais, abastecimento de água, saneamento e gerenciamento de resíduos sólidos, bem como a atividades com impacto na fauna e flora, no patrimônio cultural e nas comunidades tradicionais da região, entre outros. 


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CARRINHEIROS E CONDUTORES DE CARRINHO FARÃO MAIS UM PROTESTO NO MERCADO DO PRODUTOR NESTA QUINTA (17)

Os trabalhadores carrinheiros e condutores de carrinho farão mais uma paralisação das atividades no Mercado do Produtor. A redação deste Blog Geraldo José recebeu a informação que o protesto vai ter início na madrugada desta quinta-feira (17).

Uma das queixas é a continuidade da cobrança da taxa de R$ 52,00 cobradas e o planejamento de melhorias de trabalho no local. Deste o mês passado a diretoria do Mercado do Produtor e os trabalhadores travam uma "guerra".

"Nós fomos procurados pelos trabalhadores que denunciaram estar sendo lesados no ceasa. Eles alegam que está sendo cobrada uma taxa de R$ 52 reais mensais, além da cobrança de R$ 5,00 a cada acesso ao mercado, têm que ter habilitação e placa o que gera um custo de R$ 200,00 reais mensais se não alugar o carrinho” declarou José Nilton

O protesto tem como objetivo, de acordo com os trabalhadores, chamar a atenção para o descaso que vem ocorrendo com os que estão em busca de melhores condições de trabalho. 

No dia 25 de junho, os condutores de carrinhos de frete, conhecidos por ‘carrinheiros’ com apoio dos permissionários e dos caminhoneiros bloquaram a rotatória de acesso ao Mercado do Produtor de Juazeiro reclamando dos valores das taxas cobradas no Ceasa local, bem como das dificuldades que enfrentam no dia-a-dia.

Por meio de nota, a Autarquia municipal de Abastecimento/AMA informou que desde maio está sendo feito o recadastramento dos carrinheiros do Mercado do Produtor de Juazeiro que consiste na atualização dos dados e aquisição da nova placa. Foi estabelecido um prazo entre administração e carrinheiros que terminou na terça-feira (25 de junho) e ficou acordado que apenas carrinhos emplacados poderiam entrar no ceasa.

A AMA informou também que carrinhos sem placas não entram no Ceasa de Juazeiro e objetivo da ação é garantir a segurança e ordenamento do entreposto. Os carrinheiros que estavam com a placa antiga e não realizaram o recadastramento tiveram até a segunda-feira, 1° de julho, para atualizar o cadastro na administração do mercado.
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SEGUNDO ESCALÃO: INCRA E CODEVASF AINDA AGUARDAM NOMEAÇÕES

Com seis meses de gestão, Bolsonaro só vai começar a ratear os cargos do segundo escalão nos próximos dias. Estava aguardando a aprovação da reforma da Previdência para testar a lealdade da sua base de sustentação. No Nordeste, os postos mais cobiçados passarão pelo crivo do Centrão, movimento que agrega os partidos conservadores.

O critério que se especula ainda não é compreensível: os apadrinhados passarão pelo crivo das bancadas e não apenas por uma mão protetora. Os deputados de olhos arregalados vão se entender depois de tanto tempo indicando aliados com o aval apenas do presidente?

Estatais como Chesf, Banco do Nordeste e Hemobrás ainda estão sendo tocadas por executivos da era Temer, alguns com diretores nomeados por Dilma. O presidente costuma recorrer ao chavão de que não pratica o toma lá dá cá para governar. Com essas nomeações, seu discurso, mais uma vez, tende a virar letra morta.

Fonte: Blog Magno Martins
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ESGOTOS DESPEJADOS NO RIO SÃO FRANCISCO É TEMA DE DISCUSSÃO EM IBIMIRIM, PERNAMBUCO



O Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAE) de Juazeiro deverá ser notificado por conta do lançamento de esgotos diretamente no Rio São Francisco. A decisão foi uma das deliberações da reunião ordinária realizada na semana passada pela Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco.

Segundo o Blog do Geraldo José, além do SAAE de Juazeiro, foi decidido que a Compesa, responsável pelo saneamento em Petrolina, também deverá ser notificada. Na reunião, definiu-se que uma comissão será formada para elaborar um relatório, que irá apontar as irregularidades detectadas nas duas cidades. O relatório deverá ser avaliado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e os gestores serão notificados no menor tempo possível.

Outro relatório ainda mais abrangente deverá ser produzido pela comissão e entregue no fim do ano. A intenção é que seja feito um diagnóstico geral sobre o lançamento de efluentes no rio em todas as cidades em que o Rio São Francisco passe.
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PREFEITOS DE JUAZEIRO E PETROLINA SERÃO NOTIFICADOS POR ESGOTOS NÃO TRATADOS DESPEJADOS NO RIO SÃO FRANCISCO

Na semana passada, o Sertão do Moxotó, a cidade pernambucana de Ibimirim, reuniu membros da Câmara Consultiva Regional do Submédio São Francisco para uma reunião ordinária do grupo.

Este Blog Ney Vital apurou que uma das deliberações da plenária foi o posicionamento a ser adotado a acerca da existência de efluentes (esgotos) não tratados lançados no Rio São Francisco, nos municípios de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Efluentes são os resíduos provenientes das indústrias, dos esgotos e das redes pluviais, que são lançados no meio ambiente, na forma de líquidos ou de gases.

Colocado em votação, optou-se pela formação de uma comissão para a elaboração de um relatório, apontando as irregularidades detectadas nas duas cidades, para ser avaliado pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco e, posteriormente, encaminhado aos gestores das duas cidades, no menor tempo possível. 

A mesma comissão deve produzir também outro relatório mais abrangente, abarcando um diagnóstico geral sobre o lançamento de efluentes no rio em todos os municípios que fazem parte da calha no Rio São Francisco, na região do Submédio. 

Este deverá ser entregue na plenária do Comitê, no fim do ano.
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Escola estadual cria orquestra de sanfona e amplia aprendizagem por meio da arte musical

O som marcante e encantador do acordeon, também conhecido como sanfona, está criando novas possibilidades de aprendizagem para os estudantes da Escola Estadual Irmã Rosa Aparecida, localizada no Dispensário Santana, em Feira de Santana (a 108Km de Salvador). 

A arte de tocar esse instrumento está sendo ensinada por meio do projeto Fortalecendo Laços IV - Acordeando, que tem como proposta estimular o protagonismo juvenil, por meio da arte, da cultura e do esporte, para alunos da escola e, também, para crianças, adolescentes, jovens e adultos da comunidade do entorno.

A coordenadora do projeto, professora Ana Cristina Silva, conta que a oficina de acordeon surgiu na unidade em 2015, como forma de homenagear e realizar um sonho da gestora do complexo, Irmã Rosa.

“Foi o amor pelo instrumento e pelo forró que levou a nossa gestora a criar o projeto Acordeando. Hoje temos cerca de 20 estudantes, entre 10 e 18 anos, da escola e da comunidade, participando da orquestra, que realiza ensaios diariamente, no período oposto ao das aulas”, explica a coordenadora.

Segundo a professora Ana Cristiana, com o projeto, os estudantes aprendem a ler partituras e aprofundam o conhecimento sobre a cultura regional de várias formas, desde o estudo sobre a história da música e de artistas consagrados, até a relação do instrumento com o modo de vida do nordestino e como é usado em outras regiões do país. Ela também falou sobre outros impactos do projeto no processo de ensino e aprendizagem dos estudantes. 

“Depois das oficinas de acordeon, os estudantes ficaram mais disciplinados. Muitos se identificaram com a arte, por meio da música, e querem seguir carreira. Eles perderam a timidez e elevaram a autoestima”, avalia.   

A orquestra, que tem como regente o maestro Val Santana, se apresenta em atos comemorativos do município, bem como em aberturas de conferências, encontros e seminários nas escolas públicas, privadas e faculdades. 

Para os festejos juninos, época em que a sanfona é muito lembrada nas festas, os integrantes preparam um repertório com muito xote, xaxado e baião. Músicas religiosas também entram no repertório da orquestra.  

“O repertório é produzido em conjunto. O professor indica algumas músicas e escolhemos as que nos agradam”, explica o estudante Talisson Hebert Coutinho, 16, 9º ano do Ensino Fundamental II, que faz parte da orquestra há dois anos e diz que escolheu participar das oficinas de acordeon por ser um instrumento que tem um som encantador. 

“Tocar acordeon é bom demais. Quando estou tocando, viajo nos meus pensamentos. Durante esse período que estou no grupo, estudo muito sobre a importância desse instrumento na música, sua história e quem são os maiores sanfoneiros do país para me inspirar neles, pois quero me profissionalizar na área, ser um grande sanfoneiro”, revela.

Já Railane Sampaio, 14, também do 9º ano do Ensino Fundamental II, a única menina do grupo, diz que resolveu participar da orquestra depois de uma visita a oficina de acordeon. “Fiquei encantada com o som da sanfona. Foi algo que me conquistou. Pensei logo: é isso que quero para mim, para minha vida”, confessa a estudante, que também fala sobre ser a primeira e, até agora, a única menina da orquestra.

 “No começo fiquei um pouco tímida por só ter meninos, mas ao longo do tempo fui acostumando. Os meninos me deram apoio e, hoje, somos um grupo unido. Agora busco incentivar outras meninas a participarem, porque acredito que seria bem legal ter um número maior de mulheres tocando sanfona e, quem sabe, até criar uma orquestra de sanfona só de meninas”, comemora.

Fonte: Consed
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MISSA DO VAQUEIRO, SERRITA, FÉ E MISTICISMO

Cada arte emociona o ser humano e maneira diferente! Literatura, pintura e escultura nos prendem por um viés racional, já a música nos fisga pelo lado emocional. Ao ouvir música penetramos no mundo das emoções, viajamos sem fronteiras.

A viagem dessa vez é o destino Serrita, Pernambuco, município próximo a Exu, terra onde nasceu Luiz Gonzaga, ali no sítio Lages, um primo do Rei do Baião, no ano de 1951, Raimundo Jacó, homem simples, sertanejo autêntico, tendo por roupa gibão, chapéu de couro tombou assassinado.

Logo os amigos abalados pela atrocidade criam a Missa do Vaqueiro. Luiz Gonzaga, Pedro Bandeira, João Cancio e João Bandeira usam a música para advertir sobre a natureza subversiva de um crime: desigualdade social, injustiça social.

Com a poesia do compositor Janduhy Finizola ao gosto do estilo e do povo desde 1971 é cantada a Missa do Vaqueiro, ato de Fé e Memória de Raimundo Jacó. Homenagem a todos vaqueiros que ocorre sempre no terceiro sábado do mês de julho.

Serrita durante um final de semana torna-se a Capital do Vaqueiro. Forró e uma gastronomia ao sabor do milho, umbuzada, queijo e carne de sol. Aproveito e saboreio uma lapada de cachaça com caju antes da missa iniciar.

Serrita enche os olhos e coração de alegria e reflexões. O poeta cantador de Viola se faz presente ao evento e o peso dos seus mais de 80 anos ilumina com uma mágica leveza rimas e versos nos improvisos da inteligência. Vaqueiros e suas mãos calejadas, rostos enrugados pelo sol iluminam almas.

Em Serrita ouvimos sanfonas tocando alto o forró e o baião. Corpo e espírito ali em comunhão. A música do Quinteto Violado é fonte de emoção. A presença de Jesus Cristo está no pão, cuscuz, rapadura e queijo repartidos/divididos na liturgia da palavras.

Emoção! Forte Emoção é que sinto na Missa do Vaqueiro ao ouvir sanfona e violeiros:
“Quarta, quinta e sexta-feira/sábado terceiro de julho/Carro de boi e poeira/cerca, aveloz, pedregulho/Só quando o domingo passa/É que volta os viajantes aos seu locais primitivos/Deixa no caminho torto/ o chão de um vaqueiro morto úmido com lágrimas dos vivos.
Assim eu vi é assim que conto...
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