BRASIL SE DESPEDE DE UMA VIDA DE GLÓRIAS, NUM PAÍS AINDA MARCADO PELO RACISMO E DIFERENÇAS SOCIAIS, AFIRMA JORNALISTA NILTON LEAL

A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu, na manhã desta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro por complicações de um câncer no cérebro e o assunto repercute em todo o Brasil.

O jornalista Nilton Leal, doutorando em Ecologia Humana, através das redes sociais, destacou a importância de Gloria Maria, em meio a lutas e conquistas identitárias. " O Brasil se despede de uma vida de Glórias, num país ainda marcado pelo racismo e diferenças sociais. Glória Maria fez história". Confira texto:

A doença ( câncer) é algo mesmo terrível, que nos deixa sem palavras diante dos mistérios da vida. Sem contestação, a nossa trajetória na terra é mesmo dinâmica e implacável, não sabemos ao certo como estaremos amanhā, sendo velhos ou jovens, o bom mesmo é aproveitar os momentos, procurando sempre a harmonia interna e externa, mantendo sempre vivos, o amor, a alegria e o respeito com nós e com os outros. Um dia triste para o jornalismo brasileiro. Glória Maria será lembrada como um ícone do nosso ofício, (jornalismo), mas também como uma mulher, que driblou narrativas racistas, de injustiças e desigualdades políticas e sociais. Não a conheci pessoalmente, mas sua empatia e espírito libertário mediados pela TV, são sem dúvida inspiração para todos nós,  um bom dia  a todos! E que Deus nos abençoe!!

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BRASIL SE DESPEDE DE UMA VIDA DE GLÓRIAS, NUM PAÍS AINDA MARCADO PELO RACISMO E DIFERENÇAS SOCIAIS, AFIRMA JORNALISTA NILTON LEAL

A jornalista e apresentadora Glória Maria morreu, na manhã desta quinta-feira (2), no Rio de Janeiro por complicações de um câncer no cérebro e o assunto repercute em todo o Brasil.

O jornalista Nilton Leal, doutorando em Ecologia Humana, através das redes sociais, destacou a importância de Gloria Maria, em meio a lutas e conquistas identitárias. " O Brasil se despede de uma vida de Glórias, num país ainda marcado pelo racismo e diferenças sociais. Glória Maria fez história". Confira texto:

A doença ( câncer) é algo mesmo terrível, que nos deixa sem palavras diante dos mistérios da vida. Sem contestação, a nossa trajetória na terra é mesmo dinâmica e implacável, não sabemos ao certo como estaremos amanhā, sendo velhos ou jovens, o bom mesmo é aproveitar os momentos, procurando sempre a harmonia interna e externa, mantendo sempre vivos, o amor, a alegria e o respeito com nós e com os outros. Um dia triste para o jornalismo brasileiro. Glória Maria será lembrada como um ícone do nosso ofício, (jornalismo), mas também como uma mulher, que driblou narrativas racistas, de injustiças e desigualdades políticas e sociais. Não a conheci pessoalmente, mas sua empatia e espírito libertário mediados pela TV, são sem dúvida inspiração para todos nós,  um bom dia  a todos! E que Deus nos abençoe!!

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SÃO PAULO TERÁ MEDICAMENTO À BASE DE CANNABIS NO SISTEMA ÚNICO DE SAÚDE

A lei que garante a inclusão dos medicamentos à base da cannabis no Sistema Único de Saúde (SUS) em São Paulo foi sancionada hoje (31), com vetos parciais. O projeto foi aprovado em 21 de dezembro na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp) com proposição do deputado Caio França (PSB). 

Nas redes sociais, o parlamentar disse que esta é uma vitória das famílias “de autistas, pessoas com síndromes raras, Parkinson e outras patologias”. No dia  (30), o deputado entregou um abaixo-assinado com 40 mil assinaturas, além de notas de apoio, ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. A nova lei tinha que ser sancionada ou vetada até esta sexta-feira (3).

Os vetos parciais, segundo o governo, dizem respeito a trechos em desacordo com a Constituição Federal de 1988. O texto será remetido à Alesp para apreciação.

O governo estadual informou que um grupo de trabalho será criado para regulamentar a nova lei. “Os profissionais serão responsáveis pela implementação, atualização e reavaliação da Política Estadual de Medicamentos Formulados à Base de Cannabis”, apontou em nota.

A medida “minimiza os impactos financeiros da judicialização e, sobretudo, garante a segurança dos pacientes, considerando protocolos terapêuticos eficazes e aprovados pelas autoridades de Saúde”. 

A importação de produtos medicinais feitos a partir da cannabis foi liberada em 2015 pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Os medicamentos só eram fornecidos pelo governo do estado mediante decisão judicial.

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COMUNIDADES TRADICIONAIS REALIZAM PROTESTO EM SENTO SÉ BAHIA

“Quando chove, atola, quando tá seco é a poeira horrível”. A frase de Dona Maria Rosa Cruz, 59, define bem a situação que a população de comunidades ribeirinhas de Sento Sé (BA) tem vivido. Desde 2020, com o início do funcionamento da Tombador Iron Mineração, os/as moradores/as do território não têm mais um minuto de sossego. Faça sol ou chuva, todos dias, dezenas de carretas que transportam o minério de ferro da empresa passam pelo trecho da BA-210, que liga onze comunidades à sede do município, gerando inúmeros transtornos.

Poeira, buracos, falta de visibilidade na estrada, riscos de acidentes, animais mortos e sem acesso à caatinga e fontes de água. Esses são alguns dos problemas enfrentados pela população local. “Já passei momentos difíceis nessa estrada, de moto, você não vê nada, quem tá vindo ou quem tá indo. Tá insuportável, não estamos aguentando mais”, desabafa Domingos Lima, 55, da comunidade Tombador de Cima.

O grande fluxo de carretas da empresa de mineração já tem até interferido na renda e no jeito de viver das comunidades tradicionais. Seu Raimundo Nonato, 65, do Limoeiro, teve que se desfazer da sua criação de gado. “Minha roça é aqui na beira da estrada, fui obrigado a vender minha criação porque não tinha mais como eles beberem água, e eu fiquei sem nada. Só estamos sendo prejudicados”, comenta.

Cansadas dessa situação e com receio de que os problemas se agravem, as comunidades atingidas pela Tombador Iron Mineração iniciaram um protesto na manhã da última segunda-feira (30). Com dois pontos de ocupação na estrada, carretas e funcionários da empresa não conseguem trafegar pelo local há mais de 36 horas. O objetivo principal da manifestação é conseguir o asfaltamento da via, cerca de 100 quilômetros de extensão.

“Estamos sofrendo, não conseguimos mais fazer um trajeto com tranquilidade daqui pra Sento Sé. A nossa luta é pela nossa melhora, estamos fazendo um protesto digno. Nós somos gente”, afirmou Marismar Vital, 39, pescadora da comunidade Aldeia.

Até o momento, as comunidades não receberam nenhum retorno sobre a reivindicação. Representantes da Prefeitura Municipal e da Secretaria de Infraestrutura do Estado estiveram no local. As Polícias Rodoviária Estadual e Militar também estiveram na ocupação na tarde de ontem. Na ocasião, tentaram intimidar e desmobilizar o protesto. No entanto, as comunidades seguem em manifestação até que a pauta seja atendida.

Texto e fotos: Comunicação CPT Juazeiro

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NILDA ARAÚJO: UM SENTIMENTO CHAMADO PAIXÃO PELA DANÇA E CULTURA GONZAGUEANA

O professor Aderaldo Luciano, doutor e mestre em Ciência da Literatura, afirma que Luiz Gonzaga plantou a sanfona, estampou a zabumba em nossos corpos, trancafiou-nos dentro de um triângulo e imortalizou-nos no registro de sua voz. Dentro do seu matulão convivemos, bichos e coisas, aves e paisagens. Pela manhã, do seu chapéu, saltaram galos anunciando o dia, sabiás acalentando as horas, acauãs premeditando as tristezas, assuns-pretos assobiando as dores, vens-vens prenunciando amores.

É em Luiz Gonzaga  que seu peito abriga o canto dolente e retorno dos vaqueiros mortos e a pabulagem dos boiadeiros vivos. As ladainhas e os benditos aninhavam-se por ali, buscando eternidade.

Este sentimento é vivenciado pela dançarina Nilda Araujo, paraibana de Gurjão, região do Cariri, e por isto traz a sonoridade dos Canários de Campina, sabiás, provocando a suavidade presente nas danças dos pássaros e arquetipos da leveza e a paixão pela cultura gonzagueana. Nilda declara sempre a sua paxão  pelo ritmo cantado por Luiz Gonzaga. Nilda é formada em filosofia pela Universidade Estadual da Paraíba.

"Meu primeiro contato com forró foi no Sítio Poço de Pedras, nos sítios. Meus pais sempre gostaram... e me levavam para os forrós, eu desde bebê...Taí meu amor pelo bom forró. Comecei dançar nos sítios, com candeeiro e depois, lampião de gás... o forró era sanfona, triângulo e zabumba. Painho toca zabumba, triângulo e pandeiro.Ele integrava um trio de lá do sítio. Somos família apaixonada por forró", revela Nilda Araújo, que já foi dançarina do grupo que se apresentava com a cantora Elba Ramalho.

A cada ano já é tradição na terra do Rei do Baião, Exu Pernambuco,  o encontro, denominado "Grande Encontro dos Gonzagueanos que prestam homenagens a Luiz Gonzaga. 

Centenas de pessoas se deslocam de diversos lugares do Brasil para prestigiar a data de nascimento, 13 de dezembro,  daquele que é uma das maiores referências da música brasileira.

Entre os Clubes de Fãs e Pesquisadores  presentes nas festividades estão o Eterno Cantador (Paus Ferros-RN), Fã Clube 100% de Santa Cruz do Capibaribe (PE), Irmãos Gonzagueanos (Caruaru PE), Amigos Gonzaguianos (Senhor do Bonfim), Tropa Gonzagueana (Petrolina/Juazeiro), Aracaju, Salvador, Fortaleza. 

A Missa em Ação de Graças na sombra do pé de juazeiro, no Parque Asa Branca, tem a presença do Padre Fabio que é o fundador do site Na Cabana de Gonzagão. Exemplo são as admiradoras da biografia de Luiz Gonzaga, as bacharéis em Turismo, pela Universidade Federal do Piauí,  Jacimara Almeida e Fran Santos; elas viajaram quase 900 km para chegar a Exu, Chapada do Araripe. A origem da viagem Caxingó, Piauí.

"A sanfona é o principal instrumento das festas espalhadas pelo mundo. Fascina pela sua sonoridade, pela diversidade de modelos e gêneros, mas seu encanto transcende o poder da música, porque desperta um afeto misterioso. Talvez pelo fato de ficar junto ao coração do sanfoneiro, ou, quem sabe, por ser um instrumento que é abraçado ao se tocar. Ou ainda, por ser um instrumento que respira...O fato é que a sanfona une as pessoas e é amada por todos os povos".

O Fã Clube Irmãos Gonzaguianos de Caruaru foi fundado com o objetivo de valorizar a vida e obra de Luiz Gonzaga e Dominguinhos. Todos os anos está presente em Exu e Garanhuns além do Encontro dos Gonzagueanos que é realizado em Caruaru, Pernambuco. O Fã Clube Irmãos Gonzaguianos tem na diretoria Vanderson Gomes, Nadir Ribeiro, Luiz Carlos e Edilson Guedes.

Edilson Guedes é funcionário público e trabalha em Gravatá Pernambuco. Ele apresenta também o Programa de Rádio Relembrando O Gonzagão e ainda mantém o site com 24 horas no ar tocando músicas de Luiz Gonzaga e todos aqueles que fazem o forró trilhado na sanfona, triangulo e zabumba.

Santa Cruz do Capibaribe, Pernambuco é também conhecida como A Capital do Jeans. Um dos mais ativos grupos, o Fã Clube 100% Gonzagão foi criado desde 2004, os amantes de seu Lula vem manifestado seus gostos e admiração pelo mestre Lua, dando início a um compromisso que se tornou tradição. Todo mês de dezembro, mês do aniversário do Gonzagão, o grupo segue em caravana com destino à Exu-PE, onde acontece uma grandiosa festa em homenagem ao Rei do Baião. 

O Fã Clube 100% Gonzagão distribui camisetas, adesivos e outros brindes, gratuitamente, além de festejar. O trabalho não tem fins lucrativos, toda e qualquer despesa é bancada pelos componentes do grupo 100% Gonzagão. Fortalecendo e dando continuidade a cultura Gonzagueana, todos os anos são realizados em Santa Cruz, festejos para alegria da população, em comemoração as festividades Juninas, ao Forró, Baião e arrasta pé.

O Fã Clube “Eterno Cantador”, de Pau dos Ferros-RN, foi fundado em 13 de agosto de 2011, constituído por fãs e admiradores da vida e da obra do cantor e sanfoneiro Luiz Gonzaga do Nascimento, o Rei do Baião –Gonzagão, tendo por finalidade divulgar, preservar, propagar e enaltecer a obra deste vulto imortal da música popular brasileira e especificamente da nossa região nordeste. 

O precursor deste grupo, hoje com mais de 100 sócios, entre eles os Engenheiros agrônomos Epifanio Silvino do Monte, Euzébio Fernandes Neto e Hélio Diógenes Amorim.

"Se Deus quiser, 2023 estaremos mais uma vez, Todos unidos em Exu Pernambuco e também em Garanhuns no Festival Viva Dominguinhos. O fã clube promove mensalmente suas reuniões sediadas por seus sócios, onde são discutidas e tomadas as decisões inerentes às atividades culturais e recreativas, com também promoverem a confraternização de seus membros e convidados, tendo sempre como fundo musical o repertório do Rei do Baião, executado por sanfoneiros exaltando o nosso forró de verdade", finaliza Helio Diogenes. 

(Texto: Jornalista Ney Vital-apresentador e produtor Rádio Cidade FM 95.7 Programa Nas Asas da Asa Branca Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos)

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MINISTRA DOS POVOS INDÍGENAS ESPERA DEMARCAÇÃO DE 14 ÁREAS ESTE ANO

A ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, afirmou, em entrevista a veículos da Empresa Brasil de Comunicação (EBC), que 14 processos de demarcação de terras indígenas estão prontos para homologação pelo governo federal.

São áreas localizadas em oito estados de quase todas as regiões do país. "Temos 14 processos identificados, que estão com os estudos prontos, concluídos, já têm a portaria declaratória. A gente espera que o presidente Lula possa assinar a homologação", disse.

As terras indígenas prontas para o reconhecimento definitivo ficam no Ceará, Bahia, Paraíba, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Acre, Amazonas e Mato Grosso. O governo anterior, de Jair Bolsonaro, havia paralisado todos os processos de demarcação de terras indígenas e a retomada desses processos foi um compromisso de campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

No fim ano passado, durante a transição de governo, o grupo de trabalho temático sobre questões indígenas já havia incluído, no seu relatório, uma lista das 13 áreas prontas para demarcação. Ao todo, elas somam cerca de 1,5 milhão de hectares.

AMEAÇAS: Primeira indígena a assumir um cargo de ministra no governo federal, Sônia Guajajara foi a entrevistada da edição desta sexta-feira (27) do programa Voz do Brasil, da EBC, em que atualizou a situação de vulnerabilidade de diversos povos.

O tema ganhou evidência nos últimos dias com a eclosão da crise sanitária vivida pelos Yanomamis, em Roraima. Segundo a ministra, este caso é apenas "a ponta do iceberg". 

"Tivemos seis anos de muita ausência do poder público. Yanomami é uma pontinha do iceberg", afirmou Guajajara. A ministra citou os casos dos povos Arariboia e Guajajara, no Maranhão, Uru-eu-wau-wau, em Rondônia, Karipuna, no Acre, e Munduruku, no Pará. "Todas essas áreas estão com situação grave de madeireiro ou de garimpeiro e, com isso, [há] uma insegurança geral de saúde e alimentar", disse.

A ministra também mencionou a situação dos indígenas Guarani Kaiowá, grupo que já esteve em evidência há alguns anos, mas que segue grave. Eles vivem em área ainda não demarcada e que é disputada por fazendeiros, as chamadas de áreas de retomada, em que há conflito permanente.

 “Temos recebido demanda do Guarani Kaiowá. Eles vivem em áreas de retomadas e isso dificulta a produção de alimentos. Tem a situação do povo Pataxó, também numa área de retomada. É uma terra indígena que aguarda portaria declaratória do governo federal. [Há também] os Awá Guarani, no Paraná, que têm procurado a gente para dar uma atenção especial", acrescentou.

Outra fonte de preocupação, de acordo com a ministra, segue sendo a região Vale do Javari, no extremo oeste do Amazonas, que concentra o maior número de povos indígenas isolados de todo o país. No ano passado, a região foi notícia mundial com os assassinatos brutais do jornalista britânico Dom Phillips e do indigenista Bruno Pereira.

"Nas duas últimas semanas foi encontrada uma bomba dentro da casa de um servidor da Funai [no Vale do Javari]. A Polícia Federal foi chamada e conseguiu desarmar a bomba. O Vale do Javari é uma prioridade para garantir proteção", revelou a ministra.

"Com essa afirmação do presidente Lula de que vai retomar a demarcação de terras indígenas, de que vai avançar com esses processos, então [isso] já gera uma certa turbulência, animosidade de quem é contra a demarcação e, com isso, eles tentam formas de intimidar a própria atuação do governo federal", acrescentou.

A ministra do Povos Indígenas ainda falou sobre a necessidade de ações permanentes nos territórios indígenas, para repelir ameaças e evitar novas situações de vulnerabilidade.  

"Essa ação é muito importante, é a retomada da presença do Estado no território. E é preciso que seja feito um trabalho articulado com vários ministérios. Para isso, instalou-se uma comissão de enfrentamento que vai começar na segunda-feira (30), e a ideia é que o Ministério da Defesa permaneça ali com essa presença de fiscalização, juntamente com Ministério da Justiça, [com] a Polícia Federal", finalizou. (Fonte Agencia Brasil)

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FEIRA AGROECOLÓGICA E ORGÂNICA FORTALECE COMERCIALIZAÇÃO DE PRODUTOS DA AGRICULTURA FAMILIAR

Juazeirenses e visitantes contam com Feira Agroecológica e Orgânica que acontece semanalmente com comercialização de diversos produtos da agricultura familiar e artesanatos. A feira acontece ao lado do Armazém da Caatinga, na Vila Bossa Nova, Orla II de Juazeiro.

O espaço tem sido uma oportunidade para escoar o excedente da produção de dezenas de agricultores/as familiares da região. “A gente tem uma coisa mais certa, a gente produzia, mas pra onde ia escoar essa produção? E hoje, a gente já tem o ponto certo. Através da Coopervida, a gente fez esse gancho de expandir essa comercialização e aí a gente não tá dando conta da demanda”, destaca a agricultora do assentamento São Francisco em Juazeiro e coordenadora do Pré-Núcleo Sertão do São Francisco, Carmem de Oliveira.

A Cooperativa Agropecuária Familiar Orgânica do Semiárido - Coopervida e a Central da Caatinga são as organizadoras da feira. A presidente da Coopervida, Gizeli Maria Oliveira, ressalta que tem trabalhado para “[...] fortalecer mais ainda as comunidades dos distritos de Juazeiro. Muitas famílias, nos quintais agroecológicos, por exemplo, que não tinham para onde escoar os excedentes da produção, com a entrega de cestas, a venda na quitanda, que é num bairro periférico aqui de Juazeiro e a Feira Agroecológica, nós estamos conseguindo absorver essa produção”.

Gizeli pontua que esse trabalho junto às famílias agricultoras conta com “um circuito de apoio” de técnicas/os de organizações que atuam na região e que “fazem essa ponte entre a Coopervida e as famílias que estão nas comunidades”. O Irpaa é uma das entidades que apoiam a feira.

A articulação com as parcerias para garantir a logística com as/os agricultoras/es resulta, por exemplo, na comercialização de cestas, com média de 25 por semana. Devido à comodidade, esse serviço tem sido bem procurado e é uma forma de garantir o acesso da população a produtos saudáveis, sem agrotóxicos. “As famílias fazem o pedido no WhatsApp uma vez por semana e recebem na sexta-feira pela manhã em suas casas. Então, a feira está se ampliando e a proposta é essa, que ela se amplie não só aqui no espaço da Orla, mas também em outras localidades de Juazeiro para a maior parte da população também ter acesso a esses produtos”, destaca Gizeli Maria.

Com essa proposta de ampliação, diferentemente das quintas-feiras, em que são comercializados apenas produtos orgânicos, às sextas há uma diversidade maior. É possível encontrar produtos orgânicos, agroecológicos e itens da economia solidária como artesanatos de couro e madeira, bordados, comidas típicas e perfumes. Nos dois dias, o horário de funcionamento é das 16h às 20h.

Para a coordenadora da Rede Mulher em Juazeiro, Karine Pereira, que participa com artesanatos, o espaço é uma oportunidade para mulheres do coletivo. “É uma novidade, ainda mais se tratando de artesanato que as mulheres ainda estão começando a produzir pensando na comercialização fora do seu ambiente domiciliar, como vender pro vizinho, para uma amiga; mas, para sair da cidade pra ir para outro município, não (ter condições). Então, é um espaço inovador para a Rede Mulher, é um espaço que a gente tá aprendendo”.

Karine avalia que é preciso a comunidade aproveitar e valorizar mais ainda a iniciativa, principalmente, porque é uma forma de apoiar a produção das famílias. “O que a gente mais acha desafiante, no momento, é a população de Juazeiro perceber o valor, a importância de ter uma feira como essa. São produtos de qualidade, com preços super acessíveis e que, além de fomentar a economia local, também contribuem para que as pessoas tenham uma melhor alimentação e com a renda de muitas famílias”.

Há um mês, aproximadamente, o jovem Maurício Fábio da Silva e os amigos participam da Feira Agroecológica e Orgânica de Juazeiro. Maurício avalia que o espaço é importante para divulgar o trabalho de artesanato com reciclagem que é realizado por eles. “A ideia da ‘Berro do Gato’ é isso, pegar material reciclado, que as pessoas não utilizam mais e a gente faz a nossa arte. Exemplo, uma empresa que vai jogar material fora, a gente vai lá e cata. As pessoas procuram mais para trabalhos encomendados e a feira, a gente usa como parte de vitrine mesmo. A gente já conseguiu muita encomenda por fora”.

A feira foi inaugurada no dia 30 de junho de 2022, como parte integrante de um projeto que engloba também o Armazém da Caatinga. O contato disponibilizado pela organização para os pedidos de cestas, via WhatsApp, é o (74) 98859-9873.

Fonte: Arte de divulgação: Organização da Feira Texto e foto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa

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