JARDINS URBANOS: BELEZA QUE ALIMENTA O OLHAR E A ALMA

“Antes eu não gostava dessa rua não. Sinceramente, achava escura, muito isolada, esse espaço aberto aí só tinha lixo, esse campo também não agradava nada de noite... Mas depois de minhas plantas, eu amo e não quero mais sair daqui, porque só em abrir a porta de manhã e dar um bom dia para elas me deixa muito feliz [...] Hoje eu gosto dessa rua”, expressa a professora aposentada Helenilda Limoeiro da Cruz, 65 anos, moradora da Rua do Viradouro, no bairro João XXIII, em Juazeiro-Bahia.

A forma como a aposentada avalia o lugar onde mora há mais de 26 anos começou a mudar em 2018, justamente com mais uma preocupação, esta gerada a partir de uma coisa boa: a conquista da pavimentação. “Fizeram o calçamento da rua e ficou um buraco aí [em um terreno baldio] onde nós pensamos que ia virar uma lagoa, que quando chovesse ia encher de água e o povo ia depositar lixo”, conta ela.

Para resolver a situação, o esposo, seu José da Cruz, 65 anos, pediu à administração municipal o barro para encher o buraco deixado durante a obra. Foi aí que surgiu a ideia de plantar algumas árvores naquele local. No início eram só árvores de grande porte, “mas depois veio o desejo de plantar flores também”, confessa Dona Helenilda.

O casal colocou as primeiras plantas, mas não demorou para aparecer outras doadas. “Foi surgindo muitas doações de mudas dos amigos, de pessoas que a gente nem conhecia, mas que passava aqui, via o nosso trabalho e começaram a doar”, lembra a aposentada. Hoje, ela e o marido plantam espécies ornamentais, frutíferas e até hortaliças. “A gente não vende nada”, conta dona Helenilda, ao revelar que muita gente quer comprar plantas, mas o casal prefere doar. As hortaliças, por exemplo, são consumidas pela família e pela vizinhança.

Seu José, conhecido como Zé Goleiro, diz que não era habituado a plantar. “Eu não tinha esse costume, não fazia nada disso [...] Comecei a cuidar, comecei a tomar gosto [...] Eu capino, eu faço tudo aí”, detalha.

O resultado do trabalho do casal é apreciado por quem passa na rua entre o campo de futebol e a Justiça Eleitoral, nas proximidades da Estação do Saber. Dedicação, amor e zelo se transformam em cores e cheiros, que encantam e geram muitos comentários positivos. “É só gratidão. Todo mundo que passa aí e admira muito, elogiam o nosso trabalho e eu fico muito grato. Cada um que passa, cada um que me dirige uma palavra de gratidão... É um prazer”, conta satisfeito seu José da Cruz.

A iniciativa do casal contagiou a vizinhança. Só nos arredores do campo de futebol são três jardins, mantidos por, pelo menos, cinco famílias. Uma das cuidadoras das plantas na rua é Jailda Ferreira de Jesus, 49 anos. Ela já gostava de cultivar plantas ornamentais e com a água cedida pelo Município em 2018, o número de plantas cresceu. “O povo gostava de jogar lixo aqui. Então é melhor as plantas do que o lixo. Aí comecei a plantar e os vizinhos gostaram e começaram a zelar também as plantas”, lembra.

Os jardins não têm cercado, com isso algumas crianças entram e danificam as plantas. Contudo, há também crianças interessadas em ajudar. “Tem um gurizinho do Alto do Cruzeiro, chega aqui [e diz]: ‘o senhor não quer ajuda? Eu quero lavar as plantas com o senhor’. Eu dou a mangueira e ele lava as plantas”, conta aos risos seu José.

As plantas deram vida a um espaço mal iluminado e sujo, que parecia estar destinado a ser um lixão. Mas não é só beleza, o lugar melhor cuidado levantou a autoestima das/dos moradoras/es. Helenilda, conta orgulhosa que o jardim “é um ambiente onde as pessoas aproveitam para fazer vídeo, para fazer foto... Isso nos deixa feliz, por que a gente sabe que fez alguma coisa que está causando bem para as pessoas também”.

É comum ouvir dizer que na nossa região só tem duas estações: inverno e verão. Segundo o professor Josemar Martins – Pinzoh, esta afirmação esconde a primavera nas cidades, que é possível ser notada, por exemplo, no florescer das caraibeiras, muito comum nas margens dos riachos urbanos, conhecidos por muitas pessoas por canais de esgoto.

De acordo com Pinzoh, há mais de 10 anos ele realiza o trabalho de registro da primavera em cidades como Juazeiro, Petrolina e Curaçá. O professor destaca que há um número significativo de espécies nativas, embora haja a presença massiva de plantas exóticas, como o nim e o fixo. 

“Às vezes a gente diz: ‘Ah, aqui não existe primavera’. Tem sim! Tem a primavera das caraibeiras e dos ipês”, defende Pinzoh. O professor revela que está prestes a lançar um livro que aborda várias temáticas relacionadas à estrutura das cidades.

 “Não é só de flor que o livro vai falar. Vai falar também de lixo, de desorganização urbana, de falta de planejamento e de aridez urbana”, explica Pinzoh, que defende a necessidade de enxergar o ambiente urbano como parte do Semiárido, tanto quanto a zona rural.

ARBORIZAÇÃO CONTEXTUALIZADA: A escolha das plantas que compõem o cenário verde da cidade pode ser um elemento importante para fortalecer a biodiversidade local. A propagação das plantas da Caatinga no espaço da cidade pode contribuir para mitigar os efeitos que as mudanças climáticas vêm provocando na vida das pessoas. Para isso, o poder público precisa construir um planejamento urbano contextualizado, fazer o Recaatingamento nas cidades.

 “O planejamento urbano precisa contemplar espaço nas calçadas para árvores de pequeno porte, de raízes profundas, que não estragam calçadas e paredes e deve ter espaços abertos como praças e parques, para que tenha árvores de maior porte, conjunto de árvores, arbustos e plantas pequenas do próprio bioma”, aponta José Moacir, colaborador do Irpaa.

De acordo com Moacir a arborização pode ainda se relacionar com a produção de alimentos. “Outro espaço de arborização são as hortas urbanas, espaços grandes, onde se tem árvores frutíferas, verduras, plantas medicinais”, complementa. Segundo o colaborador do Irpaa, às vezes as prefeituras até investem na arborização, mas optam por plantas exóticas, que não têm a mesma resistência das plantas da Caatinga. Um exemplo é a palmeira imperial, trazida para o Brasil pelo imperador Dom João VI e que hoje ocupa muitas praças brasileiras. Enquanto isso outras palmeiras daqui são desprezadas, a exemplo da carnaúba e do licuri.

As árvores urbanas beneficiam a população em diversos aspectos, a exemplo da absorção de parte dos raios solares, formação de sombra e aumento da umidade atmosférica, refrescando o ar das cidades, absorção da poluição atmosférica, neutralizando os seus efeitos na população, proteção do solo contra erosão entre outras vantagens. Além disso, a arborização é importante sob os aspectos histórico, cultural e social. “Além de embelezar, é uma ocupação para nós. Nós já somos aposentados, ficamos em casa sem fazer nada, então ocupamos o nosso tempo, é um tipo de terapia”, afirma dona Helenilda. (Texto e fotos: Eixo Educação e Comunicação do Irpaa. Imagens aéreas: Josinaldo Vieira – Colaborador do Irpaa)

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JONNEZ BEZERRA É UMA DAS ATRAÇÕES DESTA SEXTA (24) NO V ENCONTRO DE SABERES DA CAATINGA

A música é uma das ferramentas de transformação social. Na terra do Rei do Baião, Jonnez Bezerra é cantor e músico nascido em Exu, Pernambuco. O nome é uma homenagem do pai José e mãe Inês: Jonnez.

Autodidata, Jonnez é um dos frutos da primeira turma do Projeto Asa Branca, criado em 2 de março de 2000, pelo então promotor de Justiça, Francisco Dirceu Barros. “O doutor Francisco era um apaixonado pela cultura gonzagueana, e foi dele a ideia da Fundação Gonzagão. O objetivo até hoje é prestar atendimento a crianças e adolescentes, especialmente as carentes, utilizando a arte e a poesia de Luiz Gonzaga para sua promoção social".

 Jonnez Bezerra revela a paixão e diversidade musical. Nesta sexta-feira (24), o música faz apresentação no V Encontro de Saberes da Caatinga-Noite Cultural-Poesia e Forró.

O evento é transmitido pelo canal de youTube saberes da Caantiga.

Jonnez, virtualíssimo, é cantor, toca sanfona, flauta, violino e teclado entre outros instrumentos. "Nasci e já fui ouvindo música. Meu pai e avô tocavam e é certo que isto influenciou e mais a inspiração das músicas de Luiz Gonzaga", conta Jonnez.

Jonnez trabalha na formação de crianças e jovens no aprendizado musical através do Serviço de Convivência e Fortalecimento de Vínculos (SCFV). Ele é professor no SCFV, onde todo o trabalho é desenvolvido buscando ampliar trocas culturais e de vivências, desenvolvendo o sentimento de pertencimento e de identidade cultural, fortalecendo vínculos familiares e incentivando a socialização e a convivência comunitária de crianças e adolescentes em risco de vulnerabilidade social.

Atualmente cerca de 80 crianças e adolescentes da cidade de Exu são assistidas pela prestação de serviço e entre eles o aprendizado de teoria e pratica musical.

“A música é muito importante. Ela é uma forma da gente estimular a garotada e auxiliar na busca de um futuro melhor. A educação é libertadora e pode contribuir com a garantia de um futuro mais digno. Luiz Gonzaga é a prova deste ambiente de possibilidades culturais”, declarou Jonnez.

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CANTOR E COMPOSITOR FLÁVIO LEANDRO ANUNCIA FIM DE SHOWS PRESENCIAIS A PARTIR DE JUNHO DE 2022

 

Um dos maiores nomes da música brasileira, cantor e compositor Flávio Leandro anunciou hoje (24) em suas redes sociais uma despedida de shows presenciais. "Não encerrarei meus trabalhos artísticos: continuarei compondo e gravando, apenas não farei mais shows, a não ser virtuais, ou como decidimos, um show presencial por ano, em local previamente informado a todos". 

Confira na integra texto de Flávio Leandro:
"Meu povo amado, estou me despedindo dos shows, mas a música estará comigo até o fim dos meus dias. É uma história longa, mas nada que muita gente já não soubesse, vez que tudo começou em 2013, quando a pedido de minha intuição, anunciei nas redes sociais que encerraria minha carreira em 2020. Fui convencido por muitos a continuar, então veio a pandemia e nos parou. 

Entre lágrimas, risos, cantos e orações, atravessamos este momento trágico da humanidade em família, na singularidade de nosso sítio, e apesar de todas as dores pelas irreparáveis perdas de nossos irmãos, confesso que desfrutei de uma calmaria da qual meu corpo e minha mente nunca haviam provado, e a ideia de não mais fazer shows entrou novamente na pauta prioritária de meu existir. 

Diferentemente do pensamento anterior, não encerrarei meus trabalhos artísticos: continuarei compondo e gravando, apenas não farei mais shows, a não ser virtuais, ou como decidimos, um show presencial por ano, em local previamente informado a todos. 

Sendo assim, voltaremos aos palcos para as devidas e justas despedidas em novembro, onde iremos com nossas apresentações até 30.06.2022, data a partir da qual, nossa agenda de shows estará fechada. 

Tenho muito para agradecer a muita gente, em especial aos fãs e aos músicos que nos acompanharam durante toda uma vida, mas presencialmente faremos isto com todo carinho e gratidão do mundo. Amo todos vocês"!

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A CIÊNCIA E O CONHECIMENTO TRADICIONAL É TEMA DE LIVE NO V ENCONTRO DE SABERES DA CAATINGA

 

Prevenir e auxiliar o tratamento de doenças como diabetes, hipertensão são alguns dos benefícios da fitoterapia. Incluir plantas medicinais no alimento ou no preparo de chás pode resultar em uma melhor qualidade de vida e evitar as enfermidades mais comuns em todo o mundo, além de combater depressão e ansiedade. 

Este foi o tema da live realizada na manhã desta sexta-feira na live realizada durante o V Encontro dos Saberes da Caatinga.

Sobre o assunto e o diálogo como é possível criar uma “farmácia caseira”, cultivando produtos naturais, o médico clínico geral Celerino Carriconde, mestrado em Medicina Comunitária e Epidemiologia, participou do evento.

O médico Celerino apontou os principais alimentos causadores de doenças, destacou o uso dos refinados. “O açúcar, o sal e o trigo levam a uma série de problemas e são verdadeiros venenos. Outro fator é a falta de fibra na alimentação. O uso de óleos, que produzem inflamação no corpo, como os derivados de soja, milho, canola, e são todos transgênicos, também. Os óleos bons são aqueles que têm ômega 3, como de Oliva extra virgem, gergelim, coco e palma, que agem como anti-inflamatórios. Outra questão relevante é o uso de laticínios, que provocam alta incidência de câncer”, comenta.

Atendendo, em sua maioria, casos de doenças degenerativas, o médico ressalva que as plantas não promovem a cura de enfermidades, mas agem como coadjuvantes nos processos terapêuticos. Ele ainda defende que o paciente precisa assumir o protagonismo, cuidando da sua própria alimentação e não se tornando refém de medicamentos.

Cultivando mais de 100 espécies orgânicas em seu sítio, em Jaboatão, Pernambuco, o médico destaca entre elas a cúrcuma, utilizada como anticancerígeno e anti-inflamatório. 

“Ela é da mesma família do gengibre e aqui cultivamos de forma artesanal para consumo próprio e para ser vendida em feiras orgânicas. A planta tem propriedade antitumoral e age direto nas inflamações”, afirma. A especiaria é consumida em pó e leva cerca de seis meses para nascer. Até ficar pronta para uso, a raiz passa por um longo processo de secagem e moedura. A produção mensal no sítio chega a ser de 10 kg de cúrcuma, que pode ser utilizada nos alimentos como tempero para carnes, aves e frutos do mar.

Desde 1997 morando no sítio com a esposa, a enfermeira Diana Mores, o casal mantém o Centro Nordestino de Medicina Popular, que divulga a fitoterapia e medicina caseira entre grupos comunitários e famílias de baixa renda. 

“O Centro funciona como uma ONG que trabalha com comunidades carentes através de financiamentos de outros países. Hoje, o trabalho com planta medicinal é considerado política pública no SUS e promovemos a questão na segurança alimentar e da alimentação saudável para que as pessoas possam fazer do alimento o seu remédio”, conta Celerino.

Assim como a fitoterapia, outros tratamentos que fazem parte da medicina complementar são oferecidos pelo SUS para minimizar os efeitos colaterais de medicamentos e complementar procedimentos convencionais. Ao todo, 19 práticas, como homeopatia, acupuntura, arteterapia, meditação, musicoterapia, osteopatia, reflexoterapia, shantala e ioga foram institucionalizadas.

Segundo a OMS, 80% da população mundial utilizam a fitoterapia no que se refere à Atenção Primária à Saúde. A cada ano cresce os atendimentos das práticas complementares realizados nas unidades básicas de saúde de todo o país. 


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V ENCONTRO DE SABERES DA CAATINGA TEM INÍCIO NESTA QUINTA-FEIRA (23)

A valorização e a troca de saberes populares relacionados às práticas de cura ligadas à natureza, contribuindo para o fortalecimento do papel cultural da sabedoria tradicional, são os objetivos do V Encontro de Saberes da Caatinga e Práticas de Cura da Chapada do Araripe realizado no município de Exu, no sertão de Pernambuco. 

O evento tem inicio nesta quinta-feira (23) e prossegue até domingo, 26 de setembro. O encontro reúne raizeiros, rezadores e parteiras do Araripe.

Este ano o evento será realizado totalmente virtual com transmissão via canal do youTube - troca de saberes e acesso também  pelas redes @saberesdacaatinga

 Encontro serve para incentivar e manter vivas práticas de cura (algumas milenares) que não dependem do sistema biomédico.

HISTÓRICO: Nas últimas edições aproximadamente 80 raizeiros, rezadores e parteiras da região da chapada do Araripe, dos estados de Pernambuco e Ceará, participaram do evento.  Cerca de 200 pessoas entre médicos, profissionais de saúde, representantes de instituições públicas, organizações não governamentais e aprendizes de várias partes do Brasil estivereram em Exu, Pernambuco, trocando saberes e experiências.

Segundo a pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz, Islândia Sousa, o encontro reforça a política de práticas integrativas e complementares instituída pelo Sistema Único de Saúde (SUS) desde 2006. Essas práticas são caracterizadas pela Organização Mundial de Saúde como Medicina Tradicional ou Medicina Complementar.

Esse termo significa um conjunto diversificado de ações terapêuticas que difere da biomedicina ocidental, incluindo práticas manuais e espirituais, com ervas, partes animais e minerais, sem uso de medicamentos quimicamente purificados, além de atividades corporais, como tai chi chuan, yoga, lian gong. Outros exemplos de PICs são: acupuntura, reiki, florais e quiropraxia.

"As práticas trabalhadas e saberes compartilhados durante o encontro, no âmbito da conservação da sociobiodiversidade, relacionam-se diretamente com objetivos de criação da APA Chapada do Araripe, como incentivar as manifestações culturais e contribuir para o resgate da diversidade cultural regional e assegurar a sustentabilidade dos recursos naturais, com ênfase na melhoria da qualidade de vida das populações residentes na APA e no seu entorno”, ressalta Flávia Domingos da APA Chapada do Araripe.

O analista ambiental do ICMBio Antônio Alencar, da Flona Negreiros, que trabalha na concepção, organização e articulação nacional para realização do evento, tem experiência e grande dedicação ao estudo de plantas medicinais do cerrado e caatinga, inclusive já publicou um livro denominado Cordel de Plantas Medicinais do Cerrado.

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TARGINO GONDIM LANÇA CD BELO CHICO EM DEFESA DO RIO SÃO FRANCISCO EM OUTUBRO

Os músicos e compositores Nilton Freittas, Targino Gondim e Roberto Malvezzi – Gogó se uniram para lançar o projeto "O Belo Chico – Convivência com o Rio São Francisco através da música". A produção tem como objetivo chamar a atenção para luta em defesa do Velho Chico e, através das canções, animar o povo, estimular a construção de reflexões sobre o rio e a consciência política e sociambiental.  

O projeto Belo Chico consiste num álbum com canções que que falam da situação do São Francisco, seu povo, suas comunidades, potencialidades, perigos e esperanças. O CD é composto por 13 músicas, sendo algumas inéditas dos autores de Belo Chico, e outras já consagradas e conhecidas, de autoria própria ou de parceiros, selecionadas pelo conteúdo das letras e pela melodia. 

O Belo Chico será  apresentado ao público no dia 02 de outubro, em uma live, transmitida no Youtube, através do canal TV Irpaa, em alusão ao aniversário do rio que é celebrado em 04 de outubro.  

O CD terá um cunho educativo e poderá ser utilizado em atividades lúdicas, místicas, dinâmicas, entretenimento e ações diversas que envolvem a interatividade de pessoas envolvidas no processo de construção de saberes, no desenvolvimento de políticas públicas de Convivência com o Semiárido e de defesa, proteção e revitalização da bacia do rio São Francisco. 

O CD será distribuído entre entidades populares que atuam na defesa do Velho Chico, comunidades tradicionais, movimentos sociais, além de escolas. A obra também estará  disponível nas principais plataformas digitas e no site do Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada – Irpaa.  

Pela sua essência e finalidade o Belo Chico foi incorporado a um projeto executado pelo Irpaa, entidade que trabalha a mais de 30 anos com a defesa da Convivência com o Semiárido, que consiste em  um conjunto de técnicas, métodos e hábitos de vida compatíveis com as condições climáticas do lugar, tendo como princípios o acesso à terra, compreensão sobre o clima, acesso à água, educação contextualizada, direito à comunicação, produção de alimentos e criação de animais apropriados, empoderamento político, preservação e recuperação da biodiversidade, acesso ao saneamento, em vista ao Bem Viver no Semiárido. 

Fruto da construção coletiva de saberes e do amor pelo rio, o Belo Chico promete trazer para a cena artística nacional elementos da riqueza cultural dos povos que ocupam suas margens. A produção é da Toca Pra Nós Dois , realização do Irpaa e a Articulação Popular São Francisco Vivo, com apoio do Ministério de Cooperação Alemã por intermediação da Cáritas Alemã. 

Serviço: Projeto Belo Chico 

Lançamento do CD Belo Chico:  02 de outubro 2021 

Onde: Canal TV Irpaa – Youtube  

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PRIMAVERA, A ESTAÇÃO DAS FLORES INICIA COM FORTE CALOR EM JUAZEIRO E PETROLINA

A primavera começa hoje, dia 22 de Setembro, às 16h21min, quando o Sol estará exatamente na linha do Equador, e quando os dias e noites têm o período de tempo igual, tanto no hemisfério norte, quanto no sul.

É a estação característica da floração de algumas vegetações, sendo a estação mais seca e quente no sertões da Bahia e Pernambuco, onde as temperaturas do ar, na sombra, podem atingir valores acima de 38°C, e a umidade relativa do ar valores abaixo de 20%.

Neste último caso, a APAC envia Aviso de Baixa Umidade do Ar para a região específica.

No Agreste, as temperaturas do ar podem ser superiores a 34°C. Na Zona da Mata e Região Metropolitana do Recife, os valores ultrapassaram os 32°C. Ressaltando que, devido à alta umidade do ar, a sensação de calor na Região Metropolitana do Recife é bem maior do que a temperatura medida nos termômetros.

Semana passada a defesa civil fez um alerta em função da baixa umidade relativa do ar. A umidade em Juazeiro e Petrolina deve ficar variando entre 12% e 20%, aumentando os riscos de doenças respiratórias e incêndios.

Nesta época do ano, na qual a seca é predominante, casos de virose são comuns na população.

O médico especializado em doenças infecciosas Hemerson Luz explica que o tempo resseca a mucosa nasal e facilita o aparecimento de algumas patologias, como alergias e crises de bronquite. Além disso, gripes e resfriados aumentam, pois ficam mais fáceis de serem transmitidos. 

“O vírus do resfriado, quando chega na mucosa, e ela está ressecada ou irritada, fica mais difícil de ter uma defesa local”, pontua.

Hemerson explica que com o tempo seco, há uma menor dispersão de poeiras e poluentes, que ficam mais concentrados na atmosfera. Isso pode causar irritação nas vias respiratórias, levando pessoas a terem crises de rinite. No entanto, esse quadro pode piorar e evoluir para casos mais graves, como bronquite.

Os sintomas iniciais são aqueles mais comuns, que hoje podem ser confundidos com o novo coronavírus. Coriza, dor de garganta e dor de cabeça estão entre as reclamações mais recorrentes. Mas é preciso ficar alerta, porque esses sintomas podem ser sinais de doenças perigosas como pneumonia ou sinusite. Caso haja persistência na febre por mais de 48h, ou se as vias nasais ficam comprometidas por alguma secreção, uma piora no quadro pode ter ocorrido.

Além das dores de cabeça e febre, se cansaço ou fadiga forem constatados, a recomendação é procurar o pronto socorro mais perto. O médico ainda ressalta que é comum nesse período, com quedas na temperatura, as pessoas tomarem menos água, gerando desidratação. A secura, alerta ele, afeta mais crianças e idosos.

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