MESTRE DINHA, UMA TRAJETÓRIA DA MÁQUINA DO TEAR AOS SABERES REPASSADOS PELO FEMININO

Da máquina do tear, os saberes repassados pelo feminino. A primeira mulher da cultura popular na região do Cariri teve seu museu inaugurado ano passado e destaca a importância das redes para o artesanato local.

No horizonte da Chapada do Araripe, o sol caía ao som dos tiros do bacamarte de Mestre Nena e das pisadas de Coco de Mestra Marinez. O Museu Casa de Mestra Dona Dinha está localizada em Nova Olinda, Ceará.

O museu começa na sala de estar da casa da Mestra e segue por meio de fotografias, réplicas de instrumentos usados na máquina de tear redes e fragmentos da memória até o quintal, onde Raimunda Ana da Silva, mais conhecida como Dona Dinha, ainda possui um modelo antigo do tear com detalhes em carnaúba. A artesã conta que aprendeu a fazer redes apenas observando as habilidades da irmã, a tradição foi repassada pelas mãos de mulheres, sendo um meio de vida para os familiares. 

Ao todo são 57 anos dedicados aos afazeres artísticos na cultura.

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MANELITO, ARIANO SUASSUNA E A CONVIVÊNCIA COM O SEMIÁRIDO

O engenheiro agrônomo Manoel Dantas Vilar Filho, seu Manelito faleceu nesta terça (28). Em 2017 ele foi destaque na Revista Globo Rural. Confira:

O Sertão permite muitos olhares: o mais comum une a terra rachada e seca a carcaças de animais mortos. Nem tão aparente, há um Sertão produtor, que busca a fertilidade insistentemente. E consegue encontrá-la. É nele que está encravada a Fazenda Carnaúba, em Taperoá, no Cariri paraibano, a 260 quilômetros da capital.

Numa mistura de sonho e persistência, o engenheiro Manoel Dantas Vilar Filho e o escritor Ariano Suassuna (1927-2014), seu primo, conseguiram fazer brotar na Carnaúba uma fábrica artesanal de queijos premiados no Brasil – e que já despertam o interesse do mercado exterior.

O Laticínio Grupiara tem capacidade para produzir 1.500 litros de leite de cabra por dia, o que resulta em 180 quilos de queijo, o equivalente a 800 peças. Mas a conta aqui precisa ser revista pela seca, ou pela “desarrumação das águas”, como diz Manelito Dantas, referência e profundo conhecedor da região e de suas possibilidades. Depois de longo período de estiagem, a Carnaúba produz hoje 20% de sua capacidade.

É trabalho e a crença – e não lamento – que regem os dias da fazenda sertaneja. “O Brasil, com o Nordeste seco bem incluído, tem a vocação e o destino de ser, também, a grande nação agropecuária, sobretudo pecuária, do mundo” defende Manelito. 

O que hoje sedimenta e distingue os resultados da fazenda começou nos anos 1970, quando Ariano Suassuna e Manelito Dantas decidiram iniciar a criação de cabras, priorizando a escolha dos animais.

Queriam um rebanho nativo e precisaram formá-lo viajando Sertão adentro, visitando feiras, garimpando entre os criadores. Grupiara, o nome do laticínio, escolhido pelo autor de Auto da compadecida, significa “veio de diamantes”, numa alusão à preciosidade que guarda a Carnaúba e seus queijos.

Em mais de 40 anos, erraram e acertaram; fizeram, desfizeram, refizeram. Mas havia fôlego e argumentos movendo a dupla: “A França, que tem um rebanho caprino estimado em apenas 960 mil cabeças, ganha uma fortuna com o leite e o queijo de suas cabras. O rebanho brasileiro de cabras é de 14 milhões, dos quais 11 milhões estão no Nordeste”, escreveu Ariano, em artigo publicado em maio de 2000, no jornal  Folha de S.Paulo, no qual justamente elogiava uma reportagem de GLOBO RURAL sobre a criação de cabras.

Em 1972, quando começaram a criação, tinham menos de 150 animais. Hoje, são 2.300 cabras. O plantel de caprinos é composto por dez raças: parda sertaneja, moxotó, graúna, serrana azul, repartida, canindé, marota, muciana preta, caoba e biritinga. Os animais se espalham pela caatinga, enfeitam o Sertão e provam que ali podem viver e resistir. 

“Sou dos que acreditam que só o sonho e a utopia são capazes de carregar a realidade do chão raso para o alto e para o sol.” Era assim, com poesia, que Ariano falava de suas cabras.

Há mais do que poesia em Taperoá. “Produzir queijos no Sertão possibilita vivermos aqui, não precisar migrar para cidade e poder trabalhar no que gostamos e sabemos fazer, morar onde nos criamos”, diz Joaquim Dantas Vilar, um dos cinco filhos de Manelito. Todos eles, de alguma forma, se envolvem com a produção dos queijos. 

“Fomos criados num ambiente riquíssimo de bons valores: produzir com qualidade, identidade. Valorizar nosso mundo é uma obrigação que nos deixa felizes e realizados”, reforça, demonstrando o que aprendeu com seu pai.

Os queijos do Sertão são vendidos em delicatessens, lojas especializadas e mercados espalhados pelo Brasil. Os produtores receberam convites para mostrá-los na França, país que venera, produz e consome como nenhum outro o queijo de cabra. Mas, há mais de dois anos, os queijeiros paraibanos travam uma batalha com a Secretaria Estadual de Desenvolvimento da Agropecuária, que tem se recusado a renovar o registro dos produtos, alegando que eles precisam se adequar aos nomes do mercado - a maioria de origem estrangeira, como boursin ou chèvre.

Na Fazenda Carnaúba, os queijos, temperados com ervas sertanejas, são chamados de cariri, arupiara e borborema. As autoridades não aceitam as denominações; os queijeiros não admitem o uso de estrangeirismos em seus queijos. “Eles dizem que nossos nomes não existem. Que a gente tem de usar ‘tipo boursin’, ‘tipo camembert’. Mas isso vai de encontro a tudo o que estamos construindo, com suor e coragem, em nosso dia a dia”, avalia Joaquim. 

A luta é parte da lida, sabem bem os sertanejos. Olhando para trás, Manelito Dantas descreve o que hoje vê em suas terras da Fazenda Carnaúba: “Enxergava que iríamos chegar onde estamos hoje. Uma mistura de sonho com consciência”. (Revista Globo Rural Edição 2017)
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DOMINGO 9HS RÁDIO CIDADE AM 870 PROGRAMA NAS ASAS DA ASA BRANCA-VIVA LUIZ GONZAGA E SEUS AMIGOS

Domingo 02 de agosto no Programa Nas Asas da Asa Branca-Viva Luiz Gonzaga e seus Amigos, às 9hs www.radiocidadeam870.com.br. 

Café Prosa com Alemberg Quindins. Você vai saber o motivo do Estado de Espírito do vento/cariri que sopra com saudade do Mar. Você vai compreender a importância do contexto da Chapada do Araripe para o mundo. Patativa do Assaré. Luiz Gonzaga e Padre Cícero. Arqueologia. Gestão Cultural. Alemberg diz que a Chapada do Araripe tem uma influência nesse território desde o período cretáceo. Em torno dela, de um lado tem Luiz Gonzaga, a Pedra do
Reino, de Ariano Suassuna e a Missa do Vaqueiro, Padre Cícero, Patativa do Assaré, Espedito Seleiro, toda uma cultura. O Cariri é um oásis em pleno sertão. É o solo cultural por conta de toda essa força que vem da geologia, da paleontologia, da cultura.

Francisco Alemberg de Souza Lima- Alemberg Quindins. Músico de formação popular, historiador autodidata, Fellow da Ashoka e Líder da Avina.

Em 1992, restaurou a primeira casa grande da fazenda que deu origem ao Município de Nova Olinda, Ceará e criou a Fundação Casa Grande-Memorial do Homem Kariri: Uma
Organização não governamental que tem como missão educar crianças e jovens através da gestão cultural e do protagonismo juvenil. Como consultor do UNICEF, criou nos assentamentos dos sem terra no Ceará e no Rio Grande do Norte, o projeto Vez da Voz com a implantação de irradiadoras para crianças
e adolescentes, além de rádios escolas em várias cidades do Ceará.

Na África, em Moçambique e Angola, criou a rede de jovens comunicadores da língua portuguesa. São mais de 30 programas “de criança para criança”, fortalecendo o protagonismo juvenil e o intercâmbio entre os paises pares.

Em 2007 foi consultor do Projeto Rumos do Itaú cultural.

*MARIANA ALBANESE:

Nordestina era uma cidadezinha desse tamanho assim, da qual se dizia: "eita lugarzinho Sem futuro!". Antônio ouviu dizer isso desde pequeno, e deu por certo o fato. Para chegar em Nordestina, tinha que se andar bem muito. É claro que ninguém fazia isso: o que é que a pessoa ia fazer em um lugar onde não tinha nada para fazer?

(Trecho do livro “A Máquina”, de Adriana Falcão)

Quando pequeno, morando em Tocantins, Alemberg Quindins era um menino fora do mapa. Sabia do mundo por quem passava por sua cidade, Miranorte, e mais não tinha.

Se virou como podia e montou uma pequena editora, cineminha, tudo improvisado para dar alguma diversão a seus colegas, também fora do mapa. Da primeira infância, no Sertão do Cariri, no Ceará, lembrava-se de uma índia que lhe contava histórias e de uma estátua de indiozinho em sua casa. 


Quando voltou para lá, já crescido, foi atrás destas lembranças. Conheceu uma moça do Crato, Rosiane Limaverde. Por essas coincidências da vida, haviam nascido no mesmo dia e ano: 19 de dezembro de 1965. Casaram-se na mesma data, em 1983. A parceria também era musical. Saíram sertão afora, estudando a música pré-histórica da região, e vez por outra deparavam-se com objetos de valor histórico, que iam recolhendo. Formaram um acervo.


Em 1992 nasceu oficialmente a Fundação Casa Grande, no mesmo dia 19 de dezembro. Uma velha casa no município de Nova Olinda, que havia pertencido ao avô de Alemberg, Neco Trajano, foi reformada e passou a abrigar o Memorial do Homem Kariri. O espaço guarda o acervo recolhido por Alemberg e Rosiane - ao qual foi incorporado o indiozinho da infância, cuidado até então pela velha senhora que lhe contava histórias. Kariúzinho hoje é personagem de revista em quadrinhos feita pelos meninos.


A iniciativa gerou interesse das crianças que viviam na zona urbana da cidade. Elas foram se achegando, dando novas idéias e demanda para ampliação.


De forma natural, as áreas de atuação da Fundação foram aumentando, conforme o casal sentia a carência cultural da cidadezinha. Em 1998 foi anexado o prédio da primeira escola da cidade, o Educandário. Tornou-se a Escola de Comunicação da Meninada do Sertão. Em 2002, foi a vez do Teatro Violeta Arraes – Engenho de Artes Cênicas ser inaugurado. O fluxo de curiosos foi aumentando e a necessidade de um programa de turismo surgiu. Foram criadas pousadas domiciliares no fundo das casas, administradas pela Cooperativa dos Pais e Amigos da Casa Grande (Coopagran).


Memória, Comunicação, Artes e Turismo são hoje as áreas de abrangência da Casa Grande, que aos 15 anos de existência, chega à adolescência. Seus primeiros meninos já são adultos, trilham seu caminho paralelo e começam a levar seus filhos para brincarem no parquinho da Fundação. Os mais velhos ensinam os mais novos, sempre dispostos a ouvir.


Essa geração de jovens com formação de qualidade superior à encontrada na maioria das escolas regulares faz com que a instituição seja, além de um projeto bem sucedido, um marco histórico para a região em que está inserida.

Mais do que uma escola de comunicação, um centro cultural, ou uma instituição para crianças, a Casa Grande é hoje um laboratório de convivência social onde aprende-se a ter responsabilidade sem perder a alma infantil. Ou, como Alemberg bem resumiu:

“Não queremos formar comunicadores, e sim futuros gestores do país”.
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MORRE SEU MANELITO, ÍCONE DO SEMIÁRIDO NORDESTINO

O Cariri paraibano está de luto. Isso porque morreu nesta terça-feira (28), em Taperoá, aos 83 anos, o empresário e engenheiro agrônomo, Manoel Dantas Vilar Filho, conhecido na região como Manelito, também primo do escritor paraibano Ariano Suassuna e proprietário da Fazenda Carnaúba, uma das maiores fábricas artesanais de queijos multi-premiados do Brasil. 

Seu Manelito administrava com seus cinco filhos a fazenda, que está na posse da família desde o século 18. Ele morreu em Campina Grande, Paraíba devido a complicações de uma cirurgia de vesícula. O velório será realizad na Fazenda Carnaúba, em Taperoá e o sepultamento deve ocorrer às 9h desta quarta-feira (29), no cemitério de Taperoá. 

Manoel Dantas, o Manelito, é conhecido por ter o melhor banco de dados sobre o Semiárido brasileiro e o regime de chuvas na região. Desde 1912, ainda no século passado, o que aconteceu no Nordeste do Brasil, em se tratando de chuvas, está registrado nos arquivos dele na Fazenda Carnaúba. 

Os queijos da sua fazenda são vendidos em delicatessens, lojas especializadas e mercados espalhados pelo Brasil. 

“Seu Manelito era tão equilibrado em tudo que fazia que jamais foi um opositor da natureza, sempre a favor. Por isso conseguiu sempre os melhores resultados em tudo que fez, seja na criação ou na plantação, sempre se saiu bem e colheu ótimos resultados. Ele se torna um homem imortal, pois seus ensinamentos jamais deixarão de ser referência para aqueles que querem viver em equilíbrio e harmonia com a mãe natureza” – André Miranda, diretor da Associação Brasileira dos Criadores de Gir (AssoGIR).

A Fazenda Carnaúba, localizada no município de Taperoá é referência nacional em genética de caprinos, ovinos e bovinos. A propriedade de 960 hectares tem altos índices de produtividade e competência técnica na criação de raças nativas de caprinos, ovinos e bovinos, tanto de leite, quanto de corte. A produção de queijos com leite de cabras foi a saída encontrada pela Fazenda Carnaúba para enfrentar, na década de 70, a dura seca do semiárido brasileiro, uma das regiões mais áridas do Brasil. 

O mais curioso dessa história é que tudo começou com a conquista de um prêmio literário. É que, em 1971, o escritor Ariano Suassuna lançou o romance “A pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do Vai-e-Volta” e, com esse livro ganhou o Prêmio Nacional de Ficção, conferido pelo Ministério da Educação e Cultura. Com o dinheiro da premiação, o dramaturgo decidiu, em parceria com seu primo, Manuelito (Manoel Dantas Vilar Filho), ambos proprietários da fazenda na época, comprar 200 cabras para iniciar a produção de queijos.

“Na época todos diziam que os dois eram loucos, pois parecia impossível produzir queijo com leite de cabra no semiárido brasileiro”, lembra Joaquim Pereira Dantas Vilar, que hoje está no comando de toda a produção e comercialização de queijos da fazenda ao lado de sua irmã Inês Pereira Dantas Vilar.

A propriedade Carnaúba conta com um rebanho formado por oito raças ovinas, são elas: Barriga Negra, Cariri, Morada Nova Pretas e Vermelhas, Jaguaribe, Cara Curta, Somalis e Santa Inês e mais dez caprinas: Parda Sertaneja, Moxotó, Graúna, Serrana Azul, Repartida, Canindé, Marota, Mucianas Pretas e Caobas, e Biritingas. 

Já o rebanho bovino é formado pelas raças: Zebu, Guzerá, Sindi e Curraleiro Pé Duro ou, como é conhecido em algumas regiões do Brasil, Pé Duro do Piauí. Na fazenda, os animais convivem em perfeito equilíbrio. Cada espécie tem uma preferência por certo tipo de forragem, dessa forma, a flora é usada de maneira eficiente para atender às necessidades de todas as raças. “Os animais tiveram que se adaptar ao clima do semiárido brasileiro”, conta Joaquim.

Para ele, o segredo para vir se destacando ao longo de tantos anos foi seguir à risca os ensinamentos do primo Ariano e do seu falecido pai. “Fomos criados num ambiente riquíssimo de bons valores: produzir com qualidade e identidade”, reforça, demonstrando o que aprendeu com seu Manuelito. 

O produtor tem o maior orgulho de estar à frente do laticínio Grupiara da Fazenda Carnaúba. “Produzir queijos no sertão possibilita vivermos aqui, sem necessidade de migrar para a cidade. Valorizar nosso mundo é uma obrigação que nos deixa felizes e realizados, ainda mais trabalhando no que gostamos e sabemos fazer”, diz Joaquim.
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UNIVASF: CINEMA, SERTÕES E POESIA É TEMA DE LIVE COM LÍRIO FERREIRA

O projeto de extensão Conceito Chave, da Universidade Federal do Vale do São Francisco (Univasf), realizará hoje (28) a 30ª edição do Conversa no Insta, uma série de lives com entrevistas sobre ciência e cultura. O convidado desta edição será o diretor de cinema pernambucano Lírio Ferreira, que entre outras obras dirigiu “O Baile Perfumado”. Ele irá falar sobre “Cinema, sertões e poesia”, a partir das 18h, pelo Instagram.  

O coordenador do projeto, professor Fernando Souto, do Colegiado de Ciências Sociais da Univasf, lembra que a live acontece na data de aniversário da morte de Lampião e também na mesma data de lançamento do filme O Baile Perfumado, que também contou com direção do cineasta Paulo Caldas. Souto diz que a entrevista tratará do sertão em cinema e poesia. “Essa será uma das lives que terá o sertão como tema. O que é o sertão? Como encontramos no sertão poesia? Quais imagens vêm à nossa cabeça quando pensarmos no sertão? Como o sertão é visto pelo nosso convidado, roteirista e diretor de cinema, Lírio Ferreira?”, revela.  

Lívio Ferreira também dirigiu Árido Movie (2005), O Homem Que Engarrafava Nuvens (2009) e Acqua Movie (2017), entre outros, e no momento tem a série Ouro Velho, Mundo Novo, realizada em parceria com Cláudio Assis, em exibição no Canal Brasil. Esta série trata sobre a poesia do sertão. “Devemos conversar sobre a poesia sertaneja, sobretudo a que desliza suave pelas águas do Rio Pajeú. Território fértil da sabedoria. Essa sabedoria vista através de um olhar afetuoso e sincero. Falar de poesia é vital para manter nosso espírito em suspensão face às agruras desse momento onde temos tentado sobreviver ao vírus e ao verme”, diz Ferreira sobre sua participação no Conversa no Insta de hoje.

O Conversa no Insta faz parte de um projeto de extensão Conceito Chave, que visa produzir conteúdo acadêmico em plataformas como o YouTube, Instagram e também podcast com o fim de fazer divulgação científica. É voltado para a comunidade acadêmica e para a sociedade em geral para promover uma ponte entre a universidade e a sociedade. O Conceito Chave conta com apoio do Observatório de Estudos em Educação, Trabalho e Cultura – ETC. E a série de lives Conversa no Insta acontece em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Extensão Rural (PPGExR) da Univasf e o Mestrado Profissional em Ensino de Sociologia (Profsocio).

O coordenador do projeto ressalta que a iniciativa visa “mostrar o que se faz na universidade para o público externo e trazer temas relevantes como cinema, culinária etc para serem vistos pelo mundo acadêmico, porque são temas relevantes, academicamente falando. E por isso são importantes para que possamos também nos apropriar deles, mostrando as conexões entre cada tema com a educação, com as relações de poder, com a política e com a cultura”, observa Souto.

As lives tiveram início em 6 de abril e desde então já foram discutidas diversas temáticas de grande relevância. “Discutimos mulheres (o lugar da mulher na sociedade, violência contra mulher, mulheres no cinema, mulheres negras etc); discutimos sobre política cultural e cinema com acadêmicos, produtores de cinema e cineastas; falamos sobre racismo; sobre drogas, emprego e renda; Covid-19; política, democracia e religião, por exemplo”, conclui o coordenador do projeto. (Fonte: Univasf)
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CANTOR ADELMÁRIO COELHO DESTACA VALORIZAÇÃO DA CULTURA GONZAGUEANA NO SEMINÁRIO TEM FORRÓ SIM SENHOR

Teve início nesta terça (28) o Seminário Tem Forró Sim Senhor. Entre os dias 28 e 29 de julho o forró será a pauta central de seminário promovido pela Prefeitura de Mata de São João, por meio da Secretaria da Cultura e Turismo e do portal São João na Bahia. O “Tem forró, sim sinhô” reúne, por meio da plataforma Zoom, representantes da música, cultura, entretenimento, mídias digitais, produtoras do audiovisual, dentre outros segmentos.  

Um dos participantes hoje pela manhã foi o cantor Adelmário Coelho. Os temas discutidos são o fortalecimento, valorização, visibilidade  e a profissionalização do segmento. Participarão do encontro expositores, gestores públicos, artistas, empresários e especialistas no tema. 

De acordo com o diretor de Cultura de Mata de São João, José Neto, o objetivo é mostrar que o forró não é um ritmo musical apenas do mês de junho, mas de todo o ano. “Queremos também mostrar caminhos de viabilidade para as bandas e artistas que buscam fazer com que seus produtos tenham importância e relevância para contratantes e para o público final”, acrescenta Neto. 

Além de Adelmário Coelho, o Seminário contou com a participação de Armandinho do Acordeon, da Banda Fulô de Mandacaru e Santana, o Cantador.

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VII SIMPÓSIO DO MEIO AMBIENTE ACONTECE NESTA QUARTA (29)

O VII Simpósio de Meio Ambiente do IFBAIANO de Governador Mangabeira é um evento voltado para todo o público interessado em conhecer,  discutir  e promover as ações voltadas a criação de uma sociedade onde o ‘’saber cuidar’ de si, do outro, e da natureza seja incentivado, sendo aberto tanto para estudantes e profissionais do campus como para toda a comunidade externa. O tema do evento é “A saúde do planeta Terra está em nossas mãos. O que fazer para prevenir mais doenças e desastres ecológicos?’’.

Os eixos temáticos envolvem questões como: Lixo e Reciclagem; Agroecologia e Economia Solidária; Mudanças Climáticas e Energias Alternativas; Uso sustentável da água; Alimentação saudável; A Terra como organismo vivo e a relação entre pandemias e poluição, entre outras.

 Devido a situação de emergência planetária causada pelo caos econômico e socioambiental que levaram a crises cada vez mais graves, inclusive a Pandemia da COVID-19, este ano teremos encontros virtuais. O primeiro deles foi realizado dia 5/06, Dia do Meio Ambiente, com lives e minicursos. A segunda etapa online será dia 29 de julho ,a partir das 13:30h  com apresentação musical, seguida de lives e palestras com convidados via Instagram do evento: https://instagram.com/simposio_ifbaiano?igshid=uiqiz02ogr0m@  e You Tube: https://www.youtube.com/channel/UCXG4-q_0U0UvBY4vydNP9sw.

Veja a programação completa nos cards e site do evento: https://extensaoprojeto3.wixsite.com/meioambiente

O último   encontro online está previsto para o dia 23/09; com submissão de propostas até o dia 20 de setembro. Todos os participantes devem se inscrever previamente no site e enviar o material produzido para o e-mail do evento: extensaoprojeto3@gmail.com a partir de formulário específico disponível no site do evento. As atividades do VII Simpósio de Meio Ambiente   2020 – Online poderão ser compostas de: Palestras, Debates, Entrevistas, Depoimentos, Mesas-redondas, Minicursos, Vídeo-pôsteres e Intervenções Artísticas.

Todas as propostas submetidas podem ser acompanhadas   de resumo expandido ou artigo a ser publicado nos anais do evento, com ISSN registrado, caso sejam aprovados pelo Corpo Editorial. Para isto devem seguir as normas e o modelo disponíveis na página do evento: www.smaifbaianogm.eco.br

 Agradecemos as entidades que nos apoiam: o  IFBAIANO, o Grupo de Pesquisa em Meio Ambiente e Sociedades (GEMAS) e o Núcleo de Estudos Afro-brasileiros e Indígenas (NEABI), campus Governador Mangabeira; O Mestrado Profissional em Ciências Ambientais Ambiente (MPCA), campus Serrinha, e a Pró reitoria de Extensão (Proex) do IFBAIANO. Gratidão também a todos que contribuem para que o evento ocorra. Ressaltamos a importância do ensino, pesquisa e extensão para que possamos sair dessa crise com diretrizes para a construção de uma sociedade mais inclusiva e com maior consciência ambiental.

PARA MAIS INFORMAÇÕES ACESSE AS MÍDIAS DO EVENTO:
Site do evento: https://extensaoprojeto3.wixsite.com/meioambiente

E-mail:extensaoprojeto3@gmail.com
Instagram:  @simpósio_ifbaiano

Site dos anais: www.smaifbaianogm.eco.br

You tube https://www.youtube.com/channel/UCXG4-q_0U0UvBY4vydNP9sw

 Programação:

Primeira etapa virtual: 05/06/2020 (Instagram e Youtube do evento)

-14h: Abertura

-15h: Live “ Pandemias em um ambiente devastado”

  Maria Luisa Diele-Viegas- Doutorado em Ecologia e Evolução (Universidade de Maryland)

-16h: Minicurso 1

“Normas de higienização de alimentos em época da pandemia da COVID-19”

Estefânia Prates -Mestranda em Tecnologia de Alimentos (UNICAMP)

-16:30: Minicurso 2

“COVID-19: O que muda na nossa interação com o ambiente em prol da saúde”

Emily Lima Carvalho – Enfermeira e Mestra em Saúde Comunitária
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