Tragédia da Boate Kiss completa 1 ano

Familiares e amigos das 242 pessoas mortas no incêndio da boate Kiss e a comunidade de Santa Maria vão participar de três dias de atividades para homenagear as vítimas da maior tragédia da história do Rio Grande do Sul, entre este sábado (25) e segunda-feira.

A programação está centralizada no "Congresso Internacional Novos Caminhos - A Vida em Transformação", no Centro Universitário Franciscano. O evento, promovido pela Associação das Vítimas e Familiares da Tragédia, vai debater aspectos psicológicos e prevenção de tragédias e também terá atividades de convivência, palestras motivacionais e programação cultural.

Na segunda-feira (27), dia em que a tragédia completa um ano, haverá ato ecumênico na Universidade Federal de Santa Maria e ato público na área central da cidade.

Na abertura do Congresso, o presidente da Associação, Adherbal Ferreira, disse que a dor que as famílias sentem "é como uma espada atravessada no peito". Também afirmou, com a voz embargada, diante de 200 pessoas que ouviam em silêncio, que "ela (a dor) não avisa, vem a qualquer hora, principalmente aos domingos".

Fonte: Agência Estado

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Julio Lossio define novos empreendimentos em Petrolina


Petrolina cresce a passos largos, acompanhando a ascensão econômica do Estado e do  País. O seu desenvolvimento atrai investimentos de grandes empresas, em vários segmentos e a cidade já comemora a chegada de mais um negócio.

A implantação de uma empresa de 
call center no município foi debatida em uma reunião com a presença do prefeito Júlio Lossio, o presidente da Agência de Fomento de Pernambuco, Jenner Guimarães do Rêgo, secretários e um representante da Câmara de Vereadores municipais, além de membros do corpo de Bombeiros, Celpe, e  Liderazgo Consultoria.
Ao aportar em Petrolina, a empresa tem a perpesctiva de gerar mais de três mil postos de trabalho, se tornando o maior empregador em tecnologia da cidade. Lideranças dos governos estadual e municipal estão empenhando esforços para viabilizar a breve instalação da empresa, no intuito de endossar ações para a interiorização do desenvolvimento do Estado de Pernambuco. 
“Nós da prefeitura, junto ao governo do estado, assumimos o compromisso de trazer para Petrolina esta empresa e isso vai gerar uma quantidade expressiva de empregos, além de desenvolver ainda mais o município. Petrolina tem potencial para receber uma empresa desse porte e estamos empenhados em garantir sua instalação. O próximo passo é assinar, junto ao governador o protocolo de intenções”, esclarece o prefeito Júlio Lossio. 

O diretor da Liderazgo Consultoria, Nelsinho Santos, enfatiza que outras cidades foram cotadas para receber a empresa, mas Petrolina foi a eleita: “Por ser uma cidade polo, beneficiada pela sua posição geográfica e com nível de educação muito alto, Petrolina foi escolhida para ser mais uma de nossas sedes. A gente vem para somar com a cidade e essa reunião foi muito importante para estabelecer os próximos passos para nossa instalação aqui. Nosso foco é na juventude e naquelas pessoas que estão em busca de uma oportunidade no mercado de trabalho” argumenta. 

O s
etor de call center é um dos líderes nas ofertas de emprego no país. Estima-se que apenas no mercado nacional, o setor teve um faturamento de R$ 8,1 bilhões em 2013.
Fonte: Ascom/Thirza Santos
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Projovem Urbano inicia nesta sábado, 25, primeira formação continuada

Nesta sábado (25), será aberta em Petrolina, no Sertão pernambucano, a primeira formação continuada do Programa de Nacional de Inclusão de Jovens (Projovem Urbano). A iniciativa ocorre das 8h às 14h, no Centro de Convenções da cidade.

Segundo a coordenação do programa no município, a temática da formação visa discutir os problemas sociais enfrentados pelos jovens no espaço urbano de Petrolina, com identificação de formas saudáveis de vivência. A ação abre o calendário anual do Projovem, que terá um total de 12 encontros em 2014.
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Pintor Iranildo Moura: Quadro homenagem ao Programa Nas Asas da Asa Branca

O artista Iranildo Moura homenageia o Programa Nas Asas da Asa Branca, apresentado aos sábados, 7hs, na sinttonia www.radiocidadeam870.com.br, com o quadro acima.

O programa recebeu em 2013 da Assembleia Legislativa de Pernambuco deferência por "ser um espaço de cultura e valorização da música brasileira, especialmente a literatura tratada nas músicas de Luiz Gonzaga".

O Programa Nas Asas da Asa Branca possui título de Menção Honrosa a Cultura, outorgado em 2004,  pelo então Vereador Cesar Durando, aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores de Petrolina.
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Onaldo Queiroga: escreve sobre Heroína, uma sobrevivente da seca



*Onaldo Queiroga- Juiz e escritor (João Pessoa PB)

A história demonstra que o Nordeste brasileiro já vivenciou inúmeros períodos de seca. No Século XX, tivemos diversas estiagens que maltrataram, e muito, o sofrido povo nordestino. Pelo que consta, a primeira grande seca do Século XX foi a do ano de 1915, evento que, inclusive, baseou o romance intitulado “O Quinze”, de autoria da cearense Raquel de Queiroz, o qual foi publicado em 1930.

Mas, logo em seguida, em 1932, outra grande seca assolaria os sertões nordestino. Grande parcela da população do semiárido novamente ficou num estado de extrema pobreza, emergindo a incidência de grupos de retirantes que saíam de seus torrões por veredas empoeiradas, verdadeiros corredores da morte, pois seguiam sem destino por estreitos trajetos ressequidos e de animais mortos, vencidos pelos males da estiagem. Muitos desses grupos, quando chegavam nas cidades, suplicavam para que os moradores daquelas comunas ficassem com os filhos, justamente para criarem como se fossem seus. Era um meio desesperado de salvar a prole, que poderia morrer na sequência da caminhada. 

Esse fato aconteceu em Pombal, no ano de 1932. Um grupo de retirantes que veio do Estado do Ceará chegou à terra de Maringá com seus filhos, todos extremamente abatidos pela seca. Concentraram-se no centro da cidade. Uma espécie de líder desse grupo procurou as autoridades da época e suplicou que as famílias que tivessem condições de ficar com algumas crianças ficassem, pois, senão, elas tombariam. Diante da situação de penúria, muitas famílias pombalenses ficaram com diversas crianças. Foi o caso dos meus avós maternos, Antonio e Raimunda Rocha, que, comovidos com a situação de um casal que tinha várias crianças em alto grau de desnutrição, resolveram acolher uma menina de seus 10 a 12 anos de idade, dando-lhe água, alimentos, vestuário, e, sobretudo, carinho. 

Essa menina se chamava Heroína. Ela foi uma sobrevivente, e, ao mesmo tempo, uma heroína, conceitualmente falando, pois venceu a seca e ganhou um outro lar que sempre a considerou como uma pessoa da própria família. As lembranças dela são muitas, apesar de ter nos deixado quando tínhamos ainda pouca idade. Mãína, como costumávamos chamá-la, partiu na década de 1970. Sua despedida foi acompanhada em Pombal por muitos. O nosso amigo teatrólogo Tarcísio Pereira, inclusive, relembrou-nos esse momento em conversa recente, ocasião em que pontuou que Heroína foi uma pessoa simples, mas muito querida. Uma mãe, uma Heroína, uma presença ainda constante em nosso viver. Que Deus continue a iluminá-la.
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Iguatu, Ceará, valoriza a obra e vida de Humberto Teixeira, compositor e advogado, parceiro de Luiz Gonzaga



O Museu da Imagem e do Som Alcântara Nogueira ganhou um novo atrativo cultural, que tem por objetivo resgatar a memória e homenagear um dos filhos ilustres de Iguatu, Ceará.
O Espaço Humberto Teixeira foi implantado graças a uma parceria firmada entre a Secretaria de Cultura do Município e o Banco do Nordeste. O acervo reúne fotografias, músicas em disco de vinil e os modernos CDs, depoimento do compositor, pesquisa de matérias de jornais e objetos que relatam a vida do "Doutor do Baião", como ficou conhecido o parceiro do sanfoneiro Luiz Gonzaga.

Parte do acervo sobre a vida e a obra de Humberto Teixeira foi doada pela família, e outra parte foi adquirida do Museu Cearense da Canção, o conhecido Arquivo Nirez.
"O nosso objetivo é preservar aspectos e identidade da nossa cultura, revelando para as gerações atuais e deixando para o futuro a produção artística do compositor iguatuense", explicou o diretor do Museu, Francisco de Paula da Silva.

De acordo com a direção do local, a frequência aumentou após a instalação do Espaço Humberto Teixeira. Dezenas de estudantes passaram a visitar semanalmente a unidade.  "Não conhecia a obra do compositor", disse a estudante Neudyanne Lopes. A aluna Maria Eulália de Souza disse que gosta das músicas do chamado forró autêntico. "São bem feitas e têm letras bonitas".

A secretária de Cultura, Diana Mendonça, disse que o Município pretende ampliar o acervo e instalar um sistema de projeção para filmes e vídeos de entrevistas sobre o compositor homenageado. "Demos o primeiro passo porque não havia em Iguatu um espaço onde fosse possível pesquisar e conhecer o conjunto das composições de Humberto Teixeira", frisou.
Humberto Teixeira aprendeu as primeiras noções musicais em Iguatu, com o tio dele, Lafaiete Teixeira. A flauta em que o menino aprendeu a tocar foi doada pela família e integra o acervo permanente do Museu da Imagem e do Som.

No espaço dedicado ao músico é possível encontrar uma dezena de discos antigos de vinil com interpretações originais dos cantores da época. Das décadas de 1940 a 1950, a agulha no disco ecoa as vozes consagradas de Luiz Gonzaga, Carmélia Alves, Emilinha Borba, Dircinha Batista, Ivon Curi, além de Zé Gonzaga e o grupo Quatro Ases e um Curinga.

Todas as composições gravadas de Humberto Teixeira estão reunidas em um conjunto de CDs. O pesquisador Wilson Lima Verde ressaltou a importância da instalação do espaço para o resgate e valorização da cultura musical nordestina.

"Foi a dupla Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga que criou o ritmo baião", lembrou. "Eles abriram espaços para muitos músicos que seguiram até hoje o mesmo caminho, cantando a saudade, o amor e a dor do sertanejo", destacou.
Baião, arrasta-pé, xote e, hoje, como muitos generalizam, simplesmente forró ou forró pé-de-serra, confundindo o gênero com o ritmo musical, buscam valorizar a cultura nordestina e nasceram a partir do encontro da dupla, Humberto Teixeira e Luiz Gonzaga.
Fonte: Secretaria Cultura Iguatu-Ceará/Diário do Nordeste-Honorio Barbosa
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Morre o poeta Antonio Américo de Medeiros, um dos pioneiros em programas de Viola no rádio

*Por Aderaldo Luciano-Professor, Doutor em Ciência da Literatura
 
Lamentamos informar o falecimento do querido poeta Antonio Américo de Medeiros, na última terça-feira, dia 21. Em março de 2012 estivemos juntos em Patos, na Paraíba do Norte, ele já um pouco adoentado, mesmo assim tivemos uma longa conversa de muitas elucidações sobre o cordel no sertão paraibano. Américo era de São José do Sabugi, no Rio Grande do Norte, e escolheu a morada do sol para sua atuação artística e social. Publicou folhetos pela Tipografia Pontes em Guarabira - PB (Os dois que ele segura nessa fotografia que fiz: A Moça Que Mais Sofreu Na Paraíba Do Norte, o amarelinho, e A Fada Do Bosque Negro E A Princesa Safira, o azulzinho), também pela Editora Coqueiro, do Recife (História da Guerra de Juazeiro do Padre Cícero Romão Batista em 1914), ainda pela Editora Luzeiro de São Paulo (Lampião e sua história contada toda em cordel e A moça que mais sofreu na Paraíba do Norte). A Fundação Ernany Sátiro publicou sua coletânea Vida, Verso e Viola na qual se encontra o seu maior sucesso no cordel brasileiro História Completa da Cruz da Menina.

Foi um dos pioneiros de programas de rádio com violeiros repentistas na cidade de Patos com seu programa Violas e Repentes, ao lado de José Batista, na Rádio Espinharas, em novembro de 1960. Na década de 70 comprou um box no Mercado Público da cidade e passou a vender cordéis, iniciando sua tarefa de grande divulgador de nossa arte poética. Parou de cantar em 1988 e aposentou-se da venda de cordéis em 2005. Em 2003, Américo recebeu a Medalha Ednaldo do Egypto, da Assembleia Legislativa do Estado da Paraíba, por seus serviços prestados em prol da cultura paraibana. A notícia de sua morte nos deixa com a sensação de que aos poucos vamos perdendo os nossos paladinos para o esquecimento. Não sei se alguém noticiou nos jornais paraibanos essa perda. Tomara que sim.

Como os leitores do cordel sabem, uma das assinaturas do poeta vem dentro do seu poema, nas últimas estrofes, naquilo que se conhece como acróstico. Para relembrar e homenagear o nosso poeta transcrevemos o seu acróstico em Antonio Américo, retirado de sua primeira história escrita História Completa da Cruz da Menina:

A história verdadeira
N ão me canso de contar
T oda certa e pesquisada
O melhor pude arranjar
N esta pesquisa que fiz
I sto me fez tão feliz
O poeta é pra lutar.

A Cruz da Menina agora
M e inspirou este tanto
E u nunca pensei fazer
R ica história leio e canto
I nspiração nordestina
C ontei da Cruz da Menina
O fato verídico e santo.

Antonio Américo estava com 84 anos. Descanse em paz, meu querido amigo e obrigado por tudo!
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