QUARTO FESTIVAL DE FORRÓ DA CHAPADA ACONTECE DE 12 A 15 DE OUTUBRO EM MUCUGÊ, BAHIA

Dia 7 de outubro Targino Gondim comemora seu aniversário, mas a festa será pública na Chapada Diamantina. De 12 a 15 de outubro o sanfoneiro apresenta em Mucugê o IV Festival de Forró da Chapada. Este é um ano especial, já que pela segunda vez o artista concorre na categoria Melhor Álbum de Música de Raízes uma Língua Portuguesa com o Belo Chico. 

O Festival de Forró da Chapada promove o forró, o baião, o xaxado, o xote, possibilitando a revelação de novos valores e talentos musicais do forró autêntico, segmento da música popular nordestina. 

Em 2022 na programação nomes como Elba Ramalho, Mestrinho, Nádia Maia, Flor Serena e Quinteto Sanfônico do Brasil. Além da programação oficial, o Festival dá oportunidade a novos talentos de se apresentarem, divulgando seus trabalhos para um público mais específico e seleto, provenientes de diferentes localidades do Brasil. 

A grade ainda conta diariamente com o desfile da Rural Elétrica e de aulas de forró do Cabrueira Brasil e na sexta, dia 14, e no sábado, dia 15, aula de forró com Marquinhos Café. O evento também conta com oficinas gratuitas de zabumba e triângulo.

O evento estimula a produção, criação, inovação e renovação musical dentro do forró. A ideia é ampliar a divulgação dos artistas e promover o intercâmbio musical entre diferentes gerações de diversos estados brasileiros entre músicos já consagrados, cantores, compositores, produtores, empresários, técnicos, estudiosos, comunicadores e amantes do forró.


Nenhum comentário

QUINTAL BEER PROMOVE NA SEXTA SHOW DE MÚSICA, ALEGRIA E SOLIDARIEDADE

O Quintal Beer, mais novo espaço cultural de Petrolina, vai reunir na noite da próxima sexta-feira (7), alguns nomes representativos da cena artística do Vale do São Francisco para o show 'Música, Alegria e Solidariedade'.

O evento, que tem como propósito a arrecadação de brinquedos que vão ser distribuídos para as crianças carentes da zona rural de Petrolina, começa às 19h, com apresentações de Elisson Castro, Nilton Freitas, Mariano Carvalho, Tico Seixas, João Emídio, Paulo Ferreira, Camila Granja, Maguila, Claudinho Góis, Joana Souza e Gustavo do Acordeon.

De acordo com Mariano Carvalho, um dos organizadores do grande encontro musical, o ingresso será um brinquedo novo de qualquer valor. "Iremos distribuir todos os brinquedos arrecadados no Dia das Crianças (12 de Outubro)", frisou. O Quintal Beer fica na Rua Atlanta número 20, Loteamento Nova Iorque, entre a entrada principal do 72º Batalhão de Infantaria Motorizado e a Oficina do Artesão Mestre Quincas.

Nenhum comentário

CURAÇÀ: MÚSICA USADA COMO FERRAMENTA DE INCLUSÃO SOCIAL É TEMA DE RODA DE CONVERSA NESTE SÁBADO

O Distrito de Barro Vermelho, em Curaçá, vai ser palco para um movimento de promoção da cultura, neste sábado, 08 de outubro, oportunidade em que artistas, músicos, poetas, representações da comunidade e outros interessados, participam do 1ª Bate Papo Musical sobre a importância da Música como ferramenta de inclusão social, no município e especialmente na comunidade de Barro Vermelho.

Dois convidados especiais participam da rodada de conversa: Maviael Melo e Maurício Dias.

A abertura do evento contará com a apresentação da Filarmônica 15 de Março, apresentações culturais dos alunos da Escola Municipal Filadélfia Ribeiro e de recital poético com Ticiano e Ágata Felix, dentre outros.

O Bate Papo Musical acontece na Escola Filadélfia Ribeiro, com horário previsto para o início da tarde.

Após as apresentações poéticas e culturais haverá uma roda de conversa sobre música e execução de algumas canções.

Evento: Bate Papo Musical

Tema: A importância da Música como ferramenta de inclusão social.

Local: Escola Municipal Filadélfia Ribeiro 

Dia: 08 de outubro

Horário: às 14h10.

Nenhum comentário

DANIEL GONZAGA DIZ QUE HERDOU POESIA DO PAI E MÚSICA DO AVÔ

O cantor e compositor Daniel Gonzaga lembra momentos vividos com o pai e o avô e conta a influência deles na sua obra, em entrevista ao podcast Vira e Mexe. “Eu gosto de pensar que eu herdei um pouco de poesia do meu pai e um pouco de música do meu avô”, diz ele na entrevista

Ouça programa Vire e Mexe aqui Link. No podcast Daniel Gonzaga canta Xote Relativo, Redoma, Nascimento, Riacho do Navio, Vida de Viajante e Pense Neu entre outras.

Esta edição do podcast Vira e Mexe reproduz o programa Vira e Mexe, da Rádio USP (93,7 MHz), transmitido nos dias 24 e 26 de setembro de 2022. Dedicado à divulgação do forró e ritmos afins – como baião, xote, xaxado e arrasta-pé –, Vira e Mexe vai ao ar pela Rádio USP (93,7 MHz) sempre aos sábados, às 11 horas, com reapresentação à 0 hora de segunda-feira, inclusive via internet, através do site da emissora. Às segundas-feiras ele é publicado em formato de podcast no site do Jornal da USP. O programa é produzido por Paulinho Rosa (edição) e Dagoberto Alves (sonoplastia). A apresentação é de Paulinho Rosa.

Daniel Gonzaga, possui personalidade própria. É um músico maduro que traça seu próprio caminho. Na vida musical de Daniel Gonzaga a poesia é também destaque. Por vezes, sua voz e seu baião ecoam palavras com a velocidade de um rap e, em outras, a reflexão sobre a sociedade em que vivemos é embalada por um xote cheio de swing. Novidades que devem ser ouvidas. 

Universal a voz de Daniel é aboio. É a visão da luz numa noite de lua cheia. Daniel é a chuva que provoca o "Espelho das Águas do Itamaragi", é o assovio do Cantarino, é nascente do Rio Brígida.

A história conta que Daniel Gonzaga teve em Gonzaguinha um "companheiro de televisão. Amigo de longa distância. Poeta que o poeta. "Sou fã do discurso dele. Que fala da liberdade. Que fala do dia a dia. Que fala do povo. Que fala da vida. Que fala dos Gonzaga. Que fala da minha vida futura. Sou fa do Gonzaga que fala amor, que fala rosa, que fala da gravidez… que fala da sua mudança.

Um desejo de mudança. Musico atento, desbravador, autêntico. Violonista “chato”. Dono do ovation da capa rosa. O dono da verdade, o líder do jogo... O que incentiva à luta Nossa luta".

Já com relação ao avô Luiz Gonzaga, o músico revela: "olhava do chão a grandeza do homem no palco enorme".

Ainda Daniel Gonzaga: "Eu, pequeno como era, sabia que atrás daquele negocio engraçado, que chamavam de sanfona, tinha um avô que era meu. Já tinha ido vê-lo algumas vezes, com meu pai, na Ilha do Governador. E ele me olhava de lado. Curioso com o neto e com o pai, com quem se dava assim-assim. Perguntava se ia tocar quando crescesse e me incentivava a pegar na sanfona...Quando conheci Exu e andei a cavalo ele sorriu. Saiu correndo pra dentro de casa, procurando o chapéu até achar e botou na minha cabeça, triunfante: Meu neto é um boiadeiro!!! – e sorria alto, contente.

"Acho que desde esse dia eu sou um boiadeiro. Contente por seguir no rumo desejado. Feliz com a sanfona de Luiz", finaliza Daniel Duarte.


Nenhum comentário

ESPECIALISTAS ALERTAM PARA REDUÇÃO DO VOLUME DE ÁGUA DO RIO SÃO FRANCISCO

O Rio São Francisco, terceira maior bacia hidrográfica do Brasil, completa 521 anos de descobrimento nesta terça-feira (4), e os especialistas do MapBiomas alertam que, nas últimas três décadas, 50% do seu volume de água foi perdido.

O Velho Chico, como é popularmente conhecido, passa por seis estados brasileiros: Bahia, Minas Gerais, Goiás, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, além do Distrito Federal.

De acordo com o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF), os principais riscos à bacia são: desmatamento; poluição urbana, industrial, mineral e agrícola; e alto consumo de água para irrigação. O comitê destaca a importância de preservar a bacia, que abrange 8% do território nacional.

Estudos feitos pelo comitê apontam dois problemas que refletem na saúde do rio: a perda de água potável e a falta de saneamento básico. De acordo com pesquisadores, ao distribuir água para consumo humano, há uma perda de 40% de água potável, o que corresponde a 7,5 mil piscinas olímpicas de água potável perdidas todos dias, quantidade suficiente para abastecer 63 milhões de brasileiros em um ano.

A bacia hidrográfica do Rio São Francisco tem uma extensão 2.863 km e uma área de drenagem de mais de 639.219 km².

Na Bahia, o rio passa por diversas cidades, como Juazeiro, no norte, onde faz divisa com o estado de Pernambuco. Em Bom Jesus da Lapa, no oeste, existe a forte presença de ribeirinhos, enquanto em Paulo Afonso, também no norte, o Velho Chico abastece um dos maiores complexos hidrelétricos do Brasil, composto por um conjunto de usinas que produzem 4.279,6 megawatts de energia, gerada a partir da força das águas da Cachoeira de Paulo Afonso, um desnível natural de 80 metros do rio.

Além disso, o São Francisco também abrange o reservatório de Sobradinho, posicionado a 748 km de sua foz. Além da geração de energia elétrica para o Nordeste, esta é a principal fonte de regularização dos recursos hídricos da região, conforme a Companhia Hidrelétrica do São Francisco (Chesf).

O reservatório de Sobradinho tem cerca de 320 km de extensão, com uma superfície de espelho d'água de 4.214 km2 e uma capacidade de armazenamento de 34,1 bilhões de metros cúbicos. Esses números o tornam o maior lago artificial do mundo.

Além disso, o rio São Francisco tem grande importância na agricultura do Vale do São Francisco, um dos maiores celeiros da fruticultura brasileira. Os pomares empregam 250 mil trabalhadores e produzem quase 1,5 milhão de toneladas de frutas por ano. Este é o maior polo nacional de produção de manga, com colheita média de mais de 750 mil toneladas da fruta a cada safra.

Texto é do jornalista Kris de Lima/TV São Francisco. Foto Ascom PMJ

Nenhum comentário

A ORAÇÃO DO RIO SÃO FRANCISCO EM TEMPOS DE POUCOS RIOS

Ás 18 horas, sempre guardo na correria da vida e do trabalho, a oração, uma prece. Estes dias olhando o Rio São Francisco ouvindo as canções de Padre Zezinho lembrei da Oração do Rio São São Francisco em tempos de poucos Rios. Assim escutei do amigo Aderaldo Luciano. Aqui reproduzo:

O Rio São Francisco não nasce na Serra da Canastra. Digo isso porque a correria estressante das ruas do Rio de Janeiro me oprime. Os olhos dessas crianças nuas me espetam e essa população de rua dormindo pelas calçadas me joga contra o muro. Esse Cristo economiza abraços e atende a poucos.

Só uma coisa me alenta hoje: a saudade do meu santo rio. O Rio São Francisco, o Velho Chico, Chiquinho. Escuto o murmurar de suas verdes águas: — Deixai vir a mim as criaturas... E assim foi feito. Falar de desrespeito e depredação tornou-se obsoleto. Denunciar matanças e desmatamentos resultou nulo. Orar e orar. Pedir ao santo do seu nome a sua oração.

Lá do Cristo Redentor da cidade de Pão de Açúcar, nas Alagoas, um moleque triste escutou a confissão das águas. Segundo ele, o Velho Chico dizia: “Ó, Senhor, criador das águas, benfeitor dos peixes, escultor de barrancas e protetor de homens fazei de mim bem mais que um instrumento de tua paz. Se paz não mais tenho faz-me levar um pouquinho aos que em mim confiam. Paz para as lavadeiras que, em Própria, choram a sua fome de pão. Que, em Brejo Grande, soltam lágrimas pelos filhos mortos no sul do país. Que, em Penedo, já perderam a fé de serem tratadas como gente sã.

Onde houver o ódio dos poderosos que eu leve o amor dos pequeninos. O amor dos que cavam a terra a plantam o aipim. Dos que cavam a terra e usam-na como cama e lençol para sempre. Dos que querem terra para suas mãos, para os seus grãos, para a sua sede. O amor que não é submisso, mas escravizado. O amor que tem coragem de um dia dizer não. Coragem diante das balas e das emboscadas, das más companhias e da solidão.

Onde houver a ofensa dos governos que eu leve o perdão dos aposentados e servidores públicos. O perdão, nunca a omissão. A luta, porque perdoar não requer calar. Perdoar não quer dizer parar. Como minhas águas, tantas e tantas vezes represadas, mas nunca paradas e que, quando em minha fúria, carregam muralhas, absorvem barreiras e escandalizam Três Marias, Xingó e Paulo Afonso.

Onde houver a discórdia dos que mandam que eu leve a união dos comandados. A suprema união dos que sonham com as mudanças, dos que querem quebrar hegemonias e oligarquias. A discórdia dos reis contra a união dos plebeus. Um povo unido é força de Deus, dizia o velho bendito e sejais bendito, Senhor. A união das águas, a união das lágrimas, a união do sangue e a união dos mesmos ideais.

Onde houver a dúvida dos que fraquejam, que eu leve a fé dos que constroem seu tempo. Na adversidade, meio ao deserto e ao clima árido, a fé dos que colhem uvas e mangas em minhas margens. Dos que colhem arroz em minhas várzeas, dos que criam peixes com minhas águas em açudes feitos. A fé dos xocós lá em Poço Redondo. A fé que cria cabras nos Escuriais. Dos que colhem cajus e criam gado em Barreiras e outros cafundós.

Onde houver o erro dos governantes que eu leve a verdade de Canudos. O bom senso dos conselheiros de encontro à insanidade dos totalitários. Os canhões abrindo fendas na cidade sitiada e a verdade expondo cada vez mais a ferida da loucura na caricatura da História. O confisco da poupança e o rombo na previdência. O fim da inflação e o pão escasso, o emprego rarefeito, a dignidade estuprada em cada lar de nordestinos.

Onde houver o desespero das crianças da Candelária que eu leve a esperança das mães de Acari. E aqui, Senhor, te peço com mais fé. A dor dos deserdados, dos que perderam seus pais, filhos ou irmãos, seja de fome, doença ou assassínio, inundai-os com as águas esmeraldas da justiça. A justiça da terra e dos céus. Pintai de verde o horizonte das famílias daqueles que foram jogados mortos em minhas águas. Eles não foram poucos.

Onde houver a tristeza dos solitários que eu leve a alegria das festas de São João. Solitário eu banho muitas terras e em todas, das Gerais, do Pernambuco, das Alagoas e do Sergipe, não há tristeza ao pé da fogueira, nas núpcias entre a concertina e o repente, entre a catira e o baião.. Das festas do Divino ao Maior São João do Mundo, deixai-me levar, Senhor, o sabor de minhas águas juninas e seus fogos de artifícios.

Onde houver as trevas da ignorância que eu leve a luz do conhecimento e da sabedoria. A escuridão dos homens dementes que teimam em querer ferir-me de morte seja massacrada pela luz de um futuro negro, sem água potável, sem terra e sem ar.. Dai-me esse poder, de entrar nas mentes e nos corações, de espraiar-me pelos mil recantos dos que querem mal à nossa casinha, nossa pequena Terra. O homem sábio seja sempre sábio e contamine os povos com ensinamentos de preservação.

Ó, Senhor, dai-me vocação para consolar os que se lamentam de má sorte. Fazei-me compreender porque tanto mal há nos corações. Sobretudo, Senhor, não autorizeis que eu deixe de ser o Rio São Francisco, que há tantos anos não foge do seu leito, espalha e espelha vida em abundância. Que, embora tenha dado, quase nada recebo, que perdoando sempre, continuo sendo morto enquanto todos pensam que serei eterno.”

Fonte: ( Aderaldo Luciano é doutor e mestre em Ciência da Literatura, pela Universidade Federal do Rio de Janeiro, professor, poeta, escritor e músico). Foto Ney Vital Jornalista


Nenhum comentário

WEBNÁRIO: RIO SÃO FRANCISCO COMPLETA 521 ANOS

Em comemoração ao aniversário do Rio São Francisco, nesta terça, dia 04 de outubro, que completa 521 anos de seu “descobrimento”, o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco realiza o webinário “25 anos da Lei das Águas”.

O coordenador da CCR Baixo São Francisco, Anivaldo Miranda, e a promotora de Justiça do Ministério Público Estadual da Bahia, Luciana Khoury, com a mediação do advogado e membro da Câmara Técnica Institucional e Legal (CTIL), do CBHSF, debaterão os avanços e desafios da Lei 9.433/97, a Lei das Águas, que completa este ano 25 anos de sua promulgação.

O webinário será transmitido no canal do CBHSF no Youtube, a partir das 17h do dia 04 de outubro.

Nenhum comentário

← Postagens mais recentes Postagens mais antigas → Página inicial