CANTORA E COMPOSITORA ANASTÁCIA NO GIRO NORDESTE DESTA TERÇA-FEIRA (20)

O Giro Nordeste desta terça-feira (20), na TVE, recebe a incomparável forrozeira Anastácia. A trajetória artística, suas composições, parcerias e o seu novo trabalho com Daniel Gonzaga são alguns dos temas a serem comentados. A atração semanal começa às 19h, e entrevista personalidades nordestinas e nacionais com a participação de jornalistas das emissoras públicas de TV e rádio do Nordeste.

Com mais de 70 anos de carreira, Anastácia acumula mais de 600 composições da sua autoria. Viveu por 12 anos com Dominguinhos e, juntos, formaram uma das maiores duplas de compositores brasileiros. Um dos frutos dessa união é o sucesso 'Eu só quero um xodó', que já foi regravado mais de 400 vezes em diferentes partes do mundo. O álbum 'Daquele Jeito', lançado em 2017, fez com que a artista concorresse ao Grammy Latino na categoria Melhor Álbum de Música Raiz em Língua Portuguesa.

Ao vivo, o programa Giro Nordeste é ancorado por Juraci Santana, jornalista da TVE Bahia, com a participação de jornalistas de outros estados. Além da Bahia, o Giro Nordeste também é exibido em Sergipe, Ceará, Alagoas, Maranhão, Paraíba, Piauí, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo e Espírito Santo.

O telespectador poderá acompanhar o programa ao vivo pela internet através do Youtube, Facebook e Twitter da TVE Bahia. Para interagir nas suas redes sociais, basta utilizar a hashtag #GiroNordeste.

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Serviço: Anastácia no Giro Nordeste

Terça-feira, 20 de junho, às 19h

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APÓS ROUBO A SANFONA DE FORROZEIRO BAIANA PRESENTEADA POR LUIZ LUIZ GONZAGA É RECUPERADA

A sanfona do músico baiano Baio do Acordeon, que recebeu o instrumento de presente de Luiz Gonzaga, em 1974, foi recuperada na última sexta-feira (16), em Feira de Santana, a cerca de 100 quilômetros de Salvador.

O equipamento havia sido furtado no camarim de um evento durante a apresentação da banda Bambas do Nordeste, na cidade, na última quarta-feira (14).

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública (SSP-BA), policiais militares identificaram o autor do furto, após análises de câmeras de segurança.

Ainda de acordo com a SSP-BA, o suspeito foi conduzido até a Central de Flagrantes de Sobradinho e contou onde estava guardada a sanfona.

Em seguida, equipes das polícias Militar e Civil foram até o imóvel indicado e encontraram o instrumento.

A sanfona recuperada tem 80 baixos, é branca e conta com a frase "Oferta do Rei do Baião" escrita na cor vermelha. Além do valor histórico, a sanfona tem um valor sentimental para Baio do Acordeon, porque foi um presente de Gonzagão.

Baio do Acordeon conheceu Luiz Gonzaga quando era adolescente e o artista fez um show em Feira de Santana. Anos depois, os dois chegaram a fazer shows juntos.

Baio do Acordeon participou da Batalha de Sanfoneiros, quadro do Jornal da Manhã, programa da TV Bahia. O artista disputou vaga na final, mas não se classificou. O título ficou com o sanfoneiro Dio do Acordeon, de Vitória da Conquista.

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PODER PÚBLICO TEM OBRIGAÇÃO DE MANTER A CULTURA VIVA

Quadrilhas juninas da BA enfrentam dificuldades para preservar tradição por falta de apoio: 'poder público tem obrigação de manter a cultura viva'

"Grandes óperas juninas". É com esse termo que alguns participantes de quadrilhas baianas definem os tradicionais grupos nordestinos, que levam ao público espetáculos de danças e músicas, cores e brilho, sobretudo nesta época do ano. Contudo, manter as raízes vivas tem sido um desafio crescente.

Atualmente, 160 quadrilhas são vinculadas à Federação Baiana de Quadrilhas Juninas (Febaq). Desse total, cerca de 90 estão em atividade, ou seja, pouco mais da metade tem se apresentado no São João 2023, nos 417 municípios do estado.

Segundo Carlos Oliveira, presidente da entidade, as medidas restritivas impostas pela pandemia de Covid-19 causou grande impacto no setor, e muitos grupos não conseguiram retornar ao cenário. Entretanto, mesmo antes de 2020, as quadrilhas já enfrentavam dificuldades para sobreviver, e esta situação tem piorado com o passar do tempo.

Conforme ele, pouquíssimas quadrilhas recebem apoio financeiro. "Quem deve oferecer um suporte às quadrilhas juninas é o poder público, porque ele tem obrigação de manter a cultura viva. Porém, a maioria dos municípios não enxerga dessa maneira e não há um fomento para que as equipes se mantenham em atividade", reclamou.

O presidente da Febaq ainda criticou o investimento alto de prefeituras baianas em shows de artistas durante o período junino, enquanto as quadrilhas recebem "valores irrisórios". "É uma situação muito revoltante, não só para os 'quadrilheiros' como para a própria sociedade, quando vem uma prefeitura gastar cerca de R$ 200 mil, R$ 300 mil, R$ 500 mil ou R$ 700 mil com um artista, que só vai chegar ali na cidade, cantar por 1h20 e depois vai embora".

Cenário, coreografia, figurino, composição musical e muita pesquisa para construção de enredo antecedem as apresentações das tradicionais quadrilhas nordestinas. Carlos, da Febaq, comparou este trabalho ao das escolas de samba do carnaval carioca, devido à toda a preparação exigida.

"É contratado um historiador para pesquisar toda a temática; depois é contratado um diretor musical, para que ele comece a fazer as músicas em cima da temática. Também é contratado figurinista para fazer o figurino em cima da temática; um coreógrafo, enfim, a quadrilha junina tem o mesmo segmento das escolas de samba", comparou.

As diferenças entre uma quadrilha junina e uma escola de samba, segundo ele, estão no quantitativo de gente envolvida na operação (nas quadrilhas, são pouco mais de 100 pessoas) e nas condições financeiras. "Uma escola de samba tem mais de 3 mil pessoas e recebe mais investimento do poder público e do poder privado, as empresas abraçam os projetos", afirmou.

"Mesmo assim, com menos gente, o espetáculo da quadrilha junina, que dura em torno de 30 minutos, se equipara a 1h15 de uma escola de samba. Não estou exagerando, não. É isso aí".

Os espetáculos acontecem, majoritariamente, no mês de junho, no entanto, os preparativos começam cerca de sete meses antes, em novembro do ano anterior.

O coreógrafo Leandro Oliveira, que atua na Cia da Ilha, vencedora do Campeonato Estadual de Quadrilhas Juninas pelo terceiro ano consecutivo, disse que as reuniões no fim do ano são para definir tema, organizar cronograma e fechar a equipe. A partir de janeiro, começam os ensaios, que são intensificados entre abril e maio.

Mesmo para quem tem destaque no cenário estadual, como é o caso da Cia da Ilha, que este ano foi convidada para se apresentar em várias cidades brasileiras, as finanças são um problema.

Segundo Leandro, a Cia da Ilha faz parte de um projeto de arte-educação da prefeitura de Vera Cruz, na Ilha de Itaparica, e recebe um aporte financeiro que ajuda a "colocar a quadrilha na rua" e estimula outros jovens a manterem viva a tradição.

Ainda assim, o coreógrafo afirma que o valor não é suficiente para tudo, e o grupo necessita de um investimento mais alto para viabilizar a participação em outros campeonatos, fora da Bahia.

"A gente queria um espetáculo um pouco maior, com mais recursos, para se tornar mais competitivo, na intenção de competir fora do estado. As quadrilhas lá de fora são realmente muito grandes. Então, a gente faz rifas, faz eventos, com o intuito de aumentar os recursos".

Quando não estão nos preparativos para as apresentações, muitas quadrilhas se dedicam a trabalhos sociais. "As quadrilhas estão dentro das comunidades, fazendo com que os jovens se ocupem, não só através de trabalho coletivo, como também ocupando as mentes desses jovens, que aprendem a socializar, a seguir um direcionamento, a trabalhar em equipe, aprendem o que é disciplina", disse Carlos.

"Quadrilha é lugar de produção de conhecimento, de socialização, de troca de informação. Então é a preservação da cultura e, também, uma grande ferramenta de educação para as pessoas para o nosso contexto social", destacou.

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ARTIGO: POTENCIALIDADES DO SEMIÁRIDO PARA A AGRICULTURA BRASILEIRA

O Semiárido brasileiro tem características muito desafiadoras. A maioria dos seus municípios apresenta pluviosidade inferior a 800 mm anuais. A evapotranspiração é, em média, de 2000 mm ao ano, superando a precipitação em praticamente três vezes. Nessa perspectiva, é possível analisar o tamanho do desafio que é promover o desenvolvimento da agropecuária na região. O compromisso de contribuir para uma realidade produtiva que permita evolução nos indicadores socioeconômicos atuais impulsiona a pesquisa para o desenvolvimento de soluções tecnológicas adaptadas à condição local, gerando incrementos de produtividade e oportunidade de renda.

Na região, convivem duas agropecuárias: uma tipicamente dependente de chuva e outra que utiliza a irrigação das águas do Rio São Francisco como motor que impulsiona a economia e o desenvolvimento social. Nesses dois espaços, há diferentes atividades sendo desenvolvidas e atendendo ao público diverso do Semiárido.

Para as áreas dependentes de chuva, a pecuária é um elemento importante, sendo a caprinovinocultura sua atividade principal. Cerca de 30% do rebanho caprino nacional está localizado no Semiárido, a maior parte em propriedades de agricultores familiares. Há também microrregiões que têm uma pecuária bovina de bastante relevância e bacias leiteiras consolidadas, que movimentam a economia, em especial, no limite entre o Semiárido e o litoral - o Agreste. Nestas microrregiões, onde a precipitação pluviométrica é relativamente maior, instalou-se e vem crescendo a agroindústria de produtos derivados de leite.

No segundo contexto, a agricultura irrigada trouxe a possibilidade de desenvolvimento de uma fruticultura sólida, em que os avanços tecnológicos notavelmente promovem a evolução contínua das cadeias produtivas, com destaque para três delas: melão, uva e manga. A dimensão dessa realidade, amparada pela irrigação e pelas tecnologias que lhe são associadas, é estimada quando se constata seu crescimento em poucas décadas. Os avanços ressaltam a diversificação da produção, que tornou a fruticultura do Semiárido competitiva diante do mercado nacional e internacional, trazendo um crescimento fantástico para alguns pólos de irrigação no Nordeste.

Hoje, a fruticultura irrigada está consolidada no Vale do São Francisco, em Petrolina (PE), Juazeiro (BA) e municípios do entorno; no pólo Assu-Mossoró, no Rio Grande do Norte, e também em polos do Ceará e de outras microrregiões da Bahia. O mundo reconhece a qualidade da fruta brasileira que é exportada, sendo um diferencial da capacidade produtiva da região Nordeste. Isso tudo apresenta o amplo potencial para aprimorar, crescer e tornar o Semiárido ainda mais importante para a economia nacional.

Mesmo nas regiões dependentes de chuva, tem-se uma agricultura dinâmica e, ao mesmo tempo, limitada pelos ciclos de chuva. O principal desafio, nesse caso, é a própria indisponibilidade de água, que impõe o planejamento da produção e a necessidade de adoção de estratégias de armazenamento e de uso dessa água para torná-la disponível por mais tempo.

São, dessa forma, desafios que têm escalas diferentes quando se considera as atividades da agricultura irrigada e os trabalhos desenvolvidos para a agricultura dependente de chuva, em que o fator água é o determinante de sucesso para a produção. Para que o período de disponibilidade dessa água possa ser estendido, é preciso planejar e atrelar tecnologias de captação para suplementar as limitações hídricas ao longo da produção, em culturas como o feijão-caupi, milho, mandioca e outras que refletem a diversidade de alimentos que a região Nordeste é capaz de produzir e disponibilizar para o resto do país.

O risco de perda de safras, em função da ocorrência de ciclos de seca da região, é altíssimo, mas, com estratégias e com políticas adequadas é possível amenizá-los e ampliar a importância da região para agricultura brasileira nas suas diferentes possibilidades e extratos sociais, fortalecendo as unidades familiares e as empresas absorvedoras de mão-de-obra.

Maria Auxiliadora Coêlho, Chefe-geral da Embrapa Semiárido

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"NÃO FOI MILAGRE, FOI SABEDORIA ANCESTRAL DO NOSSO POVO", DIZ LÍDER INDÍGENA WITOTO

O que salvou as quatro crianças que sobreviveram na selva amazônica colombiana por 40 dias não foi um milagre, mas sim "a força do conhecimento e da sabedoria ancestral" do povo hitoto, afirma a brasileira Vanda Witoto.

Ela é líder indígena do povo witoto, etnia da qual fazem parte os irmãos resgatados após a queda do avião em que viajavam - na Colômbia, a etnia é comumente chada de hitoto.

Vanda considera os hitoto da Colômbia seus "parentes", apesar da distância. De origem colombiana, a etnia está no Brasil desde a década de 1930, quando os indígenas fugiram das perseguições no país vizinho.

Vanda conta que seus bisavós estavam entre os que deixaram o território original do povo para trás. "Mas ainda nos vemos como parentes, pois a fronteira não cortou nossos laços", diz.

A técnica de enfermagem é professora voluntária na comunidade Parque das Tribos, em Manaus, e afirma que a autonomia, o conhecimento sobre o manejo da floresta e a busca por alimentos na selva são ensinados às crianças indígenas desde muito cedo por meio do convívio em comunidade.

"A educação se dá no cotidiano e na observação dos fazeres dos mais velhos. Desde cedo, as crianças são levadas para a roça e aprendem como cuidar e manejar a natureza, quais folhas, frutas e raízes podem comer ou como procurar rios, pescar e confeccionar instrumentos básicos", diz a líder indígena.

"Por isso, não consideramos um milagre a sobrevivência das crianças hitoto na Colômbia. Foi a força da espiritualidade, do conhecimento e da sabedoria ancestral do nosso povo que as manteve vivas."

Os irmãos de 14, 9, 4 e um ano sobreviveram à queda do avião de pequeno porte em que viajavam com a mãe e outros dois adultos em 1º de maio.

Todos os adultos morreram e eles ficaram sozinhos na selva até a última sexta-feira (9/6), quando foram encontrados pelo Exército após uma intensa busca.

Segundo Vanda Witoto, em sua cultura, a transmissão de conhecimentos não acontece na escola tradicional, mas na convivência com os pais e avós e com a natureza. "Por isso é tão importante garantir o direito à terra", diz.

"Se hoje temos a condição de continuar existindo mesmo diante de toda a violência estrutural que enfrentamos, não só no Brasil, mas em toda a América, é por conta da força da nossa relação com a floresta, com os rios e com a terra."

Como professora voluntária no bairro indígena Parque das Tribos, Vanda afirma que trabalha a preservação da cultura e da sabedoria ancestral.

"Nós indígenas costumamos ter muito baixa autoestima de ser quem somos por conta do preconceito. Então, trabalhamos a valorização da identidade indígena, das nossas línguas e história com as crianças", afirma.

Nativos da Colômbia, os witoto se deslocaram para o Peru e o Brasil para fugir da violência enfrentada em seu território original, advinda principalmente da exploração da borracha na região e da ação de guerrilhas como a extinta Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc).

A grafia do nome do povo varia conforme o país - na Colômbia são hitoto e no Peru, uitoto - mas os costumes mantidos pela etnia são os mesmos em todos os locais.

No Brasil, o povo witoto vive no Estado do Amazonas, principalmente no Alto Solimões, na região da tríplice fronteira com Peru e Colômbia.

A região abriga atualmente cerca de três aldeias com mais de 150 famílias, que vivem da caça, da pesca e do extrativismo.

Outros indígenas da etnia também vivem no Parque das Tribos, como é o caso de Vanda Witoto.

"Meus bisavós fugiram da Colômbia de canoa e se instalaram no Brasil", conta.

"Nós nos distanciamos do nosso território ancestral, mas, em 2021, fizemos o primeiro encontro entre os witoto do Brasil e da Colômbia em cem anos."

Vanda diz que a mãe das crianças, que morreu no acidente de avião na Colômbia, é parente de uma tia sua que vive em Bogotá, capital da Colômbia.

"Na verdade, dizemos que todos somos parentes, apesar de não compartilharmos necessariamente vínculos de sangue."

Vanda conta ainda que, durante as buscas pelas crianças na selva amazônica, todos do povo se juntaram em um movimento espiritual para que fossem encontradas.

"Os povos originários seguram o céu. Nós fazemos isso a partir das medicinas tradicionais, da espiritualidade e da relação com a floresta."

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UNIVASF TERÁ CURSO DE MESTRADO EM POLÍTICA, CULTURA E MEIO AMBIENTE

A Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) oferecerá à comunidade mais um curso de pós-graduação: o mestrado em Política, Cultura e Ambiente (PoCAm). O curso, que tem caráter acadêmico na área de Antropologia, será binucleado com oferta nos campi Juazeiro (BA) e Serra da Capivara, em São Raimundo Nonato (PI). O resultado foi publicado na última quarta-feira (7), pela Diretoria de Avaliação (DAV) da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes).

O PoCAm cobrirá uma demanda produzida pelas Instituições de Ensino Superior (IES) da região, particularmente pelos cursos de Antropologia e Ciências Sociais da Univasf. O novo Mestrado propõe uma formação baseada no estudo das relações políticas, culturais e ambientais que constituíram o semiárido brasileiro. O curso, apesar de ser disciplinar na área de Antropologia,  incentiva uma interdisciplinaridade em diversas áreas das Ciências Humanas e das Ciências Sociais Aplicadas, como Sociologia, Estudos Latino-Americanos, Demografia, Administração Pública, Musicologia, Arqueologia e Geografia. 

O coordenador da proposta de criação do curso apresentada à Capes, professor Adalton Marques, afirma que o desenho interdisciplinar do qual o mestrado é constituído possibilitará a atuação em diversos setores da sociedade. “Essa abordagem proporciona uma formação integrada em pesquisa e extensão, aquisição de habilidades para que os estudantes atuem como docentes em diversos níveis e capacitação profissional na produção, inovação e promoção artístico-cultural e de tecnologias sociais e educacionais voltadas à administração pública e organizações da sociedade civil”, afirma Marques.

Para a pró-reitora de Pesquisa, Pós-Graduação e Inovação Maria Helena Tavares de Matos o curso, além de permitir a produção e a difusão de conhecimentos em ciências humanas e sociais sobre o semiárido nordestino, irá interiorizar a  pós-graduação na região. “O novo mestrado também contribui para a interiorização da formação, em nível de pós-graduação, em antropologia no Nordeste, especialmente, no Vale do São Francisco e do Sudeste do Piauí, uma vez que o programa terá sedes em dois campi, em São Raimundo Nonato e Juazeiro”, destaca. 

O corpo docente do PoCAm contará com 12 professores permanentes, seis do Campus Juazeiro e a outra metade do Campus Serra da Capivara, além de três colaboradores. As disciplinas obrigatórias serão ofertadas conjuntamente por docentes dos dois campi, sendo que os discentes assistirão parte delas presencialmente, com professores de seu campus, e a outra parte será ofertada por meio remoto. Anualmente haverá a integração de docentes e discentes dos dois núcleos do PoCAm, através de um evento acadêmico. A previsão é que a primeira turma do mestrado ingresse em 2024.

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FEIRA DE ORGÂNICOS DA UNIVASF CELEBRA UM ANO DE REALIZAÇÃO COM PROGRAMAÇÃO ESPECIAL

Há um ano, toda quinta-feira, na Universidade Federal do Vale do São Francico (Univasf), acontece a Feira de Orgânicos que comercializa alimentos como legumes, hortaliças, frutas e verduras, na rampa do prédio da Reitoria, no Campus Sede, em Petrolina (PE). A ação é promovida pela Diretoria de Arte, Cultura e Ações Comunitárias (Dacc), vinculada à Pró-Reitoria de Extensão (Proex), em parceria com a Associação dos Agricultores Familiares do Assentamento Terra da Liberdade. 

Para celebrar um ano de realização da feira, nesta quinta-feira (15), a partir das 8h, haverá uma programação especial com visitação à exposição “Frame e Recorte” e exibição de documentário, produzido por estudante e professoras do Colegiado de Artes Visuais (Cartes).

Na programação festiva, haverá a exibição do documentário "Assentamento Terra da Liberdade - Falta água nesse chão?", produzido pelo discente Bruno de Melo e pelas docentes Isabela Barbosa e Havane Melo do Curso de Licenciatura em Artes Visuais da Univasf.  A obra, que conta com a participação de Maria José da Conceição, Marinalva Pereira da Silva, Idenildo Damião de Souza e Maria Lopes da Silva, membros do Assentamento Terra da Liberdade, será exibida às 10h, na antiga sala do Conuni, na Reitoria.

Documentário será exibido quinta-feira.

Também como parte da programação a artista Rafaela Lucas, discente do Cartes, receberá os agricultores e estudantes da escola do Assentamento em visitação à sua exposição "Frame e Recorte", que está disponível no hall da Reitoria. A Mostra apresenta obras que são representações denominadas dioramas, formas artísticas tridimensionais de caráter realista, de cenas da vida para fins de exposições diversas, e são baseadas em filmes de animações.

A Feira de Orgânicos é uma iniciativa do Projeto de Extensão da Dacc “A Feira de Agricultura Familiar como Dispositivo de Transformação Social e Preservação Ambiental”. Segundo a diretora da Dacc, professora Flora Romanelli Assumpção, a feira tem tido um impacto positivo tanto para os comerciantes quanto para os clientes. “A feira está sendo muito positiva para a renda dos agricultores, bem como pros clientes que já têm consciência da importância da agricultura orgânica e de alimentos que não nos adoecem nem ao planeta”, afirma.

A celebração que acontecerá nesta quinta-feira será um momento de interação entre a Universidade e membros do Assentamento Terra da Liberdade. Para a professora Flora é importante manter uma relação entre Universidade e a comunidade em geral. “A população precisa compreender que seu bem-viver também depende do desenvolvimento das pesquisas e ações de comunicação das universidades. Estamos vivendo um momento em que a população precisa aprender sobre os benefícios que as universidades lhes proporcionam em termos de saúde, cultura e conquista de cidadania”, disse a diretora da Dacc.

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