Movimentos Sociais farão ato em protesto contra crime ambiental praticado pela Vale

Os movimentos populares, organizações, partidos e pessoas interessadas em se solidarizar com as vítimas do crime da Vale, em Brumadinho (MG), se reuniram em plenária convocada pela Frente Brasil Popular Minas Gerais, em Belo Horizonte.

Uma das propostas do encontro foi realizar uma série de ações diretas para denunciar a responsabilidade da empresa em relação ao rompimento da barragem. A primeira, será um ato na porta da Vale, em Belo Horizonte. A concentração está agendada para 17h da quinta-feira (31), na Rua Paraíba, 1322, sede da empresa em Belo Horizonte.

Além de organizar as pessoas interessadas em se solidarizar em frentes – comunicação, saúde, transporte, agitação e propaganda, pesquisa e outras – a plenária sugeriu ainda que o dia 25 de fevereiro seja um dia de grande ato nacional. Outras datas – como o 8 e 14 de março – também serão marcadas por denúncias em relação ao crime da mineradora.

De acordo com Joceli Andreoli, da coordenação nacional do MAB, outras informações sobre a situação da região ainda estão sendo escondidas pela empresa. “Quanto custa uma vida? Para a Vale, nada”, disse. Segundo ele, o caso da mineradora mostra que “a prepotência do lucro predomina em Minas Gerais”.

Andrade também denunciou a influência da Vale na Justiça Federal, onde tramitam processos relativos ao rompimento de outra barragem de propriedade da mineradora, a de Fundão em Mariana, na região central do estado, ocorrido há três anos. Na ocasião foram 19 mortos e um aborto forçado.

“No trâmite do processo, o juiz se comportou como o advogado da Vale”, criticou o coordenador nacional do MAB.

A privatização da Vale pelo governo do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB), em 1997, foi lembrada no evento por outros movimentos sociais.

Ainda no encontro, deputados federais presentes, como o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS) e o petista Rogério Correia (MG), sinalizaram a criação no Congresso Nacional de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar a atuação das mineradoras em âmbito nacional.

Já no âmbito estadual, parlamentares se movimentam para criar uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar as empresas de mineração em Minas. 

“Vamos construir uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar, apurar e fiscalizar a atuação das mineradoras em nosso estado. Ela é constituída a requerimento assinado por 26 deputados e deputadas estaduais. É o que precisamos”, reforça a deputada estadual eleita Beatriz Cerqueira.

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Campina Grande: Bloco da Saudade fará homenagem a Jackson do Pandeiro

Campina Grande, Paraíba, começa a respirar o clima das festas do Momo, exemplo disso é o tradicional Bloco da Saudade, que neste ano homenageará os 100 anos de Rei Ritmo , o célebre Jackson do Pandeiro.

A programação terá início dia 11 de fevereiro, com o lançamento do Bloco que celebra 28 anos, resgatando os tradicionais blocos de rua de Campina Grande.

A partir das 18h será apresentado o documentário ” Jackson do Pandeiro”, que em a direção do cineasta e jornalista Rômulo Azevedo, seguindo-se de uma rodada musical com Bilu de Campina. O evento ocorrerá na Casa Memorial Severino Cabral, localizada na Rua Getúlio Vargas.

Dia 15 / 02 será a vez do Festival de Inverno de Campina Grande, apresentar o Bloco ” POROROCA DOS AMORES “, com direção de Gal Caiaffo. A programação terá inicio as 20h com a Serenata dos Artístas, sendo conduzida por integrantes do Bloco da Saudade, num dos pontos históricos de Campina, o ” Beco da Pororoca ”

Dia 16/ 02 – Dia oficial da Saída do Bloco da Saudade, a partir das 16h terá o ” Beba do Samba”, músicos e instrumentistas que animarão os foliões da Saudade, com canções dos grandes interpretes da Música Popular Brasileira.

As 18h iniciará “O BAILE DA GABRIELA”, com Sandra Belê e banda, saudando os presentes com um vasto repertório alusivo ao Rei do Ritmo.

As 20h iniciará o ‘Passeio Lírico da Saudade” acompanhado por orquestras, tocando no chão batido e com a Ala de frente, composta pelos Grupos Populares de Campina Grande e região. 

O passeio sairá de frente a Casa Memorial Severino Cabral e seguirá pelas principais ruas da cidade, concluindo o trajeto no Beco 31, rua histórica do Carnaval Campinense, de onde pela primeira vez o Bloco da Saudade saiu no ano 1991.
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Pássaro Corrupião, "sofreu", considerada uma das aves mais bonitas do Brasil

Se na natureza existisse concurso de beleza, o corrupião seria forte candidato. Também conhecido por joão-pinto e sofrê, a espécie é considerada uma das aves mais bonitas do País.

O título se deve à plumagem laranja do peito, pescoço, ventre e crisso que contrasta com o preto pigmentado do capuz, dorso, asas e cauda.

Como se não bastassem as cores intensas bem distribuídas em 26 centímetros de comprimento, a ave de olhos claros também conquista pelo canto: é considerada “dona” de uma das vocalizações mais melodiosas do continente.

Endêmico do Brasil, o corrupião ocorre nos estados do Nordeste, Centro-Oeste e Sudeste do País, além do leste do Pará, Goiás e Tocantins.

Comum em áreas de Caatinga e zonas secas abertas, também habita bordas de florestas e clareiras, onde vive aos pares.

No cardápio da espécie onívora estão frutos, sementes, insetos, aranhas e pequenos invertebrados. Entre as flores, ipê-amarelo e mulungu são o “prato principal”.

Assim como outras aves da família, o corrupião coloca o bico em um fruta, madeira ou folhas enroladas, abre a mandíbula e, assim, pega o alimento escondido. A técnica é conhecida como “espaçar”.

Foto: Admilson Gomes/VC no TG
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Se for detectado metal pesado nos melões ou nas mangas produzidas no Vale do São Francisco, as exportações para a Europa serão afetadas, diz especialista

Os efeitos do desastre ocorrido em Brumadinho, Minas Gerais, poderão ser sentidos pela população pernambucana. 

É o que temem pesquisadores da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj), que estão realizando um estudo emergencial a partir de imagens de satélites para descobrir o alcance de uma provável contaminação da bacia do Rio São Francisco.

O responsável pelo estudo e pós-doutor em risco de desastres pela Universidade de Buenos Aires (Argentina), Neison Freire, está avaliando os volumes em quilômetros quadrados e a velocidade de movimentação da lama. 

“Teremos a extensão da área de contaminação até determinada data. Saberemos se haverá possibilidade de atingir a bacia do São Francisco. Se houver contaminação lá, com certeza sentiremos aqui. Fatalmente o rio será contaminado. Procuramos agora o nível de contaminação. Mais cedo ou mais tarde isso chegará à foz, em Piaçabuçu, Alagoas”, explicou o pesquisador.

A bacia está ligada a mais de 500 municípios 18 milhões de pessoas. Em Pernambuco, Neison demonstra preocupação especialmente com a produção frutiovinocultura de Petrolina.

“Os elementos dessa vez são mais pesados que os da barragem de Mariana, rompida em 2015. Por isso temos mais energia cinética (que dá velocidade à lama) e mais poder de destruição”, avalia.

Ele lembra que a produção das cidades próximas ao rio São Francisco são abastecidas por ele. “Se for detectado metal pesado nos melões ou nas mangas produzidas em Petrolina, sem dúvida as exportações para a Europa serão afetadas. O problema vai do pescador, do pequeno produtor, até o grande latifundiário. Falamos de um rio que já é muito sofrido. Pela contaminação por esgoto, desmatamento, assoreamento.”

O sacrifício de uma usina hidrelétrica, a de Retiro Baixo, será necessária, segundo Neison, para conter a lama. O ministro do Desenvolvimento Regional, Gustavo Canuto, espera que os dejetos cheguem até Retiro Baixo entre 2 e 7 de fevereiro e já desligou suas turbinas. Mas, para o Governo Federal, a perspectiva de a lama chegar à bacia do Rio São Francisco é “baixa”.

O problema, contudo, não é a lama em si, mas os elementos químicos que se misturam na água, segundo o doutor em Oceanografia Biológica pela Universidade de São Paulo Clemente Coelho. 

“Não veremos a parte física, aquela lama, mas sentiremos a partir do material diluído na água. E, mesmo se toda a lama fosse contida agora, esse material chegaria até o litoral através da cadeia de fauna e flora do rio São Francisco.

Sentiremos de uma forma invisível. Isso acontece aos poucos, de médio a longo prazo.”
O diretor-presidente do Centro de Pesquisas Ambientais do Nordeste, Cepan, Severino Ribeiro, trabalhou na recuperação da bacia do Rio Doce, após o desastre da barragem de Mariana. 

Ele reforça a impossibilidade atual de saber se o minério fino chegará à bacia, mas concorda que ele pode adentrar no rio muitos quilômetros.

“Uma série de variáveis, como o movimento do leito e a quantidade de metal pesado, definirá se sentiremos a contaminação aqui. Mas é preciso urgentemente evitar que a lama chegue às áreas de nascentes. O rio Paraopebas, já atingido, nunca mais será como antes, mesmo com muito trabalho.”

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Caminho da Lama: Vale tenta impedir que lama de rejeitos chegue ao Rio São Francisco

O diretor-executivo de finanças da Vale anunciou em entrevista ao Jornal Nacional três medidas imediatas. Luciano Siani disse que a empresa vai montar a partir desta terça-feira (29), uma cortina de contenção no Rio Paraopeba, na altura da cidade de Pará de Minas, para evitar que os rejeitos da barragem cheguem a outros rios.

"Estamos instalando membranas e cortinas de contenção de rejeitos próxima a cidade de Pará de Minas. A lama está avançando muito lentamente dentro da calha do rio. Ela está a 40 km de Pará de Minas. Existe a expectativa que nas próximos 48 horas a lama chegue à cidade, mas essas cortinas são de instalação muito rápida e a nossa expectativa é que seja o suficiente para conter esse rejeito e não permitir nenhum problema para captação de água do rio", disse.

A lama da barragem percorreu, mais ou menos, 80 km e se aproxima de uma usina hidrelétrica.
Na barragem que se rompeu na sexta-feira (25), havia cerca 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério. 

A onda de lama da barragem número 1 desceu rápido e passou por duas outras barragens. Sete quilômetros depois, atingiu o Rio Paraopeba, que é um dos afluentes do Rio São Francisco.
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Rejeitos de barragem não devem chegar a usina de Três Marias, diz CPRM

O Serviço Geológico do Brasil (CPRM) informou, por meio do Boletim de Monitoramento Especial do Rio Paraopeba, que a previsão é que a chamada pluma, mistura de rejeitos e água, resultante do rompimento da barragem da Vale em Brumadinho na última sexta-feira (25), deve chegar ao reservatório da Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo entre os dias 5 e 10 de fevereiro, mas que não chegará ao reservatório da Hidrelétrica de Três Marias, na Bacia do Rio São Francisco, região central de Minas Gerais. 

Este é o segundo boletim expedido pelo serviço. A previsão anterior, disse que a lama com rejeitos alcançaria o reservatório da Usina Hidrelétrica de Três Marias entre 15 e 20 de fevereiro.

A nascente do Paraopeba está localizada no município de Cristiano Otoni, mesorregião metropolitana de Belo Horizonte, e a foz, na represa de Três Marias, no município de Felixlândia (MG). "A expectativa é que todo o rejeito fique retido no reservatório desta usina [Retiro Baixo]", diz o CPRM. 

O CPRM informou ainda, em boletim diário de monitoramento da velocidade de deslocamento dos rejeitos, que a previsão é que a água turva possa chegar ao município de São José da Varginha (MG) no dia 29 de janeiro à noite.

Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) informou que pediu informações à concessionária Retiro Baixo Energética sobre a capacidade do reservatório da hidrelétrica de suportar os rejeitos oriundos do rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão. 

O prazo para o envio do relatório com as informações é até 31 de janeiro. A usina também deverá enviar informações diárias à agência sobre o acompanhamento do deslocamento dos rejeitos.

O pedido faz parte das ações que agência tem tomado desde o rompimento da barragem. De acordo com a Aneel, a barragem de Retiro Baixo foi uma das 122 estruturas fiscalizadas in loco pela agência entre 2016 e 2018 e está em boas condições. A última visita dos técnicos da agência foi em agosto do ano passado.

A usina está localizada a 200 km do local do rompimento da barragem. Desde o rompimento, a operação da usina foi paralisada. A hidrelétrica de Retiro Baixo tem potência instalada de 82 MW e está localizada entre os municípios de Curvelo e Pompéu (MG), no baixo curso do Rio Paraopeba, afluente do Rio São Francisco.

Segundo a Aneel a usina está atualmente operando em cerca de 20 MW, para diminuir o nível de seu reservatório para reter a pluma. Ela vai continuar gerando energia até que seu reservatório atinja o nível operacional mínimo de 613 metros acima do nível do mar, informou a agência.

Na tarde desta segunda-feira, o Operador Nacional do Sistema (ONS) informou à Agência Brasil que a paralisação das atividades da usina não vai afetar o abastecimento de energia elétrica. De acordo com o operador, a operação da usina de Retiro Baixo foi paralisada por medida de precaução.  

O CPRM disse que diariamente serão divulgados dois boletins de monitoramento com a previsão de chegada do início da água turva nos pontos de interesse. As previsões mostram o caminho que a água turva está percorrendo no Rio Paraopeba.
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Rejeitos liberados com o rompimento da barragem podem chegar à foz do Rio Paraopeba entre os dias 5 e 10 de fevereiro, diz CPRM

Boletim de Monitoramento Especial do Rio Paraopeba elaborado pelo Serviço Geológico do Brasil (CPRM) prevê que a lama com rejeitos de barragem da mineradora Vale, em Brumadinho, alcance, entre os dias 15 e 20 de fevereiro, a Usina Hidrelétrica de Três Marias, na Bacia do Rio São Francisco, região  central do estado de Minas Gerais.

A nascente do Paraopeba está localizada no município de Cristiano Otoni, mesorregião metropolitana de Belo Horizonte, e a foz, na represa de Três Marias, no municío de Felixlândia.

De acordo com boletim da CPRM, a “água turva” percorre a Rio Paraopeba a uma velocidade de 1 km/hora. Amanhã à noite (29), os rejeitos deverão alcançar o município de São José da Varginha e, entre os dias 5 e 10 de fevereiro, a Usina Hidrelétrica de Retiro Baixo, entre os municípios mineiros de Curvelo e Pompeu.

Diariamente, o CPRM emite dois boletins sobre as águas contaminada do Rio Paraopeba, um a partir das 11h e o outro a partir das 17h.  A previsão da velocidade dos rejeitos é baseada em dados observados/coletados em campo, considerando as características da bacia hidrográfica.

Fonte: Agencia Brasil
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