ARTICULAÇÃO SEMIÁRIDO REALIZA CONFERÊNCIA DE SEGURANÇA E SOBERANIA ALIMENTAR NA TERÇA (24)

A Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) realiza, no próximo dia 24, das 8h às 17h, a Conferência Livre de Segurança e Soberania Alimentar (CLSAN Semiárido). O encontro será virtual, por meio da plataforma Zoom, e discutirá o tema “Terra, água e biodiversidade para um Semiárido Vivo, com participação popular e segurança e soberania alimentar”.

As conferências livres são atividades autogestionadas que buscam facilitar a organização da sociedade civil nessa retomada das políticas públicas de combate à fome. A ideia também é eleger delegadas e delegados, e ampliar o debate em preparação para a 6ª Conferência Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (CNSAN), que acontece entre os dias 11 e 14 de dezembro, em Brasília (DF).

INSCRIÇÕES ABERTAS-A CLSAN Semiárido deve reunir cerca de 300 pessoas entre agricultoras e agricultores, técnicos das organizações da rede ASA, representantes de povos tradicionais e demais interessados na temática. As inscrições gratuitas devem ser feitas neste link até o próximo dia 15.

“Será uma ótima oportunidade para debatermos e elaborarmos propostas em relação à terra, água, ao saneamento com reúso de água como fonte de segurança alimentar, participação popular nas políticas públicas, mudanças climáticas e agrobiodiversidade. Temas e questões que nos são caros e que compõem nossos sonhos de convivência com o semiárido”, afirma Cícero Félix, membro da coordenação executiva da ASA.

PROGRAMAÇÃO-Para alcançar o objetivo principal da CLSAN Semiárido, que é “contribuir para a superação, com participação social, dos desafios estruturantes que impedem a SAN” no território que abrange o Nordeste e Minas Gerais, a ASA preparou uma programação intensa começando com uma mística seguida da fala de abertura com um representante do Conselho Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional (Consea).

Logo depois acontece o painel problematizando os temas ligados aos objetivos da conferência e aos eixos da 6ª CNSAN, entre eles o cuidado com os territórios das comunidades e povos tradicionais, as estratégias de acesso e direitos relativos à agua, a preservação e conservação da caatinga e do cerrado e a participação social na construção das políticas de SAN.

Em um terceiro momento, os participantes se dividirão em grupos temáticos (Terra e território; Água e saneamento rural; Sementes vegetais e animais e Participação social). Cada equipe trabalhará a partir de questões norteadoras na elaboração de propostas de políticas públicas.

A CLSAN Semiárido será concluída com a eleição de até quatro delegadas e delegados que vão representar a região na 6ª CNSAN. (Fonte: Texto: Kleber Nunes | ASACOM)

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ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL PEDEM QUE LULA VETE PROJETO DE LEI DO MARCO TEMPORAL

Um grupo formado por cerca de 150 organizações da sociedade civil enviou nesta segunda-feira (9) uma carta ao presidente Lula pedindo o veto integral do projeto de lei aprovado pelo Congresso no final de setembro que estabelece a tese do Marco Temporal para a demarcação de Terras Indígenas no país.

O PL 2.903/2023 foi aprovado no Senado no mesmo dia em que o Supremo Tribunal Federal (STF) finalizou o julgamento da tese, decidindo pela sua invalidade. Como já havia passado pela Câmara – foi aprovado em maio pelos deputados federais – a proposta foi diretamente para sanção presidencial.

Na carta, as organizações pedem o veto do projeto não só por ele contrariar o entendimento do STF, mas também por trazer uma série de outros retrocessos aos direitos indígenas.

“O marco temporal é apenas uma das gravíssimas inconstitucionalidades e violações de direitos do texto aprovado pelo Congresso Nacional. O PL desmonta, em vários de seus dispositivos, o próprio conceito de terra indígena consagrado na Carta Magna”, diz trecho da carta.

O texto dos deputados e senadores prevê a possibilidade de a União retomar as “reservas indígenas” a partir de critérios subjetivos, como a alteração de traços culturais e “outros fatores ocasionados pelo decurso do tempo”.

O projeto também autoriza a instalação de bases, unidades e postos militares e demais intervenções militares dentro de Terras Indígenas, além da exploração energética e mineral nessas áreas, independente da consulta às comunidades indígenas envolvidas.

Segundo o texto, também está proibida a retirada de invasores das terras indígenas enquanto o processo de demarcação não for concluído, mas seria permitido o contato com povos que vivem em isolamento.

“A sociedade brasileira não pode mais admitir a institucionalização da barbárie e espera que o Presidente da República cumpra com seus deveres constitucionais e garanta o restabelecimento dos direitos fundamentais e humanos dos povos indígenas”, diz o documento, assinado por organizações como Observatório do Clima, WWF. Climainfo, Greenpeace, Oxfam, entre outras.

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DIA NORDESTINO: A CONSTRUÇÃO DA ICONOGRAFIA DO NORDESTE E SUAS CONTRADIÇÕES

Ao longo da história, a pujante produção cultural de nordestinos ajudou a construir o imaginário sobre a região. Desde o chamado romance de 1930, com o alagoano Graciliano Ramos, a cearense Raquel de Queiroz, o paraibano José Lins do Rego, entre outros nomes; além da rica bibliografia de diversos autores como o baiano Jorge Amado e os pernambucano João Cabral de Melo Neto e Ariano Suassuna.

“Esse conjunto de autores vão produzir toda uma literatura que constrói e define as temáticas básicas pelas quais gira a ideia de Nordeste, que é a seca e a retirada, o cangaço, o messianismo e o coronelismo. São essas temáticas que têm grande impacto na produção cultural que gira em torno da ideia de Nordeste”, explica o historiador Durval Muniz. 

Apesar de criar nossa identidade, segundo o professor, essa construção imagética cria estereótipos. “Esse imaginário exclui as camadas populares e sua produção cultural, que são folclorizadas. A cultura nordestina não é pensada como uma cultura moderna, urbana, informada pela contemporaneidade.Cultura nordestina é sempre folclórica.Qual o problema do folclore? É que você arranca a manifestação cultural do seu contexto de produção e ela vira um ícone desistoricizado e deslocalizado”, critica Durval Muniz. (Folha Pernambuco. Foto Agencia Brasil)

A gente vê muitas obras literárias importantíssimas como ‘Os Sertões’, de Euclides da Cunha e ‘O Quinze’, de Raquel de Queiroz”, que eram obras que traziam o aspecto de formação do que seria essa identidade nordestina e, ao mesmo tempo, denunciava o problema social das questões agrárias e ligadas à seca. Mas vejo isso como uma construção política também”, opina Elza Mendonça. 

“Houve o apagamento de diversas iniciativas de revoltas. Por exemplo, a Revolução de 1917 aqui em Pernambuco é uma das primeiras que traz um aspecto republicano, uma ideia de independência, e se colocou [a Inconfidência] de Tiradentes, em Minas Gerais, que nem chegou a ser de fato uma revolução e ser efetivada, mas se tornou o símbolo da República. Diversos historiadores, quando eles voltam para essa iconografia, têm uma intenção dessa imagem que foi construída muito no final do império, com essa ideia da  economia cafeeira, no Rio de Janeiro e São Paulo”, argumenta a historiadora.

Após superar a invisibilidade e apagamento no final de 1910 e construir sua identidade no imaginário nacional a partir de pesquisas acadêmicas, matérias jornalísticas e produção artísticas nas diversas linguagens, o Nordeste precisou - e ainda precisa - superar mais um obstáculo: a folclorização de seus símbolos e a estrutura política interessada em mantê-los rígidos.

“O sertão, por exemplo, que antes era uma categoria que compreendia o Brasil todo - essa ideia foi capturada completamente pelo discurso regionalista nordestino. Só quem passa a ter sertão é o Nordeste. É uma maneira de ver a região que vai ficando cada vez mais caricatural. À medida que o Nordeste muda e se transforma e essa transformação não aparece em seu imaginário, é como se o Nordeste não tivesse história. Ele está sempre girando em torno dessas temáticas”, aponta o professor Durval.

“Esse imaginário exclui as camadas populares e sua produção cultural, que são folclorizadas. A cultura nordestina não é pensada como uma cultura moderna, urbana, informada pela contemporaneidade. Cultura nordestina é sempre folclórica. Qual o problema do folclore? É que você arranca a manifestação cultural do seu contexto de produção e ela vira um ícone desistoricizado e deslocalizado. Você não considera que o rap produzido em Fortaleza ou que o rock feito no Recife é cultura nordestina, por exemplo”, completa o historiador.




Identitarismo e dominação-“O discurso identitário é homogeneizador. Todo discurso de identidade é falso, porque ele é um discurso de embate político. O regionalismo nordestino e o Nordeste surgiram por causa da debacle econômica e política das elites desse espaço. Foi à medida que as elites perderam centralidade política e econômica - lembremos que aqui era a principal área da economia durante o período colonial - a partir da descoberta das Minas Gerais, começa um processo de deslocamento para o Sul que vai se acentuar com o café, no século XIX”, argumenta Durval Muniz. 


“Paulatinamente uma área que era totalmente periférica na colônia como São Paulo ganhou centralidade e o Norte agrário foi entrando em declínio. E esse regionalismo surge como uma reação a esse processo de declínio. À medida que as elites perdem a nação, ela se refugia na região e cria um espaço de domínio. Por isso que o Nordeste é sempre pensado no passado e a partir de uma ideia nostálgica e saudosista. Saudade desse domínio perdido e da centralidade que essa área já teve no país e já não tem mais”, pontua.

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DESMATAMENTO NA BACIA DO RIO SÃO FRANCISCO AUMENTA 546%

A área desmatada na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco nos últimos quatro anos foi de 638.338 hectares, segundo levantamento concluído recentemente pela iniciativa MapBiomas. Os números revelam que a região do Velho Chico perdeu, de 2019 a 2022, cobertura vegetal equivalente ao tamanho do município de Juazeiro, na Bahia. No total, foram 18.693 alertas de desmatamento. Em 2019, houve 1.087 alertas, enquanto em 2022 tiveram 7.028 – um aumento de 546%.

Os dados obtidos pelo MapBiomas no mês em que o Rio São Francisco completa 522 anos do seu mais notório registro histórico – feito pelo navegador italiano a serviço de Portugal Américo Vespúcio (1451-1512), em 4 de outubro de 1501 – são um alerta para a necessidade de revitalização da maior bacia hidrográfica do Nordeste.

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A região do Submédio São Francisco, com 59% de sua área em Pernambuco, 40% na Bahia e 1% em Alagoas, registrou o maior crescimento do número de alertas de desmatamento, passando de apenas oito em 2019 para 2.359 em 2022.

Os números relativos à perda de vegetação são proporcionais ao incremento dos sistemas de irrigação na Bacia do São Francisco, o que evidencia a conversão da vegetação nativa em área agrícola como uma das principais causas do desmatamento. No mesmo período (2019 a 2022), a área de sistemas de irrigação implantados subiu de 615.815 para 728.949 hectares, um incremento de 18%.

O avanço do desmatamento e dos sistemas de irrigação ocorre especialmente no Matopiba – acrônimo formado pelas sílabas iniciais dos Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia -, fronteira de expansão agropecuária sobre o Cerrado.

PERDA DE ÁGUA: A maior parte da água do Rio São Francisco não está mais no seu leito, e sim em hidrelétricas, reservatórios e até mineradoras. Descontadas essas intervenções humanas, o rio perdeu metade da superfície natural de água desde 1985, como mostrou estudo do MapBiomas divulgado no ano passado, em parceria com o Plano Nordeste Potência.

“O Velho Chico tem sofrido com intensa exploração de seus recursos naturais. Os usos múltiplos da água e do solo da bacia são muito maiores do que a capacidade de recuperação natural, então precisamos urgentemente investir em sua revitalização”, afirma a analista política do Plano Nordeste Potência, Fabiana Couto. (agenciaeconordeste.com.br)

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PAPA FRANCISCO ALERTA PARA AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS: O MUNDO ESTÁ DESMORONANDO

As reações contra o aquecimento global são insuficientes "enquanto o mundo que nos acolhe está desmoronando e talvez se aproximando de um ponto de ruptura", alertou o papa Francisco em um novo texto publicado nesta quarta-feira (4) e com o título "Laudate Deum".

Oito anos depois de sua encíclica sobre ecologia "Laudato Si", e poucas semanas antes do início de uma nova rodada de negociações climáticas da ONU (COP28), em Dubai, o papa argentino alertou sobre as "pessoas que tentaram zombar dessa constatação" e pediu uma transição energética "vinculante" que possa ser "monitorada".

Laudato Si’ é uma encíclica do Papa Francisco publicada em maio de 2015. Ela trata do cuidado com o meio ambiente e com todas as pessoas, bem como de questões mais amplas da relação entre Deus, os seres humanos e a Terra. O subtítulo da encíclica, “Sobre o Cuidado da Casa Comum”, reforça esses temas-chave.

Uma encíclica é uma carta pública do Papa que desenvolve a doutrina católica sobre um tópico, muitas vezes à luz de eventos atuais. A Laudato Si’ é dirigida a “toda pessoa que habita este planeta”. (LS 3) Por isso, é oferecida como parte de um diálogo contínuo dentro da Igreja Católica e entre católicos e o mundo.

O que significa Laudato Si’? O título de uma encíclica é normalmente tirado das primeiras palavras do documento. Ou seja: as encíclicas não recebem um título tópico, mas são nomeadas por sua expressão de abertura, muitas vezes sugestiva do tema principal da obra.

As primeiras palavras da Laudato Si’ são italianas e traduzidas como “louvado sejas”. São uma citação do Cântico das Criaturas de São Francisco de Assis, que abre a encíclica, no qual o santo louva a Deus meditando sobre a bondade do sol, do vento, da terra, da água e de outras forças naturais.

A escolha dessa passagem para iniciar a Laudato Si’ é um lembrete de como as pessoas de fé devem não apenas respeitar a Terra, mas também louvar e honrar a Deus por meio de seu envolvimento com a criação.

O BLOG NEY VITAL destaca o  “Capítulo Cinco: Algumas Linhas de Orientação e Ação” aplica o conceito de ecologia integral à vida política. Pede acordos internacionais para proteger o meio ambiente e ajudar os países de baixa renda, novas políticas nacionais e locais, tomadas de decisão inclusivas e transparentes e uma economia ordenada para o bem de todos.

Por fim, o “Capítulo Seis: Educação e Espiritualidade Ecológicas” conclui a encíclica com aplicações à vida pessoal. Recomenda um estilo de vida focado menos no consumismo e mais em valores atemporais e duradouros. Propõe educação ambiental, alegria no ambiente de cada um, amor cívico, recepção dos sacramentos e uma “conversão ecológica” na qual o encontro com Jesus leva a uma comunhão mais profunda com Deus, com as outras pessoas e com o mundo natural.

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LIVRO DO POETA, CANTOR COMPOSITOR ALDY CARVALHO É LANÇADO EM SÃO PAULO

O poeta e cantador, compositor e violonista  petrolinense Aldy Carvalho , realizou no último  sábado, 23 de setembro de 2023, o lançamento nacional de sua mais nova obra literária "O Cavaleiro das Léguas", um romance em versos.

Mais de 200 pessoas estiveram presentes no lançamento, no espaço cultural da Editora Nova Alexandria  em São Paulo e foram brindadas com pocket show poético  musical com as participações do poeta cordelista *João Gomes de Sá* , da cantora *Marisa Serrano* e do jovem violoncelista *Jorge Lucas* . 

Até  o final do ano o poeta deverá autografar  o livro em sua terra natal e região. Em novembro, a obra será lançada na Flip- Feira Literária de Paraty (RJ)

Com "O Cavaleiro das Léguas", Aldy estabelece um rigor literário-magistral em sua multifacetada obra que passeia por diversas linguagens para além da música e literatura. Nesta obra,  o autor  atravessa os horizontes  do cordel, do conto maravilhoso, da fábula, da crônica e do romance na condição da criatividade aberta ao endossar sua verve criativa conectada com a intertextualidade.

Como observa o educador e ensaísta Ely Verissimo na apresentação da obra, a narrativa de Aldy  é uma "alegoria ética , metáfora tanto da unidade e do equilíbrio  do individuo, reconectado  com sua energia psíquica feminina, quanto do equilíbrio do mundo, reconectando à Justiça" .

"O Cavaleiro das Léguas", ainda segundo  Ely,  combate  as formas arcaicas de vida, do modo que "as virtudes cavalheirescas já não  se contam mais em batalhas  e torneios  contra outro oponente, mas, no combate  de vida  ou morte contra o reducionismo que a vida  cotidiana engendra, rebaixando o ser  em face aos seus descréditos  tanto no amor  quanto nos valores  mais elevados da espécie humana".

Ao longo de 35 páginas, a narrativa – que dá cena a um cavaleiro e uma donzela que travam  um duelo verbal – a obra ganha o auxílio luxuoso das ilustrações de Rafael Limaverde, artista visual, xilogravurista e grafiteiro paraense radicado em Fortaleza,CE.  Cada traço, traduz com perfeição a força dos versos que se constroem nas entrelinhas do romance. 

O Cavaleiro das Léguas transita por um diálogo plural, fazendo a ponte entre o imaginário medieval a desembocar como um rio caudaloso nas entranhas do Nordeste, lugar recorrente  de fala do cantador Aldy Carvalho. Em vários momentos da narrativa do belissimo poema o leitor vai perceber instantes de filosofia nos diálogos de seus personagens: "A vida é feita em pedaços/Aos poucos vamos colando/ A recolagem nos dói/ E dá trabalho ir montando/ Em busca  da completude/ É que seguimos tentado.

Para o historiador, poeta e folclorista Marco Haurélio  "O Cavaleiro das Léguas" é  um poema ao mesmo tempo lírico  e épico,  com suas evocações  de batalhas travadas, incontáveis,  até  o momento do encontro em que, seguindo as regras do Amor Cortês, Cavaleiro e Donzela travarão um duelo verbal, na verdade, a última  e mais difícil  prova para o herói  que veio de longe."

 Na última página do livro o leitor ainda pode apreciar a partitura  musical de "O Cavaleiro das Léguas", pois o trecho final e apoteótico desse romance já  havia sido musicado por Aldy em canção  emocionante contida no cd "Cantos d'Algibeira" com participação da cantora maranhense  Zélia  Grajaú interpretando a donzela.

Há  ainda um QR Code que o levará a ouvir a música.

O livro e outras obras do autor pode ser adquirido em: https://editoranovaalexandria.com.br/

Ou direto com o autor: pazinko@gmail.com

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GOVERNO FEDERAL REATIVA PROJETO CONTRA DESERTIFICAÇÃO DO SEMIÁRIDO

O Ministério do Meio Ambiente (MMA) anunciou nesta semana a retomada do projeto Redeser para conter a expansão da desertificação no Semiárido, iniciativa que tinha ficado paralisada nos últimos quatro anos.

O programa consiste basicamente em incentivos para produtores rurais e proprietários de terra investirem em sistemas agroflorestais, que mesclam a ocupação do solo com vegetação nativa e culturas agrícolas comerciais.

A reativação do projeto foi anunciada na sexta pelo biólogo e educado Alexandre Pires, ex-candidato a deputado pelo PSOL, que assumiu a diretoria do departamento de combate à desertificação do MMA em março.

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"A principal missão do projeto Redeser é combater e reverter os processos de desertificação, por meio da gestão integrada de paisagem, manejo florestal sustentável da Caatinga, sistemas agroflorestais e trabalho com apicultura junto a agricultores familiares, povos e comunidades tradicionais", afirmou Pires.

Em comunicado, o MMA afirmou que o projeto terá investimento de R$ 19 milhões do Fundo Global para o Meio Ambiente (GEF), uma verba que deve ser aplicada antes de 2026.

Os primeiros projetos contemplados são em Uauá (BA), um dos 14 municípios em quatro territórios considerados essenciais do bioma. Os outros são nas regiões do Seridó (PB/RN), Araripe (CE), Xingó (AL) e Sertão do São Francisco (BA).

"Atualmente no Brasil existem cerca de 1,3 milhão de km² de áreas suscetíveis à desertificação, num território que ocupa os nove estados da região Nordeste, mais o norte de Minas Gerais e o norte do Espírito Santo, envolvendo 1.500 municípios e uma população de 38 milhões de pessoas",  afirmou o próprio biólogo em vídeo divulgado anteriormente pelo MMA.

O ministério disse que o projeto tem apoio da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) e tem planos de expansão.

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