DOCUMENTÁRIO SOBRE A TRAJETÓRIA DE MANUCA ALMEIDA SERÁ LANÇADO NESTA SEXTA-FEIRA (16)

O lançamento do vídeo documentário 'Eu sou o que sou', que narra a trajetória do multiartista Manuca Almeida será lançado às 18h desta sexta-feira (16), dentro da programação do Festival Edésio Santos da Canção, na Orla II de Juazeiro. 

O material é fruto do Trabalho de Conclusão de Curso do jornalista André Calixto e o lançamento acontece no dia em que Manuca completaria 59 anos. O apoio é da Prefeitura de Juazeiro, através da Secretaria de Cultura, Turismo e Esportes (Seculte).

No documentário, André Calixto mergulhou fundo na trajetória de Manuca Almeida, que faleceu aos 53 anos, no ano de 2017. A narrativa do vídeo é baseada na família, nos amigos e nos parceiros. O material conta com importantes contribuições de pessoas que conviveram com Manuca e muitos nomes de renome nacional, como Margareth Menezes, Xangai, Tato (Fala Mansa), Targino Gondim, Alexandre Leão e o ator Paulo Betti, além de artistas locais como João Sereno, Mauriçola, entre outros.

Nascido em Sergipe e radicado em Juazeiro, Manuca era compositor, poeta, ator, escritor e artista multiplural. Sua marca era a irreverência, como explica o autor do vídeo documentário. "Manuca era um artista completo, um ser inigualável, inimitável, amigo, parceiro, pessoa do bem que sempre levou por onde quer que andasse, o nosso jeito criativo no meio artístico, musical, poético e futebolistico, o cara que simplesmente fez o "marqueting", um dos dialetos criados por Manuca, o qual através da sua irreverência foi e continua sendo o maior propagandista da nossa cultura e arte para o Brasil e o mundo inteiro", descreveu o jornalista André Calixto.

Esse é o primeiro trabalho desse tipo após o falecimento de Manuca, esse ícone que que chegou até a ganhar um Grammy de melhor música brasileira em 2001, com "Esperando na Janela", composta em parceria com Targino Gondim e Raimundinho do Acordeon.  André Calixto aproveita a oportunidade para convidar a população para o lançamento do documentário e agradece pelo apoio da Prefeitura de Juazeiro. "Eu quero agradecer à gestão Suzana Ramos, por meio da Seculte por apoiar a divulgação desse importante documentário e convidar a população de Juazeiro para prestigiar o lançamento hoje, às 18h", concluiu. (Fonte: Ascom/PMJ)

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ADERALDO LUCIANO: ESTRADAS, ENGENHOS E SINAS

Areia Paraíba 14 dezembro de 2022. Boa tarde a todos e a todas. 

Minha mãe, hoje, me deu a seguinte missão: "Escreva um texto bem bonito sobre Aderaldo Luciano. Ele merece!". Essa missão quase me fez desistir de vir aqui apresentar o novo livro de Aderaldo, que recebi há dois dias e li, de chofre, em poucos minutos. Leitura fluida e boa. Vou ficar devendo o belo texto, nunca o afeto e a gratidão pela honra do convite. Venho de uma família de ansiosos e, amanhã, serei madrinha de casamento do meu primeiro sobrinho. E, como ser madrinha de casamento será o mais perto que cheguei e chegarei de um altar, estou eu tão nervosa quanto a noiva. Pois bem, apresentado o motivo real pelo qual vocês não ouvirão esse belo texto, vamos a ele: o texto. 

Sobre o livro, falarei depois, porque o autor é figura deveras instigante. Seguindo o conselho do escritor, na orelha do livro: "Quanto a mim, quem quiser saber mais dos meus desencantos, jogue meu nome na busca da internet." Assim o fiz. Quase sem fim, a busca. Em suma, louvam o Mestre e Doutor em Ciência da Literatura, pela UFRJ, poeta, músico, cantor e um dos maiores nomes no estudo da poética nordestina. Mas, querido Aderaldo, li muita coisa e, creio, que sabemos mais dos seus desencantos que todos os navegadores de busca, nós, os amigos de sempre. Uma amiga querida me disse outro dia: "Eu não entendo Aderaldo Luciano". Ao que respondi: nem você, nem ele, nem eu. Nem nós. 

Mas apresentadora elegeu um leque de adjetivos para sua alma inquieta e para quem quiser entender Aderaldo Luciano. Aderaldo, o inquieto, o polêmico, o performático, o inteligente, o saudosista, o satírico, sarcástico e lírico, ao mesmo tempo. O sensível, o corrosivo, o lúcido, o louco, o provocador, o conciliador, o avesso do avesso. Um belo verso de pé quebrado, talvez lhe seja uma boa definição. O verso de pé quebrado é aquele que fere a métrica ou o ritmo do poema, mas para alcançar melhor o sentido. Aderaldo sempre grita porque sempre careceu de gritar para ser ouvido. Como disse Clarice: "como atingir sem exagerar? Sem exagerar, como conseguir?". Por isso, ele superou aos outros, ao meio e a si e serve de modelo e exemplo para quem veio antes e depois dele. 

Passando por cima do autor, vamos à obra: Estradas, Engenhos, Sinas. 

Talvez a escolha da pessoa para apresentar a obra tenha sido devido ao afeto, de há muito tempo, entre mim e ele: cursamos algumas disciplinas no Curso de Letras da, hoje, UFCG. Já naquela época, ele armora um levante para exigir a saída do professor de Crítica Literária, considerado terrível, pois só duas alunas (eu e outra) teriam pago a disciplina e deveria haver outros motivos mais. 

Aderaldo, o notívago insone, a fazer a ronda noturna, acompanhando os vigias, quando havia os poéticos vigilantes pelas ruas enladeiradas. Aderaldo, o que largou tudo e, de repente, estava bem instalado no RJ, para a surpresa dos amigos. O que casou, fundou editora, largou tudo e foi pra SP. O que vai e vem sempre, porque é ser de fluidez absoluta. 

Deixemos o autor em paz. Vamos ao texto.

Não tenho sido autoridade quando o tema é a poesia popular, o maravilhoso cordel. Nunca soube contar bem sílabas poéticas e cédulas reais, sou também um verso de pé quebrado no poema trágico que é a vida. 

Pois bem, vamos tentar fazer o melhor com o pouco que temos. A apresentação é um texto perfeito, são 8 itens explicativos, como sinalizadores da forma escolhida, da história de Sebastião e seu lugar. São sextilhas, seis estrofes, versos de sete sílabas poéticas (aqui o ritmo é que manda) e rimas soantes, são as que levam em conta a identificação sonora entre as vogais até a última sílaba tônica do verso. E, claro, os bem vindos versos de pé quebrado, que desobedecem as ordens estabelecidas. Tal qual o autor do texto. Assim, somos apresentados à leitura  da história de Sebastião e à paisagem brejeira, aos Engenhos de fogo Morto, às estradas sinuosas e simpáticas que ligam Pilões, Serraria, Areia, aos famigerados temporais. Sim. Tudo é Areia. 

Aderaldo é um homem de sua terra, o telurismo, o amor à terra natal perpassa todos os versos. Amar um lugar nunca é amor contínuo, segue exatamente como são as batidas irregulares do coração, vezes amor, outras puro ódio, outras devoção. Amar Areia e seus arredores não é amor fácil. Todos sabemos disso. Mas li de um autor que nada é mais significativo que o lugar em que a gente nasce e a pessoa a quem a gente ama. Não há nada mais importante que isso.

Pois bem, a forma perfeita, o lugar imperfeito são o cenário, para a história de Sebastião, um cambiteiros dos Engenhos, como chamados aqui. Sebastião e o cenário descritos pelo autor me lembraram os personagens de José Lins do Rego e me levou um pouco mais longe: a Juca Mulato, de Menochi dele Picchia, lá de 1922, leitura amada na adolescência, do caboclo que cisma e passa a se sentir inadequado desde que, ali, a filha da patroa começa a lhe dirigir olhares. Aqui, em Aderaldo, a própria patroa. O desfecho é perfeito: sem amores perfeitos, ele volta apenas como observador que não julga, apenas observa e louva e aceita, altivo, o seu destino: 

Suas certezas estavam 

Claramente definidas: 

Um momento é um momento, 

Pode ou não mudar as vidas. 

Os detalhes vêm na estrada,

Nas léguas todas vencidas. 

Ainda no fim do texto, os dísticos (as parelhas, estrofes de dois versos) perfeitos, que resumem, todo o telurismo e o amor â terra, pretendidos pela obra: toda estrada só nos leva ao lugar que mais amamos. É a certeza. 

Por fim, as ilustrações feitas pelo artista plástico areienses Severino Ramos vão narrando, junto com as sextilhas, a história de Sebastião, e dos meeiros, cambiteiros, agregados que ainda compõem o repertório do nosso lugar. Meus desenhos eleitos são as  duas primeiras ilustrações porque são imagens eternizadas desde a primeira infância. 

Parabéns, Aderaldo. Obrigada, Aderaldo. Fico devendo o Belo texto. 

(Texto: Janaína de Castro Azevedo Silva,  Mestre em Linguística pela UEPB, professora, escritora, elaboradora de projetos culturais)  

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EXU CRIATIVO: FEIRA DE ARTESANATO MOVIMENTA FESTEJOS DOS 110 ANOS DE NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA

Exu Criativo. Nas festividades dos 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, o município também ganha o ritmo da Feira de Artesanato Economia Criativa na praça da Matriz, a partir das 08hs do sábado, 10 de dezembro.

Entre as participantes da Associação de Mulheres As Karolinas, detalhe, Mulheres Karolina com K. a música interpretada por Luiz Gonzaga mostra o empoderamento das exuense. No universo das comunidades artesanais brasileiras, 90% do segmento é formado por mulheres artesãs. Um exemplo está em Exu, Pernambuco. As mulheres artesãs trazem inovação, um olhar para o todo e buscam atuar em Exu, Pernambuco e região, o que fortalece ainda mais o trabalho que desenvolvem através do artesanato.

Ano passado durante as festividades dos 109 anos de Luiz Gonzaga, a presidente da Associação de Mulheres As Karolinas, localizada na Comunidade da Vilha Nossa Senhora Aparecida, a agricultura Cícera Evarista, disse  que é neta do artesão, o saudoso Zé Maria que transformava cipó em Arte e que associação surgiu com objetivo de melhorar a qualidade de vida e autoestima das mulheres.

A Associação de Mulheres As Karolinas é exemplo de superação, esforços e vontade de vencer. "Todas as mulheres artesãs aqui seguem a máxima da música Vozes da Seca, pois queremos trabalhar e ganhar com nosso suor, não queremos esmolas. Queremos trabalhar e mostrar que somos da terra da arte", afirma Cicera.

A associação surgiu para garantir dignidade às mulheres e está em ascensão, se aperfeiçoando para driblar os desafios para conquistar seus espaços. “Não é fácil e nem simples, mas é transformador”, afirma Cícera ressaltando que as mulheres fazem tricô, croché, bordado, brincos, e várias miniaturas com a imagem de Luiz Gonzaga.

São cerca de 36 mulheres, todas unidas e com a missão também de capacitar pessoas para a geração de rendas. "As artesãs criam juntas e ganham juntas”.

As mulheres são maioria no Brasil, equivalente a 51,8% da população segundo o censo do IBGE de 2019. Nas comunidades artesanais brasileiras esse número é ainda maior: as mulheres representam 90% de todo segmento. O fortalecimento do trabalho das artesãs no país acontece especialmente pelo trabalho contínuo de comunidades e instituições de apoio.

CRIATIVIDADE: Em Exu, Pernambuco, terra de Luiz Gonzaga, mestre da Sanfona e de Bárbara de Alencar, mulher revolucionária na definição de arte, tem um nome: Giselly Nogueira. No mundo da arte ela assina como GiNogueira. "Meu apelido é Luna Gizel e pretendo assinar minhas obras somente por Gizel", revela GiNogueira que tem 35 anos e trabalha com artes há mais de 23 anos.

De acordo com relatos de sua mãe, a poetisa Nenem Nogueira, Gizel, começou a desenhar aos 3 anos de idade, extremamente curiosa e apaixonada pelos gibis da Turma da Mônica, a alegria das músicas interpretadas por  Luíz Gonzaga, evoluções da ciência e sempre novas descobertas.

"As maiores inspirações em minha vida de início sempre foi a minha mãe em sua mente versátil, Maurício de Souza, Leonardo Da'Vinci, Luíz Gonzaga. Mas no geral minhas inspirações são momentâneas, que vão desde um simples morador de ruas até a genialidade dos físicos e químicos", revela Gizel, ressaltando que como pesquisadora vive fazendo testes e mais testes para criar técnicas que corroborem com a sustentabilidade e valorização do meio ambiente e ecologia.

Uma das técnicas aprovadas nas suas observações e testes deu o nome de Acrilicanatur: acrílica ( o acrílico que vem do lixo retirado do meio ambiente e materiais comerciáveis) e natur ( natureza na língua yorubá, a luta por liberdade dos afrodescendentes desde a colonização no Brasil até agora).

"Criei esta técnica logo após ter iniciado os estudos com alquimia aos 16 anos de idade", conta Gizel.

Neste mês de setembro, quando o município de Exu, completou 115 anos de emancipação política, um dos trabalhos que merece destaque foi a releitura sobre a história da bandeira da cidade.

"Quanto a bandeira de Exu, esta foi uma de minhas melhores obras, foi uma encomenda feita pela escola São Vicente de Paula aqui de Exu através do professor Maiadson Vieira que também é um pesquisador. Meu irmão Davi Wesley que também é desenhista me ajudou a compor esta releitura", explica Gizel.

A técnica usada foi a aquarela, feita com acrílica sob tecido oxford, a vestimenta foi modificada segundo relatos dos próprios índios parentes dos Exuenses os índios Kariris. Segundo, conta a a história, o povos originários, devido ao pequeno número de aves na região do Araripe os índios usavam palhas em suas vestes e não penas, o modelo de cocar com penas coloridas é proveniente dos índios norte-americanos que em algumas regiões do Brasil as tribos usam penas, porém na região em que vivemos de agreste e sertões, cerrado as aves são em menor número.

No desenho da bandeira o milho representa a colheita através do trabalho duro e conhecimento dos ancestrais quanto a época de plantio sob as dificuldades climáticas da região. A índia segurando a lança representa a força feminina que luta como igual junto ao homem.

"O horizonte com o sol nascente remete a esperança de dias melhores, da evolução espiritual e moral de cada ser humano, o desbravar dos mistérios da vida que nasce todos os dias sob a serra, nos lembrando que é mais uma chance de lutar pelo que acreditamos", diz Gizel.

Neste mês de dezembro é a data das festividades dos 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga. De acordo com Gizel, o "sentimento é de saudades de quem só conheci a história e ainda estou a conhecer mais sobre estes heróis da história de Exu Pernambuco para o Brasil e o mundo. O coração gigante do Rei do Baião que tanto fez e ainda faz pelo sertão, a força e coragem de uma mulher que poderia ter sido eleita presidente do Brasil, a heroína Bárbara de Alencar, é uma honra pertencer a um lugar que ainda desperta tantas outras personalidades e suas histórias de exemplo".

Nascida em Exu, Giselly Nogueira, GiNogueira, Gizel é a razão de haver luz no universo da arte e defesa do meio ambiente, possui na arte um reflexo do ser humano e representa a sua condição social e essência de ser uma livre pensadora.

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POETA LUIZ FERREIRA LANÇA LIVRO EM HOMENAGEM AOS MUNICÍPIOS PERNAMBUCANOS

O poeta Luiz Ferreira, 77 anos, aproveitou os dois anos que precisou seguir as regras sanitárias e ficar em casa, o isolamento social,  período que usou para escrever o livro que tem o título de "Pernambuco em Versos-Conquistas e Municípios. O livro destaca os 187 municípios de Pernambuco valorizando o patrimônio cultural e histórico das cidades. 

O livro será lançado durante as festividades dos 110 anos de Luiz Gonzaga, na IV Semana Viva Gonzaga, em Caruaru, na quinta-feira (15), às 20hs, no hall da Fundação de Cultura.

" No início da pandemia covid-19 fiquei muito triste, mas não podia desanimar. Então resolvi fazer o livro. Nele cito os municípios pernambucanos, os amigos, poetas, compositores, pessoas que fazem cultura e arte, envolvidos na vida e obra de Luiz Gonzaga", explica Luiz Ferreira.

Luiz Ferreira nasceu na zona rural de Caruaru, no Agreste Pernambuco. Caruaru possui o título de Capital do Forró. Luiz Ferreira é o idealizador, fundador e diretor presidente do Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, considerada a verdadeira Academia Gonzagueana. Neste local todo mês de novembro acontece o grande encontro com os estudiosos e pesquisadores, especialistas da vida e obra de Luiz Gonzaga, os gonzagueanos, como também são conhecidos.

Todo ano é entregue o troféu ‘Luiz Gonzaga – Orgulho de Caruaru’, criado em 2012. O Grande Encontro Nacional dos Gonzagueanos de Caruaru tem o objetivo de manter viva a memória de Luiz Gonzaga. O grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam idéias, experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião.

O Encontro dos Gonzagueanos é realizando anualmente desde 2012, sempre na segunda semana de Novembro sendo coordenado pelo diretor do Espaço Cultural e promovida pelo Fã Clube de Gonzagão do Nordeste. Assim como tem o apoio do Lions Vila Kennedy.

HISTÓRIA: No ano de 2014, a coordenação do Curso de Jornalismo do Centro Universitário do Vale do Ipujuca-Caruaru-PE, promoveu, A Semana do Jornalista. Na programação além de palestras com jornalistas da TV Globo e Sistema Jornal do Commecio, contou com o lançamento do documentário-filme Os Gonzagueanos.

Para manter viva a memória de Luiz Gonzaga, um grupo de amigos se reúne todos os anos e trocam materiais, experiências, dividem experiências e falam sobre a vida e obra do Rei do Baião - são os chamados Gonzagueanos. Com o objetivo de registrar essa iniciativa, alunos do curso de Jornalismo desenvolveram um documentário sobre os Gonzagueanos. 

O grupo Gonzagueanos reúne um amplo conhecimento da obra e das parcerias do Rei do Baião, num esforço de manter vivo o trabalho de Luiz Gonzaga. O Espaço Cultural Asa Branca do Agreste, situado no bairro Kennedy, é um exemplo do que essa paixão pelo artista é capaz. O espaço foi criado por Luiz Ferreira, um dos gonzagueanos, a partir da coleção que guardava em um cômodo de sua casa.

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CARUARU: IV SEMANDA VIVA GONZAGA TERÁ PARTICIPAÇÃO DA ORQUESTRA SANFÔNICA DE EXU

Em comemoração ao Dia Nacional do Forró e aniversário do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, que, se estivesse vivo, completaria 110 anos, a Prefeitura de Caruaru, por meio da Fundação de Cultura, montou uma programação dedicada a esta data. De 12 a 16 deste mês, um leque de atividades estará disponível para a população, com exposição, café com Gonzaga, palestras, lançamento de livro e selo do forró, por meio da IV Semana Viva Gonzaga.  

As comemorações terão início, na segunda, 12, com a exposição Viva Gonzaga, na qual peças de barro em homenagem ao artista estarão expostas no hall da Fundação de Cultura, a partir das 19h30. Já na terça-feira, 13, data do aniversário do Rei, será realizado, no Pátio de Eventos Luiz Lua Gonzaga, em frente à estátua, o Café com Gonzaga, onde terá a participação da Orquestra Sanfônica da cidade do Exu, da Orquestra do Maestro Mozart Vieira e artistas locais, que homenagearão o artista cantando músicas de sua autoria. A homenagem tem início às 6h da manhã. 

Seguindo a programação, no dia 14, acontece a palestra: Luiz Gonzaga o Eterno Rei do Baião, que será ministrada pelo compositor e Patrimônio Vivo de Caruaru, Onildo Almeida, também no hall da Fundação de Cultura, às 19h30. 

Para compor o quarto dia de atividades, será a vez do lançamento do selo oficial dos Correios em homenagem ao forró e também o lançamento do livro "Pernambuco em versos, conquistas e municípios", do autor Luiz Ferreira. 

Finalizando a programação, será a vez da palestra "Luiz Gonzaga, Cidadão de Caruaru", com o professor e pesquisador, José Urbano. A palestra será realizada na Escola de Tempo Integral Rubem de Lima Barros, no bairro Cidade Jardim, às 14h30.
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LIVRO LUIZ GONZAGA 110 ANOS DO NASCIMENTO SERÁ LANÇADO NO MUSEU LUIZ GONZAGA, DISTRITO DE DOM QUINTINO, CRATO CEARÁ

Os sertões do Cariri no Ceará e do Araripe em Pernambuco são os locais escolhidos para o lançamento oficial do livro “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”, a mais completa obra já disponibilizada sobre a carreira e a vida do Rei do Baião. A publicação é de autoria do pesquisador Paulo Vanderley que, durante mais de três décadas, mergulhou no universo “gonzagueano”, resgatando letras, capas de LPs e fotografias raras do artista.

A celebração de 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, comemorado dia 13 de dezembro deste ano, contará com uma programação especial. O autor e parte da equipe vão participar de diversos eventos, como noite de autógrafos e palestras, em cidades como Exu, em Pernambuco, terra natal do Seu Lua, como também Juazeiro do Norte, Iguatu e Crato do lado cearense. A programação vai ocorrer entre os dias 10 e 18 de dezembro de 2022.

A musicalidade e o universo de Luiz Gonzaga inspiraram Paulo Vanderley a descortinar a trajetória de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos. Com isso, o autor, considerado a principal referência sobre o Seu Lua, como o artista também era conhecido, pretende democratizar e compartilhar a história e a arte do Rei do Baião.

No sábado, 10 de dezembro, às 18hs, o lançamento oficial acontece em Exu, Pernambuco, no Colégio Barbara de Alencar. No dia 12, também em Exu, acontece a solenidade de doação de livros para escolas.

No dia 17, o lançamento acontece no Museu Luiz Gonzaga, localizado no Distrito de Dom Quintino, no Crato Ceará.

A obra traz um histórico de 110 matérias publicadas na imprensa entre as décadas de 1940 e 1980. A publicação traz a discografia completa do artista com a impressão de todas as capas e contracapas em tamanho real, bem como os selos dos discos de 78 rotações por minuto. Além disso, é possível escutar o próprio Luiz Gonzaga contando suas histórias pelos QR codes espalhados pelo livro. É o mais rico material já publicado sobre o nordestino Luiz Gonzaga.

Nomes importantes do cenário musical brasileiro e nordestino também fazem parte da publicação. Ícones da MPB como Fagner, Lenine, Santanna, o Cantador, e Maciel Melo, dentre outros, imprimiram seus depoimentos, resgatando de suas memórias pessoais a influência de Luiz Gonzaga em seus caminhos musicais.

DOCUMENTÁRIO, PODCAST, SITE: “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento” conta também com websérie, podcast, bem como site https://luizluagonzaga.com.br/, garantindo, dessa forma, o caráter multimídia do projeto. Os apaixonados por Seu Lua conseguirão ter acesso ao conteúdo de parceiros musicais e seus herdeiros no forró por meio de uma conversa leve e descontraída.

O podcast “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”, lançado este ano, reúne símbolos importantes da carreira do sanfoneiro, cantor e compositor. Este projeto reúne mais de 50 programas nas principais plataformas de áudio. Cada uma das gravações conta com a presença de convidados especiais, como Elba Ramalho, Waldonys, Fagner e Espedito Seleiro.

PARCERIAS: O êxito do projeto contou com importantes parcerias. A edição é permeada pela obra dos artesãos mestre Espedito Seleiro e Maninho Seleiro de Nova Olinda/CE. O projeto gráfico tem assinatura do designer Vladimir Barros de Souza.  

Quem também está presente na obra é o artista visual Bené Fonteles, curador e escritor que, em 2010, lançou “O Rei e o Baião”, em homenagem ao sanfoneiro.

Vale destacar ainda a consultoria da jornalista francesa Dominique Dreyfus, autora da biografia mais completa de Luiz Gonzaga, intitulada "Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga", publicada em 1996.

O AUTOR: A experiência e o conhecimento fizeram de Paulo Vanderley uma referência nacional no tema, tanto que ele foi convidado como consultor em importantes projetos sobre Gonzaga, como o Museu Cais do Sertão, no Recife, o filme "Gonzaga: de pai pra filho", de Breno Silveira, e do desfile campeão do carnaval do Rio de Janeiro em 2012, da Unidos da Tijuca de Paulo Barros.

Aos poucos, Paulo conseguiu transportar esse valioso material para diversos tipos de plataformas, o que permite o público em geral se debruçar no universo do Rei do Baião. “É uma forma de manter viva a memória de um dos maiores nomes da nossa música e reconectar todo esse legado com novas gerações. Eu fico animado com esse interesse por Gonzaga. Ele foi e é muito importante para nossa cultura”, destaca Paulo Vanderley.

PEDRO LUCAS FEITOSA: A história do adolescente teve início em 2013, Pedro Lucas Feitosa, então com 8 anos, voltou encantado de uma visita que fizera ao Parque Asa Branca, o Museu do Gonzagão, em Exu, Pernambuco. Ao voltar para a sua casa, no Crato (Cariri cearense), Pedro Lucas já sabia como dar vazão à admiração que nutre por Luiz Gonzaga: ele criaria um museu dedicado ao Rei do Baião, na casa em que sua falecida bisavó morava, vizinha à dele.

A história virou realidade no distrito de Dom Quintino, a 26 km do centro do Crato,  Ceará, onde Pedro Lucas, montou o museu para contar a história de Luiz Gonzaga. O garoto teve inspiração de outros lugares artísticos. "Eu vi muita gente que queria conhecer a história dele, Luiz Gonzaga, logo vislumbrei criar um ponto turístico e eu criei o museu".

Segundo o avô, Antônio Feitosa, aos 5 anos o menino começou a ouvir as músicas de Luiz Gonzaga e se inspirou. A maior parte dos artigos do museu veio de doações de terceiros. "Eu postava na internet, o pessoal foi vendo e doando", diz o idealizador do museu.

A paixão pela música de Luiz Gonzaga foi concretizada quando numa festa de São João na escola, Pedro Lucas escutou “Numa Sala de Reboco”, letra de Zé Marcolino e ter gostado tanto da música que passou a cantá-la frequentemente. Uma tia dele viu o gosto pela música e presenteou-o com um CD de Luiz Gonzaga.

Atualmente, o Museu Luiz Gonzaga, está localizado na rua Rua Alto da Antena, no Distrito de Dom Quintino. O espaço já foi visitado por nomes como Chambinho do Acordeon, Targino Gondim e o pesquisador Paulo Vanderley, pesquisador da vida e obra de Luiz Gonzaga.

O Museu Reúne objetos que recriam a época em que Gonzagão viveu. Pedro Lucas antes da pandemia guiava as visitas no local, contando a história de cada objeto do museu, função que divide com o primo, Caio Éverton. Além de vinis do artista, o museu exibe sanfonas, ferramentas de trabalho e utensílios, partes do universo cantado por Luiz Gonzaga.

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LUIZ GONZAGA: PESQUISADOR PAULO VANDERLEY FARÁ DOAÇÃO DE LIVROS PARA ESCOLAS DE EXU

Os sertões do Cariri no Ceará e do Araripe em Pernambuco são os locais escolhidos para o lançamento oficial do livro “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”, a mais completa obra já disponibilizada sobre a carreira e a vida do Rei do Baião. A publicação é de autoria do pesquisador Paulo Vanderley que, durante mais de três décadas, mergulhou no universo “gonzagueano”, resgatando letras, capas de LPs e fotografias raras do artista.

A celebração de 110 anos do nascimento de Luiz Gonzaga, comemorado dia 13 de dezembro deste ano, contará com uma programação especial. O autor e parte da equipe vão participar de diversos eventos, como noite de autógrafos e palestras, em cidades como Exu, em Pernambuco, terra natal do Seu Lua, como também Juazeiro do Norte, Iguatu e Crato do lado cearense. A programação vai ocorrer entre os dias 10 e 18 de dezembro de 2022.

A musicalidade e o universo de Luiz Gonzaga inspiraram Paulo Vanderley a descortinar a trajetória de um dos maiores artistas brasileiros de todos os tempos. Com isso, o autor, considerado a principal referência sobre o Seu Lua, como o artista também era conhecido, pretende democratizar e compartilhar a história e a arte do Rei do Baião.

No sábado, 10 de dezembro, às 18hs, o lançamento oficial acontece em Exu, Pernambuco, no Colégio Barbara de Alencar. No dia 12, também em Exu, acontece a solenidade de doação de livros para escolas.

A obra traz um,histórico de 110 matérias publicadas na imprensa entre as décadas de 1940 e 1980. A publicação traz a discografia completa do artista com a impressão de todas as capas e contracapas em tamanho real, bem como os selos dos discos de 78 rotações por minuto. Além disso, é possível escutar o próprio Luiz Gonzaga contando suas histórias pelos QR codes espalhados pelo livro. É o mais rico material já publicado sobre o nordestino Luiz Gonzaga.

Nomes importantes do cenário musical brasileiro e nordestino também fazem parte da publicação. Ícones da MPB como Fagner, Lenine, Santanna, o Cantador, e Maciel Melo, dentre outros, imprimiram seus depoimentos, resgatando de suas memórias pessoais a influência de Luiz Gonzaga em seus caminhos musicais.

DOCUMENTÁRIO, PODCAST, SITE: “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento” conta também com websérie, podcast, bem como site https://luizluagonzaga.com.br/, garantindo, dessa forma, o caráter multimídia do projeto. Os apaixonados por Seu Lua conseguirão ter acesso ao conteúdo de parceiros musicais e seus herdeiros no forró por meio de uma conversa leve e descontraída.

O podcast “Luiz Gonzaga 110 anos do Nascimento”, lançado este ano, reúne símbolos importantes da carreira do sanfoneiro, cantor e compositor. Este projeto reúne mais de 50 programas nas principais plataformas de áudio. Cada uma das gravações conta com a presença de convidados especiais, como Elba Ramalho, Waldonys, Fagner e Espedito Seleiro.

PARCERIAS: O êxito do projeto contou com importantes parcerias. A edição é permeada pela obra dos artesãos mestre Espedito Seleiro e Maninho Seleiro de Nova Olinda/CE. O projeto gráfico tem assinatura do designer Vladimir Barros de Souza.  

Quem também está presente na obra é o artista visual Bené Fonteles, curador e escritor que, em 2010, lançou “O Rei e o Baião”, em homenagem ao sanfoneiro.

Vale destacar ainda a consultoria da jornalista francesa Dominique Dreyfus, autora da biografia mais completa de Luiz Gonzaga, intitulada "Vida do Viajante: A Saga de Luiz Gonzaga", publicada em 1996.

O AUTOR: A experiência e o conhecimento fizeram de Paulo Vanderley uma referência nacional no tema, tanto que ele foi convidado como consultor em importantes projetos sobre Gonzaga, como o Museu Cais do Sertão, no Recife, o filme "Gonzaga: de pai pra filho", de Breno Silveira, e do desfile campeão do carnaval do Rio de Janeiro em 2012, da Unidos da Tijuca de Paulo Barros.

Aos poucos, Paulo conseguiu transportar esse valioso material para diversos tipos de plataformas, o que permite o público em geral se debruçar no universo do Rei do Baião. “É uma forma de manter viva a memória de um dos maiores nomes da nossa música e reconectar todo esse legado com novas gerações. Eu fico animado com esse interesse por Gonzaga. Ele foi e é muito importante para nossa cultura”, destaca Paulo Vanderley.

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