CULTURA: PROJETO DE PAULO VANDERLEY COM PODCAST CELEBRA 110 DO NASCIMENTO DE LUIZ GONZAGA



Luiz Gonzaga (1912 - 1989), um dos principais nomes da história da música brasileira, completará 110 anos em dezembro. E, para comemorar a data, Paulo Vanderley, que desenvolve pesquisas sobre a vida e a obra do artista, iniciou uma série de ações. Uma destas atividades é o podcast “Luiz Gonzaga - 110 anos do Nascimento”, que está disponível nas plataformas de streaming Spotify e Anchor.

Os episódios já podem ser escutados. Nesta quarta-feira a conversa é com o padre José Fábio e o jornalista e pesquisador Ney Vital.

Paulo Vanderley diz que o objetivo do programa durante o ano, é dialogar com pessoas próximas do artista e de seu trabalho. Nos conteúdos já houve conversas com Lenine, Fábio Passadisco, Breno Silveira e Chambinho. Os episódios são lançados sempre às quartas-feiras.

PAULO VANDERLEY: O lendário Luiz Gonzaga voltou a ter no ar uma das principais fontes de acesso à sua história. O site Luiz Lua Gonzaga foi idealizado e construído pelo colecionador Paulo Vanderley em 2004, carregando entrevistas, discos, digitalização de materiais gráficos e vários outros materiais sobre o legado do Rei do Baião. 

A iniciativa se tornou um dos principais meios de pesquisa sobre o músico de Exu, levando Paulo Vanderley a ser consultor em projetos como o Museu do Cais do Sertão e a cinebiografia de Gonzagão. O site Luiz Lua Gonzaga parte do projeto de seu criador em celebrar os 110 anos de seu ídolo, comemorados em 2022.

O site luizluagonzaga.com.br está com um novo projeto gráfico e abastecido com uma infinidade de materiais que contam a trajetória de Luiz Gonzaga e já é um dos mais visitados. “Para nós, gonzaguianos, que admiramos tudo o que ele foi, é quase que um princípio propagar a vida e a obra dele. Apesar das dificuldades de trabalhar com cultura no Brasil, trazer mais pessoas para admirá-lo é o que nos anima, é o nosso combustível para fazer esse trabalho”, afirma Paulo.

A produção pela memória de Gonzaga começou a tomar forma na vida de Paulo ainda na infância. Filho de um funcionário do Banco do Brasil, o colecionador morou em 16 cidades do Nordeste com a família e uma delas foi justamente Exu, onde conheceu pessoalmente aquele que se tornaria seu ídolo. Em 1989, quando Gonzagão faleceu, o garoto recebeu a missão do pai de filmar o cortejo fúnebre, evento que colocou dentro de si a vontade de colecionar tudo o que podia de um dos maiores artistas da história do país, assim como levar adiante o encanto que vivenciou naquela época.

“Hoje eu ainda tento contribuir com essa história. O Luiz Lua Gonzaga chegou a ser o maior acervo sobre um artista brasileiro. No ano do centenário dele, tivemos 9 milhões de acessos e milhares de contatos, se tornando a base de dados mais procurada por jornalistas e pesquisadores. Levamos de 4 a 5 anos para abastecer o site. Hoje, com a retomada, estamos com 30% do que teremos até 2022, quando Gonzagão completará 110 anos”, elabora Paulo.

Para firmar ainda mais esse projeto de digitalizar o máximo possível da história de Luiz Gonzaga, Paulo está desenvolvendo um livro sobre o artista pernambucano para ser lançado no próximo ano, escrito em primeira pessoa, com o próprio Rei do Baião contando sua história, a partir de uma intensa pesquisa em acervos de entrevistas. O projeto também será lançado em formato de áudio, narrado pelo próprio biografado a partir desse material. 

Esta obra, que pretende homenagear o 110º aniversário de Gonzaga, também se transformou em um podcast e uma websérie, garantindo o caráter multimídia do livro. Dessa forma, o público conseguirá ter acesso ao conteúdo de parceiros musicais e os herdeiros de Gonzaga no forró em diversas plataformas.

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CAMPANHA EU VIRO CARRANCA EM DEFESA DO VELHO CHICO SERÁ LANÇADA NO DIA 18 DE MAIO

No próximo dia 18 de maio será lançada a Campanha "Eu viro carranca para defender o Velho Chico", a Expedição Científica, que este ano se amplia e chega ao Submédio São Francisco, e o Simpósio da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, que reunirá os mais renomados cientistas e acadêmicos da bacia para o debate e a busca de soluções para os problemas que afetam o manancial.

A coletiva será realizada no dia 18 de maio, às 13h30, em Ouro Preto (MG). O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, José Maciel Oliveira, irá apresentar a campanha e falar sobre os projetos do CBHSF. 

Serão abordados também assuntos como o PL 4.546, que apresenta alterações à Política Nacional de Recursos Hídricos, trazendo a proposta de instituição do "Mercado de Águas" ou da cessão onerosa de direito de uso de recursos hídricos, afrontando o fundamento da água como um bem de domínio público, permitindo a sua comercialização.

Em sua nona edição, a campanha "Eu viro carranca para defender o Velho Chico" já faz parte do calendário anual de eventos, tendo sido agraciada, em 2020, com o Prêmio ANA, da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico, conquistando o 1° lugar na categoria Singreh (Sistema Nacional de Gerenciamento de Recursos Hídricos). O Prêmio ANA reconhece o mérito das iniciativas que se destacaram pela excelência de sua contribuição para a segurança hídrica do Brasil.

Com o objetivo de jogar luz sobre os graves problemas enfrentados pelo rio São Francisco, a campanha, promovida pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco, traz como tema deste ano a importância de se cuidar do manancial e de seus afluentes. 

Com o mote O VELHO CHICO SÃO MUITOS, a campanha irá abordar assuntos polêmicos que estão na pauta do dia, como o PL 4.546, as mudanças climáticas, entre outros. Um rio já tão demandado e tão degradado não suporta mais intervenções. Precisamos garantir que o Velho Chico continue atendendo a todos que dele tiram o seu sustento.

Este ano, a campanha volta a ter atividades presenciais no dia 03 de junho, data em que se comemora o Dia Nacional em Defesa do Velho Chico. As atividades ocorrerão simultaneamente em quatro cidades da Bacia, uma em cada região fisiográfica. São elas: Pirapora (MG – Alto SF), Ibotirama (BA – Médio SF), Glória (BA – Submédio SF) e Gararu (SE – Baixo SF)

SERVIÇO: Coletiva de Imprensa Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco

Data: 18/05/2022

Horário: 13:30h

Local: GRANDE HOTEL DE OURO PRETO - Rua Senador Rocha Lagoa, Centro - Ouro Preto/MG

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CANTOR E SANFONEIRO MARQUINHOS CAFÉ INICIA DIA 06 DE MAIO TEMPORADA DO FORRÓ EM SALVADOR

O cantor e sanfoneiro Marquinhos Café inicia a temporada de forró em Salvador na próxima sexta-feira, 06 de maio, a partir das 20hs no  Gibão in Forró, Rua Mato Grosso, 53, bairro Pituba. Na oportunidade Marquinhos vai receber convidados no encontro Tome Forró com Café.

Marquinhos Café é presença certa em todo embalo e sentimento forrozeiro. Participou recentemente do Festival de Forró Itacaré. É presença certa no Festival Internacional da Sanfona em Juazeiro, Bahia,  no Festival de Forró de Mucugê e Festival de Forró de Andaraí e Festival de Forró de Itacaré, onde além de shows troca saberes, lecionando aulas de sanfona.

"O momento é de forró. Forró que traz alegria e paz. Vamos marcar este encontro para dançar e festejar a chegada do mês de maio, e depois junho, quando o Nordeste comemora a sua grande Festa, São João, São Pedro e Santo Antonio".

Marquinhos Café é um dos mais talentosos sanfoneiros da atualidade. Virtuoso já foi o vencedor do Festival Nacional de Forró de Itaúnas, Espírito Santo e é presença garantida do Festival Internacional do Forró-Juazeiro-Bahia.

O trabalho de Marquinhos é fruto das inúmeras horas de dedicação, anos de aprendizado dos acordes da sanfona do Mestre Camarão. Marquinhos foi um dos alunos do Mestre Camarão na Escola de “Acordeon de Ouro” (criada em 1994).

Mas, as primeiras lições aprendeu com o seu saudoso pai, "Seu Antonio", sanfoneiro, consertador e afinador de sanfona que colocava na radiola os discos de Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Trio Nordestino, Marinês e Jackson do Pandeiro para o filho escutar.

Nascido em Caruaru, Agreste de Pernambuco, Marquinhos cresceu no universo do Forró e da Música mais brasileira. Impressiona a virtualidade. Com o mesmo talento que executa um forró, xote ou baião, desfila no ritmo do jazz e blues. 

O sanfoneiro traz do Mestre Camarão e Dominguinhos, a humildade e atenção com os amigos e fãs. Todos os anos é um dos gonzagueanos que prestigia a data de nascimento de Luiz Gonzaga, em Exu, Pernambuco.

Marquinhos Café é um dos integrantes do Quinteto Sanfônico do Brasil, com os amigos e sanfoneiros Targino Gondim, Gel Barbosa, Rennan Mendes e Sebastian Silva, viaja o Brasil, tocando e concretizando que a música não tem fronteiras e em cada acorde revela o que existe de mais belo da música universal.

Entre os projetos já realizados,  Marquinhos Café, participou junto aos principais forrozeiros da coletânea Forró, Festa e São João. O CD idealizado por Flávio José com direção e produção musical deTargino Gondim conta com a participação de 29 artistas do segmento, entre eles Antonio Barros e Ceceu, homenageados no projeto.

Marquinhos Café no CD gravou todas as sanfonas e cantou uma faixa junto o Quinteto Sanfônico do Brasil.

É Marquinhos Café um músico antenado com a música mais brasileira, universal. É também produtor musical. Sanfoneiro e cantor que faz balançar um forró e agrada a mais refinada plateia da nação gonzagueana.

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CANTOR E SANFONEIRO MARQUINHOS CAFÉ INICIA TEMPORADA DE FORRÓ EM SALVADOR

O cantor e sanfoneiro Marquinhos Café inicia a temporada de forró em Salvador na próxima sexta-feira, 06 de maio, a partir das 20hs no  Gibão in Forró, Rua Mato Grosso, 53, bairro Pituba. Na oportunidade Marquinhos vai receber convidados no encontro Tome Forró com Café.

"O momento é de forró. Forró que traz alegria e paz. Vamos marcar este encontro para dançar e festejar a chegada do mês de maio, e depois junho, quando o Nordeste comemora a sua grande Festa, São João, São Pedro e Santo Antonio".

Marquinhos Café é um dos mais talentosos sanfoneiros da atualidade. Virtuoso já foi o vencedor do Festival Nacional de Forró de Itaúnas, Espírito Santo e é presença garantida do Festival Internacional do Forró-Juazeiro-Bahia.

O trabalho de Marquinhos é fruto das inúmeras horas de dedicação, anos de aprendizado dos acordes da sanfona do Mestre Camarão. Marquinhos foi um dos alunos do Mestre Camarão na Escola de “Acordeon de Ouro” (criada em 1994).

Mas, as primeiras lições aprendeu com o seu saudoso pai, "Seu Antonio", sanfoneiro, consertador e afinador de sanfona que colocava na radiola os discos de Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Trio Nordestino, Marinês e Jackson do Pandeiro para o filho escutar.

Nascido em Caruaru, Agreste de Pernambuco, Marquinhos cresceu no universo do Forró e da Música mais brasileira. Impressiona a virtualidade. Com o mesmo talento que executa um forró, xote ou baião, desfila no ritmo do jazz e blues. 

O sanfoneiro traz do Mestre Dominguinhos, a humildade e atenção com os amigos e fãs. Todos os anos é um dos gonzagueanos que prestigia a data de nascimento de Luiz Gonzaga, em Exu, Pernambuco.

Marquinhos Café é um dos integrantes do Quinteto Sanfônico do Brasil, com os amigos e sanfoneiros Targino Gondim, Gel Barbosa, Rennan Mendes e Sebastian Silva, viaja o Brasil, tocando e concretizando que a música não tem fronteiras e em cada acorde revela o que existe de mais belo da música universal.

Entre os projetos já realizados, recentemente Marquinhos Café, participou do lançamento, junto aos principais forrozeiros da coletânea Forró, Festa e São João. O CD idealizado por Flávio José com direção e produção musical de Targino Gondim conta com a participação de 29 artistas do segmento, entre eles Antonio Barros e Ceceu, homenageados no projeto.

É Marquinhos Café um músico antenado com a música mais brasileira, universal. Sanfoneiro e cantor que faz balançar um forró e agrada a mais refinada plateia da nação Gonzagueana.

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DIA NACIONAL DA CAATINGA: BIOMA OCUPA CERCA DE 11% DO TERRITÓRIO

Um bioma totalmente nacional que representa cerca de 11% do território brasileiro. A Caatinga está presente na região Nordeste e no norte de Minas Gerais. De origem tupi-guarani, caatinga significa “floresta branca”. 

Em homenagem a João Vasconcelos Sobrinho, pesquisador pioneiro em estudos ambientais, foi criado em 2003 o Dia Nacional da Caatinga, celebrado em 28 de abril.

O clima na Caatinga é tropical semiárido, com temperaturas elevadas e longos períodos de seca. De acordo com o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, pesquisas indicam a existência de 3,2 mil espécies de plantas, 371 de peixes, 224 de répteis, 98 de anfíbios, 183 de mamíferos e mais de 500 de aves.

Entre essas espécies, duas se destacam por estarem ameaçadas de extinção: a ararinha-azul, considerada extinta da natureza por quase duas décadas, e a arara-azul-de-lear que habita a Caatinga baiana, na região conhecida como Raso da Catarina. Outros animais como o tatu-bola, a onça-parda e o soldadinho-do-Araripe também se encontram ameaçados de extinção.

Em 2010, a Caatinga foi declarada Patrimônio Nacional. A vegetação que predomina é rasteira, com arbustos. As árvores com galhos retorcidos, formando uma vasta floresta acinzentada, são características da região. A paisagem ganha cor e muda um pouco quando chove.

O estudo O uso da terra nos biomas brasileiros mostra que o desmatamento na Caatinga, nos últimos anos, tem ocorrido devido ao consumo de lenha para fins domésticos e industriais, pastoreio e agricultura de subsistência. Ainda assim, de acordo com dados do IBGE, é o terceiro bioma mais preservado do país.

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SOCIEDADE CIVIL CELEBRA A PUBLICAÇÃO DO PLANO ESTADUAL DE CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO

O Governo do Estado publicou no Diário Oficial de hoje (26), o decreto em que o governador Rui Costa aprova o Plano Estadual de Convivência com o Semiárido. Fruto de uma luta antiga da sociedade civil baiana, o plano projeta um conjunto de metas e objetivos para as ações de convivência, com previsão de recursos para os próximos 10 anos.

As ações constantes no plano podem ajudar o Estado a estruturar políticas públicas apropriadas à realidade vivida pelos mais de 7 milhões de habitantes que residem no Semiárido baiano, o qual ocupa cerca de 85% do território da Bahia.

O plano, de acordo com Cícero Felix, Coordenador da Articulação no Semiárido – ASA, “prevê os programas, projetos, ações e também orçamento para a execução das políticas que estão correlacionadas com a Política Estadual de Convivência com o Semiárido”, instituída através da Lei Nº 13.572 de 30 de agosto de 2016.

Cícero enfatiza a importância do documento ao lembrar que o “plano decenal já está ancorado no PPA atual e deve estar ancorado nos próximos dois PPAs”, garantindo dessa maneira os recursos financeiros para colocar em prática aquilo que a sociedade civil e o Governo vêm debatendo há mais de cinco anos.

Além de garantir recursos para execução das ações, o plano tem outras finalidades fundamentais. “Com o plano publicado a sociedade civil tem uma ferramenta importante de incidência política, de poder cobrar, monitorar, avaliar a execução do plano. É através do plano que vai se efetivar a execução da Política Estadual de Convivência com o Semiárido”, pontua Felix.

A Política de Convivência com o Semiárido prevê ações que se estendem da implementação de tecnologias para captação e armazenamento d’água até a promoção da educação integral e contextualizada. Estarão envolvidas diversas secretarias, a exemplo da Secretaria de Desenvolvimento Rural – SDR que já executa projetos voltados para a Convivência com o Semiárido.

A publicação do decreto aconteceu um dia antes do lançamento do Armazém da Caatinga, um espaço de comercialização dos produtos da agricultura familiar, gerido por uma cooperativa que reúne associações, cooperativas e outros grupos produtivos. O Armazém da Caatinga é uma conquista de agricultoras/es familiares, fruto de muito trabalho, insistência e representa uma mostra de que, com políticas públicas adequadas, é possível gerar renda garantindo preservação ambiental, dignidade para o povo do campo e produção de alimentos saudáveis. (Fonte: Texto e foto: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa)

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CAMINHADA DAS SANFONAS ACONTECE NO DIA 17 DE MAIO

Seu Bilino, saudoso e afamado tocador de sanfona 8 Baixos, Pé de Bode será o nome homenageado no evento Caminhada das Sanfonas, no próximo dia 17 de maio. Moreilândia, Pernambuco, A Terra do Mel, completa 50 anos de Emancipação Política.

Nas festividades acontece a I CAMINHADA DAS SANFONAS. A produtora cultural Marlla Teixeira criadora da Caminhada das Sanfonas, desta vez no município de Moreilândia, Pernambuco, conta conta que o evento vai prestar uma homenagem ao saudoso sanfoneiro, conhecido por 'Seu Bilino", que morreu/desencarnou no dia 14 de agosto do ano passado. 

"Mestre Bilino", batizado de Antônio Felizardo Alves, nasceu em Moreilândia, Pernambuco. Em vida Seu Bilino foi afinador de sanfona de 8 Baixos, também tocava sanfona de 120 baixos. Mas era apaixonado mesmo pela arte de tocar a sanfona de 8 Baixos. Fazia questão de frisar: Sou afinador de sanfona dos 8 aos 120 baixos.

A família e amigos de Seu Bilino aguardam o evento que vai acontecer em maio, mês de anivérsário do sanfoneiro com bastante ansiedade.

João Everaldo Alvez Felizardo, é o filho casula, 41 anos, mora em Serrita, Pernambuco, Terra dos Vaqueiros e da tradiconal Missa é formado em Letras, coordenador Pedagógico e diz que o evento vai reunir sanfoneiros e pessoas admiradoras da arte de toda a região, de Serrita, Bodocó, Ouricuri e Exu. "Avalio com muito carinho esta Caminhada das Sanfonas em Moreilândia. Meu pai sempre foi uma pessoa simples, prestativa no que diz respeito a participações  culturais nas escolas e projetos envolvendo o aprendizado da sanfona. Essa é uma homenagem que vai reunir sanfoneiros de toda região", diz João Everaldo.

“A Caminhada das Sanfonas foi criada no ano de 2019, em Exu Pernambuco, com o objetivo de valorizar toda a cadeia produtiva que envolve os sanfoneiros, gerando renda e emprego nas regiões sertanejas, promovendo a Cultura Gonzagueana e suas vertentes“, conta Marlla, ressaltando que é um evento gratuito e ganha um formato itinerante. "Faremos novas Caminhadas da Sanfona com o objetivo de garantir espaços cada vez maiores para o desenvolvimento cultural, social e econômico dos Municípios", afirma Marlla.

Marlla diz que Luiz Gonzaga em vida sempre pedia para não ser esquecido: "Por isto veio a proposta de fazer da Caminhada das Sanfonas de Exu, agora em outros municipios e temos certeza que isto vai ser mais um motivo de encontro da família gonzagueana que desta vez vai marcar presença em Moreilândia no próximo mês de Maio. Aguardem  dia".

VALORIZAÇÃO DA SANFONA DOS 8 AOS 120 BAIXOS: Seu Bilino começou a tocar ainda era menino, em 1958, quando seu pai comprou uma sanfona de 8 Baixos para ele. Naquela época os forrozeiros tocavam nos casamentos, nos aniversários. “Bilino contava que o seu pai comprou uma sanfona pra eu tocar pra ganhar um dinheirinho. Nessa época o povo tocava à noite toda”.

O sanfoneiro, pesquisador Leo Rugero, aponta que a "Sanfona de 8 Baixos, Pé de Bode ou Fole de 8 Baixos, como também é chamado é um instrumento fundamental para a música nordestina e brasileira. No nordeste do Brasil, ele adquiriu características de afinação próprias que o tornaram diferente. Portanto, no nordeste ele desenvolveu um sotaque próprio, que é representativo de nossa cultura. Representa, além de uma tradição musical, um saber único".

Atualmente, a arte do tocador de sanfona de 8 baixos está ameaçada, porque seus instrumentistas não encontram mais espaço merecido nas programações de Rádio e Televisão. O Tocador de 8 Baixos é capaz de agregar uma comunidade e produzir cultura, representá-la e difundi-la, contribuindo para o fortalecimento de nossa própria identidade.

Em 2013, Seu Bilino contou para a jornalista Maria Peixoto, reportagem Um Modesto Tocador de 8 Baixos, portal Cultura de Pernambuco, que  teve dois mestres: um foi seu pai, que lhe ensinou duas coisas, uma é que “a música é pra ser tocada com carinho e amor, bem e sempre feliz”. A outra é que tem músicas que devem ser guardadas pra momentos especiais. “Meu pai dizia ‘Num toque essa música atoa não. Toque num momento especial, que você fica feliz e eu também fico”, ensina.

O outro mestre de Bilino foi Severino Januário, irmão de Luiz Gonzaga.  “Eu tocava com Severino Januário, eu considero ele meu mestre. Eu toco as músicas dele, tem gente que até chora. Hoje eu estou tocando as letras dele por causa dele. É um xote tão bom de dançar que todo mundo arrupeia os cabelos”, brincava Seu Bilino.

Ele só ficava triste com a falta de reconhecimento do seu mestre “Severino dos 8 Baixos não era mostrado na televisão. O homem tocava um 8 Baixos daquele jeito e num era mostrado. Eu fiquei meio triste, andei um tempo sem tocar”, conta o tocador que também não tem a atenção dos holofotes, apesar de seu talento merecido.

O vínculo com a família de Luiz Gonzaga começou desde cedo, Seu Bilino contava que seu pai só afinava o instrumento com Seu Januário: “Ele trazia o 8 Baixos dele porque ele era mestre, aí quando a sanfona dele quebrava.  Ele vinha pra aqui”. E, Bilino, criança, vinha dentro de um caçoá, de Serrita, sua cidade, para Exu.

Em vida Seu Bilino teve consciência de que estava cada vez mais raro ENCONTRAR pelas bandas do Araripe um tocador de 8 Baixos, “Daqui a uns 50, 100 anos quem tocar 8 Baixos vai ser chefe majoritário do mundo inteiro”, Bilino sentia prazer quando conseguia passar seu conhecimento a alguém.  “A coisa que  eu acho mais feliz no mundo é eu dar aula pra uma criança, de 8 Baixos, porque de acordeon tá cheio já de tocador”, profetizava Seu Bilino. (Fonte: redação redegn texto Ney Vital Foto Ilustrativa)

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