MPF PEDE EXPLICAÇÕES PELO DESCASO DO GOVERNO BOLSONARO COM O INCRA E AGRICULTORES

Com exclusividade a redação do Blog Ney Vital recebeu a informação de que desde fevereiro o Incra não realiza a liberação de recursos destinados à concessão de créditos de instalação, nas suas diversas modalidades, apesar da existência de recursos financeiros e que o Ministério Público Federal pediu esclarecimentos sobre a não liberação de recursos e a respeito do valor total bloqueado. 

A redação do Blog ouviu diversas lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e representantes dos Sindicatos dos Trabalhadores Rurais da região do Norte da Bahia e Vale do São Francisco, e eles denunciam o 'completo abandono das ações do Incra, através do Governo Federal, que atinge a falta de liberação de verbas para áreas de assentamentos, localizadas em Juazeiro, Casa Nova, na Bahia, Lagoa Grande e Santa Maria, Pernambuco.

De acordo com os assentados, o Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária) desde que teve início o atual governo "não liberou um centavo previsto para investimentos destinados a áreas de assentamentos". "Estamos necessitando de construção e reformas de moradias, vistorias em pré-assentamentos para efetivação de áreas para fins de reforma agrária e precisamos urgentemente de assistência técnica", disse um dos assentados, Antônio Silva.

A direção regional do MST, Bahia, confirmou a falta de assistência e liberação de verbas. Em Petrolina e Santa Maria da Boa Vista os assentados também estão sem previsão de investimentos nas aréas. Após assumir o governo em janeiro, Jair Bolsonaro subordinou o Incra ao Ministério da Agricultura e nomeou para a presidência do órgão o general do Exército Jesus Corrêa.

No fim de fevereiro deste ano, o ouvidor nacional do Incra, e também coronel do Exército, João Miguel Souza Aguiar, enviou um ofício aos chefes do órgão nos Estados com uma mensagem simples: eles não deveriam mais atender representantes de movimentos que não tenham CNPJ, e nem "invasores de terras". Uma semana depois do ofício de Aguiar, o governo recuou e disse que a ordem anterior não estava mais valendo: o memorando foi elaborado por "iniciativa própria", "sem a anuência da Presidência do Incra".

Passados seis meses do Governo Bolsonaro, com exclusividade este Blog Geraldo José, também apurou que a Procuradoria Federal dos Direitos do Cidadão (PFDC), do Ministério Público Federal, encaminhou ofício ao presidente do Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), João Carlos Corrêa, pedindo informações sobre a concessão de créditos para projetos de assentamento. Foi dado prazo de 10 dias para a resposta.

A redação do Blog enviou solicitação a atual superintendência do Incra SR 29, localizada em Petrolina de uma nota esclarecendo as denúncias. A assessoria de imprensa declarou que "Nestes seis meses de 2019 está sendo realizado o planejamento para elaboração de metas para a autarquia, a SR-29 está atendendo demandas administrativas e aguardando posicionamento da Sede quanto ás ações finalísticas".

“De acordo com o Decreto nº 9.424/2018, compete ao Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária a gestão operacional da concessão de créditos de instalação de projetos de assentamento aos beneficiários do Programa Nacional de Reforma Agrária, bem como a contratação da instituição financeira federal que ficará responsável por sua concessão”. 

Ainda de acordo com o decreto o Incra “busca melhorar a distribuição da terra, com vistas a atender os princípios de justiça social, o desenvolvimento rural sustentável e o aumento de produção, conforme estabelece a Lei do Estatuto da Terra (Nº 4504/64) e a Constituição Federal”.
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UNEB PROMOVERÁ MINICURSO DE TECNOLOGIAS DIGITAIS, JORNALISMO, FAKE NEWS E DEEPFAKES

O Colegiado de Jornalismo em Multimeios, do Departamento de Ciências Humanas (DCH), da Universidade do Estado da Bahia (Uneb), promove o minicurso de extensão "Tecnologias digitais, Jornalismo, Fake News e DeepFakes" a ser realizado nos meses de Julho e Agosto, às terças-feiras e quartas-feiras, das 19h às 21h. 

Com carga horária de 30 horas, a atividade de extensão é direcionada à professores, jornalistas, profissionais e estudantes da área da comunicação e interessados em compreender os fenômenos contemporâneos decorrentes das tecnologias digitais e o entendimento das implicações do uso de inteligência artificial, de ferramentas digitais e de como o uso de algoritmos impacta a produção, a distribuição e o consumo da notícia.

As inscrições podem ser realizadas até o dia  15 de Julho. Os interessados devem enviar e-mail para colegiadodejornalsimodch3@gmail.com, informando nome completo, data de nascimento, número de documento de identificação e profissão. O curso inicia no dia 16 de Julho com prazo de conclusão até 28 de Agosto. 

A proposta é a de analisar o significado das redes sociais a partir das diversas teorias (crítica, social e cultural) e de que maneira a arquitetura das redes facilita a emergência de fenômenos como as fake news e os deepfakes e suas consequências para o jornalismo como atividade mediadora entre os diversos agentes envolvidos na comunicação e informação.

O curso é coordenado pela professora da graduação em Jornalismo da Uneb, Rosane Soares Santana, que é doutora em Comunicação pela Universidade Federal da Bahia e bolsista do CNPq, pesquisadora de estudos em Comunicação e Política (CP-Redes-Póscom), do Centro de Estudos Avançados em Democracia Digital (CEADD-Facom) e do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Democracia Digital (INCT DD).

Rosane Santana é autora da tese "Participação Política On-line e Off-line nas Eleições Presidenciais Brasileiras de 2014", que recebeu Menção Honrosa do Prêmio Antônio Lavareda 2015, concedido pelo Grupo Opinião Pública da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e pelo Instituto de Pesquisas Econômicas, Sociais e Políticas de Pernambuco (IPESP), pelo ineditismo metodológico no Brasil e contribuição à literatura brasileira sobre Internet, segundo afirmou o cientista político Antonio Lavareda.

Fonte: Agência Multiciência/Uneb

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DECANTO O SERTÃO: LUIZ DO HUMAYTÁ, A POESIA, A MUSICALIDADE ENTRE O SUL E OS SERTÕES

O escritor João Guimarães Rosa diz que o real não está na saída nem na chegada: ele se dispõe para a gente é no meio da travessia.

Como explicar a caminhada de um gaúcho apaixonado pelos sertões. Luiz Carlos Forbrig é o nome de Batismo. O apelido Humaytá, ele herdou, da característica do nordestino que precisa de um adjetivo para os nomes, daí, Luiz do Humaytá.  

Geólogo, aposentado da Petrobras desde 2016, o então funcionário público ganha o nome artístico da Fazenda Humaytá, onde cria bode, ovelha, pimenta, planta palma e produz frutas orgânicas. 

O real é que Luiz nasceu em Jabuticaba Velha, interior do Rio Grande do Sul. Filho de Guilhermina e Anoly. Com os pais desenvolveu a veia poética musical. A mãe puxava os cantos religiosos da Igreja Católica. O pai tocador de gaita de boca. Luiz aprendeu a tocar violão nas terras gaúchas. 

O Nordeste Luiz conheceu devido o trabalho no sertão e a realidade foi tatuada do sol abrasador, da luz das caatingas, do calor contrastante do frio das terras do sul. E assim passou a cantar e fazer versos para o sertão, os sertões.

"O Sertão é dessas coisas que não tem meio termo ou você ama ou odeia. Eu me apaixonei pelo sertão. Primeiro pelo rio São Francisco e depois pela caatinga. Cheguei na região de Juazeiro e Curaça em 1979", explica.

Luiz para morar definitivamente no sertão do Vale do São Francisco, deixa a vida na capital Salvador, 'abandona a cidade grande",  onde fez vários shows e decide no 'meio da caatinga", viver o trabalho junto a agricultura e ao inseparável violão.

A história conta que em novembro de 2010, Luiz formou a Banda Forró Avulso, com o desafio de fazer o forró nordestino com uma pitada de modernidade: a gaita de boca no lugar da sanfona e o cajon no lugar da zabumba. Com este grupo fez carreira em Salvador tocando na noite baiana por seis anos.

A discografia consta seis CDs: 
2012 - CD ACÚSTICO. 2014 – CD PÉ DE CHÃO
2015 – LUIZ DO HUMAYTÁ CANTA MÚSICAS GAÚCHAS
2015 –FORRÓ AVULSO e LUIZ DO HUMAYTÁ - 5 ANOS DE ESTRADA
2017 – LUIZ DO HUMAYTÁ AVULSO
2019 – DECANTO O SERTÃO

Luiz do Humaytá continua unindo o empreendedorismo pela agricultura, a música e a poesia. É a travessia que une a paixão pelos ritmos, referência a Luiz Gonzaga, ao sertão, a caatinga. 

Luiz do Humaytá, no CD, Decanto o Sertão, junta o violão ao ritmo da sanfona e zabumba, provocando o sentimento dos amantes do forró, da música brasileira, numa travessia do Rio Grande do Sul ao Nordeste, sertões brasileiro, mostrando que Luiz Gonzaga vive, está vivo no sertão, na cidade grande e capitais, de Norte a Sul, Leste Oeste. Luiz Gonzaga vive na boca do povo, no gemer da sanfona, no coração e na alma da gente brasileira.

Humaytá é uma palavra de origem indígena significa pedra preta. Humaytá é o nome de uma batalha fluvial ocorrida em 1868, no rio Paraguai entre forças brasileiras e paraguaias. Esta batalha visava destruir a fortaleza de Humaytá que impedia a passagem da esquadra brasileira para chegar à Assunção atual capital do Paraguai. A vitória foi da esquadra brasileira. 

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FEIRA DA ECONOMIA SOLIDÁRIA E AGRICULTURA FAMILIAR ACONTECE AS TERÇAS E SEXTAS NA UNEB EM JUAZEIRO

Durante as terças e sextas-feiras acontecerá mais uma edição da Feira da Agricultura Familiar e Economia Solidária no Campus da UNEB em Juazeiro.  A iniciativa é uma parceria entre Centro Público de Economia Solidária - CESOL Sertão do São Francisco e os dois Departamentos da Universidade do Estado da Bahia – Campus III, em Juazeiro, Bahia.

A feira ocorre no período da manhã, de 8h às 12h, ao lado da Biblioteca no DTCS, e das 15h30 às 19h30 no DCH III, em frente ao Laboratório de Informática. Departamentos de Ciências Humanas (DCH III) e o de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS) da UNEB.

A Feira possibilita a exposição e comercialização dos produtos orgânicos, artesanais e da agricultura familiar e economia solidária, como hortaliças orgânicas, ovos de galinha caipira, doces, geleias, sequilhos, além de artigos artesanais produzidos em todo território Sertão do São Francisco.

QUANDO: Terça-feira  e Sexta-feira – 8h às 12h – DTCS III (Ao lado da Biblioteca)
DAS 15h30 às 19h30 – DCH III (Próximo ao laboratório de Informática)
UNEB – JUAZEIRO – BAHIA
PRODUTOS: Hortaliças orgânicas, ovos de galinha caipira, doces, geleias, sequilhos, e muito mais. 

Fonte: Cesol/SFF

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CICLISTAS E CUBAPE COBRAM AÇÕES DO DNIT PARA GARANTIR SEGURANÇA NA AVENIDA 7 DE SETEMBRO

O presidente da Central Única de Bairros de Petrolina (Cubape), Pedro Caldas,esteve reunido com o engenheiro de Transportes do Dnit (Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes)e representante dos Ciclistas do Vale do São Francisco com o objetivo de discutir medidas que possibilitem garantir segurança na Avenida 7 de Setembro.

"Estive reunido no DNIT PETROLINA com o engenheiro de transportes Anderson Nunes e os representantes dos Ciclistas de Petrolina Eduardo e Luciano em busca de segurança no trânsito da Avenida Sete de Setembro", disse Pedro Caldas.

Segundo o comunitário, Avenida Sete de Setembro tem provocado problemas a pedestres e ciclistas por falta de ciclovias e acostamento. Duplicada em outubro de 2018, a avenida é motivo de constantes reclamações pela insegurança no tráfego de pessoaas.

Em abril, o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) havia informado que o projeto dos viadutos estava em análise na diretoria de planejamento e pesquisa do departamento e que não havia prazo para o início das obras. Sobre as ciclovias, o Dnit informou que estava realizando um estudo para verificar a viabilidade, levando em conta aspectos técnicos e de segurança, mas o departamento também não deu um prazo para conclusão do estudo.
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Mega-Sena sorteia nesta terça-feira prêmio de R$ 6 milhões

A Mega-Sena sorteia hoje (9) o prêmio de R$ 6 milhões. O concurso 2.167 é o primeiro da Mega-Semana de Férias, que terá mais dois sorteios nesta semana: na quinta-feira (11) e no sábado (13).  

O sorteio desta terça-feira será realizado a partir das 20h (horário de Brasília), no Espaço Loterias Caixa, localizado no Terminal Rodoviário do Tietê, na cidade de São Paulo, e aberto ao público.

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Maciel Melo define João Gilberto: o homem que sussurrava musicas

Um barreiro mais de meio, um sol quase se escondendo, e eu voltando pra casa. São quatro e meia da tarde, o céu parece uma paleta de cores, uma nuvem se refaz sob um azul quase lilás. A voz, arranhada como a de um cantor de blues. 

Agora, uma pausa. Afinal, foram trinta dias de poeira, estrada e muito forró. Eita, vida de gado. Mas a poeira faz parte da estrada, a estrada faz parte da vida, e a vida é amiga da arte. Ligo o rádio, mudo de estação: morreu João Gilberto.
— Quem é João Gilberto? – pergunta o motorista dessa penúltima turnê, a qual batizei de “Turnê Nordestina” (Espero que todas sejam, daqui pra frente, sempre as penúltimas. Pelo menos por mais uns trinta anos). 

Ah! Deixa eu responder ao motorista:
— João Gilberto, meu caro cidadão, foi o mais brilhante violonista de samba da música brasileira.
Não quis falar de bossa nova, falar de samba era mais compreensível. Afinal, o samba foi a base da música de João Gilberto.

O que mais me intrigou nessa notícia foi o fato de que um dia antes estávamos eu, Inês – jornalista a serviço e escreve para o jornal (O Globo), Mauriçola, compositor baiano, e Eraldo Rodrigues, parceiro das antigas, perto de Juazeiro da Bahia, cidade onde João Gilberto nasceu. 

Era em uma ilha do rio São Francisco, e nossa conversa tinha como tema justamente a figura, a música e a rebeldia desse que foi, é e sempre será lembrado, em qualquer parte do mundo, como o homem que sussurrava músicas para não acordar o sono da beleza da poesia de Vinicius de Moraes, Noel Rosa, Zé Keti (José Flores de Jesus), e outros vates que se fizeram vida no misterioso céu da canção brasileira.

Faço alguns minutos de silêncio, e mesmo sendo eu um forrozeiro lacrado, João é um dos poucos que conseguiram furar o zinco que forra a minha redoma musical e entrou em meu universo, capitaneado por Luiz Gonzaga. 

Volto pra casa triste, mas feliz por saber que ainda resta um resto de acordes dissonantes em meu forró. Começo assoviar uma canção de João, enquanto cascavilho o celular atrás de coisas joãogilbertianas, e me deparo com um comentário de Manoel Bione: 
— “É bem capaz de ele não ir ao próprio velório”, por causa do barulho do choro dos seus fãs”.

O silêncio, para João Gilberto, era fundamental.

Viva João, viva a música brasileira!
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