Lula: conheço e já andei muito mais Minas Gerais que o senador Aécio



O ex-presidente Lula escolheu Minas Gerais, reduto eleitoral e principal vitrine do presidenciável Aécio Neves (PSDB), para sua primeira participação em um palanque eleitoral deste ano. Durante a comemoração de aniversário do PT, o líder participou de um ato político de grandes dimensões que marcou o lançamento da pré-candidatura a governador do ex-ministro Fernando Pimentel.

Em longo discurso, Lula fez um balanço de 11 anos do partido no Palácio do Planalto. Logo no início, ele alfinetou o senador Aécio Neves insinuando que conhece mais o estado mineiro do que o tucano.
"Minas é um estado que quero dedicar meu tempo. Acho que muitos mineiros que são políticos não andaram por aqui tanto quanto eu. Sem nenhum demérito, o ex-governador (Aécio) não viajou em Minas o tanto que viajei".

Fonte: Jornal de Minas
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População de Garanhuns escolhe até o dia 19 local em que será colocada a estátua de Dominguinhos

Garanhuns recebe duas urnas de votação da Rede Globo Nordeste para a escolha do local em que será colocada a estátua de José Domingos de Moraes, o Dominguinhos. As máquinas permanecem na cidade até o dia 19 deste mês.


Durante os oitos dias de votação, uma das urnas estará fixa recebendo os garanhuenses no prédio da Prefeitura. A outra, terá uma função itinerante, seguindo um roteiro programado: amanhã na Autarquia do Ensino Superior de Garanhuns (Aesga), localizada na avenida Caruaru, bairro Heliópolis; na sexta-feira (14) e sábado (15) os moradores devem se deslocar para o Espaço Colunata, na avenida Santo Antônio, centro; já no domingo (16), o ponto de votação passa a ser o Relógio das Flores, ponto turístico situado na avenida Rui Barbosa e nos últimos três dias (17, 18 e 19), a urna ficará no Parque Euclides Dourado.


A população tem três opções para decidir a colocação da homenagem, sendo eles: a Praça Cultural Mestre Dominguinhos, a avenida Rui Barbosa – sendo em frente ao Hotel Tavares Correia – e a entrada de Garanhuns – trecho da BR 423. A estátua foi esculpida pelo mestre artesão José Veríssimo. Sua inauguração é prevista ainda para este ano, durante a realização do Festival Viva Dominguinhos, 25, 26 e 27 de abril – evento que passará, este ano, a integrar o calendário de eventos do município.
Fonte-Assessoria Comunicacão Garanhuns PE
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Horário de Verão termina meia noite do sábado para o domingo

A partir da meia-noite do sábado para o domingo, termina o horário brasileiro de verão. Com isso, os ponteiros dos relógios deverão ser atrasados em uma hora no Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país. Na temporada 2013/2014, a medida foi implementada apenas em dez Estados brasileiros. O Norte e o Nordeste não sofreram alterações.

Os bancos, que passaram a atender o público das 9h às 15h para realizar as operações financeiras em horários impostos pelo Banco Central, em Brasília, voltarão a funcionar normalmente das 10h às 16h. Os horários de viagens feitas com ônibus e aviões para localidades onde o horário de verão foi adotado também voltarão ao normal.

Ainda haverá mudanças na programação da TV. As modificações irão alterar a apresentação dos programas locais veiculados no horário noturno, das segundas-feiras aos sábados, e aos domingos. Com isso, as produções voltarão ao horário normal da grade de programação.

O JPB 2ª Edição, que vai ao ar de segunda a sábado, voltará a ser exibido depois da novela 'Joia Rara' e antes da novela 'Sangue Bom'. Consequentemente, o Jornal Nacional também voltará a ser exibido em seu horário usual: às 20h30.

O horário de verão, que começou no dia 20 de outubro de 2013, teve como finalidade aproveitar a luz solar e reduzir o consumo de energia elétrica. Ela é adotada todos os anos entre outubro e fevereiro por conta do aumento da demanda de energia no período causado pelo calor e pelo crescimento da produção industrial.

No Brasil, a medida é adotada desde 1931 e é regida através do Decreto Nº 20.466. Ela vigorou este ano no Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Goiás, além do Distrito Federal.
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Senador Humberto Costa e Julio Lossio vão prestigiar posse do novo Superintendente da Codevasf

O senador Humberto Costa participa, nesta segunda-feira (17), da posse do novo superintende da Codevasf, João Bosco, em Petrolina. O evento acontece às 10h, no Senai, no Centro da cidade.

Antes da agenda na Codevasf, o senador tem encontro, às 8h, com o prefeito de Petrolina, Júlio Lóssio (PMDB), na sede da Prefeitura. Na ocasião, ambos devem discutir novos investimentos para o município.

“Petrolina é uma cidade que tenho muito apreço e uma identificação história. A Codevasf é importante para toda a região e tenho certeza que João Bosco, que é uma pessoa que conhece muito bem as necessidades locais, irá contribuir bastante”, afirmou o senador.
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Resenha do CD Luar Agreste no Céu do Cariri, Xico Bizerra e Dominguinhos

Texto-*Resenha do crítico musical Mauro Ferreira, em seu Blog, sobre o nosso LUAR AGRESTE NO CÉU CARIRI. http://www.blognotasmusicais.com.br/
Segunda-feira, 10 de julho 2010

Esse adeus chuvoso por sobre a minha cabeça / É a falta de prumo bem na beira do barranco / É sonhar em preto e branco / Com a dona da minha tristeza”. Cantados pelo compositor pernambucano Dominguinhos, os líricos versos postos pelo cearense Xico Bizerra na melodia do xote Senhora da minha alegria adquirem sentido que extrapola o romantismo neste ano de 2013.

Senhora da minha alegria abre o CD Luar agreste no céu cariri, recém-lançado pelo selo Passa Disco, da homônima loja do Recife (PE). Com dez melodias inéditas de Dominguinhos, letradas por Bizerra a pedido do sanfoneiro e gravadas por intérpretes como Elba Ramalho, o disco mostra que a obra autoral do compositor extrapola o universo do forró. Embora xotes e baiões sejam recorrentes no repertório, Luar agreste no céu cariri apresenta choros, bolero e até fado, Tempo de nós dois. Se não tem uma valsa, Eternamente nós, foi porque Dominguinhos pediu a Bizerra para retirá-la do disco porque a composição seria gravada por sua ex-mulher Guadalupe. Legítimo herdeiro do legado musical de Luiz Gonzaga (1912 – 1989), José Domingos de Morais celebra seu mestre em Lua Brasil, faixa que encerra Luar agreste no céu cariri.

A única música do disco assinada somente por Xico Bizerra ganhou a voz e a sanfona de Dominguinhos. “Caiçara, quem dera, fizesse o tempo voltar / E de novo esse canto a gente pudesse escutar / Saudade tua, eterno Lua”, canta Dominguinhos, cheio de melancolia. Curiosamente, boa parte das músicas versa sobre amor e saudade no tom lírico e poético das letras de Bizerra. Caso do já citado fado Tempo de nós dois. “E a cada nota desse meu cantar / O céu brindará u’a oração / Virão as estrelas com seu cantar / Apagar a escuridão”, canta André Rio, o intérprete da faixa. No bonito choro Estrelas que se encantam, Elba Ramalho lembra que as sanfonas também choram em versos como “Saudade boa daquele que foi / Certeza que um dia ele vem”. Décimo título do projeto Forroboxote, o CD Luar agreste no céu cariri nasceu de telefonema dado ao músico a Xico Bizerra em fevereiro de 2011.

Dominguinhos pediu uma letra para tema forrozeiro que havia composto. Os compositores marcaram então de se encontrar e, ao invés de uma melodia, Bizerra ganhou onze e ainda decidiu letrar nostálgico choro antigo, No tempo do meu pai, gravado por Dominguinhos no álbum Lamento caboclo (Tropicana / CBS, 1973). Das onze melodias, dez estão no disco, cujas gravações foram concluídas em novembro de 2012 (a exceção é a valsa retirada a pedido de Dominguinhos). Mil sorrisos é bolero solar gravado por Guadalupe. A canção Casa da lua menina abriga poesia onírica na voz delicada da cantora paraibana Socorro Lira. Até onde a alma alcança remói a saudade que move muitos versos do álbum: “Que fazer se a vida não sorrir / Se o sol não sair, vier a escuridão”, pergunta, sem obter resposta, a cantora Maria DaPaz em versos do xote.

O tom é similar na canção Pássaros de papel. “Lembre sempre que eu não esqueço você / No hoje, no amanhã, no ontem que não vem / Não enxergo ninguém nessa espera que é tão vã”, lamenta a baiana (radicada no Recife) Chris Nolasco, intérprete da faixa. Certo de que não há ninguém apto a ocupar o lugar de Seu Domingos, o Brasil espera a recuperação deste iluminado criador de melodias, dom ratificado neste lírico Luar agreste no céu cariri, disco que irradia luz sobre obra já imortal.
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Prefeito de Garanhuns participa neste sábado 15, do Programa Nas Asas da Asa Branca

O Festival Viva Dominguinhos vai ocorrer nos dias 25, 26 e 27 de abril em Garanhuns, no Agreste pernambucano. O prefeito Izaias Regis participa neste sábado, 15, do Programa Nas Asas da Asa Branca, 7hs,www.radiocidadeam870.com.br  e revela detalhes do evento. o Festival Viva Dominguinhos será realizado anualmente na Praça Mestre Dominguinhos (antiga Guadalajara). O prefeito revela que a programação vai constar de seminário, lançamentos livro, shows.
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Dominguinhos é um príncipe nascido menino matuto-flor

José Nêumanne * - O Estado de S.Paulo

"O sertanejo é antes de tudo um forte", sapecou Euclides da Cunha em Os Sertões. Os desavisados reconhecerão na definição o protótipo do cangaceiro, do cabra macho, do matuto destemido que não leva desaforo para casa. Ledo engano. Como o próprio Euclides deixou claro, essa força não reside na coragem, na valentia ou no destemor, mas repousa na improvável força interior contida no termo euclidiano Hércules-Quasímodo. O sanfoneiro, compositor e cantor Dominguinhos encarnou o lado sensível, belo e pungente dessa força, contrapondo-o à valentia da cabroeira que dormia ao relento e lutava contra as tropas da lei e da ordem. Lampião era o sertanejo-mandacaru. Dominguinhos, o matuto-flor: a flor que brota do cacto com a beleza protegida pela agressividade bélica dos espinhos.

Desde cedo ungido príncipe da música regional nordestina que o Rei Gonzaga fundou e sustentou com o rebuliço mágico dos 180 baixos de sua sanfona, o garoto de Garanhuns, Pernambuco, cruzou as veredas da vida sem trocar de patente nem de coroa: sempre foi menino, sempre foi príncipe. Consciente da majestade de seu Lua, legitimada pela dimensão universal de sua herança, a grandeza dele, caudatária da simplicidade, o tornou herdeiro perpétuo, impedindo-o de subir ao trono com o desaparecimento físico do criador do forró.

Não se confunda, contudo, essa simplicidade com complexo de inferioridade ou desconhecimento do próprio potencial que levou Gonzaga a lhe transferir sanfona, cetro, reinado e gibão. Nada disso: mantendo-se na infância, ele preservou o segredo da beleza e da variedade da obra que o fundador trouxe das brenhas para transformar no ponto de contato e de solidariedade dos deserdados da seca no bulício das metrópoles.

Em Dominguinhos comungavam a humildade dos mansos de espírito e a altivez dos gênios que reconhecem seu valor ao identificá-lo não nas glórias da fama, mas na consciência da fidelidade a sua grei, que a retribui com um amor mudo, sincero e pleno, que vai além do aplauso fácil. Este reconhecimento passou, é claro, pela unção real, mas se confirmou em todos os contatos que o artista manteve com seu público, gente com quem partilhava as mesmas origens e com quem se comunicava pela mudez de cúmplices egressos dos mesmos roçados nos quais a necessidade e a escassez tornam a solidariedade gênero de primeira necessidade. Esse povo aprendeu a linguagem das pausas longas e o reconhecimento da labuta na textura áspera da pele da palma da mão acostumada com a soleira que ofusca e a aridez do solo de pouca água.

Se o Rei do Baião fez de Asa Branca, com a letra do urbano Humberto Teixeira, o hino da diáspora nordestina pelo mundo afora, o príncipe da sanfona compôs em Lamento Sertanejo, com a letra-síntese de Gilberto Gil, negro e interiorano qual Gonzaga, a saga do retirante aculturado. "Quando o verde dos teus olhos se espalhar na plantação, / eu te asseguro, não chore não, viu, / eu voltarei, viu, pro meu sertão": Gonzaga e Teixeira cantaram o mito da volta do homem à terra, bastando que caia a chuva do céu. "Por ser de lá, / na certa por isso mesmo, / não gosto de cama mole, / não sei comer sem torresmo. / Eu quase não falo, / eu quase não sei de nada. / Sou como rês desgarrada / nessa multidão boiada caminhando a esmo" - na melodia de Dominguinhos, Gil decretou a saga de um Ulisses-Quasímodo que não retorna a Penélope, mas faz do desassossego solitário o jeito de ficar onde estiver, construindo Ítaca em si mesmo.

A Odisseia do cantor do Vale do Araripe, nos confins onde Pernambuco acaba no Ceará, foi registrada no percurso do peixe em Riacho do Navio, com letra do parceiro Zé Dantas, partindo do Atlântico na direção do paraíso idílico perdido nas margens do riacho da Brígida, contra a correnteza. Essa busca do cordão umbilical enterrado na porteira do curral avoengo se expressa na utopia do desterrado: "Pra ver o meu brejinho, / fazer umas caçada, / ver as 'pegá' de boi, / andar nas vaquejada, / dormir ao som do chocalho / e acordar com a passarada, / sem rádio e sem notícia / das terra civilizada".

A Ilíada do sanfoneiro da "Suíça nordestina" mantém o desterrado no desterro, universo transportado de Garanhuns para os guetos nordestinos nas metrópoles - o Brás em São Paulo, o Campo de São Cristóvão no Rio...

Nesses lugares, o cavalo de madeira transporta o retirante para os ambientes urbanos, tornando-o uma espécie de extraterrestre adaptado aos hábitos e à cultura da Troia que desconhecia. O retirante pede água, busca o amor e vai ficando: a obra de Dominguinhos é a consciência de que todo lugar é sertão e o sertão é aqui mesmo, reconhecido nas manchas de suor tornadas mapas da solidão que virou ritual de encontro. Como cantou em Tenho Sede, com letra de Anastácia, sua mulher e parceira de origem: "Traga-me um copo d'água, tenho sede / e essa sede pode me matar. / Minha garganta pede um pouco d'água / e os meus olhos pedem teu olhar".

* José Neumanne- Jornalista
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