NO PIAUÍ, APLICATIVO PARA CELULAR AJUDA COMBATER AGRESSÕES CONTRA MULHERES

Andréia e Layane: as duas não moram na mesma cidade, nunca se viram pessoalmente e, até o Natal de 2017, nenhuma sabia da existência da outra. Até que Andréia, que é advogada, recebeu um pedido de socorro da Layane.

“Uma pessoa que eu não conhecia me procurou. Na verdade encontrou o meu nome pela internet e lá tinha meus dados e telefone, e ela, através de um outro aplicativo de conversa, fez um relato onde estava sendo mantida em cárcere privado”, conta a advogada Andréia Galvão.

Na mesmo hora Andréia baixou, no celular, um aplicativo que recebe denúncias de mulheres vítimas de agressão e relatou o que estava acontecendo. Em menos de uma hora e meia, a polícia resgatou Layane e prendeu o marido dela em flagrante.

“Eu nunca me imaginei naquela situação ali, e ver minha filha presenciar era o que mais doía em mim. Eu acho que doía mais do que as pancadas mesmo que eu tinha levado”, diz a dona de casa Layana Araújo.

No Piauí, desde que a Lei do Feminicídio foi criada, em 2015, mais de cem mulheres foram assassinadas. Foi para tentar evitar crimes como estes que o aplicativo Salve Maria, que advogada Andréia usou, foi criado pela Secretaria de Segurança Pública do Piauí.

O mesmo aplicativo também conta com uma outra ferramenta: é um botão do pânico. Serve para situação de emergência quando mulheres que já foram agredidas recebem ameaças ou quando a vítima sofre uma agressão naquele momento.

Quando o botão é acionado ele toca nas centrais da Polícia Militar do Piauí, e os pedidos de socorro devem ser atendidos imediatamente. As denúncias são encaminhadas para as delegacias especializadas.

“É preciso que a sociedade compreenda que em briga de marido e mulher se mete a colher. É preciso meter a colher e romper com essa cultura machista. Então, a gente vai estar salvando vidas”, afirma a coordenadora do programa Eugênia Villa.

O sistema já foi acionado em 27 cidades do Piauí, até naquelas em que a polícia não tem quase estrutura. “Mesmo sem acesso à internet no interior, o núcleo da Secretaria de Segurança liga para o delegado que é responsável por aquela área, para ele ter uma atuação imediata”, explica o delegado Renato Pinheiro.

“O aplicativo ele salva vidas, sim. Porque eu posso dizer: eu fui uma vítima que fui salva através do aplicativo”, diz Layane.
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FORRÓ PATRIMÔNIO CULTURAL DO BRASIL

O Fórum Forró de Raiz do Rio de Janeiro abraçou a cruzada depositada no IPHAN que visa conceder ao Forró o posto maior de Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil. Mesmo que o IPHAN não consiga prosseguir, por conta das investidas maliciosas e falta de verbas, independente de qualquer querer das elites, o forró é território e aura patrimoniais do Brasil. 
E todos sabemos que o Brasil não é só samba, sertanejo, axé e funk. O Brasil é verdadeiramente uma grande sala de chão batido, uma sala de reboco, com folhas de eucalipto espalhadas pelo mesmo chão e, lá no canto da parede, um trio tocando sanfona, triângulo e melê. Quem não souber o que é um melê, procure saber, forrozeiro não é.
A juventude forrozeira tem como base para seu gosto, geralmente, os acordes de Gonzaga, as sincopadas de Jackson, a genialidade de Dominguinhos e a leveza de Sivuca. De vez em quando adentram no universo dos trios e têm no Trio Nordestino a voz das vozes de Lindú; entram pelo swing de Os Três do Nordeste, com Parafuso rodopiando assustadoramente; entranham-se pelo Trio Mossoró, com a identidade mais sertaneja de João Mossoró, Hermelinda e Oséas de Paula; alguns distanciam-se um pouco mais no tempo e chegam ao Trio Nagô ou ao Trio Marayá. Mas quero trazer para os amantes da arte forrozal quatro pilares para nossa sala.
Não sei mais qual foi o ano no qual estreamos na Rádio Serrana de Araruna, ZYI 692, AM 590, aos domingos, entre 6 e 9 das manhãs paraibanas. Éramos três a escrever o Suíte Nordestina: Ney Vital Guedes, Pedro Freire e eu. Depois veio Ednaldo da Silva, o Dina. Procurávamos não ficar na mesmice e vivíamos a vasculhar as feiras do brejo em busca de discos de artistas anônimos e outros que não chegavam em nossa cidade. Os sebos de Campina Grande e João Pessoa eram vasculhados, visita a amigos da zona rural, era uma caçada épica. No repertório dos discos de vinil tocávamos não os carros chefes, mas músicas de boa qualidade escondidas nas 12 faixas tradicionais.
Nessas buscas encontramos o magnífico Azulão. A primeira canção do mestre de Caruaru que toquei no rádio foi Apanhadeira de Café, de Brito Lucena e Azulão. Uma marchinha que eu ouvia de Xuxu, um vizinho que, quando bebia, a cantava com uma emoção de doer o peito da gente. 

De Azulão a Jair Alves, cognominado O Barão do Baião, foi um pulo. Comprei o disco em Remígio e corri pra casa para ouvir. Chamou-me atenção o baião Aproveita a Maré, de Valdrido Silva e Humberto de Carvalho. Quando ouvi fiquei meio aéreo com um baião que não falava de seca, nem de amor perdido, mas do mar, das sereias e seus cantos. A eles, certa vez, juntou-se Assisão, que tempos depois viraria febre nas rádios com Eu Fiz Uma Fogueirinha. Mas Sebastião do Rojão foi quem surpreendeu-me com canções que iam entre o baião e o bolero, entre o rojão e a dor de cotovelo. Foram os quatro cavaleiros durante um bom tempo em minha radiola Aiko e nas ondas da Rádio Serrana, no Suíte Nordestina.


Esse pequeno inventário desaguou na Semana Ser Nordestino, entre 8 e 14 de outubro, cujo ápice, ontem, foi a instalação e instauração do Trem do Forró, saindo da Central do Brasil e indo até Caxias, mas tendo iniciado no dia 8, com o forrozão dos amigos no Severyna; no dia 9 com a bela homenagem a João do Vale, no Instituto Cravo Albin; no dia 11, com a mesa de debates Nordeste: Tradição e Contemporaneidade, no Museu da República; no dia 12, com a participação da trupe Pequenalegria e o Brunchinho da Carioquíssima, também no Museu da República; no dia 13, com o Cortejo Poético pelas ruas do Catete e pelo recital do grupo Os Goliardos e o show de Mará, também no Museu da República. Estamos atentos e vamos fundar o Observatório Nordestínico!

Fonte: Aderaldo Luciano professor doutor em Ciencia da Literatura
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TSE E TRES ESCLARECEM FAKE NEWS EM SITE DA JUSTIÇA SOCIAL

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE), em parceria com os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) de todo o país, lançou uma página no seu site com esclarecimentos sobre as notícias falsas (fake news) quem vem sendo compartilhadas em razão das Eleições 2018. É possível acessar as informações através de banner localizado na parte superior do site do TRE-PE.


Entre os esclarecimentos na página estão a urna autocompletando o voto, boletim de urna falso, anulação de votos pela Justiça Eleitoral, entre outros boatos espalhados, em sua maioria, pelas redes sociais. Na página, além de acessar os devidos esclarecimentos, também é possível clicar em links de matérias e respostas oficiais dadas pela Justiça Eleitoral.

O Tribunal Regional Eleitoral de Pernambuco repudia qualquer tipo de notícias falsas e recomenda aos eleitores que esclareçam o conteúdo dos seus compartilhamentos verificando a fonte das informações. O TRE-PE está disponível para sanar dúvidas dos eleitores através do Disque Eleitor (3194-9400). 



Fonte: TRE-PE


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NETO TINTAS, EXU, FORRÓ ALUMIADO NO ARARIPE DE MALA E CUIA

Desafinados cantávamos na tua passagem pela Terra. Vida segue e continuamos a Cantar para Viver a Arte de ser Feliz. Cantar para afirmar que Luiz Gonzaga vive!

E na curva da estrada eu escutava sempre o homem/criança dizer assim: Poeta Amigo Jornalista Vitalino estamos chegando em Exu. Aumenta o som: "Meu Araripe meu relicário. Eu vim aqui rever meu pé de serra Beijar a minha terra Festejar seu centenário/. Sejam bem vindos os filhos de Januário/Pro Araripe festejar...Meu Araripe. Meu relicário...

Há 1 ano (15 de outubro de 2017) na madrugada, "Eu vi a Morte, a moça Caetana...vi asas deslumbrantes que, rufiando nas pedras do Sertão, pairavam sobre urtigas causticantes, caules de prata, espinhos estrelados e os cachos do meu sangue iluminado". 

Eu vi, juro que vi a Moça Caetana levando Anésio Lino de Souza Neto, o Neto Tintas...e ele "partiu" com o sorriso e braços sempre abertos. E mudou de sintonia...

Nas asas do Pensamento uma lágrima. Petrolina, Garanhuns, Barbalha-Ceará, Juazeiro do Padim Ciço, Crato Serrita-Missa do Vaqueiro, Feira de Caruaru, Paraíba-Campina Grande, rua Indio Cariris são cidades sonhos que choram tua saudade. 

E o Riacho do Navio, Floresta onde nós (Italo/Abilio/Icaro) parecíamos meninos a brincar de tanta felicidade ao atravessar pontes e cantar...e o nosso relicário-Fazenda Araripe centenário festeja. E a hora mágica quando na Igreja do Araripe às 18 horas rezávamos Ave Maria.

Há dores que fazem sentido, como as dores do parto: uma vida nova está nascendo. Mas há dores que não fazem sentido nenhum...Perdoe-me Pai Criador. Morrer tem seu sentido...as escrituras sagradas afirmam que sim: "Para tudo há o seu tempo. Há tempo para nascer e tempo para morrer". A morte e a vida não são contrárias. São irmãs. A "reverência pela vida" exige que sejamos sábios para permitir que a morte chegue quando a vida deseja ir. 

É assim que penso: Anésio Lino de Souza-Neto Tintas fez a Grande Viagem. Foi colorir os céus do Sertão da Eternidade e em algum lugar vai garantir mais Felicidades e sorrisos na vida dos amigos...tornar mais belo a razão de viver...e de haver estrelas...
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A 20º MOSTRA CARIRI DE CULTURAS TERÁ ABERTURA COM O GRANDE ENCONTRO EM JUAZEIRO DO CEARÁ

O presidente da Fecomércio, Maurício Filizola, confirmou que o projeto ‘O Grande Encontro’ abrirá a 20ª Mostra Sesc Cariri de Culturas. O grupo, composto pelos cantores e compositores Alceu Valença, Elba Ramalho e Geraldo Azevedo, se apresenta no dia 16 de novembro, no Largo da Basílica de Nossa Senhora das Dores, em Juazeiro do Norte, Ceará.

Além disso, Maurício Filizola disse que o encerramento, no dia 20 de novembro, deve ser abrilhantado pelo cantor e compositor mineiro, Mílton Nascimento. A contratação ainda não foi confirmada, mas isso deve acontecer em breve. “Já fizemos a interlocução. Até o final da semana é possível confirmar a presença”, garantiu o presidente.

“Em breve estaremos confirmando o local (do encerramento)”, completou Maurício.

Filizola afirmou que a Mostra Sesc é um dos eventos culturais mais importantes do Brasil e vem coroar as comemorações de 70 anos do Sistema Fecomércio. “É uma valorização da cultura local”, disse.

Com mais de 3 mil inscritos, a 20ª edição da Mostra Sesc terá mais de 350 apresentações, contemplando 28 municípios do Cariri.
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POLÍTICA NACIONAL DE AGROECOLOGIA E PRODUÇÃO ORGANICA GANHA PRÊMIO DA FAO

O Brasil foi premiado pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO) no prêmio Políticas para o Futuro (Future Policy Award) de 2018, que destaca as melhores leis e políticas de promoção da agroecologia do mundo.

A Política Nacional de Agroecologia e Produção Orgânica (PNAPO) recebeu o segundo lugar (Prêmio Prata) por ter contribuído para o desenvolvimento sustentável, possibilitando melhoria de qualidade de vida à população por meio da oferta de alimentos saudáveis e do uso sustentável dos recursos naturais.

A PNAPO é uma política estrutural desenvolvida com intenso envolvimento da sociedade civil. Em seu primeiro ciclo de atividades contou com investimentos de 364 milhões de euros. Entre outras conquistas, ajudou 5,3 mil municípios a investir 30% ou mais de seus orçamentos para alimentação escolar em produtos orgânicos e agroecológicos adquiridos de agricultores.

“Com um modelo de gestão participativo, a PNAPO utiliza mecanismos inovadores que incentivam e promovem uma produção de alimentos segura e saudável para todos. Contribui para a biodiversidade e para a conservação dos recursos naturais de maneira geral”, destacou a secretária de Extrativismo e Desenvolvimento Rural Sustentável do Ministério do Meio Ambiente, Juliana Simões.
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FEDERAÇÃO NACIONAL DOS JORNALISTAS DEFENDE DEMOCRACIA

A Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) publicou uma nota sobre a eleição presidencial em defesa da democracia e contra o fascismo emergente. Segundo o texto, a disputa "não se dá entre dois projetos democráticos, mas entre uma candidatura que respeita a institucionalidade e o jogo democrático e outra que representa uma regressão política e até mesmo civilizatória". A crítica se dirige a declarações do candidato à Presidência da República, Jair Bolsonaro (PSL), sobre grupos como mulheres, negros, LGBTIs, entre outros grupos. 

"Além de um dever cívico, é também uma obrigação ética dos jornalistas posicionarem-se contra um candidato a presidente da República que faz apologia da violência, não reconhece a história do país, elogia torturadores, derrama ódio sobre negros, mulheres, LGBTIs, índios e pobres e ainda promete combater o ativismo da sociedade civil organizada. Esse candidato é Jair Bolsonaro, do PSL." 
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