Brumadinho: Expedição avalia que impacto do crime ambiental não atingiu o Rio São Francisco

Entre os dias 9 e 16 de maio de 2019, foi realizada uma expedição de campo para avaliar a extensão da área, ao longo dos Rios Paraopeba e São Francisco, por onde se espalharam os rejeitos da Barragem 1 da Mina Córrego do Feijão.

A estrutura, de propriedade da mineradora Vale S.A., em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, se rompeu em 25 de janeiro deste ano.

Coordenada pela Polícia Federal, a expedição contou com a participação da Universidade de Brasília (UnB), Agência Nacional de Águas (ANA), Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Serviço Geológico Brasileiro (CPRM) e Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), além do apoio do Ministério Público do Estado de Minas Gerais, Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), Empresa Mineira de Pesquisa Agropecuária (Epamig), Prefeitura Municipal de Felixlância e empresas de consultoria ambiental.

Nos oito dias de trabalho de campo foram empregadas três aeronaves, seis embarcações, 11 veículos terrestres e mais de 30 profissionais, entre pesquisadores, peritos criminais, analistas ambientais e técnicos de órgãos públicos e empresas.

Mais de 4 mil dados e amostras foram coletados ao longo de aproximadamente 250 km de rios e lagos, desde Brumadinho até os reservatórios de Retiro Baixo e Três Marias. Tal conjunto de dados envolve imagens de satélite, medições radiométricas e hidrológicas, amostras de água e sedimentos de fundo dos corpos hídricos.

Os resultados obtidos até o momento permitem afirmar com segurança técnica que não há, até a presente data, evidências de que os rejeitos minerários oriundos do rompimento da barragem B1 tenham ultrapassado os limites do reservatório de Retiro Baixo e atingido o lago de Três Marias e o Rio São Francisco.

Fonte: Igam Foto: Polícia Federal

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Campanha busca aumentar em 15% doações de leite materno

Uma campanha lançada pelo Ministério da Saúde, busca ampliar em 15% as doações de leite materno no país. Com o slogan “Doe leite materno, alimente a vida”, a campanha envolve anúncios em veículos de imprensa neste mês de maio, para sensibilizar gestantes e lactantes para a importância da doação.

O leite doado é estocado em uma rede de bancos de leite, e é usado principalmente para alimentar crianças que nascem prematuras ou com baixo peso e que não podem ser amamentados pelas próprias mães.

Segundo o Ministério da Saúde, qualquer quantidade de leite pode ajudar esses bebês. Um mililitro, por exemplo, pode ser suficiente para uma refeição, dependendo do peso da criança.

A quantidade de leite coletado por esses bancos, no entanto, supre apenas 55% da demanda real. A campanha busca conscientizar as mães a doarem não apenas em períodos de campanha, mas o ano todo.

“A gente tem uma correlação direta entre aleitamento materno e redução de mortalidade infantil. No caso dos prematuros, isso ainda é mais dramático. Nós temos muitas mães que, pela prematuridade, estão na UTI e há uma ruptura desse vínculo [entre mãe e filho]. Esse bebê tem, como arma principal de prevenção, o leite materno”, disse o ministro da Saúde, Henrique Mandetta.

Segundo ele, o Brasil é uma referência mundial na manipulação de leite materno, com uma série de países que adotam tecnologia brasileira de coleta, pasteurização e entrega do alimento.

A atriz Maria Paula, embaixadora da campanha, resolveu doar leite há dez anos, quando seu filho, Felipe, nasceu. Até hoje mantém vínculo com a menina que recebeu suas doações, e que ela carinhosamente chama de Juju.

“Com isso, a gente salva vidas. O amor é a maior forma de transformar esse país e esse mundo que a gente vive. Quando você doa leite humano, você está doando amor. A Juju é irmã de leite do meu filho. Ela recebeu o leite quando eu estava amamentando meu filho”, disse a atriz.

Segundo o coordenador da Rede Global de Bancos de Leite Humano da Fundação Oswaldo Cruz, João Aprígio de Almeida, além de conscientizar a população é preciso criar uma rede de suporte para as mulheres que queiram doar.

“É pedir demais uma mãe que está amamentando, com um filho pequeno, que ela se desloque [até um ponto de captação de leite]. É preciso criar estruturas sociais de amparo a essa mulher para poder viabilizar essa doação. Precisamos de investimento para fazer com que nosso sistema de coleta domiciliar seja ampliado”, disse João Aprígio.
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Aos 56 anos, rádio Emissora Rural AM ‘morre’ e a sintonia agora é FM

Nesta sexta-feira (17) foi anunciada a "morte da Rádio Emissora Rural a Voz do São Francisco, em Amplitude Modulada. Fundada no dia 28 de outubro de 1962, a Rádio agora passa a transmitir na Fm (Frequencia Modulada). 

A Rádio Rural FM  terá o privilégio de nascer com 56 anos de História.

A Emissora Rural Am, considerada Voz do São Francisco era a rádio mais antiga da região. O sinal da emissora na época mais áurea chegou a todos os municípios do sertão e até no exterior. 

Na frequencia AM foi considerada um dos marcos do Movimento Eclesial de Base contribuindo com a educação e diretrizes de alfabetização. Este foi um dos mais fortes vínculos educativos prestados através do Rádio.

Em nota a diretoria da Rádio Rural FM, disse que "há 56 anos o meio de comunicação anuncia Jesus Cristo a tantos espalhados pelo sertão de Pernambuco, Bahia e Piauí, alcançados pelas ondas da rádio. Agora é chegado o tempo de construir algo novo e a história vai continuar a ser escrita, agora pelas ondas da Frequencia Modulada, que chega para aprimorar o trabalho de evangelização, jornalismo e música de qualidade para os ouvintes."

O técnico em Eletrônica, Edesio Nascimento, morador do Distrito de Izacolândia, distante cerca 50 km de Petrolina, declarou a reportagem deste Blog que "em Fm a emissora rural ainda não ta pegando bem na localidade". 

'A Emissora Rural AM é um patrimônio de todos os pernambucanos e infelizmente estão tirando do ar dizendo que a FM vai ter o mesmo alcance. Sou tecnico eletronico acho muito dificil porque o alcance AM vai muito alem e eles com uma antena de 21 metros e 15 khz não tem como chegar nem na metade do que era a AM."

O pesquisador Iranildo Moura, aficcionado por rádio, acompanhou a implantação da AM. "O radinho na tomada e o volume no máximo garantiram a trilha sonora enquanto trabalhava. Esse negócio de escutar no celular com fone [de ouvido] é ruim para trabalhar. Não sei se vou me acostumar”, completa. 

De acordo com Iranildo o mais doloroso é saber que a Rádio Am não será mais transmitido, ouvido na distancia de 60 quilômetros até na área rural.

A ideia dos empresários, com o aval do Governo Federal, é dar maior qualidade de som e mais conectividade com celulares e carros. E, com isso, ter melhor retorno de publicidade. 

O efeito colateral é que a mudança ondulatória da amplitude modulada (AM) para a frequência modulada (FM) vai diminuir drasticamente o alcance, abandonando justamente o público mais dependente desse modelo: as populações das pequenas cidades, campo, sertões e florestas. Ou seja, mais convergência e menos abrangência.

“A AM entra pelos lugares mais longes e vai até as comunidades ribeirinhas. Nas casas de farinha, o som é do radinho. Ele fortalece nossa identidade e traz conhecimento, afirma a radialista e pesquisadora Rejane Soares.

“Nas rádios Ams ainda tem o tradicional programa de recados. Pessoas avisando que vão chegar de viagem, quem morreu, quem nasceu. O rádio é essencial ali, e a mudança para a FM vai prejudicar essa população”, conta Daniela Ota, professora da UFMS (Universidade Federal do Mato Grosso do Sul) que estudou as rádios da fronteira brasileira com Paraguai e Bolivia.

Ao sintonizar o AM, fica claro a onda que emerge e submerge na atmosfera ao mais leve toque. Ao mexer no volume, o alto-falante crepita. Tudo isso parece um eco do passado, mas ainda há uma força residual entre a população das classes C, D, E e nas faixas etárias acima dos 50 anos.

O sinal AM costuma percorrer, em média, o dobro ou o triplo do alcance que o FM tem - à noite é ainda maior a diferença, por conta das ondas médias baterem na ionosfera (camada que está a partir de 60 quilômetros de altitude) e voltarem para o chão.

Os efeitos da migração nas emissoras e audiências ainda não foram totalmente sentidos. Mas um grupo de 110 pesquisadores, capitaneados pelas professoras Nair Prata e Nélia , estão pesquisando as mudanças em todos os Estados e vão publicar em livro o levantamento. 

O rádio AM é aquele senhor centenário que muita gente já julgava morto. Ele próprio sabe que seus dias estão no fim e se vê como um fóssil vivo ou uma peça de museu. 

Seus espectros de onda, porém, ainda cruzam os ares, lembrando que há muitas coisas que existem e não se vê. Não por nada, ainda tem muita gente que coloca um copo de água em cima do rádio para ser abençoada pelas dezenas de padres ou pastores radiofônicos.

O ano de 2023 foi o prazo máximo estipulado pelo Governo Federal para o fim da TV analógica no Brasil, como condição para a existência da faixa estendida de FM. 

Como 97% das emissoras do país já solicitou a migração, a tendência é que a faixa AM entre no ostracismo, o que já vem acontecendo em grande parte dos estados.
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Festival Sertanejo da Sanfona de Salgueiro' começa nesta quinta-feira (16)

Será realizado nesta quinta-feira (16), o 2º Festival Sertanejo da Sanfona de Salgueiro, no Sertão de Pernambuco. Esta é a primeira etapa do evento, e começa a partir das 19h, na Casa do Sanfoneiro, localizada no Pátio de Eventos da Estação Ferroviária. A entrada é gratuita.

Participarão da competição, 20 sanfoneiros, entre adultos e crianças. Após o concurso, haverá shows do ganhador da primeira edição do festival, Zeca do Acordeon e de Danilo Pernambucano.

O vencedor desta edição fará a abertura das festas juninas que começam no dia 23 de junho em Salgueiro. Confira a programação das etapas do festival abaixo:
Programação
16/05 - Etapa Salgueiro
24/05 - Etapa Umãs
31/05 - Etapa Pau Ferro
07/06 - Etapa Conceição das Crioulas
14/06 - Etapa Campinhos
23/06 - Final em Salgueiro
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Falta de mobilidade urbana atormenta moradores de Juazeiro e Petrolina

A política de mobilidade urbana é uma preocupação que vem ganhando importância nos últimos anos por diversos motivos. Manter o desenvolvimento das cidades com menos prejuízos ao meio ambiente é desafio mundo afora. Juazeiro e Petrolina não fogem das regras de um olhar atento para mudanças que devem ocorrer.

A reportagem deste Blog ano passado com relação a mobilidade nas calçadas moradores de Juazeiro e Petrolina, pessoas com deficiências físicas e motoras publicou  reclamação da falta de acessibilidade nas calçadas. Uma das situações mais dificeis para cadeirantes, por exemplo, é o tráfego em calçadas em péssimas situações e com obstáculos. 

A bancária, Ana Lúcia, questiona o direito tolhido de ir e vir, pois enfrenta o desafio de ir a Caixa Econômica Federal e ao Posto do INSS, no centro de Petrolina.

Esta semana o Blog flagrou mais um descaso: nas proximidades do Posto de Saúde do Bairro São Geraldo, segundo moradores, "um obstáculo constrange idosos, crianças, adolescentes que precisam usar a calçada".

Fotos mostram que é praticamente impossível ir e vir através da calçada.

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Programas de cortes em estatais preveem desligamento de mais de 25 mil funcionários

Em meio à orientação do governo federal de reduzir custos e gerar resultados, as estatais deverão enxugar ainda mais o quadro de funcionários em 2019. Levantamento feito pelo G1, a partir de informações do Ministério da Economia e das próprias empresas, aponta que o número de desligamentos no ano poderá passar de 25 mil.

Segundo Fernando Soares, secretário de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (Sest) do Ministério da Economia, já foram aprovados pelo governo este ano 7 programas de demissão voluntária (PDVs) ou de aposentadoria incentivada de empresas distintas.

A estimativa do governo é de um total de 21,5 mil desligamentos ao longo do ano somente com esses sete programas, o que poderá gerar uma economia com folha de pagamento da ordem de R$ 2,3 bilhões por ano.

O número não inclui o PDV anunciado em abril pela Petrobras, que pela lei não precisa de aval do governo para lançar programas de desligamento. Considerando também a expectativa de 4,3 mil demissões na petroleira, o total de desligamentos previstos no ano em estatais chega a 25,8 mil.

"Além desses, já temos outros 4 em discussão", disse o secretário Soares em entrevista ao G1.

A lista das estatais envolvidas, entretanto, ainda não foi tornada pública. Segundo o secretário, a abertura de PDVs ou programas de aposentadoria incentivada é uma "decisão estratégica de cada empresa" e não cabe ao governo "queimar a largada".

"A secretaria aprova os parâmetros. Cabe à diretoria das empresas, em conjunto com a área de recursos humanos, conversar com os funcionários e fazer um trabalho de divulgação", disse.

"O que posso dizer é que estamos reforçando a estratégia e tem uma orientação clara do governo no sentido de economicidade e melhor resultados... estamos reduzindo os quadros".

Entre as estatais que já anunciaram PDVs ou programas de aposentadoria incentivada estão Correios, Petrobras, Infraero, Serpro e Embrapa. Os planos são voltados principalmente a trabalhadores mais velhos, próximos da idade de se aposentar ou que já estejam aposentados pelo INSS.

Fonte: G1 
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Docentes e estudantes realizam Mostra de Conhecimentos da UNEB

Professores e estudantes da Universidade do Estado da Bahia, campus III, realizam Mostra de Conhecimentos da produção acadêmica e científica desenvolvida no Departamento de Ciências Humanas e Departamento de Tecnologia e Ciências Sociais (DTCS). 

O evento acontece nesta sexta-feira, 17/05, no Paço Municipal, Juazeiro-BA, das 9h até 17h.

Em greve há mais de 30 dias, os professores irão mostrar a sociedade de Juazeiro e região uma amostra dos mais de 80 projetos e ações educacionais desenvolvidas nos dois departamentos. Atualmente, são mais de 100 bolsistas de Iniciação Científica e Extensionistas que realizam pesquisas que abrangem processos de inovação e tecnologia no campo, no Direito bem como na área educacional. 

O DTCS é referência na pesquisa da área de Engenharia Agronômica, concentrando a maior parte da produção científica da UNEB.

Também desenvolve projetos no campo da assistência jurídica e políticas públicas. Nos cursos de Pedagogia e Jornalismo são realizados projetos de inovação em práticas pedagógicas e pesquisas na área do audiovisual, produção radiofônica, políticas de desenvolvimentos no semiárido, memória e cultura.

A mostra é uma oportunidade de apresentar à sociedade a importância e a relevância científica dos projetos da universidade e do impacto na redução de investimentos pelo Governo do Estado, que podem interromper alguns desses projetos. Recentemente, o Governo do Estado alterou o Estatuto do Magistério Superior no que se refere à carga horária de professores de Dedicação em Regime de Dedicação Exclusiva (DE) exigindo que os docentes se dediquem 12horas em sala de aula, o que pode prejudicar a produção científica e extensionista.

Por se tratar de várias produções e projetos específicos, a Mostra de Conhecimentos no Paço Municipal desta sexta (17/05), é apenas um resumo de algumas das produções científicas e acadêmicas do Campus III, de Juazeiro. Dessa forma, os docentes e alunos convidam a população para conhecer alguns desses projetos que colaboram com o desenvolvimento não apenas da cidade de Juazeiro-BA, mas de todo região.

Fonte: Uneb
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