JOQUINHA GONZAGA GRAVA CLIPE HOMENAGEM MÚSICA ESPELHO DAS ÁGUAS DO ITAMARAGY

"Tanta saudade preservada num velho baú de prata dentro de mim. Digo num velho baú de prata porque prata é a luz do luar. Este baú é como um museu pessoal, o museu que todos temos, feito de lembranças, quinquilharias e reminiscências que alimentam o nosso presente. Como todos os museus pessoais, o da canção tem qualquer coisa que vai além do eu...é futuro”.

Os versos do cantor e compositor Gilberto Gil pode traduzir o sentimento do clipe gravado pelo sobrinho de Luiz Gonzaga e neto de Januário, tocador de 8 Baixos, Joquinha Gonzaga, valorizando o patrimônio de Exu Pernambuco. A música é um universo de riquezas culturais.

O clipe mostra a letra da música Espelho das águas do Itamaragy, composta por Gonzaguinha e Joquinha Gonzaga. No último dia 08 de setembro Exu, Pernambuco, completou 114 anos de Emancipação Política. Exu é privilegiada pela sua diversidade cultural e abraçada pela exuberante beleza da Chapada do Araripe,

Em contato com o BLOG NEY VITAL, Joquinha Gonzaga, disse que apesar das dificuldades que todos os cantores e músicos enfrentam o momento é de otimismo. 

"Resolvi prestar mais esta declaração de amor juntando voz e imagens da nossa Exu, Pernambuco e assim o Brasil conhece nossas riquezas culturais", disse Joquinha

Joquinha Gonzaga completou no dia (01) de abril, 69 anos de nascimento. Ele é neto de Januário e sobrinho de Luiz Gonzaga. João Januário Maciel, o Joquinha Gonzaga é hoje um dos poucos descendentes vivos da família. Dos nove filhos de Santana e Januário, todos eles, ja "partiram para o Sertão da Eternidade". 

Joquinha Gonzaga, nasceu no dia 01 de abril de 1952, filho de Raimunda Januário (Dona Muniz, segunda irmã de Luiz Gonzaga) e João Francisco Maciel. Luiz Gonzaga declarou em público que Joquinha é o seguidor cultural da Família Gonzaga. 

Além de sobrinho do Rei do Baião, Luiz Gonzaga, Joquinha é neto de Januário (tocador de 8 Baixos) e ainda tem como tios o Mestre da Sanfona, Zé Gonzaga, Chiquinha Gonzaga (tocadora de sanfona 8 Baixos) e Severino Januário.

MÚSICA - ESPELHO DAS ÁGUAS DO ITAMARAGY:

Quando Gonzaga chegava no exu

Naquela cadeira abraçava os amigos

Olhando o açude contava histórias

Do espelho das águas do Itamaragy

O sol se deita em cada entardecer

E a lua derrama sua luz de prata

E o verde da mata em volta vem beber

Mulheres, latas, roupas e homens

Meninos, moleques e animais

A vida da minha cidade está toda ali

No espelho das águas do Itamaragy

Meus zamô deixa não, essa história se quebrar

Meus zamô deixa não, esse espelho se quebrar

Deixa não, cuida aí,

Do espelho das águas do Itamaragy

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EDUCADOR PAULO FREIRE 100 ANOS

Há exatamente 100 anos, em 19 de setembro de 1921, nascia no Recife, em Pernambuco, aquele que se tornaria um dos mais notáveis pesquisadores da história da pedagogia mundial: Paulo Freire. Patrono da educação no Brasil, o educador, pedagogo e filósofo é reconhecido mundialmente, mas no país em que nasceu ainda é alvo de resistência e fake news. Mas a sua importância para o debate educacional é inegável. Paulo Freire é o brasileiro mais homenageado no mundo. 

Ele tem 29 títulos de Doutor Honoris Causa dado por universidades da Europa e da América, além de vários outros prêmios, como o Educação pela Paz, da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciências e Cultura (Unesco). O educador ainda é o terceiro pensador mais citado do mundo em universidades da área de humanas, de acordo com levantamento da London School of Economics.

De acordo com o professor Ítalo Francisco Curcio, pesquisador no curso de pedagogia da Universidade Presbiteriana Mackenzie e doutor e pós-doutor em educação, a importância de Paulo Freire está no fato de que ele foi o primeiro a pensar em um método educacional voltado para a realidade brasileira. Em 1963, o educador aplicou seu método em Angicos, cidade do interior do Rio Grande do Norte. O projeto conseguiu alfabetizar 300 adultos em apenas 45 dias. "Paulo Freire apresenta um trabalho revolucionário. Ele mostrou que não tínhamos modelos adequados para a nossa realidade", explica Ítalo.

Naquela altura, o Brasil tinha mais de 40% da população totalmente analfabeta. A proposta de Paulo Freire era considerar o conhecimento que aquelas pessoas tinham na hora de ensiná-las a ler e escrever. “Ele propõe um método considerado o conhecimento prévio. A gente usava cartilha de crianças para ensinar adultos. E ele diz que adultos têm que ser tratados como adultos. Com esse método ele acaba socializando a educação”, completa o professor.

O trabalho de Paulo Freire, porém, foi interrompido em 1964 pela ditadura militar, que acreditava que o método poderia incentivar revoltas populares. O educador ficou preso por 72 dias e passou 16 anos em exílio, onde continuou a se dedicar a sua obra. Paulo Freire lançou mais de 30 livros. "Nós não podemos confundir o método dele com a obra. Ele foi muito mais do que o método. Ele foi um filósofo da educação. Ele não agrada a todos, mas nem todos os filósofos agradam a todos. Há de se reconhecer que ele foi um revolucionário da educação e por causa desse sucesso ele ficou conhecido internacionalmente”, destaca Ítalo. 

Segundo o professor da Faculdade de Educação da Universidade de Brasília (UnB) Erlando da Silva Rêses, a filosofia de Paulo Freire é estudada no mundo inteiro e admirada. "Ele primeiro observou a realidade, depois ele escreveu a teoria, que foi a Pedagogia do Oprimido. A importância dele está não só no Brasil, mas no mundo inteiro", afirma. 

Maurilane de Souza Biccas, professora de História da Educação na Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP), lembra que a obra de Paulo Freire é estudada em todo o mundo como base de pesquisas em educação. "Os livros de Paulo Freire foram publicados em quase todo mundo. A Pedagogia do Oprimido, é a obra mais importante, a terceira mais citada em trabalhos de ciências humanas do mundo, foi traduzida e publicada em mais de 20 idiomas. 

A produção teórica e a reflexão sobre sua prática como educador e consultor, inspirou e ainda tem inspirado, inúmeras pesquisas acadêmicas e práticas pedagógicas que são realizadas no Brasil e em vários países do mundo", diz. 

Apesar de todo o reconhecimento dado ao trabalho de Paulo Freire, ele tem sido uma das personalidades mais atacadas pela direita no Brasil. Tachado de comunista, o educador já foi alvo de críticas até do presidente Jair Bolsonaro. Na campanha para a Presidência, Bolsonaro chegou a dizer que para melhorar a educação seria preciso “expurgar a ideologia de Paulo Freire” das escolas. O ex-ministro da Educação Abraham Weintraub também ameaçou tirar um mural em homenagem ao educador que tem em frente ao MEC. Nessa semana, a Justiça Federal do Rio de Janeiro deferiu liminar que proíbe o governo federal de "praticar qualquer ato institucional atentatório à dignidade intelectual" de Paulo Freire.

Para Ítalo, estes ataques são motivados por dois motivos: o desconhecimento e a natureza libertária da sua filosofia. “Infelizmente algumas camadas da população interpretam errado. Chegam a dizer que Paulo Freire é responsável pelas mazelas da educação. Tem gente que fala mal dele, mas nunca nem leu um livro dele”, lamenta.

O professor destaca que a educação brasileira demorou muito tempo para ter algum incentivo e segue sem investimento adequados até hoje. Isso por si só explica a situação da educação no país e não a filosofia de Paulo Freire. 

“São 200 anos de história e de políticas públicas inadequadas. A gente só começa a ter alguma coisa a partir da Constituição de 1988. Somente em 2001, o Brasil teve o primeiro Plano Nacional de Educação. O problema da educação atual não é Paulo Freire é a ausência de políticas públicas”, enfatiza.

Isso, porém, segundo Erlando, mostra o quanto Paulo Freire incomoda. "Muita gente levanta o nome dele sem conhece-lo e ai a gente vê o tanto que ele esta inserido no imaginário popular, não só na academia. Ele é atacado por conta das ideias referentes a uma educação não só ligada a leitura e escrita, mas com uma discussão sobre conscientização", afirma. 

Maurilane Biccas reflete que esses ataques só mostram o quanto ele incomoda. "Paulo Freire é valorizado no exterior por que é genial. É rejeitado também por ser genial. Se a pedagogia de Paulo Freire foi considerada “perigosa” pela ditadura militar, sua práxis causou muitas polêmicas, taxada de comunista. 

Hoje, a pedagogia do Paulo Freire é considerada por alguns também como “esquerdista”, “comunista”, e que influencia negativamente a educação no país. O governo Bolsonaro vê Paulo Freire como o responsável pela má qualidade pelo ensino publico brasileiro. Ele é chamado de “Doutrinador”, o que ele nunca foi, pois em suas obras podem ser conferidas a importância conferida por ele sobre a curiosidade, o estranhamento e o questionamento em relação ao mundo", esclarece. 

A professora Maria Madalena também avalia da mesma forma. “O grande medo é porque a metodologia esclarece e no capitalismo a classe dominante quer ter todos os lucros e gente que estuda é mais esclarecido”, afirma. “Os pobres que criticam Paulo Freire é por puro desconhecimento. Vão sendo levados pelas fakes news. Nos livros dele só tem coisas boas. Diz que educação exige respeito, diálogo, esperança, liberdade, amor, ser contra ele é ser contra tudo isso”, completa.

ATAQUES: Os ataques são tantos, que ano passado o Instituto Paulo Freire lançou um livro avaliando essa situação. “Essa desconstrução tem um endereço, um propósito: atacar o que ele defendia que era uma escola democrática, popular, emancipadora. O alvo da campanha contra Paulo Freire não é só ele: o alvo é o direito à educação pública”, afirma Moacir Gadotti, presidente de honra do Instituto Paulo Freire no Prefácio do e-book Paulo Freire em Tempos de Fakes News.

25 anos após a morte de Paulo Freire, o Brasil ainda tem 11 milhões de analfabetos, segundo o IBGE, e a educação ainda enfrenta mais um desafio com a crise provocada pela pandemia. De acordo com relatório Education at a Glance 2021, elaborado pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), e divulgado esta semana, o Brasil é um dos poucos países que não aumentou o investimento em educação durante a pandemia.

 “Os estudantes da EJA não conseguiram nem participar das aulas remotas. Muitos ficaram desempregados e não tinham acesso a internet. O governo economizou com água e luz, poderia ter revertido em planos de internet e cesta básica, mas não fez. Nós investimos tudo que podíamos em cestas básicas para não ver os nossos passando necessidade”, lamenta Maria Madalena.

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VIGILÂNCIA SANITÁRIA: OPERAÇÃO MUNICIPAL FECHA ABATE CLANDESTINO EM PETROLINA

Em uma operação conjunta realizada na última sexta-feira (17), que envolveu a Agência Municipal de Vigilância Sanitária (AMVS), Guarda Civil Municipal e a Polícia Rodoviária Federal, foi desarticulado um grupo que realizava abate clandestino de animais. 

Grande parte dos bichos eram caprinos e ovinos, eles seriam comercializados nas feiras e demais estabelecimentos da cidade. Durante a ação, além da condução dos envolvidos à delegacia, todas as carnes foram apreendidas.

O combate à clandestinidade no abate e comercialização de carne, e demais produtos derivados de animais, tem se intensificado no município e a população tem contribuído para que isso aconteça.

No local foram encontrados cerca de 100 animais já abatidos, que foram identificados através das peles e das carcaças, as vísceras estavam em estado de decomposição, muita sujeira e sangue misturados aos animais mortos. A fiscalização também localizou mais 30 animais em condições de maus-tratos. Durante a operação foi constatado ainda que o grupo estava de posse de carimbos e documentos falsificados.

Para o diretor-presidente da Vigilância Sanitária, Marcelo Gama, a operação além de desarticular a criminalidade, resguardou a saúde pública. "Temos um abatedouro público funcionando 24h em Petrolina para assegurar aos comerciantes abates com segurança, higienização e todos os trâmites legais que asseguram uma carne de qualidade destinada ao consumidor final, que é a população. Prezamos  pela saúde pública da população, com isso, estamos atuantes e vigilantes a estas situações", explicou Gama.

Sobre a operação, o diretor ainda ressalta. "Temos uma parceria com a Guarda Municipal que está junto com a nossa equipe de vigilância nas operações e ações de combate à clandestinidade, em especial de abates. Contamos nesta operação com o apoio da Polícia Rodoviária Federal, uma vez que esses produtos iriam para outras cidades da região. Reforço mais uma vez, o nosso trabalho é para assegurar que produtos com certificação de qualidade cheguem até o consumidor, isso é saúde pública", acrescentou.

A população pode denunciar através do 153, número da Guarda Civil Municipal, e também do 156, da Ouvidoria Municipal que funciona de segunda a sexta-feira em horário comercial. (Fonte:  Débora Sousa – Assessora de Comunicação da Agência Municipal de Vigilância Sanitária)

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JORGE DU PEIXE LANÇA ÁLBUM BAIÃO GRANFINO EM HOMENAGEM A LUIZ GONZAGA

Curtindo uma espécie de hiato forçado dos shows da Nação Zumbi, Jorge Du Peixe aproveitou esse período para formatar e processar um novo projeto: o álbum “Baião Granfino”, que vai reunir versões das músicas de Luiz Gonzaga, uma das mais importantes figuras da música popular brasileira. O primeiro single, “Rei Bantu”, foi lançado em todas as plataformas de streaming.

Exaltando a obra e o legado do Rei do Baião, o projeto abre espaço para novas propostas sonoras e arranjos criativos enlaçados na interpretação marcante e inconfundível de Du Peixe. Para o cantor e compositor pernambucano é uma honra e um desejo antigo se concretizando: “Faz parte da minha memória afetiva. Quem é do Nordeste cresce ouvindo as melodias de Luiz Gonzaga.”, diz.

O álbum Baião Granfino” tem 11 faixas, com produção de Fábio Pinczowski pelo selo Babel. O single “Rei Bantu” apresenta e dá uma ideia do que esperar do álbum. “Acho essa música muito importante por dois motivos: primeiro por não ter muitas versões conhecidas pelo público, e depois por ligar o maracatu ao baião. No disco ela ganha um peso muito forte, afinal, como diz a letra, Jorge é um dos nossos ‘reis do maracatu.’”, revela o produtor.

“É uma música forte que exalta as nações de maracatu, gênero originalmente pernambucano. É também um grito de resistência e empoderamento”, conta Du Peixe, que convidou os músicos Mestrinho, Carlos Malta, Pupillo e Swami Jr., para participarem da faixa.

A gravação contou ainda com um coro feminino, formado pelas cantoras Victória dos Santos, Naloana Lima e Sthe Araújo, que remete aos clássicos do samba. “O baião está ali presente, ele é universal. Tem esse lamento, melancolia, próximo do samba.”, conclui Du Peixe.

Em texto de apresentação para a imprensa, o canto e compositor Siba escreveu sobra “Rei Bantu”:

- Gatoreba?

- Fala, Du Peixe…

- Escreve aí qualquer coisa sobre uma música que eu gravei, de Luiz Gonzaga e Zé Dantas? 

- Oxe, claro! Mas que projeto é esse?

- Vai chamar “Baião Granfino”, só versão pesada do Véio Lua. Quem tá produzindo é o Fábio Pinczowski e essa música vai ser o primeiro single.

- Sério? Que música é?

- “Rei Bantu”, tá ligado?

- Conheço demais! E como tá a versão?

- Mermão, tá um maracatu meio amaxixado, tem o Pupillo na batera, Mestrinho na sanfona, Swamy Jr. no violão e Carlos Malta no sopro. Um coro feminino de cair o cabelo da cabeça, depois te passo a ficha completa.

- Pode crer, eu tô ligado nessa música. Fala de herança afro brasileira, de resistência cultural, da cultura popular enquanto espaço de afirmação de dignidade e diferença, né? Quer dizer, é como eu entendo ela hoje, nesse contexto que a gente tá vivendo. Porque antes eu achava que era apenas uma música bonita sobre o maracatu pernambucano. Engraçado como uma música pode mudar com o tempo. Ou será que o que muda é a gente? O nosso jeito de ouvir, ver, entender? Bom, manda a música, eu escrevo sim, me dá uns dias que o bagúi tá zoado, hahaha…

- Ainda bem que tu pode, Gatoreba. Muito obrigado!

- Du Peixe? 

- Fala Gatoreba.

- Porque é mesmo que tu só me chama de Gatoreba?

- Lembra não, véio? A gente em São Paulo em 95, perdido na rua tentando achar a casa de Xico Sá, paramos pra matar a sede e tu não sabia o que era Gatorade. Me viu bebendo e perguntou: "O que diabo é GATOREBA?", haha!

- Lembrei, tô rindo aqui. Pelo jeito é a gente que muda com o tempo, porque o maracatu e a música de Luiz Gonzaga estão aí, iguaizinhos desde sempre, hahaha.

Siba é cantor, compositor e instrumentista pernambucano. Um dos principais representantes do maracatu.

JORGE DU PEIXE: Jorge Du Peixe começou a sua carreira na música em 1993. O cantor e compositor pernambucano é vocalista da Nação Zumbi, uma das bandas mais importantes e revolucionárias da música brasileira. Nascida no início da década de 1990, a banda originalmente se chamava Chico Science e Nação Zumbi e era liderada por Chico Science, cantor, compositor e um dos principais representantes do movimento manguebeat. Depois da morte precoce de Chico, Du Peixe, que já era membro da banda, assumiu os vocais.

Com a Nação Zumbi lançou 13 discos, fez parcerias com diversos artistas e shows em vários países. Algumas de suas músicas entraram em trilhas sonoras de filmes e novelas. O artista também integra outros projetos musicais, como a banda Los Sebosos Postizos, com quem lançou o disco “Los Sebosos Postizos Interpretam Jorge Ben Jor” (Deck), produzido por Mário Caldato Jr., e o grupo Afrobombas, que tem como vocalista, além de Du Peixe, Lula Lira, filha de Chico Science.

Jorge também compõe trilhas para filmes nacionais. Em “Amarelo Manga” (2003), do diretor Cláudio Assis, assinou a trilha com Lúcio Maia. Em 2011, ganhou o prêmio no Festival de Paulínia de melhor trilha sonora pelo filme “Febre do Rato”, de Cláudio Assis. Em 2017, fez a direção musical do espetáculo “Cão Sem Plumas”, da Cia de Dança Deborah Colker, ao lado de Berna Cepas.

 Em 2019, fez a trilha do filme “Piedade”, também de Cláudio Assis, que foi premiada no 13º Los Angeles Brazil Film Festival. Lançou em 2020 o livro juvenil “A Nave Vai”, pela editora Barbatana. Em formato de compacto, a publicação conta com o texto e a narração de Jorge Du Peixe e as ilustrações do artista Rodrigo Visca. Recentemente, fez parcerias com os artistas Marcelo D2, na música “Pela Sombra”, e Edi Rock, na música e clipe “Vai”.

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IRPAA LANÇA EDITAL DE SELEÇÃO PARA CONTRATAR PROFISSIONAL TÉCNICO EM AGROPECUÁRIA


O Instituto Regional da Pequena Agropecuária Apropriada - Irpaa , em conformidade com o convênio n° 246/2021, celebrado entre o Irpaa e a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR),convida os profissionais interessados a manifestar seu interesse em executar a atividade de Técnico(a) em Agropecuária no âmbito das ações previstas no convênio.

As condições de participação estão descritas na Solicitação de Manifestação de Interesse e Termo de Referência em anexo.

Para esclarecimento de dúvidas, gentileza entrar em contato através do e-mail: irpaa@irpaa.org

Acesse o Termo de referência para contratação e a solicitação de manifestação de interesse e saiba todas as informações necessárias.

De acorDo com edital os pagamentos serão realizados de acordo com o plano de R$ 1.750,00, mais 30% de periculosidade sobre o salário-base, considerando às custas dos encargos por parte do contratado a debitar do valor supracitado. A ser pago até o 5º dia útil do mês subsequente.

O contratado, neste Termo de Referência deverá cumprir 100% das metas planejadas, cujo relatório deverá ser devidamente atestado pela equipe responsável pela supervisão dos serviços (Representantes do IRPAA e Equipe Técnica do Programa Pró-Semiárido).

Confira Edital AQUI.


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SUNSET: FABIANA SANTIAGO APRESENTA LIVE COM DIREITO A PASSEIO PELO RIO SÃO FRANCISCO NESTE DOMINGO (19)

Um pôr-do-sol, à beira do Velho Chico, e muita música. Uma combinação perfeita para um show de domingo à tarde. Esse cenário inspirador é palco da live "Sunset", da cantora petrolinense Fabiana Santiago, que vai ser apresentada neste domingo (19), às 16h. Com transmissão ao vivo pelo canal oficial da cantora no YouTube - https://linktr.ee/fabianasantiagoofficial -, a live marca as comemorações de aniversário de 2 anos da Rede Você, por onde também será exibido o show, e também dos 126 anos de Petrolina-PE.

Para "Sunset", foi preparada uma estrutura especial de som e luz, pioneira na região do Vale do São Francisco, dentro da barca Vapor do São Francisco, do roteiro enoturístico denominado "Vapor do Vinho". De casa, o público poderá conferir imagens brilhantes do Rio São Francisco ao longo do percurso que tem início na Ilha da Fantasia, passando ainda pelo Lago de Sobradinho, e, de quebra, ainda será agraciado com toda a energia emanada do radiante pôr-do-sol da região do Vale, com um repertório, bastante especial, montado por Fabiana Santiago.

"Vamos apresentar um repertório que vai trazer, para casa de cada telespectador, toda essa energia Sunset, toda essa magia que o pôr-do-sol do Vale do São Francisco proporciona. Vamos ter pop, axé, e também vou apresentar minha canção autoral, 'Deixa', lançada nas plataformas de streaming neste ano", diz a cantora. "Sunset" é um projeto da artista Fabiana Santiago, em parceria com a Rede Você,  Vapor do Vinho e o digital influencer Herbet Freitas.

Outras lives – Petrolinense de alma e coração, Fabiana Santiago também apresentará mais outros dois projetos, como parte das comemorações do aniversário de 126 anos da cidade. Na segunda (20), às 20h, será apresentada a live "Eu Amo Petrolina", projeto realizado por Herbet Freitas, em parceria com a artista Fabiana Santiago e a Rede Você nesta 6° edição. A transmissão será nos canais oficiais de Fabiana Santiago e da Rede Você.

Já na terça (21), será apresentado o projeto "Sem Flopar", fechando as comemorações do aniversário da Rede Você, no aniversário de Petrolina, a partir das 17h, com transmissão pelo YouTube do canal. Assim como a live "Sunset", os eventos respeitarão todos os protocolos sanitários de prevenção à Covid-19. (Ascom/Thiago Santos foto: Thiago Richel/divulgação)



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ESPECIALISTAS CRITICAM AUMENTO DO USO DE AGROTÓXICOS E PEDEM APOIO A NOVAS TECNOLOGIAS

Você permaneceria em uma área onde estivesse ocorrendo a pulverização agrícola por agrotóxicos? O questionamento foi feito pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) nesta quinta-feira (16), em audiência pública da Comissão de Meio Ambiente (CMA) sobre o impacto do uso dos defensivos agrícolas no Brasil. 

Autor do requerimento para o debate, Contarato disse que populações como as indígenas não têm como se defender, já que a aplicação de agrotóxicos por meio de aeronaves ainda é liberada no país. Ele mencionou, em especial, o aumento do uso de agrotóxicos banidos na Europa e nos Estados Unidos pela sua neurotoxicidade.

Contarato disse ter presenciado indígenas do Mato Grosso do Sul sofrendo com sintomas como febre, vômito, dor de cabeça e diarreia, após terem sido expostos a essas pulverizações. O meio ambiente brasileiro tem sofrido um “ataque sistematizado”, que se torna ainda mais claro no caso do uso dos agrotóxicos, disse Contarato. Ele mencionou que o uso desses produtos no Brasil cresceu 25% nos últimos 5 anos, sendo um dos mercados que mais se desenvolve no mundo, “sem ter havido relação entre o aumento do uso e o crescimento da produção das lavouras”. Já são cerca de 2.300 defensivos registrados, observou. 

— Quero colocar-me humildemente como membro dessa comissão, aberto à comunidade cietífica, acadêmica, Ongs, sociedade civil e ao poder público, que tem essa obrigação de implementar medidas para mitigar os danos resultantes da má utilização desses produtos — disse o senador, mencionando o uso do acefato, já proibido em muitos países.

MONITORAMENTO: Silvia do Amaral Rigon, professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR), chamou atenção para a mudança de metodologia no Programa de Análise de Resíduos de Agrotóxicos em Alimentos (PARA), uma ação do Sistema Nacional de Vigilância Sanitária (SNVS), coordenado pela Anvisa. Apesar de seu reconhecimento nacional e internacional, o programa tem sido modificado, disse a pesquisadora, que destacou o aumento da intoxicação crônica ou aguda em decorrência de agrotóxicos.

— Fui buscar a atualizaçao dos dados do PARA para trazer dados para esta audiênia. Meu espanto foram essas últimas modificações na forma e desenvolvimento que ocorreram no programa. Houve uma modificação na metodologia no programa de monitoramento — apontou Silvia Rigon.

Ela lembrou que o Brasil é hoje o maior consumidor de agrotóxicos do mundo. A maior parte é usada em lavouras de soja, milho e cana-de-açúcar nas regiões Sul, Centro-Oeste e em São Paulo. De acordo com a professora, apenas cinco dos maiores produtores respondem por mais de 50% dos agrotóxicos consumidos no Brasil. A professora também chamou atenção para o aumento de suicídios relacionados aos agrotóxicos utilizados na lavoura de fumo na Região Sul.

MULTINACIONAIS: A pesquisadora Regina Sambuichi, do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), observou que a Lei 7.802, de 1989, define como agrotóxico todo agente de processos físicos, químicos ou biológicos usados na produção agrícola para alterar a composição da flora ou da fauna para preservá-la da ação de seres vivos considerados danosos. Para ela, é preciso buscar o conceito de menor toxicidade e de maior sustentabilidade.

 No entendimento de Sanbuichi, havendo a possibilidade Regina Sambuichi do uso de defensivos alternativos, de menor ou de nenhuma toxicidade e a mesma eficiência, todos os produtores teriam a tendência a utilizá-lo. Ela destacou que já há tecnologias disponíveis nesse sentido. Os únicos interessados na continuidade do uso dos produtos atualmente consumidos pelo setor agrícola, seriam as grandes empresas internacionais que os fabricam, afirmou.

— As alternativas existem. No sentido de continuar a produção, até com maior aceitação nos mercados internacionais. Então o que se precisa fazer? É preciso investir nessas alternativas por meio de políticas públicas. É preciso uma vontade de governo. (...) É preciso vontade política para se pensar o futuro. Maneiras de remover incentivos fiscais perversos, estimular a competitividade e alternativas viáveis aos produtores. Mas isso precisa ser estimulado, porque é uma questão estratégica — declarou Regina Sambuichi, salientando que os consumidores têm sido cada vez mais exigentes e que, se não houver mudanças na política do país sobre fertilizantes, o Brasil vai perder mercados. 

CONTAMINAÇÃO: A diretora do Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra (MST), Antônia Ivoneide, comentou que inúmeras lavouras orgânicas têm sido afetadas pelo escoamento de agrotóxicos oriundos de áreas próximas. Isso tem prejudicado economicamente os produtores, que não conseguem vender seus cultivos, disse Ivoneide. 

A debatedora reconheceu que estudos sobre os riscos dos pesticidas têm sido feitos por pesquisadores de entidades públicas, mas disse que isso ocorre de modo particular ou em grupos, sem atuação do poder público para averiguar impactos nem esclarecer esses processos. Ao dizer que a população tem sido envenenada, Ivoneide considerou fundamental que as autoridades “apresentem a fundo essa situação para as populações”. 

ALIMENTOS:  Para a professora de Toxicologia da Universidade de Brasília (UnB) Eloisa Dutra Caldas, o fato de alimentos conterem resíduos de pesticidas não necessariamente significa riscos à saúde da população. Segundo ela, essa definição é feita comparando-se a quantidade e as características das substâncias toxicológicas com o número dos consumidores. Ela demonstrou preocupação com o que chamou de “uma visão restrita da informação”, e disse que o risco dos agrotóxicos é irrelevante, considerando-se o benefício de uma pessoa bem alimentada ou de um bebê amamentado. 

Eloisa reconheceu que a exposição ocupacional ao pesticida é grave, especialmente para os pequenos agricultores. E disse que esse fator merece atenção e empenho das autoridades, a fim de que os produtores permaneçam protegidos no desempenho da atividade. A debatedora disse não acreditar, no entanto, que a extinção total dos agrotóxicos seja uma solução possível a curto, médio nem longo prazo. 

— Existem ações do governo que incentivam agricultura orgânica, e produtos biológicos registrados para minimizar o uso de sintéticos tem aumentado. Uma opção viável, mas minha principal mensagem é que se precisa haver cuidado com a correta comunicação. Dizer à população que um prato de salada faz mal à saúde não é verdade — declarou.

O gerente-geral de Toxicologia da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Carlos Alexandre Oliveira Gomes, disse ser preciso garantir a segurança alimentar. Ele disse que inúmeros estudos e monografias sobre o uso dos agrotóxicos deixaram de ser considerados por não terem mais efetividade nos dias atuais. Ele declarou, porém, que a agricultura familiar deve ter base na organicidade.

Gomes afirmou que o governo tem consciência de que muitas medidas precisam ser reavaliadas e disse que há tecnologias para produtos de baixa toxidade já registradas, bastando ao produtor interessado migrar do sistema convencional.

O presidente da CMA, senador Jaques Wagner (PT-BA), afirmou que a busca por uma convivência menos agressiva com o planeta tem sido uma exigência geral de todas as populações. E considerou que essa mudança de postura é irreversível e tem sido trazida “pela consciência ou pela emergência que o mundo vive”. Jaqeus Wagner aponptou para o consenso científico em torno de realidades como o aquecimento global, os acidentes climáticos ou dos danos causados pelo mau uso dos agrotóxicos. 

— Tudo isso é parte da agressão que o modo de vida de nós, humanos, tem produzido ao planeta Terra. Cada um com suas informações, formações e convicções trouxeram esses aspectos e para isso nossa audiência pública é feita: para que haja o salutar confrontamento de ideias e argumentos, porque essa é a única forma que conheço para superar problemas e construir democracia buscando consenso produtivo. (Fonte: Agência Senado)

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