ÉTICA E CREDIBILIDADE NO JORNALISMO

A profissão de jornalista tem como cliente o cidadão, o leitor, o telespectador. Nesse sentido, o jornalista se obriga — em virtude da qualidade do que vai oferecer — a ouvir, por exemplo, lados distintos que tenham participação numa mesma história. Ouvir todos os envolvidos, buscar a verdade, fazer as perguntas mais incômodas para as suas fontes em nome da busca da verdade é um dever de todo o jornalista. 

O assessor de imprensa, cuja atividade, eu repito, é digna, necessária, ética e legítima, tem como cliente não o cidadão, não o leitor, mas quem o emprega ou aquele que contrata os seus serviços. O que o assessor procura, com toda a legitimidade, é veicular a mensagem que interessa àquele que é o seu cliente, àquele que o contrata, e não há nada de errado com isso. É um ofício igualmente digno, mas não é jornalismo. A distinção entre os dois clientes estabelece uma distinção que corta de cima a baixo os dois fazeres.
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PROJETO EM FEIRAS VALORIZA A TRADIÇÃO NORDESTINA DE CANTORIA DE VIOLA

As notas musicais tocadas nas violas de Chico de Assis e João Santana ecoam pelos corredores cheios da Feira do Guarapari, em Ceilândia Sul. O improviso dos versos entoados durante as apresentações diverte e alegra feirantes e clientes. Muitos dos que passam pelo palco param por alguns minutos para apreciar o show gratuito, promovido por meio do projeto cultural Repente na Feira.

A ideia de montar as apresentações foi do repentista Chico de Assis, 55 anos, que contou com incentivo do Fundo de Apoio à Cultura (FAC), da Secretaria de Cultura do Distrito Federal. Natural do Rio Grande do Norte e repentista há 35 anos, Chico invariavelmente conta com a parceria de João nos shows, mas também convida outros artistas, como Donzílio Luiz de Oliveira e Valdenor de Almeida, para integrarem o espetáculo.

O repentista explica que, diferentemente do que acontece nas feiras da Região Nordeste, o público do Distrito Federal  “não está habituado com esse tipo de apresentação. A gente tenta conquistar quem não tem o hábito de escutar o repente”, explica. Entre uma compra e outra, os frequentadores do local paravam em frente ao pequeno palco para apreciar os cantadores.

Entre eles, o educador físico João Henrique Souza, 28, gostou da novidade. “Achei a música muito legal e expressiva, além de trazer cultura para todos, valoriza as raízes dos moradores nordestinos”, disse e acrescentou ser favorável a eventos semelhantes. “Tudo o que a população quer é uma boa diversão próxima às suas casas, para espairecer a cabeça”.

Frequentador assíduo de feiras, o aposentado Edivaldo Delfino, 74, disse que veio de Pernambuco para a capital federal em 1971. “Quando ouvi a música, tive que parar para assistir. A apresentação traz mais um pouco da cultura nordestina para cá”, defende.

Satisfeito com a receptividade do público, o violeiro João Santana comentou que o projeto oferece oportunidade de acesso à cultura, tanto a quem não tem tempo quanto a quem não pode pagar por shows. “A gente encontra pessoas que se identificam com o estilo, que sentem saudades de sua raízes”, salientou.

Esse foi o sentimento do cearense Raimundo Romano dos Santos, 67. “La no meu Ceará, tem cantador demais, ao ouvir me traz uma nostalgia. É o tipo de música que eu escuto em casa, então eu acho bom demais”, assegura o aposentado.

Para a professora Ana Carolina Souza Silva, 27, a cultura nordestina deve ser incentivada. Com o filho Jorge, 1 ano, no colo ela achou a apresentação fantástica. “Estamos falando de Ceilândia, uma cidade construída por muitos nordestinos. O repente aproxima os moradores e interage com o ambiente de outra forma”, opinou. “Deveriam ter mais ações como essas e também expandir, trazendo o teatro, o mamulengo e outras manifestações culturais. Os trabalhadores estão aqui (na feira) para trabalhar e não têm muito tempo pra consumir cultura”, concluiu.

“Eu amo o ambiente da feira e lidar com as pessoas, também. A música traz um diferencial para o dia a dia do lugar, animando e deixando tudo divertido. Para mim, poderia ter show todas as semanas”, pediu a feirante Dalva Maria de Araújo, 74.

Estilo musical característico da Região Nordeste, é a interpretação de canto e poesia por dois cantadores, os repentistas. Eles improvisam versos de repente, por isso o nome,  sobre variados assuntos e costumam se apresentar, com a viola nordestina ou pandeiro, pelas feiras e espaços populares.

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FESTIVAL SER TÃO MOVIMENTA SERRA TALHADA COM MAIS DE 30 APRESENTAÇÕES CULTURAIS

"Nação Nordestina" é como Santanna, O Cantador descreve a região do Nordeste do Brasil. A região abre suas fronteiras em festa para o Festival Ser Tão, que agita Serra Talhada com mais de 30 shows culturais de quarta-feira (27) a domingo (31). O objetivo é o de sempre: exaltar a cultura nordestina, celebrando a união de diversas manifestações culturais.

"A ideia é a gente elencar as linguagens artísticas e dentro de cada linguagem mostrar o Nordeste a partir de Serra Talhada, que é um município que possui uma história cultural muito forte com a música, com a dança, e tem um aquecimento muito forte com o audiovisual e a poesia também", explica o presidente da Fundação de Cultura de Serra Talhada, Anildomá Willams, responsável pela realização do festival, junto com a Prefeitura da Cidade e com apoio do Ministério da Cultura.

Homenageado do festival conjuntamente ao músico serratalhense Luizinho da Serra, Santanna acredita na mensagem que o festival procura passar. “Eu sou fazedor de cultura popular e acho que ela é a cédula de identidade de uma nação. E, no Brasil, existem duas nações: a nação gaúcha e a nordestina”, brinca o cantor. 

“Essa iniciativa vem justamente corroborar essa coisa de nação mais forte: é mais do que necessário que a nova geração passe a compartilhar e compreender o que há de tradição na nossa Nação Nordestina. Pernambuco para mim é o cérebro e a espinha dorsal do Nordeste”, referencia Santanna. Para o músico, é um privilégio ser homenageado em um festival que promove a cultura local. “Principalmente partindo de uma iniciativa como essa, de fortalecer a cultura popular”, nota. Santanna anima o público com repertório especial a partir das 00h da sexta-feira (29).

Durante os cinco dias de evento, vários artistas da cena musical pernambucana participam do festival, entre eles Targino Gondim, Maciel Melo,  Maestro Forró e a Orquestra da Bomba do Hemetério, Almir Rouche, Nádia Maia, Irah Caldeira, André Rio e Cezzinha. Além dos shows, a programação conta, ainda, com várias apresentações culturais: Caboclinho 7 Flexas de Goiana; Coco Popular de Aliança; Maracatu Nação Pernambuco; Boi Cara Branca de Limoeiro, entre outros.

"Estamos dando projeção para a Região a partir da valorização da nossa identidade, provocando discussões e debates. Nós estamos falando de conquistar o universo com os pés fincados no chão, fazendo a cultura de fato acontecer", afirma Anildomá. "Valorizamos o que é nosso, fortalecemos a identidade cultural do homem sertanejo. E, nesse momento, escolhemos trabalhar primeiro com a música por ela possibilitar uma maior projeção - ela voa mais rápido", finaliza.

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REVISTA CONTEXTO TRAZ ENTREVISTA COM O FILÓSOFO LEONARDO BOFF

Está disponível a décima quarta edição da Revista Contexto, trazendo um panorama da educação em Petrolina e de temas contextualizados. São artigos, reportagens e notas, abordando questões ligadas
a educação, filosofia, história, cultura e comportamento.

Nesta edição, o periódico traz uma reportagem especial sobre leitura e escrita, uma entrevista exclusiva com o filósofo Leonardo Boff, um artigo sobre os cem anos da Guerra de Canudos, uma matéria com Klebson Barbosa, o aluno da Escola Municipal Luiza de Castro, que representou Petrolina no concurso ‘Ler Bem’ e uma entrevista com o prefeito da cidade Miguel Coelho, além de diversos artigos e informações.

Para o editor da Contexto, o jornalista e professor Jota Menezes, a revista tem se mantido eclética, procurando pautar-se pela qualidade dos conteúdos. “Como o próprio nome do periódico já deixa claro, temos uma preocupação de ‘contextualizar’ o conteúdo. É que o público leitor da revista é diverso e levamos isso em consideração, embora a revista tenha uma conotação educacional, entendemos que o mundo muda o tempo todo e não podemos ficar alheios a essa metamorfose em que as relações humanas e o conhecimento estão cada vez mais imbricados e complexos. A educação funciona como um efeito guarda chuva, pois tudo está de certa forma ligada a ela”, explica.

A diretora de Ensino da Secretária de Educação, Joelma Reis, ressalta que este ano a Contexto foi citada na Plataforma Sucupira, uma das mais qualificadas na indexação de conteúdos técnicos científicos. “Na Plataforma Sucupira foi feito um registro em 2017 com Qualis B-3 em Sociologia e B-4 em Ensino. É uma façanha que somente as revistas acadêmicas costumam atingir. A nossa é da Secretaria de Educação, por isso nos sentimos muito orgulhosos desse trabalho que dá visibilidade a cidade de Petrolina e aos seus educadores”, pontua.

A revista, de distribuição gratuita, está sendo entregue nas escolas, universidades e bibliotecas, além de estar disponível em plataforma virtual no endereço: https://issuu.com/revistacontextoeducacao/docs/revista_contexto_14_ . Um novo edital da Contexto será lançado em janeiro  de 2018 para a edição de junho. “Uma oportunidade para quem deseja publicar”, frisa  Jota Menezes.
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THEREZA OLDAM: SÃO JOÃO DO ARARIPE 150 ANOS

Em 2018, o povoado do Araripe vai completar 150 anos. A professora e escritora Thereza Oldam é conhecedora dos episódios e sentimentos que nortearam a criação, o desenvolvimento e a consolidação do território exuense. Desde a época da colonização, quando a região ainda era habitada pelos índios Ançus, do tronco da nação Cariri. Passando pela chegada de seu fundador Leonel de Alencar Rego, até os dias atuais.

A professora escreveu no ano de 1968, uma apresentação para o disco Luiz Gonzaga-São João do Araripe. Escreveu Thereza Oldam:

"O Povoado do Araripe, tantas vezes cantado pelo Rei do Baião, Luiz Gonzaga, é o desdobramento da Antiga Fazenda do Barão de Exu. Domina-o até os dias atuais, a Casa Grande. de estilo Colonial e a Capela de São João Batista. O Povoado do Araripe, está situado à margem esquerda do Rio Brígida, próximo da Fazenda Caiçara, berço de Barbara de Alencar.

Para os descendentes direto dos primeiros povoadores, o São João do Araripe é único. É o culto das suas melhores tradições. Anualmente, os festejos juninos são um pretexto para a confraternização, pois no calor da fogueira, comendo milho assado, discutem política, exaltam os seus herois, choram seus mortos e pedem aos céus a oportunidade de voltar sempre, sempre ao Araripe.

Ali, no Araripe aprenderam a venerar São João Batista, ouvindo vozez de Sinhazinha e Nora, ecoando o coro da Capela. Quem dos seus desconhece o Barão do Exu, Sinhô Aires, Neném de João Moreira, Santana de Januário, Dona de Seu Sete. Qual dos seus meninos não sentiu o irresistível desejo de puxar a corda do sino da igreja?

O Povoado do Araripe é um santuário de fraternidade do presente com o passado. Seu fundador deu-lhe a fidalguia e tradição e um seu filho deu-lhe a melodia do baião, este filho é Luiz Gonzaga.

Luiz Gonzaga nasceu no Araripe e ai sempre viveu! Ninguém melhor do que ele preservou as suas tradições e podemos afirmar que Luiz Gonzaga é a encarnação do Araripe, no amor que dedica á sua terra, na exaltação de sua gente. 

Ainda menino, Luiz Gonzaga, correu por aqueles patamares, gritando o bode ou tocando forró, crepitava em seu peito a ternura do Araripe, sem saber porque. Era a voz de um pássaro, os costumes do sertão, a beleza das coisas...e fugiu...fugiu porque seu coração não comportaria aquele grito da alma. Era a voz da terra. Era a arte. 

E a arte explodiu: surgiu o artista, o Rei do Baião, o filho de Januário e Santana, o cantor do Araripe. E hoje (1968), ocasião de seu Centenário, o Povoado do Araripe recebe comovido a homenagem de Luiz Gonzaga. É uma mensagem de arte e de amor: da arte que nasceu dele e não cabe nele, do amor que o torna maior fazendo os outros felizes.

O Araripe pede a Deus para seu filho a eternidade da arte que o persegue.

Fonte: Professora e escritora Thereza Oldam, Exu, Pernambuco, 20 de fevereiro de 1968

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COM LULA E CHICO BUARQUE, MST INAUGURA CAMPO DE FUTEBOL EM HOMENAGEM A SÓCRATES

A inauguração do campo Dr. Sócrates Brasileiro na escola Florestan Fernandes, do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra), neste sábado (23) em Guararema (SP), tornou-se um ato de desagravo ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

O petista e o compositor Chico Buarque jogaram futebol ao lado de políticos como o ex-prefeito paulistano Fernando Haddad (PT), militantes e artistas. O rapper Mano Brown e o escritor Fernando Morais, entre outros, estavam na arquibancada.

Estava previsto um discurso de Lula no ato político que precedeu o jogo, mas o ex-presidente acabou por não falar. O jornalista Juca Kfouri foi o juiz da partida. Antes de iniciá-la, ele brincou que a partir daquele momento se chamaria Juca Moro e que um "tal de Lula" já havia sido avisado que começaria o jogo já advertido.

Em ambiente descontraído, Lula cobrou um pênalti, mas não marcou

A partida ocorre semanas antes do julgamento de Lula em segunda instância, nova etapa do périplo judicial que o petista terá de percorrer para se candidatar novamente à Presidência.

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região marcou o julgamento do ex-presidente no caso do tríplex para o dia 24 de janeiro. Os militantes presentes foram convocados a comparecer às imediações da corte, em Porto Alegre, durante a sessão.
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JURANDY DA FEIRA: CANTOR E COMPOSITOR, SÍNTESE DE UM TALENTO RECONHECIDO PELO EXIGENTE LUIZ GONZAGA

Este ano as festividades dos 105 anos de Luiz Gonzaga, em Exu, Pernambuco, contou com a presença de Jurandy da Feira. A voz de Jurandy e seus versos provocaram um turbilhão de Felicidades aos gonzagueanos de toda parte do Brasil, que vão a Exu, neste período do ano, na esperança de colher os bons frutos da música e memória de privilegiados que conviveram com o Rei do Baião.

Jurandy na vida e obra de Luiz Gonzaga é presente e futuro. É sÍntese de talento.

Morador do Rio de Janeiro há mais de 40 anos, Jurandy mantém a sua essência e nunca deixa de estar bem perto do Nordeste, ao tomar em consideração suas escolhas estéticas e de repertório. Em Exu, o cantor reviveu as emoções ao falar de Luiz Gonzaga e da cultura brasileira. 

Jurandy é o compositor entre outros sucessos das músicas Frutos da Terra, Nos Cafundó de Bodocó, Canto do Povo, além de Terra Vida Esperança. Para Jurandy, a resistência é o que faz sentido para seguir no meio musical, pois somente o talento não basta. 

A história conta que Luiz Gonzaga costumava acolher em casa compositores, em quem descobrisse afinidades, e acreditasse, obviamente, no talento. Depois de avisar que seriam gravados por ele, vinha o convite para ir ao Rio de Janeiro.

Jurandy Ferreira Gomes, é conhecido como Jurandy da Feira, o “da Feira” foi praticamente imposto por Luiz Gonzaga. Quando começou a aparecer como artista em sua cidade natal, Tucano, no sertão da Bahia, ele era chamado de Jurandy da Viola, por causa do violão, seu instrumento desde a adolescência.

“Quando Luiz Gonzaga gravou a primeira música minha, quando fui olhar no selo do disco. Estava lá Jurandy da Feira. Fui conversar com ele. Disse que aquilo não ia pegar bem na minha cidade, porque iam pensar que eu queria ser de Feira de Santana. Ele disse que não era de Feira de Santana, mas da feira, a feira do povo, do cantador. Acabei concordando, mas até hoje eu tenho que me explicar ao povo de lá”, conta Jurandy, em visita a Petrolina. 

Luiz Gonzaga em vida, sorria e se divertia com esta história e explicava: "Eu botei assim, para lembrar o lado de cantador, de poeta de cordel em feiras livres do Interior. O talento de Jurandy é de uma riqueza muito grande, igual a dia de feira."

Para o ano de 2018, Jurandy da Feira, está repleto de poesia, música e um novo CD.

O compositor tinha 24 anos quando conheceu o Rei do Baião. Foi levado a ele por José Malta, um jornalista, e produtor dos shows de Gonzagão. “Fomos para Exu, para a casa de Luiz Gonzaga. Passei uma semana lá. Mas era aquela coisa. Ninguém chegava a Gonzaga. Ele é que chegava às pessoas. Era fechado, meio cismado. Foi ele que se chegou pra mim, e perguntou sobre o violão que eu havia levado comigo. Se eu tinha um violão, por que não tocava? Quis saber se eu fazia músicas. Pediu para cantar para ele. Depois me disse que queria uma música que falasse de Bodocó”. 

Passou algum tempo e eu fiz Nos cafundó de Bodocó. O cafundó, foi porque eu achei que a cidade ficava longe de tudo. Naquela época ainda estavam asfaltando as estradas, e fui da Bahia até lá de Karmann-Ghia (carro esportivo, de dois lugares, saído de linha em 1971), a maior poeira, foi um sofrimento a viagem até o sertão pernambucano”.

Luiz Gonzaga gostou de Nos cafundó de Bodocó. Veio o inevitável convite para ir ao Rio. A música foi aprovada pelos produtores de Gonzagão na época, coincidentemente dois pernambucanos, Rildo Hora e Luiz Bandeira. Nos cafundó de Bodocó entrou num dos melhores álbuns de Luiz Gonzaga nos anos 70, Capim novo (1976). Lula gravaria mais outras três composições de Jurandy, que sacramentariam uma amizade que durou até o final da vida de Lua. 

O baiano, portanto, testemunhou os bons e maus momentos de Luiz Gonzaga em suas duas últimas décadas de vida: “Ele passou uma época em baixa. Várias vezes assisti a apresentações suas numa churrascaria chamada Minuano, na estrada Rio/São Paulo. Era aquele barulho de churrascaria. Mas quando ele dava o boa noite., pra começar a cantar, menino ficava quieto. Os adultos se calavam. Ficava silêncio enquanto ele cantava”.

Foi Luiz Gonzaga que levou Jurandy para gravadora, e ajudou a suas músicas serem gravadas por nomes como Trio Nordestino, Terezinha de Jesus. Atualmente Jurandy da Feira é um dos artistas mais admirados no meio da cultura brasileira e gonzagueana.

“Ele, Luiz Gonzaga, chegou a me prestigiar num show num colégio de padres em Tucano, minha terra natal. Passou a me apelidar de “minha paz”, porque quando chegava sempre desejava a ele: “Uma paz, seu Luiz”, relembra emocionado Jurandy.

Jurandy traz a poesia do ritmo da cultura brasileira na alma. É fartura de dia de Feira.  Luiz Gonzaga sabia reconhecer um fiel discípulo...Tenho Dito...
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