LUIZ GONZAGA E OS RECORDES DE AUDIÊNCIA NAS PLATAFORMAS DIGITAIS IMPRESSIONAM DEVIDO OS MILHARES DE ACESSOS

Na terça-feira, 13 dezembro foi dia de celebrar a cultura brasileira, mais especificamente um ritmo musical que nasceu no Nordeste e se espalhou por todo o Brasil, o forró. Neste dia 13 de dezembro, o sanfoneiro Luiz Gonzaga, considerado o Rei do Baião, completaria 110 anos se vivo estivesse. O artista nasceu em 1912, em Pernambuco, e morreu em 1989, no mesmo estado.

O cantor e compositor foi o principal responsável por apresentar a música nordestina ao restante do país e, apesar de ter morrido há 33 anos, seu legado continua vivo e suas canções seguem marcando a vida dos brasileiros. Xote das Meninas, Asa Branca, Vem Morena, Pagode Russo, Numa Sala de Reboco, entre outras, são canções que fazem parte da playlist dos amantes do forró.

Prova de que o talento e importância de Gonzaga para a música nordestina continua vivo na memória dos brasileiros são os números que suas obras seguem alcançando na atualidade. O artista tem mais de 630 mil ouvintes mensais no streaming de música Spotify e suas canções mais famosas, como A Vida do Viajante, tem mais de 10 milhões de reproduções na plataforma.

No Youtube, os números são igualmente surpreendentes. O vídeo da música Asa Branca, em parceria com o cantor Fagner, por exemplo, tem 42 milhões de visualizações. Outro, uma parceria com a cantora Elba Ramalho na canção Sanfoninha Choradeira, acumula 14 milhões de reproduções.

Em 1947 Gonzaga gravou a música Asa Branca. A canção foi escrita pelo sanfoneiro e por Humberto Teixeira em 3 de março daquele ano e se tornou o maior sucesso do Rei do Baião e uma das músicas mais populares do país.

De acordo com o Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (ECAD), Asa Branca é uma das músicas mais tocadas em festas juninas. Na década de 2010, a música ficou em terceiro lugar no ranking das canções mais usadas na festividade nordestina. Além disso, segundo relatório do Escritório, divulgado em setembro de 2022, ela é a terceira música mais regravada da história do Brasil, com 366 interpretações.

A música fala sobre a seca no sertão nordestino sob o olhar de um roceiro. A forma como o cantor descreve as paisagens, a sazonalidade e os animais rendeu a Gonzaga o título de Doutor Honoris Causa pela Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE). O nome da canção é inspirado na ave asa-branca, uma espécie de pombo que possui natureza migratória e consegue voar a longas distâncias e altitudes.

Logo após esse sucesso, mais precisamente em 1950, Gonzagão se consagrou como o Rei do Baião e a voz mais popular da música nordestina. Baião é um gênero musical e de dança popular na região Nordeste, ele deriva do lundu — dança e canto de origem africana introduzida no Brasil pelos escravizados vindos da Angola — e utiliza muito instrumentos musicais como viola caipira, triângulo, flauta doce e sanfona.

Luiz Gonzaga é o artista mais tocado em festas juninas. Suas músicas ocupam o topo da lista de mais reproduzidas nessa ocasião. “Olha pro céu”, por exemplo, ficou em segundo lugar como a música mais ouvida em São João da última década, ficando atrás somente de “Festa na roça”, autoria do cantor Mario Zan.

“Pagode Russo”, é outra composição de Gonzagão que está entre as mais usadas em festas juninas, tendo sido a mais tocada no ano de 2010. Ela é também a quinta canção interpretada pelo sanfoneiro mais ouvida no período entre 2016 e 2020.

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PROJETO DO NEMA CONCLUI IMPLANTAÇÃO DE 39 BARRAGENS NAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DA ARARINHA AZUL

Para recuperar a vegetação das áreas localizadas no interior e entorno das Unidades de Conservação da Ararinha-azul, em Curaçá (BA), o Núcleo de Ecologia e Monitoramento Ambiental (Nema) da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf) realiza uma série de esforços através do Projeto RE-Habitar Ararinha-azul. 

O processo de reflorestamento dessas áreas se dará com a união de modelos de recuperação de áreas degradadas e a implantação de tecnologias sociais de prevenção à desertificação, como barragens e cordões em contorno. O projeto concluiu a construção de 39 barragens sucessivas, que irão aumentar significativamente a disponibilidade de água na região.

Realizado em parceria com a Fundação de Apoio ao Desenvolvimento (Fade) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), o projeto irá recuperar 100 hectares vinculados às margens de rios intermitentes ou temporários e 100 hectares em regiões mais secas. Toda essa área se concentra nas unidades de conservação Refúgio de Vida Silvestre (RVS) e Área de Proteção Ambiental (APA) Ararinha-azul, em Curaçá (BA), habitat prioritário das ararinhas-azuis.

As barragens sucessivas foram implantadas em riachos e afluentes em seis propriedades rurais como parte das técnicas de recuperação das áreas degradadas de mata ciliar. Concluídas em outubro, as obras duraram dois meses e envolveram o esforço de uma equipe de nove pessoas, entre analistas ambientais e auxiliares de campo, em sua maioria moradores da região.

Estas barragens auxiliam na manutenção da água e na fertilização gradual do solo onde são implantadas. Dessa maneira, contribuem para um ambiente mais favorável para as espécies vegetais e, consequentemente, para a fauna silvestre, em especial as ararinhas-azuis. Com a recuperação de várias funções do ecossistema, será possível para os moradores, que vivem no interior das unidades de conservação, o desenvolvimento mais sustentável de atividades agrícolas em suas propriedades.

De acordo com o pesquisador do Nema, o engenheiro agrônomo Anderson Souza, essa tecnologia social irá reter um maior quantitativo de água que, normalmente, se perde por conta da baixa cobertura vegetal nas áreas degradadas. “As barragens sucessivas contribuem na redução da velocidade das enxurradas após as chuvas, aumentando a infiltração de água no solo e a disponibilidade hídrica, além de auxiliar na contenção de sedimentos, evitando o assoreamento de rios e reservatórios”, explica.

O projeto ainda implantará sete barragens subterrâneas e cerca de 50 quilômetros de cordões em contorno, junto à execução de semeadura direta e plantios de mudas em áreas degradadas. Todos fazem parte dos métodos que compõem o arranjo tecnológico do Nema para recuperar áreas de mata ciliar e savana estépica.

RE-Habitar Ararinha-azul - Projeto aprovado na chamada do GEF-Terrestre, em seu componente para recuperação de áreas degradadas da Caatinga. A iniciativa é financiada pelo Fundo Brasileiro para a Biodiversidade (Funbio) e Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), vinculado ao Ministério do Meio Ambiente (MMA).

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UFRN SERÁ A PRIMEIRA INSTITUIÇÃO DE ENSINO NO BRASIL A REALIZAR PESQUISAS CIENTÍFICAS COM DERIVADOS DE CANNABIS

A Anvisa concedeu uma autorização especial para a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) conduzir projetos de pesquisa pré-clínica com derivados da Cannabis.

As pesquisas pré-clínicas não são realizadas em humanos e serão conduzidas pelo Instituto do Cérebro da UFRN (ICe-UFRN) para avaliação da eficácia e segurança de combinações de fitocanabinóides no manejo de sinais e sintomas associados a distúrbios neurológicos e psiquiátricos .

A Autorização Especial Simplificada para Estabelecimento de Ensino e Pesquisa (AEP) foi concedida após a UFRN entrar com um recurso administrativo frente ao indeferimento de um pedido anterior de AEP relacionado aos referidos projetos de pesquisa científica, que buscam avaliar o potencial terapêutico da planta.

Apesar de sua utilização com fins medicinais há milhares de anos, ainda existe importante lacuna científica sobre as potencialidades, mecanismos de ação e efeitos do uso de Cannabis no organismo humano.

De acordo com a Anvisa, a ausência de informações científicas acuradas pode implicar em imprecisão que impede, muitas vezes, a determinação da eficácia do uso de produtos derivados da Cannabis em terapias curativas ou amenizadoras de dores.

Para a Anvisa, a geração de conhecimento científico se torna fundamental ao desenvolvimento de medicamentos, nos termos da própria Resolução da Anvisa, que prevê uma regularização temporária para os produtos derivados de Cannabis autorizados, de modo que possam ser comercializados de forma segura enquanto estão sendo concluídos os estudos clínicos.

Para conceder a autorização especial, a Anvisa alguns critérios obrigatórios a serem seguidos, dentre os quais destacam-se:

O projeto de edificação e instalações da Instituição de Pesquisa deve ser submetido à avaliação da Anvisa previamente ao início da pesquisa;

A Universidade deverá encaminhar à Anvisa os registros do acompanhamento individual de cada projeto em desenvolvimento por meio de relatórios semestrais e anuais;

Deverá ser apresentado à Anvisa um relatório de conclusão ao término do projeto de pesquisa, contendo informações completas sobre a utilização e destinação da planta Cannabis sp.;

Em caso de descarte de produto, este deve ser inativado por meio de autoclavagem e, posteriormente, descartado por empresa especializada em descarte de resíduos químicos e biológicos pelo processo de incineração;

Definição de requisitos específicos referentes ao controle de acesso às instalações onde serão realizadas as pesquisas.

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LIVRO CELEBRA 110 ANOS DE LUIZ GONZAGA Á ALTURA DE SUA GRANDEZA

Foram muitas as vezes em que Paulo Vanderley repetiu “Seu Luiz Gonzaga”. Havia respeito no tom e reverência na fala que discorria sobre o Rei do Baião. Aos 43 anos, Paulo segue sem hesitar em demonstrar (e afirmar) que o artista pernambucano é o maior do Brasil de todos os tempos.

“Sim, eu sempre falo isso. Eu sempre falo isso”, reforçou o paraibano, assumidamente fã, colecionador, admirador e mais recentemente autor de um compilado que reúne um tanto do muito que foi/é a imensidão do mais completo representante da música nordestina e que no último dia 13, se vivo estivesse, teria completado 110 anos – data que trouxe à tona o livro “Luiz Gonzaga – 110 do Nascimento”, material em box que envolve de histórias da vida e obra de Gonzagão, além de raridades em fotos, capas de LP’s e outros itens que detalham sobre o filho de Januário e Mãe Santa, nascido no Sertão do Araripe, em Exu.

 “A ideia do livro vem rondando meu juízo desde a época do centenário, mas acabei envolvido em vários projetos de Seu Luiz, como o filme (“Gonzaga: de Pai para Filho”, 2012), o desfile da Escola de Samba (Gonzaga foi homenageado no desfile da Unidos da Tijuca, em 2012). Eu já queria fazer o livro, porque são mais de 30 anos colecionando e juntando materiais do selo Luiz Gonzaga”, contou Paulo em conversa com a Folha de Pernambuco, complementando que do livro, o fã vai se emocionar com o fato dele ser contado em primeira pessoa. 

 “As pessoas vão ouvir a voz de Seu Luiz Gonzaga contando a história dele pra gente, através de QR Codes espalhados pela obra, bastando apontar o celular para ouvir a voz dele bem intimista, parece que está falando no ouvido da gente, essa é a sensação”.

Pensado para levar o máximo de Gonzagão, como artista e como pessoa, aos fãs, o livro é fruto de um trabalho de pesquisa intenso, que envolve do palco à infância entre as boas novas do artista que foi porta-voz das dores e das delícias do nordestino. 

“Montamos o livro com entrevistas de rádio que ele deu, transcrevemos o material e foram mais de 300 páginas. E a cereja do bolo desse projeto foi a entrevista com Dominique Dreyfus (biógrafa de Gonzaga com a obra “Vida de Viajante: a saga de Luiz Gonzaga”, 1996). 

Ela, uma jornalista francesa, fez com Seu Luiz exatamente o que eu gostaria de fazer: acompanhou-o do palco até em casa, numa relação muito próxima”, contou Paulo, que como referência para a obra utilizou materiais semelhantes produzidos para os Beatles, Elvis e Senna.

“Não é muito comum no Brasil ver esse tipo de trabalho com nossos artistas, e usamos isso como base mas tem que ser daqui para frente, tem que ser melhor do que essas referências”. 

A obra é formada, entre outros detalhes, por capas dos discos de carreira de Gonzaga, carteira com seu retrato 3 x 4, documento do carro, cartaz, pôster e o livro, multimídia, com quase 500 páginas, além de curiosidades como o contrato de ‘Seu Luiz’ com a Rádio Nacional e o seu cartão bancário – este último item, aliás, traduz bem o começo da história de Paulo Vanderley com o Rei do Baião, já que o seu pai era gerente do Banco do Brasil em Exu.

E foi com Luiz Gonzaga como cliente da agência que a história do artista pernambucano se entrelaçou com a do paraibano, fato que consta inclusive em fotos suas em rede social, precisamente ao lado de sua irmã, ambos crianças e sorridentes ao lado do ídolo.

“Eu adoro essa palavra legado. Porque o legado gonzaguiano é fantástico, imensurável e para mim foi ele que ditou, que embalou minha vida desde que me entendo de gente”, contou.

Serviço: O box “Luiz Gonzaga - 110 Anos do Nascimento” pode ser adquirido pelo valor de R$ 200 (+ frete), no link que fica no Instagram de Paulo (@paulovanderley_) ou diretamente no site 110anos.luizluagonzaga.com.br.

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PROGRAMAÇÃO E HORÁRIOS DA POSSE DE LULA E ALCKIMIN ACONTECE NO DIA PRIMEIRO DE JANEIRO

O Senado divulgou o roteiro da cerimônia de posse do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT) em 1º de janeiro. O cronograma previsto tem início às 13h30 com a chegada de autoridades, convidados e chefes de Estado ao Congresso Nacional, e se encerra com a ida de Lula e do vice-presidente eleito Geraldo Alckmin (PSB) ao Palácio do Planalto às 16h20.

Em sua conta no Twitter, Lula fez nesta sexta-feira (16/12) uma convocação para que seus apoiadores compareçam à Esplanada dos Ministérios a partir das 11h para acompanhar a posse.

O cortejo com Lula e Alckmin terá início na Catedral Metropolitana de Brasília às 14h30, em carro aberto, em direção ao Congresso Nacional. Ambos serão recebidos pelos presidentes da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). A sessão solene da posse terá início às 15h, com a leitura e assinatura do termo da posse e pronunciamentos de Lula e Pacheco.

Após a sessão solene, presidente eleito e vice vão à área externa do Palácio do Planalto, onde recebem as honras militares antes de subir a rampa. Além do Congresso, Lula e Alckmin também participarão de solenidades no Planalto e no Itamaraty.

Em paralelo, ocorre na Esplanada dos Ministérios o Festival do Futuro, com shows gratuitos de dezenas de artistas e transmissão da posse. O evento terá início às 12h.

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MPF CONSEGUE INCLUSÃO DA COMUNIDADE INDÍGENA COMO PRIORIDADE DE VACINAÇÃO CONTRA CONVID-19

Após atuação do Ministério Público Federal (MPF), a Justiça Federal proferiu uma sentença obrigando a União a incluir o povo indígena Pankararu, da Aldeia Angico, em Petrolândia, no Sertão de Pernambuco, no rol de prioritários para a vacinação contra a Covid-19 e ao cadastramento no Subsistema de Atenção à Saúde Indígena (SasiSUS). 

A decisão confirmou liminar obtida no âmbito de ação ordinária movida contra a União pelos indígenas. O Estado de Pernambuco, por sua vez, deverá receber os imunizantes disponibilizados pelo Governo Federal e encaminhá-los ao Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei/PE).

A liminar, proferida em maio do ano passado, garantiu a aplicação da primeira dose da vacina contra a Covid-19 em 34 homens e mulheres acima de 18 anos. À época, a Justiça Federal determinou, após atuação do MPF, que Pernambuco e a União providenciassem a distribuição das doses necessárias para a vacinação prioritária do povo indígena. A comunidade ainda não tinha sido contemplada pelo Plano Nacional de Imunização contra a Covid-19, embora a Secretaria Especial de Saúde Indígena (Sesai) tivesse promovido a vacinação de outros indígenas da etnia Pankararu.

A pedido do MPF, a Justiça Federal também incluiu o Estado de Pernambuco no polo passivo do processo, uma vez que a ação ordinária movida pela comunidade indígena havia sido ajuizada apenas contra a União. A inclusão visou a garantir todas as providências necessárias para a efetivação da vacinação dos índios, desde o fornecimento dos imunizantes pelo Ministério da Saúde, passando por sua distribuição pelo Estado de Pernambuco, até sua efetiva aplicação pelo Dsei.

Na manifestação do MPF, o procurador André Estima destacou que, embora a área ocupada pela Aldeia Angico Pankararu não tenha sido demarcada oficialmente como terra indígena ou área de reserva, a comunidade habita o local e ali vive de modo tradicional, atendendo aos requisitos legais e à decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que determinou prioridade na vacinação dos povos indígenas localizados em terras não homologadas.

O MPF reforçou ainda que a Lei nº 14.021/2020, que dispõe sobre as medidas de proteção social para prevenção do contágio e da disseminação da Covid-19 nos territórios indígenas, impõe que serão abrangidos, entre outros grupos, os indígenas isolados e de recente contato, aldeados e aqueles que vivem fora das terras indígenas, em áreas urbanas ou rurais.

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ESPECIALISTAS COBRAM A VOLTA DA EXCELÊNCIA À VACINAÇÃO NO BRASIL

Os especialistas que participaram do painel "A saúde como fonte de sustentabilidade da nação" chamaram a atenção para a vacinação no país, cuja falta de uma campanha pelo Ministério da Saúde, no governo do presidente de Jair Bolsonaro, baixou os índices de cobertura junto à população. Isso aumentou o risco da volta de doenças que estavam erradicadas, como a poliomielite — segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Marlene Oliveira, presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida, foi enfática ao ressaltar a necessidade de fortalecimento do Programa Nacional de Imunização (PNI), posição endossada pelo ex-ministro da Saúde Humberto Costa ao salientar que entre os pontos considerados emergenciais pelo governo de transição — e que deverá ser objeto de ação do futuro governo — está a reorganização do Programa Nacional de Imunização (PNI), "para atender a milhões de crianças e jovens que correm o risco de contrair doenças que já foram erradicadas no país".

A presidente do Instituto Lado a Lado pela Vida lembrou que o PNI, que tem quase meio século, é referência mundial e oferece 47 imunobiológicos. Mas lamentou que a cobertura vacinal infantil voltou ao patamar de 1987. "Tem que voltar ao centro da discussão", cobrou Marlene.

Mas este não é o único problema no horizonte da saúde brasileira no curto prazo, que terá de ser enfrentado pelo governo que se inicia em 1º de janeiro de 2023. Humberto Costa chamou a atenção para uma demanda reprimida de consultas, atendimentos e tratamentos que deixaram de ser executados por causa da crise sanitária provocada pela covid-19.

"São milhões de pessoas que, na pandemia, tiveram que abdicar de suas consultas, seus exames, porque os hospitais estavam voltados ao tratamento dos pacientes de covid", lembrou, acrescentando que o isolamento social que foi necessário ser feito no primeiro momento da pandemia afastou os pacientes de suas rotinas médicas. Costa assegurou que haverá "um grande mutirão" do futuro governo para diminuir esse passivo.

O senador ressaltou, porém, que esse esforço não poderá ficar somente sobre os ombros da administração pública. Ele deixou claro que a iniciativa privada terá de participar desse processo, como fornecedora de insumos e tecnologias.


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